O Espião Fiel

O Espião Fiel Alex Berenson




Resenhas - O Espião Fiel


3 encontrados | exibindo 1 a 3


WallanS 21/01/2013

Um bom livro de espionagem.
Nada espetacular, mas assim mesmo um livro bem interessante. Temos CIA, FBI, terroristas, planos de atentados, agente duplo etc.

Temos um cara louco que abandona tudo que tinha para se infiltrar entre os terroristas. Além de não dar notícias, esse agente em nada informou sobre o atentado de 2001, o que causa mais desconfianças ainda na CIA, ainda mais que ele se converteu ao Islamismo, assim como aconteceu com outros traidores.

Dito isso, o livro se baseia num grande atentado que está prestes a acontecer para dar peso ao seu personagem duplo.

O legal é que o livro tenta ser o mais real possível, sem ação "espetaculosa", sem apetrechos tecnológicos de ultima geração ou sem aquela máxima de "homem indestrutível" que muitas vezes vemos em livros de espionagem.

Tudo bem que eu esperava mais ação, mais tramas e desenvolvimento de personagem mais profundo, inclusive, me parece um pouco raso assim que termina, como se faltasse algo; no entanto, temos um livro consistente, forte em algumas cenas descritas, real, com um pano de fundo que pode muito bem estar acontecendo nesse momento em qualquer lugar do mundo. Um realidade que muitas vezes não vimos nem ouvimos mas que pode acontecer.

Esse livro mostra como seria um "verdadeiro" caso de espionagem. Algo totalmente surreal para nós, mas, talvez, real até demais num mundo onde o terrorismo ganhou proporções tão absurdas e onde a espionagem se tornou tão presente.
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Ananda 20/12/2012

Recomendo
Eu sou suspeita para falar, já que sempre gostei de livros sobre investigação, FBI, CIA, etc. Mas Espião Fiel é INCRÍVEL. A narrativa de Alex Berenson me encantou muito, eu fiquei muito envolvida com a história.
Se você gosta de Homeland, leia. Se você não gosta, leia também. É ótimo, sério.
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sagonTHX 20/07/2011

FIEL OU INFIEL, EIS A QUESTÃO!!!!!
John Wells ou Jalal?

Você nasceu em Hamilton, Montana. Seu pai já é falecido e você, filho único, vive com a mãe. Casa-se com Heather, com a qual tem um filho, Evan. Você se torna agente da CIA. Logo depois, está de partida para o Afeganistao para uma missão altamente secreta: infiltrar-se no seio al-Qaesda, a maior organização terrorista do mundo. Você deixa tudo para trás: esposa, filho, mãe, amigos, o padrão de vida norte-americano para assumir uma outra identidade. Para poder se infiltrar entre os terroristas, no noroeste do Afeganistão, você terá de abraçar integralmente o modo de vida deles. O que significa tornar-se um muçulmano, um adépto fervoroso da ortodoxia do Islã e do Alcorão. Os anos passam e a vida que você conhecia, a vida de John Wells, vai ficando mais vaga e remota na memória. Em alguns momentos você não sabe discernir se é John Wells, o agente da CIA infiltrado na célula terrurista, ou se é Jalal, o terrorista convícto. Então, quase 10 anos após o 11 de setembro, surge uma nova e terrível ameaça terrorista. Um plano ambicioso que Omar Khadri, um dos tentáculos de Bin Laden nos Estados Unidos, pretende perpetrar a qualquer preço. Você é convocado por Ayman al-Zawahari, o braço direito de Bin Laden, para ser o mártir a deflagrar esse novo ataque contra os infiéis. Você está comprometido... Você assumiu o Islã como um moodo de vida... Você é Jalal... ou você ainda é John Wells? O espião ou o terrorista?

De que lado você está?

Este é o cerne de O Espirão Fiel, um romande de espionagem que, seguramente, fará você refletir sobre muitos aspectos da nossa vida cotidiana e, acima de tudo, a levantar a seguinte questão: até que ponto a religião pode e deve ser usada, ainda nos dias de hoje, para justificar atos abomináveis de destruição em massa?

Mas não se iluda. O Espião Fiel não é somente um romande de espionagem. É, também, um livro que contém uma boa dosagem de romantismo, suspense, assassinatos, ação, drama, fé, religião, política... A narrativa não é fantasiosa como, geralmente, vemos nos filmes de James Bond e similares. Alex Berenson prima por um encadeamento narrativo mais realista, obviamente centrado em suas experiências jornalísticas. Desta forma, a história desse seu livro de estréia poderia, perfeitamente, ser vista nos noticiários internacionais dos telejornais das 20 horas. E, certamente, ao lê-lo você irá perceber que O Espião Fiel é tão atual que poderia estar acontecendo nesse exato momento em que você lê esta resenha.

Quanto aos personagens, todos são condizentes com o contexto da obra. John Wells e Jennifer Exley fazem um par perfeito, e os terroristas Omar Khadri e Tarik ficaram bem caracterizados. Até Bin Laden faz um ponta (antes de morrer, é claro). A narrativa não se prende exclusivamente em John Wells, mostrando em vários capítulos o ponto de vista de outros personagens, inclusive dos terroristas, o que torna o desenvolvimento da trama bem interessante.

Alex Berenson possui um modo de escrever moderno e flexível. Possui conteúdo e conhecimento prévio sobre o que está escrevendo. O autor não escreve só por escrever. Tudo em sua narrativa é detalhado e não está ali por acaso.

Assim posto, O Espião Fiel eleva as histórias de espionagem a um novo patamar dentro desse gênero literário. Alex Berenson cumpre fielmente o seu papel de romancista, não ficando nada a dever para os grandes mestres: Tom Clancy, Robert Ludlum, John Le Carré, Ken Follet, Frederick Forsyth...

Comparando O Espião Fiel a um filme, poderia apontar: O Traidor (Traitor-2008); Zona Verde (Green Zone - 2010) e A Identidade Bourne ( The Bourne Identity - 2002). Aliás, John Wells me lembrou muito Jason Bourne.

Para finalizar, gostei muito da capa do livro. As cores fortes e brilhantes ficaram bem interessantes, refletindo a essência da história.

Formado em História e Economia pela universidade de Yale, Alex Berenson é repórter do New York Times. No Iraque, cobrindo a guerra como jornalista, recolheu farto material para escrever este livro. Atualmente o autor vive em Nova York. É autor ainda de "The Secret Soldier" e "The Midnight House".

Recomendo o livro, sem dúvida alguma. Sem medo de errar!

Prós: John Wells, Jalal, Exley, Omar Khadri como vilão...

Contra: O fim que levou Omar Khadri. Acho que ele merecia um fim bem mais sofrível.
Ananda 01/12/2012minha estante
To lendo e amando




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