A Institucionalização Invisível

A Institucionalização Invisível Maria Aparecida Moisés




Resenhas - A Institucionalização Invisível


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Maciel 02/04/2021

Este livro fala de uma história que ainda não acabou, como a própria história dos homens, que não tem fim. A partir do trabalho com setenta e cinco crianças que não-aprendem-na-escola, reconstrói-se a história das formas de vigiar e castigar estas crianças ao longo dos dois últimos séculos, traçando-se paralelos com a evolução das anatomias políticas do poder de punir do sistema judiciário. De confinadas a controladas a céu aberto, continuam sendo institucionalizadas: tornadas incapazes de aprender, incorporam o fracasso e uma doença que não existe mas lhes foi imputada.

Analisa-se o papel que as instituições sociais e a ciência - a medicina, especificamente o método clínico, a psicologia, com a psicologia diferencial e a psicometria, e a educação - vêm desempenhando, ao longo desta história, legitimando concepções de homem e de mundo que constroem instrumentos que, como autos de acusação, condenam as crianças que só não-aprendem-na-escola a serem controladas por uma instituição invisível, sem paredes, virtual, introjetada em suas mentes.

Talvez esta história possa apresentar uma real mudança em seu curso a partir de uma ruptura epistemológica, que seja capaz de construir outros paradigmas para a ciência.

Este trabalho pretende, ao apontar a necessidade e possibilidades de se enxergar a criança como ela realmente é, sem transformá-la em caso, escapando das amarras que o olhar clínico nos impõe, integrar-se ao esforço coletivo, criando as condições necessárias para que essa ruptura possa acontecer.
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Locimar 06/10/2020

Este livro fala de uma história que ainda não acabou, como a própria história dos homens, que não tem fim. A partir do trabalho com setenta e cinco crianças que não-aprendem-na-escola, reconstrói-se a história das formas de vigiar e castigar estas crianças ao longo dos dois últimos séculos, traçando-se paralelos com a evolução das anatomias políticas do poder de punir do sistema judiciário. De confinadas a controladas a céu aberto, continuam sendo institucionalizadas: tornadas incapazes de aprender, incorporam o fracasso e uma doença que não existe mas lhes foi imputada.
Analisa-se o papel que as instituições sociais e a ciência - a medicina, especificamente o método clínico, a psicologia, com a psicologia diferencial e a psicometria, e a educação - vêm desempenhando, ao longo desta história, legitimando concepções de homem e de mundo que constroem instrumentos que, como autos de acusação, condenam as crianças que só não-aprendem-na-escola a serem controladas por uma instituição invisível, sem paredes, virtual, introjetada em suas mentes.
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