Bi Sagen 25/07/2020Em suas memórias de infância e adolescência Annabele lembra de se mudar constantemente com os pais.
Ela nunca soube o motivo, nem os destinos, mas de tempos em tempos eles assumiam uma nova identidade e recomeçavam. E não só isso, mas ela era completamente treinada para saber reagir a situações extremas.
Após a overdose da mãe e ao atropelamento do pai, ela pensa que pode finalmente seguir com uma vida adulta relativamente tranquila e autônoma.
Mas num dia, ao descobrir seu nome de verdade nas páginas dos jornais, apontada como morta, ela percebe que precisa revisitar o passado e enfrentar o que está por vir.
Após agir de forma antecipada numa operação e se envolver com uma das vítimas, Bobby tem vivido em declínio, sua carreira parece ter retrocedido e seu vício com a bebida parece cada vez mais incontrolável.
Mas quando ele conhece Annabele, sua força e todos os mistérios que ela carrega, o investigador percebe que não tem como não se envolver com o caso (e com ela).
Tenho uma queda por romances policiais, apesar de eu nunca descobrir quem são os culpados.
Ainda que esse livro tenha todos os clichês do gênero (herói se apaixonando pela vítima, vítima encontrando forças no amor e final totalmente esperado), eu gosto da história.
A maneira com que a autora aborda as falhas policiais e burocráticas e a falta de confiança da população na polícia me parecem interessantes. Sem falar na questão dos problemas psicológicos e familiares.
Além disso tudo, o final é um plot twist gigantesco, tudo se mostra infinitamente ligado (e talvez eu esteja um pouco mais paranoica agora).
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