Joachin 03/12/2012
creio ser muito pertinente a forma como Renato Ortiz aborda toda a engenharia colocada para funcionar de modo a silenciar a presença do elemento africano e afrobrasileiro na cultura brasileira até o advento da Abolição. Os debates acolorados também entre intelectuais como Sílvio Romero, que defendiam o embraquecimento dos brasileiros e Capistrano de Abreu, por exemplo, que via na mistura das etnias um fator positivo. A impressão que fica é que o pensamento sociológico brasileiro sobre a identidade brasileiro, em fins do século 19, se apropriou das teses deterministas e do racismo europeu quando na própria Europa essas ideias já estavam perdendo espaço.