Sargento Getúlio

Sargento Getúlio João Ubaldo Ribeiro




Resenhas - Sargento Getúlio


42 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Alê | @alexandrejjr 26/10/2021

O sertão, o jagunço e o Brasil de Ubaldo

Como é difícil falar de um gênio. Mas vamos lá.

O que faz um livro resistir ao tempo? A história? A linguagem? A mensagem? As reflexões? Tudo isso junto? Pensar sobre a dimensão de certas obras literárias é agradável, mas pode explodir a cabeça, dependendo do livro. “Sargento Getúlio” é um desses casos.

João Ubaldo Ribeiro é um autor essencial para se ter na estante se você nasceu no Brasil. Por quê? Simplesmente porque o principal tema dele é o nosso país, nosso povo. Sempre foi. Ele ultrapassa, com certa folga, a dimensão estética, ética e filosófica de autores consagrados que também tentaram refletir, através da literatura, sobre a incompreensível ideia de uma identidade nacional, como Erico Verissimo, Guimarães Rosa e Jorge Amado (e, mais recentemente, Ana Maria Gonçalves). Talvez Ubaldo seja o perfeito amálgama das qualidades desses autores, reunindo, de maneira impressionante, o que cada um deles ofereceu de melhor em seus livros.

Mas “Sargento Getúlio” não é um livro simples e está longe de ser fácil. Eu estaria mentindo se dissesse o contrário. Sua estrutura, composta por longuíssimos parágrafos em uma narrativa que é, basicamente, um monólogo com pequenas inserções de diálogos, pode assustar. E os elementos regionais são fortíssimos! A última vez que vi algo tão extraordinário em termos de representação cultural foi com Ariano Suassuna e seu clássico “Auto da Compadecida”. E não, os dois livros não são próximos um do outro, pois possuem propostas completamente diferentes, apesar de existirem pontos de convergência.

A verdade é que, a partir das veredas abertas por Guimarães Rosa, em 1956, Ubaldo aproveitou para navegar num regionalismo forte, abordando um microcosmo que vai muito além das suas fronteiras. Seja na busca pela oralidade escrita, ou na utilização de neologismos, ou ainda na forte reflexão política - lembremos, o livro foi lançado em 1971, em pleno regime militar no Brasil -, Ubaldo experimenta artisticamente sem se esquecer que seu campo de atuação é a literatura e, portanto, existe um compromisso maior a se cumprir além de toda a busca por um estilo que tente fundir, em um só texto, o erudito e o popular ao mesmo tempo: contar uma história.

E a história é contada. Sargento Getúlio, nosso violento narrador-protagonista, é formidável! Ele é uma espécie de jagunço militar que vive em um Brasil que entra na década de 50 dividido pelas confusões políticas deixadas pela recente ditadura varguista e pelos resquícios do coronelismo em crise no nordeste. Ele é aquele que obedece a uma autoridade sem pestanejar, que zomba dos “udenistas comunistas” e que se emburrece ao pensar na possibilidade de refletir. Ele é uma típica personagem ubaldiana que, mesmo sendo um tipo brasileiro da cabeça aos pés, é capaz de apresentar uma profundidade psicológica shakespeariana, algo recorrente nas vidas criadas pelo autor. Vejam, por exemplo, a profundidade existencial do trecho abaixo, localizado entre as páginas 101-102 da edição que li, quando o protagonista finalmente cede à reflexão sobre o propósito de sua missão, que é levar um preso político do interior da Bahia de volta a Aracaju, capital sergipana:

“Levo ou não levo, é isso. Talvez seja melhor sofrer a sorte da gente de qualquer jeito, porque deve estar escrito. Ou é melhor brigar com tudo e acabar com tudo. Morrer é como que dormir e dormindo é quando a gente termina as consumições, por isso é que a gente sempre quer dormir. Só que dormir pode dar sonhos e aí fica tudo no mesmo. Por isso é que é melhor morrer, porque não tem sonhos, quando a gente solta a alma e tudo finda. Porque a vida é comprida demais e tem desastres. Quem aguenta a velhice que vai chegando, os espotismos e as ordens falsas, a dor de [*****], as demoras em tudo, as coisas que não se entende e a ingratidão quando a gente não merece, se a gente mesmo pode se despachar, até com uma faca? Quem é que aguenta esse peso, nessa vida que só dá suor e briga? Quem aguenta é quem tem medo da morte, porque de lá nenhum viajante voltou e isso é que enfraquece a vontade de morrer. E aí a gente vai suportando as coisas ruins, só para não experimentar outras, que a gente não conhece ainda. E é pensando que a gente fica frouxo e a vontade de brigar se amarela quando se assunta nisso, e o que a gente resolveu fazer, quando a gente se lembra disso se desvia e acaba não se fazendo nada.”

Não é maravilhoso?

Pois é. “Sargento Getúlio” merecia ser mais lido pelo grande público hoje. Tenho a leve impressão de que ele é uma obra esquecida. É claro que é um livro reconhecido, afinal é uma obra vencedora do prêmio Jabuti, teve uma adaptação cinematográfica com o Lima Duarte no papel principal - em uma de suas atuações mais elogiadas da carreira - e acaba de ganhar uma bela edição comemorativa em alusão às suas cinco décadas de publicação, completadas em 2021. Mas ele será lido nos próximos 50 anos? Ou pior: Ubaldo continuará a falar com propriedade desse Brasil marcado pela violência, pela intolerância e pela esdrúxula política que nos representa quando completar seu centenário? Eu espero, sinceramente, que a resposta seja não, que finalmente este livro torne-se aquilo que a eternidade o reservou: ser apenas uma obra de ficção. Será possível? Para o desespero de Ubaldo, onde quer que ele esteja, a resposta ainda é não, pelo menos neste futuro próximo.
Joao 26/10/2021minha estante
Resenha sensacional Alexandre. A única coisa que li do João Ubaldo Ribeiro foi aquele livro da coleção dos plenos pecados (A casa dos budas ditosos, eu acho).
Sempre me recomendaram e essa sua resenha me fez querer ler mais ainda. Vou ver se acho algum no Kindle por um preço bacana.


Victoria 26/10/2021minha estante
Tenho muita vontade de ler "Viva o povo brasileiro" dele... quer dizer, como assim existe um livro que conta toda a história do Brasil de forma romanceada e eu ainda não o li?! kkk adoro romances históricos! Sua resenha me fez pensar que depois do Viva, com certeza Sargento Getúlio será o próximo que lerei dele (:


Alê | @alexandrejjr 26/10/2021minha estante
Joao, sabia que "A casa dos budas ditosos" foi o livro que eu menos gostei do João Ubaldo? Apesar de bem escrito e bem humorado, a narradora feminina dele não me convenceu. Agradeço por ter lido o textão por aqui. Ah, e indico, além de "Viva o povo brasileiro", o romance "O sorriso do lagarto", que é um baita livro!

Victoria, leia, se possível, "Viva o povo brasileiro" quando tiver bastante tempo disponível ou em um momento em que ele seja a prioridade, pois vale a pena! É meu livro favorito, nunca tive um prazer tão grande até hoje quanto na época em que li ele. Já "Sargento Getúlio" é um livro desafiador, mas com certeza é uma experiência única!


Joao 26/10/2021minha estante
Nossa Alexandre, eu gostei bastante, porém como te disse, não li nada do autor. Vou procurar esse livro que você citou. Tenho que tirar essa vergonha de praticamente não ter lido esse autor hehehe


Julia Mendes 27/10/2021minha estante
João, "Viva o Povo" é muito bom! Um dos melhores livros que eu já li também. ?
Alexandre, senti um alívio enorme aqui com o comentário sobre a narradora feminina de "A casa dos budas ditosos" não convencer. Rs. Também achei o livro espirituoso e claro que bem escrito, mas não imergi na leitura.
Não sei nem como posso explicar porque é mais uma sensação, simplesmente não era uma mulher pensando, falando, desejando. E não é como se eu acreditasse que um homem, sobretudo um artista, não pudesse compor uma alma feminina. Afinal, oh Chico Buarque aí. Rs


JurúMontalvao 27/10/2021minha estante
Uou?? já quero ler!


Joao 27/10/2021minha estante
Júlia, desse eu já ouvi falar muito e sempre recebi recomendações. Tenho que tirar urgentemente esses atrasos da minha vida hehehehe.


Alê | @alexandrejjr 27/10/2021minha estante
Ah, só um esclarecimento aqui: como o Skoob anula palavras "ofensivas", para quem não pegou a palavra que está em asterisco, a palavra é C-O-R-N-O.


Victoria 27/10/2021minha estante
Hahahahaha não sabia disso


Maria 27/10/2021minha estante
Uai. Eu também não sabia. Já usei termos como corno, cu, pau etc em resenhas e nunca pensei que seriam anuladas :P


Alê | @alexandrejjr 31/10/2021minha estante
Pois é Maria e Victoria. É algo novo e, pelo visto, não sei onde é aplicado. Não sei se vale só em resenhas ou se também vale para comentários e históricos de leitura.




Diego 17/08/2022

Fluxo de pensamento
O personagem principal, que nomeia a obra, nos soterra com sua verborragia expressando emoções, sentimentos, narrações, enfim é o todos em um só narrador.
Gostei da linguagem, me lembrou um pouco Grande Sertão: Veredas, bem como a temática.
Leitura importante.
Edneia.Albuquerque 17/08/2022minha estante
Eu sou aquela invejosa q diz "poxa, que legal, vou ler também" rsrs


Diego 17/08/2022minha estante
Eheheh! É um livro bem incomum: ou você vai gostar muito, ou detestar, acho eu.


Ana Terra 17/08/2022minha estante
Fiquei interessada


Diego 17/08/2022minha estante
Acho que vale o interesse! ??


Ana Terra 18/08/2022minha estante
Vou procurar por ele ;)




Patresio.Camilo 08/07/2020

Um que de saudosismo
Resenhar João Ubaldo, me traz um que de nostalgia. Lembro que tive contato com parte da obra dele logo no início do colegial, porque tinha um médico na minha cidade que doava jornais para biblioteca da minha escola, e dentre eles tinha O Globo, que sempre tinha uma crônica dele.
Achava o máximo. Depois vi uma entrevista dele, e não teve como não gostar daquele senhor engraçado, e sempre tão cirúrgico nos comentários.
Mas nunca tinha lido nenhum livro dele. Tinha essa dívida com o João Ubaldo.
Sinceramente, quem sou eu para resenhar o João Ubaldo.
O livro é muito bem escrito, traz toda a riqueza que o Nordeste brasileiro tem. Linguagem impecável.
Mas os personagens não empolgam.
O Sargento Getúlio, não se sente, nem antipatia ou simpatia.
Preciso ler outro livro do João Ubaldo, devo isso a ele. E que o próximo seja mais empolgante...
Sinceramente espero que alguém discorde de mim.
Rafael 17/02/2022minha estante
Posso ter deixado alguma referência passar ou não ter lido o livro da maneira correta, mas concordo contigo. Me incomodou bastante não conseguir ter empatia alguma pelo personagem principal. O cara simplesmente arrancou a cabeça de um desafeto e matou a esposa grávida.


Patresio.Camilo 17/02/2022minha estante
Rafael, tb penso isso... e ainda em dívida por não ler outro livro do João Ubaldo...


Rafael 17/02/2022minha estante
Patrésio, recomendo largar o que estiver fazendo e ler "Viva o Povo Brasileiro". Li esse livro já há alguns anos e lembro da sensação de algo mt diferente e acima da média. Achei mt
Mais acessível do que o "Sargento Getúlio". Esse que mencionou me lembrou bastante de "Cem anos de solidão" em alguns trechos.


Rafael 17/02/2022minha estante
* que mencionei


Patresio.Camilo 18/02/2022minha estante
Rafael, obrigado pela dica, mas vou ver e adquirir ele, até pq na minha cidade não tem biblioteca (pasme)




Danielle 30/10/2009

No inicio, quase pirei com a forma como a narrativa é contruída, sem pontuações e se passando totalmente na cabeça do personagem principal. Quase abandonei a leitura.Precisei ler sublinhando, para não me perder. Mas depois peguei o ritmo e entrei totalmente no universo proposto pelo autor, chegando a simpatizar com a obra. Mas está longe de ser um dos meus livros favoritos.
almeidarenato91 22/07/2011minha estante
Também quase desisti pela escrita carregada de regionalismo. Mas mesmo com dificuldade de entender os pormenores, você se sente grudado à trama.


Baixando 16/04/2013minha estante
Baixar o Filme - Sargento Getúlio - Adaptação do romance de João Ubaldo Ribeiro - http://mcaf.ee/k4i8a




larissa dowdney 25/02/2012

Eu confesso que já comecei o livro confusa. Sem entender quem era Getúlio, onde estava, o que ele estava falando. Mas não adianta, o livro demora pra te dar gosto. E dá gosto! Dá gosto de ler, de entender, de fazer aquele "ahhhh, então era isso", de se embrenhar nesse outro universo (e que universo!). Então, é um livro difícil sim, mas é de uma riqueza inefável!

P.S: E eu que não gostava de regionalismos, o cabra Getúlio me pegou!
Baixando 16/04/2013minha estante
Baixar o Filme - Sargento Getúlio - Adaptação do romance de João Ubaldo Ribeiro - http://mcaf.ee/k4i8a


Semianimis 14/09/2020minha estante
Começou o livro confusa? Só aquecimento para Viva o Povo Brasileiro! Hahahahahhahahaa




Leo Medeiros 18/08/2009

Narrativa totalmente inusitada
O que mais me impressionou nesse livro é que a narrativa se passa quase que totalmente na mente do protagonista. Não há diálogos. Você sabe dos outros personagens pelo que a mente do protagonista percebe. É um livro muito interessante.
Baixando 16/04/2013minha estante
Baixar o Filme - Sargento Getúlio - Adaptação do romance de João Ubaldo Ribeiro - http://mcaf.ee/k4i8a




Morgadasso 14/02/2010

Genialidade na simplicidade.
"Genialidade na simplicidade" Essa frase é com certeza a marca desse livro constuído sob uma narrativa diferente, original mas simplesmente fantástica. No início é normal ficar um pouco perdido mas assim como o personagem não desiste de sua missão, disposto a enfrentar todas as adversidades para cumprir sua tarefa, recomendo aos futuros leitores dessa obra a não desistirem tão facilmente desse livro e descobrirem ou decidirem, assim como fez o sargento Getúlio, a glória ou a tragédia no seu fim.
Baixando 16/04/2013minha estante
Baixar o Filme - Sargento Getúlio - Adaptação do romance de João Ubaldo Ribeiro - http://mcaf.ee/k4i8a




Leonardo 04/07/2011

Pequena obra-prima
Disponível em: http://catalisecritica.wordpress.com

Havia lido esse livro há uns 8 anos, e a impressão que tive dele foi sensacional: é assim que se escreve um livro, pensei, é isso que marca, diferencia um escritor de um não-escritor. A capacidade de fazer o leitor imergir no universo do Sargento Getúlio, que leva um preso político de Paulo Afonso a Aracaju, o lero-lero desse homem angustiado, orgulhoso, valente, tinhoso, filósofo… João Ubaldo faz mágica. É um livro magistral, e a minha releitura reforçou essa minha impressão. Quando eu ler novamente falo mais dele.

Apenas como demonstração, Getúlio por ele mesmo, um dos trechos geniais, bem Ahabianos (isso se o Capitão Ahab fosse um verborrágico do porte do Sargento Getúlio:

"Eu sou Getúlio Santos Bezerra e meu nome é um verso e meu avô era brabo e todo mundo na minha raça era brabo e minha mãe se chamava Justa e era braba e no sertão daqui não tem ninguém mais brabo do que eu, todas as coisas eu sou melhor. Pode vim. Getúlio Santos Bezerra eu me chamo, e enquanto um carneiro qualquer um mata com uma mão de pilão na testa eu dou um murro na testa e mato esse carneiro ou outro que tenha e mato qualquer vivente e esses ferros que eu carrego eu manejo. Corro, berro, atiro melhor e sangro melhor e bebo melhor e luto melhor e brigo melhor e bato melhor e tenho quatorze balas no corpo e corto cabeça e mato qualquer coisa e ninguém me mata. E não tenho medo de alma, não tenho medo de papafigo, não tenho medo de lobisomem, não tenho medo de escuridão, não tenho medo de inferno, não tenho medo de zorra de peste nenhuma. E não escuto liberdade, não converso fiado, não falo de mulher, não devo favor e não gosto que ninguém me pegue. O senhor já ouviu falar de meu nome, Getúlio Santos Bezerra, sou eu mesmo e quando eu dou risada pode todo mundo tremer e quando eu franzo a testa pode todo mundo tremer e se eu bater o pé no chão pode todo mundo correr e se eu assoprar na cara de um pode se encomendar. Sou curado de cobra e passo fome passo frio e passo qualquer coisa e não pio e se me cortarem eu não pio. Durmo no chão, durmo em cama de vara, durmo em cama de couro, ou então não durmo e quem primeiro aparecer primeiro quem atira sou eu e quando atiro não atiro nas pernas, atiro na cara ou atiro nos peitos e os buracos que eu faço às vezes é um em cima do outro e tem uma coisa: em Sergipe todo não tem melhor do que eu e se eu lhe digo que não tem um melhor do que eu em Sergipe, não vejo esse bom, estou lhe dizendo que não tem melhor no mundo, porque essa é uma terra macha e eu sou o macho dessa terra."
Baixando 16/04/2013minha estante
Baixar o Filme - Sargento Getúlio - Adaptação do romance de João Ubaldo Ribeiro - http://mcaf.ee/k4i8a




Andrea 25/04/2011

Na mente do personagem
O romance de João Ubaldo Ribeiro concentra toda a narrativa na mente e voz do personagem Getúlio Santos Bezerra, um sargento que recebe a missão de capturar em Paulo Afonso um prisioneiro político e leva-lo até Aracaju.

Quando terceiros informam que a missão foi abortada e o homem deve ser solto, Getúlio não aceita e resolve levar o prisioneiro até o seu chefe de qualquer jeito, sem se importar com o preço.

Entre momentos de megalomania, referências a Lampião, críticas políticas, o livro leva o leitor a rir da forma pitoresca do personagem falar. Assim como suas contradições, pois se em um momento ele quer ter vários filhos machos, em outro condena os moradores da beira do rio por não pararem de ter filhos. Entre degolas e motivos pelo qual ele poderia ser deputado, acompanha-se a sua teimosia suicida e a presença de outros personagens.

Resenha completa em: http://literamandoliteraturando.blogspot.com/
comentários(0)comente



Claudio 19/05/2024

Grande sertão à João Ubaldo
João Ubaldo é dos maiores escritores do Brasil e seu romance de estreia é uma das provas disso. Eu já tinha lido outros dele e, como nos outros caso, esse aqui me arrebatou.
Com muita oralidade, cheio de neologismos e com uma história atravessando um Brasil parado no tempo, dá pra dizer que Ubaldo bebeu na fonte de Guimarães Rosa e aplicou seu estilo e seu humor.
O nosso personagem título é um oficial/jagunço violento e seguidor de ordens, que tem a missão de levar um preso até Aracaju. A missão é repleta de desafios que nos são contados pelo Sargento Getúlio, relatos sempre acompanhados de suas opiniões.
Um clássico que precisa ser muito mais lido e discutido.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Adriana Scarpin 14/09/2015

É um western passado em Sergipe, o uso da linguagem que Ubaldo faz é extraordinário.
comentários(0)comente



Erika 08/11/2015

Viagem demorada!
"Eu sumir, eu sumir? Como que eu posso sumir, se primeiro eu sou eu e fico aí me vendo sempre, não posso sumir de mim e eu estando aí sempre estou, nunca que eu posso sumir. Quem some é os outros, a gente nunca. (...)"
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



42 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR