Quando Tudo Volta

Quando Tudo Volta John Corey Whaley




Resenhas - Quando Tudo Volta


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Mari 24/04/2014

"Não tinha objetivos. Não tinha aspirações. Não tinha vontade de fazer nada além de esperar que algo grande acontecesse, que algo milagroso ocorresse."
Quando recebi, em dezembro do ano passado, um pôster de "Quando Tudo Volta", só de olhar a capa pensei logo que esse livro deveria ser muito bom! Quando li a sinopse já imaginei um livro cheio de ação e com um grande desfecho. Quando comecei a ler a história fiquei confusa. A cada página surgia um personagem confuso que parecia deixar a história mais bagunçada. A única coisa que eu conseguia pensar é: deve ter um final muito incrível para tudo isso.

Cullen Witter mora em Lyli, no Arkansas, e vivia uma vida tranquila até a morte de seu primo, quando ele é quem reconhece o corpo do primo morto por overdose. Cullen tinha 17 anos mas aquele não era o primeiro cadáver que ele tinha visto e com a morte de seu primo Oslo vieram as lembranças de quando ele já causava problemas com drogas injetáveis e ele, tentando ajudar, ia ao seu encontro para buscá-lo quando estava em apuros ou até quando ele precisava de algum dinheiro, pois o primo tinha esperança de que Oslo compraria comida. Infelizmente, todo esforço em busca da recuperação de Oslo foi em vão.

Com a calmaria de sua cidade, Cullen vivia desanimado e com uma vontade imensa de encontrar o seu ideal. Um ideal com tamanha tristeza. As pessoas da cidade tentaram passar palavras de conforto para ele e a tia que tanto sofria, mas a calmaria da cidade acabou com a chegada do pica-pau Lázaro.

"E só o que nos restava era esperar para ver o espetáculo, esperar para ver se algo brilhante ou catártico apareceria."

O autor John Corey Whaley construiu personagens que demonstram, de verdade, seus defeitos e qualidades fazendo com que a história se torne real. Cullen é um menino insatisfeito, porém possui muito senso de humor e muita determinação. Ao mesmo tempo que triste, é engraçado quando ele demonstra toda a sua antipatia por sua cidade e termina ironizando tudo que ela possui.

O problema é que achei que o livro teria muito mais ação e também emoção. Parece que a monotonia que Cullen sentia em sua cidade acabou sendo passada para nós, leitores, mas da maneira errada. Ao meu ver, é como se o autor quisesse mostrar como é tal lugar, porém acabou fazendo com que a leitura não rendesse, mesmo depois dos mistérios que se fizeram presentes. Os acontecimentos não se desenrolavam, logo na página seguinte entrava outro personagem totalmente diferente do anterior que deixava os fatos confusos que não eram solucionados.

Em compensação, o que dizer dessa diagramação do livro? Está linda! Com três pássaros sobrevoando a parte superior da página onde se inicia cada capítulo, um pássaro no rodapé de cada página - que contribuem com a premissa do livro e as folhas amareladas com fontes que ajudam no rendimento da leitura. A capa, mesmo sendo simples, me passou uma grande vontade de ler o livro e, mesmo que ele não tenha sido o que eu imaginava, acho que essa é uma capa linda. Mais uma vez a NC arrebentou.

No final, o livro não me agradou, mas acredito que o sumiço de Gabriel, a volta do pica-pau Lázaro e o fanatismo de Benton Sage fizeram com que o autor desse o seu recado sobre cada um. Acho que um livro nunca passa mesma impressão para duas pessoas diferentes, por isso nunca deixo de recomendar um livro que pode passar uma grande mensagem para outro alguém, então: leiam! - e voltem aqui para me contar.

RESENHA COMPLETA EM: http://www.magialiteraria.net/2014/04/resenha-quando-tudo-volta-john-corey.html
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Ana Luiza 18/04/2014

Pássaros, zumbis e anjos: uma mistura que não deu certo
Cullen Witter é um adolescente apático em uma cidadezinha entediante. Lily é o tipo de lugar sem qualquer atrativo, do qual as pessoas não conseguem fugir. Mesmo aqueles que conseguem ir embora acabam voltando. A vida de Cullen se resume a sair com o amigo Lucas e sua namorada Mena, apesar de que eles não têm muitos lugares para ir. Seu irmão mais novo, Gabriel, é um garoto inteligente e sagaz, cujas sacadas engraçadas ou manias irritantes ajudam a distrair Cullen de sua vidinha sem sal.

É verão e a cidadezinha de Lily é agitada por a possibilidade um pássaro, o pica-pau Lázaro, uma espécie considerada em extinção ter reaparecido. Todos ficam polvorosos com o repentino destaque que a cidade ganha, a esperança da volta do pássaro parece agregar esperança a suas próprias vidas. Cullen não compartilha do entusiasmo do resto da cidade, ele não acredita que o pássaro realmente existe e fica irritado com toda a atenção que o assunto está despertando. Entretanto, o maior acontecimento do verão do garoto será o desaparecimento de seu irmão.

“- Você é que é sério, mentiroso e tem casos secretos por toda a cidade. O que aconteceu com o Cullen Winter inocente?
- Quem? – brinquei.
- O menino do posto de gasolina que ficava me olhando pela janela.
- Ah, acho que ele morreu.” Pág. 129

Em um dia de verão completamente aleatório, o mesmo em que Cullen tem um encontro como uma antiga colega de escola que retornou a cidade, Gabriel desaparece sem deixar quaisquer pistas para trás. Mesmo depois de uma busca minuciosa pela cidade e região, ninguém consegue determinar o paradeiro do garoto e não fica realmente claro se ele fugiu, foi sequestrado ou se apenas tropeçou, bateu a cabeça ao cair e morreu. Todas as possibilidades do que poderia ter acontecido com o irmão enlouquecem Cullen, seus pais e até mesmo seu amigo Lucas. Entretanto, eles parecem ser os únicos preocupados com Gabriel. Para o resto da cidade, apenas a volta do maldito pássaro é que importa.

“Se eu tivesse uma arma, atiraria na cara do pica-pau Lázaro.” Pág. 77

Mas a vida segue e Cullen acaba sendo distraído por outros acontecimentos, como o recente interesse das garotas nele e pensamentos sobre zumbis. Entretanto, o buraco que o desaparecimento do seu irmão deixou em sua alma não pode ser preenchido. Mas se um pica-pau extinto pode voltar a vida, será que Gabriel pode voltar para casa? Será que, em Lily, tudo realmente volta?

“Era o que acontecia em Lily. As pessoas sonhavam. As pessoas partiam. E todas elas voltavam. Era como se fosse uma versão do Arkansas de um buraco negro; nada podia escapar.” Pág. 41/42

Honestamente, não sabia o que esperar de “Quando Tudo Volta” e confesso que o que me fez querer ler a obra foi a sua capa. Fique encantada com o tom incrível de azul da capa e, portanto, acabei adiantando o livro na minha lista de leitura. Infelizmente, apesar de não ter muitas expectativas para “Quando Tudo Volta”, acabei me decepcionando com o livro. A trama me pareceu uma junção completamente aleatória de fatores e personagens que não deu certo. No fim, acabei imaginando que o autor queria juntar pássaros, zumbis e anjos em uma mesma trama e, sem saber o que fazer, foi escrevendo esse livro sem qualquer tipo de ideia do que estava realmente fazendo. A trama é muito bem amarrada; o início, meio e fim estão intimamente ligados, de forma que chega a parecer forçada. Senti que faltou ao livro uma essência verdadeira, algo que desse sentido a leitura.

Quando terminei “Quando Tudo Volta”, completamente frustrada com o final, só sabia me perguntar por que diabos eu tinha parado para ler o livro. Whaley tem uma escrita muito boa, além de divertida. “Quando Tudo Volta” tem alguns diálogos e reflexões legais, mas a trama realmente não me conquistou. O autor sabe escrever, mas não me pareceu saber criar uma história que realmente valesse a pena ser lida e que cativasse o leitor.

Os personagens também foram um ponto negativo. Todos tem papel na trama e personalidade, mas não me convenceram ou mesmo cativaram. A sensação geral de “Quando Tudo Volta” é de que o autor só juntou um bando de personagens excêntricos em situações improváveis. Cullen é extremamente apático e não consegui gostar dele. Apesar de gostar de personagens cínicos, que veem o mundo a sua maneira e que tem muita imaginação, como Cullen é, não consegui simpatizar o protagonista e com seus dilemas. Ele parece só saber reclamar e imaginar zumbis. Gabriel foi o que chegou mais perto de me conquistar. Apesar da personalidade intelectual e divertida dele ser um pouco forçada, o desaparecimento do garoto mexeu comigo. O personagem mais sem noção e forçado, para mim, foi Lucas. Ele tem uma afeição estranha com os Witter que não me pareceu natural.

A edição de “Quando Tudo Volta” é, talvez, o único ponto positivo do livro. A tradução do livro estava perfeita, assim como a diagramação cheia de detalhes super fofos (fotos no final da resenha). O tipo e tamanho da fonte estavam bons, sempre adoro páginas amareladas e fiquei impressionada com a leveza do livro. A capa, como já disse, foi o que me fez ler o livro. Ainda estou apaixonada com esse tom de azul. O pássaro em preto, contra o azul, também ficou muito legal e prefiro essa versão de capa a outra que o livro tem nos USA (imagem ao lado), apesar de que ela também é linda.

“Quando Tudo Volta” foi uma leitura decepcionante, pouco proveitosa e que me deixou deprimida (e não de uma maneira boa). Não gostei do livro, mas recomendo que leiam para tirar suas próprias conclusões. Apesar disso, gostei da escrita do autor e fiquei com vontade de ler mais obras suas.

site: http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br/2014/04/resenha-quando-tudo-volta-john-corey.html
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Zilda Peixoto 16/04/2014

Quando Tudo Volta
Status: temporariamente confusa.
Algoz: John Corey Whaley.
Motivo: o autor é um ser estranho.
John Corey escreveu um livro esquisito, porém atraente em determinados momentos. Reuniu vários elementos que não possuem nada em comum e optou por escrever uma narrativa estranhamente louca. Esquisita. Eu sei que já disse isso anteriormente. É que na verdade ainda estou tentando compreendê-lo. Acho que até o final desta resenha eu consiga colocar minhas ideias em ordem. Mas que o livro é bem doido,ah...isso ele é!

O que zumbis. Um fanático religioso, um pica-pau e um jovem de 17 anos têm em comum? Provavelmente vocês diriam: nada. Mas não se deixem enganar. John Corey Whaley conseguiu reunir três elementos tão distintos para compor a sua história. Na verdade, eles têm muito mais em comum do que vocês possam imaginar. E isso só se torna possível graças à mente engenhosa do autor.

John decide escrever um livro que tem como premissa o surgimento de um pássaro, mais precisamente um pica-pau, uma espécie de ave que foi vista pela última vez a mais ou menos sessenta anos atrás. Lázaro, o pica-pau aparentemente foi visto por John Barling alçando voos na pequena cidade de Lily, Arkansas. Um lugar inóspito, que nada acontece. Os moradores da cidade já estão acostumados com a vidinha da cidade e o “surgimento” de Lázaro vai causar um alvoroço na cidade. Lily passa a receber frequentes visitas de vários veículos de comunicação e seus moradores passam a viver em função do maldito pássaro. Mas ninguém nunca o viu? Será que ele realmente existe? Isso não importa. Lázaro é somente um assunto irrelevante para servir de base para o desenvolvimento da narrativa de John Carey.

Em contrapartida a vida de Cullen Whitter e de toda sua família é afetada pelo desaparecimento repentino de Gabriel, seu irmão mais novo.
Cullen e Gabriel são pessoas completamente diferentes. Gabriel passa horas lendo livros, buscando novos sons, descobrindo novas bandas. Enquanto Cullen só quer se divertir com seu amigo Lucas Cader.
Cullen tem uma mania um tanto curiosa. Ele coleciona títulos de seus futuros livros. Atualmente está no 72º, porém nenhum deles ainda tenha sido escrito, tais como: “O buraco negro de Arkansas”, “5h da manhã é para amantes e enfeites de jardim”, “Jantar dos zumbis” etc. Por mais que os títulos em determinado momento da leitura pareçam não fazer sentido, basta o leitor prestar bastante atenção aos sinais que o próprio personagem vai deixando ao longo da história. Esses títulos na verdade possuem alguma correlação com o cotidiano de Cullen. Durante a leitura achei essa “mania” um tanto esquisita, mas com o tempo fui captando a intenção do autor com tais referências. Cullen dá nomes estranhos a esses livros e isso faz com que ele seja um personagem ainda mais esquisito, inteligente e complexo.

Assim como Cullen todos os jovens que residem em Lily não criam expectativas em relação a seu futuro. Os jovens acreditam que ao terminarem o ensino médio cada um seguirá seu caminho, irão a faculdade, um ou outro conseguirá se destacar, mas no final todos retornarão a cidade natal. É uma visão pessimista, mas esta é a única que eles estão acostumados.

O sumiço de Gabriel, irmão de Cullen é um dos temas centrais da narrativa. O jovem some inexplicavelmente e ninguém tem a menor ideia do que possa ter acontecido a ele já que Gabriel era um rapaz de 15 anos aparentemente feliz. O desaparecimento de Gabriel não recebe a devida importância graças ao suposto aparecimento do pássaro. Agora, Cullen terá que aprender a conviver com a ausência do irmão ainda que seja doloroso. Mas tal tarefa será ainda mais penosa porque Cullen não suporta a ideia de que um pássaro que nunca fora visto na verdade por ninguém tenha mais importância do que o sumiço de seu irmão.

Até determinado momento a narrativa transcorre bem, mas infelizmente o autor vacila em certos momentos. Ele me deixou confusa por diversos momentos ao longo da narrativa. Não me recordo de nenhum livro que tenha me deixado tão desconcertada no sentido literal da palavra. Quando iniciei a leitura do livro tracei uma linha de raciocínio muito diferente que o autor propusera. Acredito que um dos fatores para tal desconforto foi a utilização de diversas histórias paralelas na narrativa.

Cullen é um personagem até certo ponto carismático. Mas em determinado momento ele torna-se um ser estranho. Enigmático, às vezes mórbido. Lucas Cader, seu melhor amigo é um dos personagens mais interessantes da história. É ele a figura responsável por manter Cullen digamos, dentro da normalidade. É como se Lucas fosse um irmão postiço de Cullen. Sempre atento às necessidades do amigo.

Apesar de Gabriel ser um dos “focos” da narrativa sua participação só se torna relevante e expressiva praticamente no final do livro quando tomamos conhecimentos dos motivos de seu sumiço. Outras histórias como a do fanático Cabot Searcy faz com que a narrativa de John seja tão surreal. Os capítulos que narram a história de Cabot são os melhores, os mais ávidos e tenebrosos. Gostei muito desse personagem. A loucura, seu desequilíbrio psicológico tornam a narrativa crível, intensa e isso faz com que o livro de John seja tão diferente.
Alma Ember, a garota pelo qual Cullen é "apaixonado" é outro personagem que ganha força ao longo da narrativa, ou seja, todos os personagens estão de alguma maneira interligados. Somente no final do livro é que conseguiremos tomar conhecimento de alguns pontos importantes. O engraçado é que às vezes até nos esquecemos do pássaro, pois ele serve apenas como pano de fundo para a história.

Fiquei imaginando o motivo pelo qual o autor tenha escolhido um fato “real” tão irrelevante para construir sua narrativa e cheguei a conclusão que John Corey Whaley é apenas um gênio em fase de amadurecimento que ainda não encontrou um ponto de equilíbrio. Porque por mais que sua narrativa seja estranhamente louca não podemos negar sua genialidade, seu talento com as palavras.

Se tivesse que definir o livro em uma única palavra eu diria que ele é: perturbador. Os motivos pelo qual decidi concluir a leitura me levam a crer que essa era a intenção do autor. Fazer com que ficássemos confusos, perplexos. Que déssemos a ele a chance de provar que sua história tinha algo a dizer. Eu tentei captar a mensagem do autor nas entrelinhas porque é nelas que a história do autor se sustenta.

Quando tudo volta é um livro que fala sobre como ser normal num mundo de tantas anormalidades. Um livro sobre escolhas e consequências; que discute sobre temas sérios como, por exemplo, o fanatismo religioso. Cullen, Lucas, Gabriel, Alma Ember, Cabot, todos vivem conflitos internos e tentam manter seus “monstros” dominados. Quando tudo volta é um livro que envolve tantos assuntos importantes que acredito que o autor poderia escrevê-los separadamente. A morte se faz presente a todo o momento por meio de uma overdose ou um suicídio. Em contrapartida criamos expectativas positivas em relação ao destino dos personagens.

O livro não prende a atenção inicialmente, mas ao longo da narrativa fui me identificando com alguns personagens. O final da história é legal, porém ambíguo. Assim como no início da leitura, o livro termina com um final sombrio. Enigmático, talvez. O livro divide opiniões e cada qual irá se posicionar de uma maneira diferente. John Corey é capaz de despertar diferentes sentimentos no leitor e, isso que é o grande barato da coisa. Gosto de encontrar gente esquisita, que faz a gente sair da zona de conforto, que escreve coisas estranhas e desconfortáveis. Acho que é isso.
Recomendo que você leia o livro com atenção para que possa compreendê-lo melhor. Se você conseguir captar a mensagem do livro possivelmente ele se tornará um dos seus queridinhos.

site: http://www.cacholaliteraria.com.br/2014/04/resenha-quando-tudo-volta-john-corey.html
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Máh 14/04/2014

Uma pena.
É necessário admitir: fui seduzida pela arte gráfica. O que é perfeitamente compreensível, se você tiver a oportunidade de ter esse livro em mãos.

Não somente a arte dedicada da editora, como a sinopse e o título são atrativos. É um lançamento chamativo, tanto que foi o primeiro, dos lançamentos do mês passado da Novo Conceito, que li - como acredito que outros blogueiros devem ter feito.

A narrativa melancólica de John Corey Whaley e o protagonista, Cullen Witter, que, ao mesmo tempo, é tão peculiar e comum, trazem consigo a promessa de uma história diferenciada e marcante.

Durante a narrativa, acompanhamos duas histórias distintas. A de Cullen Witter - que cria títulos de livros, que nunca vai escrever, para as mais variadas situações -, um adolescente vivendo em Lily - uma cidadezinha pacata - e fazendo reflexões sobre a vida ao lado de seu melhor amigo, Lucas, e seu irmão, Gabriel. Em questões de dias, Cullen vê a monotonia de sua vida, e cidade, serem transformadas. Gabriel desaparece e um observador de pássaros agita sua cidade quando diz ter visto uma ave, o papagaio Lazzáro, considerada extinta naquela região.

Paralelo a isso, vamos conhecer Benton Sage. Um jovem que, para deixar seu pai orgulhoso, se dedica a igreja e sai em missão de fé em países subdesenvolvidos. Conforme a história se desenvolve, Benton irá, indiretamente, influenciar na criação de um fanático religioso.

Esse é um livro complexo de ser resenhado. Exatamente por isso demorei tanto para fazê-lo - assim, acredito que agora posso escrever de forma mais justa.

O enredo, o estilo narrativo, seu protagonista e o modo que o autor entrelaça os acontecimentos no final, tinham tudo para fazer de Quanto tudo volta um YA incrível. No entanto, em alguns momentos, o autor se perde um pouco.

Alguns elementos ficaram sem nexo dentro da história como, por exemplo, os sonhos zumbins de Cullen. Até agora não consigo entender o porque o autor colocou isso na narrativa. Talvez, por zumbis serem umas das febres atualmente? Não sei.

"Porque eu estou acordando em um mundo onde as pessoas dormem" - a frase que acompanha o título da capa - também, para mim, não condiz em nada com a narrativa.

Alguns capítulos, antes dos finais, também enrolam um pouco. Isso é até irrelevante - perto do fato de que o autor consegue surpreender bastante quando entrelaça as histórias. Mas, acho que ele deveria ter poupado essas páginas e colocado elas no finalzinho, que também foi um pouco súbito.

Veja bem, Quando tudo volta é um bom livro. Mas, faltaram pessoas para auxiliar o autor na revisão da sua primeira obra. Afinal, o livro tinha capacidade para ser, facilmente, muitíssimo melhor. Uma pena.

John Corey Whaley é um autor muito promissor. Fiquei chateada com a capacidade pouco aproveitada de sua obra. Mas, estarei esperando as próximas.

site: http://stormofbooks.blogspot.com.br/2014/04/resenha-quando-tudo-volta-por-john.html
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Marcos 14/04/2014

Confira a resenha em vídeo que eu fiz para esse livro:

site: http://capaetitulo.blogspot.com.br/2014/04/resenha-falada-quando-tudo-volta-de.html
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Janaina.Granado 13/04/2014

Quando Tudo Volta
E chegaram os lançamentos de Março do Grupo Editorial Novo Conceito, tantos livros para ler e a principal dúvida é: qual ler primeiro? Optei por Quando Tudo Volta, essa história do pássaro me chamou a atenção e quis conferir qual era a ideia do autor.

Quando tudo volta é um livro melancólico que no leva ao mundo dos adolescentes e suas dúvidas. Quando se é adolescente tudo é confuso em nossa vida, estamos saindo da infância e entrando numa fase onde não sabemos o que será do amanhã.

Temos o personagem principal Cullen que é cheio de dúvidas em sua cabeça, questiona muitas coisas inclusive o sentido de tudo isso. Cullen é um garoto não muito sociável que não tem muita sorte com as garotas, ele próprio se acha meio sem graça, tem um emprego para passar o tempo, um amigo fiel - Lucas - amigo esse que tenta ajudá-lo em suas questões, dramas e dilemas, as vezes consegue, outras não. Cullen tem dezessete anos e seu irmão Gabriel tem quinze anos.

Gabriel é o oposto de Cullen, ele é sociável, engraçado, inteligente, por onde passa sua presença é notada e seu irmão não se imagina vivendo sem ele, mas aí tudo muda e o que era ruim na vida de Cullen fica muito pior, Gabriel desaparece, ninguém sabe do seu paradeiro, Cullen se vê perdido, sem chão. Onde estará seu irmão? Ele não pode ter o abandonado assim num momento tão delicado de sua vida. Mas Gabriel sumiu e por mais que o procurem não há pistas, parece que ele simplesmente evaporou da face da Terra.

"- Eles precisam disso - disse Gabriel, rompendo o silêncio. - Eles precisam de um motivo para acreditar que ainda estão aqui por algum motivo."

Ao ler a sinopse eu pensei: uma hora ou outra os pontos irão se interligar, um pássaro, um desaparecimento, uma morte por overdose, um fanático religioso. Mas confesso que eu me decepcionei um pouco com o rumo que a história tomou, eu pensei que pontas seriam ligadas, mas não foi isso que aconteceu, o autor me surpreendeu com esse novo rumo? Sim com certeza, foi algo que não imaginava, mas por outro lado penso que alguns assuntos inseridos no livro ficaram meio vagos, sem nenhum propósito, á não ser nos fazer pensar que teriam algum sentido no final, esse que foi corrido e sem algumas respostas que eu esperava.

"E, quando morremos.
Todos temos asas.
Não precisaremos mais de pernas para ficar de pé."

O livro nos traz vários personagens e por esse motivo achei que alguns deles não tiveram a atenção que merecia, gostei de alguns como Gabriel e Lucas, eles são bem mais centrados que os outros, Cullen viaja em algumas ideias e isso nos deixa um pouco perdidos.

O livro é uma leitura super rápida, a narrativa é boa nos fazendo ler e ler sem parar, mas é uma pena que o autor não tenha suprido minhas expectativas.
Indico a leitura a todos, apesar de não ter curtido tanto assim a leitura é um livro que com certeza irá cativar muitas pessoas.


site: http://www.livrospuradiversao.blogspot.com.br/2014/04/resenha-quando-tudo-volta-john-corey.html
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Marcos774 12/04/2014

Aquele pássaro maldito
Esta não é minha resenha completa. Para ler a resenha completa acesse a postagem pelo link ao lado http://wp.me/p3twjW-dS

//Livro
Uma morte por overdose, um fanático religioso e um pássaro "extinto" que reaparece em uma cidade pequena, é mais ou menos assim que a sinopse do livro é apresentada. O livro gira em torno de Cullen Witter e a sua família, principalmente o seu irmão de 15 anos, Gabriel, quem Cullen afirma ser uma pessoa melhor que até o admirar, ele admira. Acontece que um dia Gabriel desaparece e ninguém consegue explicar o porquê e Cullen se vê sufocado pela atenção intensa que a pequena cidade de Lilly está dando ao pássaro Lázaro.

//Escrita
O jeito como Whaley escreve é ótimo. Se você procura um livro bom para ler em um tempo em que você simplesmente não quer se matar com autores cansativos (*cof Dan Brown *cof), Whaley se mostra um mestre nas escolhas das palavras. Eu simplesmente gostei de como sua narrativa é leve e ainda assim ele consegue manter firme as rédeas na sua história e manter o leitor interessado no livro.

//Personagens
Eu pensei que eu estaria de frente a um personagem introvertido, até porque ele se apresenta como uma pessoa não tão atrativa quanto o seu irmão e isso se prova uma mentira logo depois. Não queria estar me colocando no grupo de pessoas descritas por Dr. Webb, mas eu achei Cullen um personagem difícil de engolir, pois é sim mas confortável que ele fosse uma coisa ou outra, pois fica uma coisa tipo "Ah eu sofro e sou estranho, peraí, deixa eu pular a janela do quarto desta garota com quem eu acabei de transar".

//Enredo
Whaley mantém dois núcleos principais um iniciado por Cullen Witter e sua família e outro por Benton Sage, que está no Canadá na Etiópia em uma missão da sua igreja. As duas histórias são muito bem construídas e mantém o mesmo ritmo, o que eu já descobri em muitos livros ser um desafio. Recentemente estive lendo um romance no qual o autor parece ter mais ânimo com um núcleo do que com o outro e isso fica perceptível no momento em que você fica torcendo para aqueles capítulos acabarem.

//Concluindo
O livro 8/10 - A ideia do livro não achei que foi bem apresentado e isso pode prejudicar atrair a atenção de novos leitores.

A escrita 9/10 - É incrível encontrar novos autores que parecem simplesmente escrever do jeito que mais me agrada, aqui vai honra ao mérito ao novato.

Os personagens 7/10 - Não achei que eles foram bem construídos, parece que uns excedem o seu papel e outros se desenvolvem muito rápido, fazendo com que a gente não entenda bem quem é quem.

O enredo 7/¹0 - Um excelente vira páginas com uma pegada inteligente que não foi bem explorada.

Total 8/10 - Sem dúvidas este é o lançamento que você já deveria ter comprado e lido.

site: http://wp.me/p3twjW-dS
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stsluciano 09/04/2014

É melhor que John Green
Comecei a ler “Quando Tudo Volta” da maneira como todos os livros deveriam ser lidos: sem expectativas. Isso é um ponto positivo de não se ler sinopses e se viver numa bolha onde notícias sobre o que está fazendo sucesso e causando burburinho lá fora não entram. Eu não sabia o que esperar dele, e terminei com um dos livros mais inteligentes que jamais li.

Nele, conhecemos Cullen, um adolescente que tem os problemas comuns da adolescência e que de certa forma me lembrou o adolescente que eu era: tímido, ansioso pelas férias, sem enxergar nada de muito brilhante em sua vida, e com um irmão que admira. E tudo isso vivendo em uma cidade pequena.

Eu não fui um adolescente rebelde – não furei a orelha, não tingi os cabelos, não comecei a fumar e/ou beber, tinha pouca sorte no amor – fato que só me aproxima ainda mais de Cullen e de sua rotina: escola de segunda a sexta, uma longa jornada de trabalho no sábado, onde tem de lidar com todas as pessoas que ele não suporta ver na escola. Esse é o tipo de piada macabra que a vida faz.

Cullen tem um amigo, Lucas, e a amizade entre os dois é a coisa mais bonita que se verá no livro. Ao contrário do amigo retraído, Lucas é um superstar na escola, com um sorriso sempre presente no rosto e uma palavra agradável para todos ao seu redor, mas que, Cullen sabe, esconde um garoto que não é, nem de perto, assim tão feliz. É Lucas quem blinda, com a presença, Cullen e Gabriel, seu irmão, de maiores abusos na escola, pois é o ensino médio, então há as figuras de sempre, como os valentões, os nerds, e a original viúva negra, a menina mais bonita da cidade, mas cujos namorados sempre morrem tragicamente.

Confesso que achei que a amizade entre Cullen e Lucas beira o bromance – fato que também não passa despercebido para a namorada de Lucas, Mena, que, acreditem, não se coloca entre os dois, e vê toda a situação com bons olhos, inclusive sendo mais íntima de Cullen do que ele gostaria – mas eu devo estar sendo maldoso:

Pra fechar o cenário, temos Gabriel, irmão de Cullen. Eu gostei daquele garoto. Cullen gosta daquele garoto e a relação deles me lembrou a relação que hoje tenho com meus irmãos. Gabriel é o caçula, e tem o dom de não se importar com o que os outros vão dizer ou pensar ao seu respeito, além de tecer as melhores teorias que se podem criar, o que faz com que o escutem com atenção.

A rotina na cidade – e a narrativa do livro – começa a ser alterada quando um sujeito diz que viu um pássaro na região que, diziam, estava extinto há algumas décadas. De uma hora para outra isso é o assunto da cidade, que ganha algum destaque na mídia. Cullen, Lucas e Gabriel veem isso com olhos desconfiados, e, claro, Gabriel tem sua teoria sobre o assunto.

Até que Gabriel some.

A partir de sua ausência, as relações são ainda melhor trabalhadas pelo autor. Através de um texto rico em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Cullen, acompanhamos como ele reage à situação, e é fantástico acompanhar a maneira como ele lê o que se passa ao seu redor, e como teoriza tudo, tentando se adaptar. Acho que aqui existe uma mudança importante nele como pessoa: se antes ficava imaginando o que aconteceria se em sua cidade ocorresse um apocalipse zumbi, com o sumiço do irmão ele tem coisas mais importantes em que se pensar e ocupar seu tempo, como no quão injusto é a mídia local dar mais atenção ao suposto aparecimento de um idiota pássaro extinto que ao sumiço de um garoto.

É claro que todo esse tempo Lucas está ao seu lado, assim como Mena e, para sua surpresa, recebe no trabalho a visita de Ada, a tal garota mais bonita da cidade.

Existe humor no texto mas eu me senti um tanto melancólico quando o li. Existe, paralelamente à história de Cullen, uma narrativa sobre Benton Sage, um garoto missionário que faz de tudo para deixar seu pai orgulhoso que me quebrou. Demorei perceber onde ela se conectava com o restante do livro, mas quando o fiz, vamos acompanhando o desenrolar desta narrativa paralela com uma apreensão enorme, adivinhando onde ela vai parar e torcendo para estarmos errados.

Fechando as cortinas, e quando penso no primeiro sentimento que me bateu ao terminar a leitura, me vem uma sensação enorme de gratidão. E isso não é forçado, é algo natural. O autor me deixou em suspenso por um bom tempo nas partes finais do livro, e eu temia o pior; e essa tensão só é dissipada nas últimas linhas.

É melhor que John Green.

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Resenha originalmente publicada aqui: http://www.pontolivro.com/2014/03/quando-tudo-volta-de-john-corey-whaley.html

site: http://www.pontolivro.com/2014/03/quando-tudo-volta-de-john-corey-whaley.html
Rafael 10/04/2014minha estante
Oi. Estava procurando por resenhas que fossem contrárias a minha e achei a sua. Eu não gostei desse livro. Achei tedioso, de uma narrativa vagarosa e deprimente. Além de muito, muito confuso. Talvez volte a lê-lo num futuro próximo. Sempre dou uma segunda chance aos livros que não gosto. :D


Máh 13/04/2014minha estante
Achei que dizer que "É melhor que John Green" é um exagero. Me senti triste quando acabei de ler "Quando tudo volta". O potencial da história foi mal aproveitado. Alguns elementos não fazem sentido algum dentro da narrativa. Poderia ter sido bem melhor se tivesse sido melhor revisado, talvez. Não sei.
Mas, acredito na capacidade do autor e vou aguardar outras obras.
No entanto, sem dúvidas, o John Green domina de forma melhor o gênero.




Felipe Miranda 09/04/2014

Quando Tudo Volta - John Corey Whaley por Oh My Dog estol com Bigods
A escrita de John Corey é diferente de tudo que já li e ao mesmo tempo de tão familiar me ganhou em seus primeiros capítulos. Faz sentido? Vou explicar. Os personagens que dão vida a trama são tão bem construídos, dotados de sentimentos e opiniões, que me enxerguei em diversas colocações. As dores, as dúvidas, as reflexões e questões levantadas tornaram-se posicionamentos meus, uma parte de mim nos momentos em que chorei. Sim, em algum ponto do enrendo aconteceram "lágrimas", o livro tornou-se de alguma forma algo pessoal. Uma estória que lerei novamente algum dia.

Uma onda de mistério está, literalmente, no ar da pacata Lily onde nosso protagonista Cullen Witter habita. Há duas semanas John Barling viajara de Oregan para o Arkansas, abandonando a própria família afim de encontrar um pássaro que não era visto há sessenta anos. Uma espécie rara de pica-pau gigante nomeada Lázaro. Desde a primeira manchete de jornal regada de elogios à Lily, Cullen percebera que o homem não estava interessado em pássaro algum e menos ainda na cidade. Sem julgamentos, afinal o próprio Cullen odiava todos que residiam ali, no fundo esse ódio era fruto do medo de tornar-se alguém semelhante a eles. Um medo de não haver futuro longe dali. Um medo de possibilidades limitadas. De alguma forma Gabriel Witter acreditava que a cidade precisasse desse pássaro, como algo que simbolizava a esperança, segundas chances. Bem... Cullen acreditava no irmão. Esse era o tipo de sentimento que ele era capaz de despertar em alguém: segurança. Gabriel não se preocupava com opiniões alheias, ele tinha brilho próprio, tinha luz. Infelizmente uma série de eventos trágicos rodeia a família de Cullen, seu problemático primo Oslo morrera de overdose e enquanto sua família ainda se recuperava do luto, seu admirado irmão mais novo Gabriel desaparecera em plenas férias de verão sem deixar pistas. É nesse plano de fundo envolvendo um pássaro lendário extinto que movimenta a cidade inteira, e buscas sem sucesso por Gabriel que semanas se passam e a trama se desenrola.

Cullen é cínico, retraído e apaixonado pela garota mais bonita do colégio que obviamente namora um grandalhão idiota. Seu melhor amigo, Lucas Cader, não é tão feliz como parece mesmo tendo aquele sorriso digno de comercial que conforta qualquer um. Eles se amam e convenientemente não de forma sexual, eles pensam demais e acabam estragando as coisas antes de algo realmente acontecer. Gabriel fez deles pessoas melhores e seu desaparecimento está sendo difícil de sustentar. A vida segue e as pessoas estão começando a falar de Gabriel no passado, como se ele estive morto. Cem conversas iguais todos os dias e aquela nata necessidade do ser humano de sentir-se útil tornarão os dias mais longos. Com o tempo, Cullen verá mudanças em si próprio e nas pessoas ao redor, a hiperatividade e o sotaque antes insuportáveis tornam-se agradáveis diante todo o caos que a esperança permite. Toda a dor que a esperança causa quando é substituída por algo mais definitivo.

Duas coisas indispensáveis para amar esse livro:
1- Cullen tem uma mania de colecionar possíveis títulos de livros, ao início da trama ele já tem uma pequena lista com pouco mais de 70. Sem nunca chegar a escrever algum.
2- Quando a realidade parece demais para Cullen ele imagina zumbis sendo mortos, zumbi caçando seres humanos. As vezes ele perde a noção da realidade e os zumbis invadem seus sonhos também.

Paralelamente temos uma estória que foge à Lily em Arkansas. Vamos conhecer o jovem religioso Benton Sage que viajará em missão de sua igreja para Etiópia com o intuito de levar muito além de água e alimento, ele deseja entregar Cristo para cada uma daquelas famílias. Após meses na realização da tarefa sem conseguir comunicar-se com nenhuma daquelas pessoas, ele chega a conclusão de não estra no lugar certo. Benton acredita que seus talentos podem ser mais aproveitados em outra realidade e acaba tornando-se uma decepção para sua própria família. Sua casa já não é mais seu lar. Nutri um pequeno rancor por Benton Sage, podem me julgar, acredito que isso varie bastante. Obviamente é maravilhoso você sentir que seus pais sentem orgulho de você, isso dá um sentido maior a qualquer coisa que você faz, afinal, é sua família, faz parte da sua vida mas, admitam, não é apenas isso. O Benton abriu mão de sua felicidade durante toda a vida para agradar o pai e na única vez que fez algo por si mesmo foi deserdado. Se tem algo que preso na vida é pela minha liberdade, pelo direito de me impor e ser eu mesmo. Vocês não tem ideia de como fiquei triste lendo tudo que acontece ao Benton.

É estranho ler duas estórias completamente diferentes intercaladas entre capítulos mas ao desfecho do livro tudo fará sentido e de uma forma inusitada, chocante. A resenha ficou gigante, aposto que vocês estão com a impressão que contei demais porém garanto que não mencionei metade de tudo que me encantou. E não é exagero. Ou é exagero de alguém que amou o livro mesmo.

"Não precisamos nos sentir tão ansiosos com tudo. Podemos simplesmente viver. Podemos nos levantar, prever que o dia terá alguns momentos bons e alguns ruins, e então aceitar esse fato. Aceitar tudo e lidar com as coisas da melhor maneira." Trecho do livro

site: http://www.ohmydogestolcombigods.com/2014/04/resenha-quando-tudo-volta-john-corey.html
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Erika 07/04/2014

Porque eu estou acordado em um mundo de pessoas que dormem

Complicado falar sobre esse livro, já que não é aquilo tudo, mas foi impossível não amar ele e me apaixonar pelos personagens. Cullen Witter é um garoto de 17 anos que vive na cidade de Lily, Arkansas, ele mora lá com a sua família, seu irmão mais novo Gabriel e seus pais. Witter leva uma vida sem graça e acha tudo em Lily medíocre demais. Witter se espelha em Gabriel, busca ser como o irmão mais novo. Inteligente, tranquilo, divertido e tudo mais. Mas Gabriel desaparece num certo dia, do nada, ele simplesmente some. E ao invés do desaparecimento de Gabriel ser o principal assunto para a cidade se preocupar, uma maluco aparece na cidade alegando ter visto uma espécie de pica-pau que havia sido dado como extinto, então tudo em Lily vira festa por causa do pica-pau. Cullen alimenta um ódio sobre a cidade enquanto tenta levar a vida à diante, convivendo com o fato de que talvez o irmão nunca mais volte.
Em outro lugar, e em outra situação, conhecemos Benton Sage, um jovem religioso que parte em missão, enviado por sua igreja para a Etiópia. Lá ele vai conhecer uma realidade difícil e descobrir que a missão que é feita por lá, não é a mesma que ele imaginou, e que a conversão não é feita da forma que ele imaginou, através da palavra de Deus e sim pelo assistencialismo, isso não vai deixar Benton muito contente então ele resolve voltar, mas não é bem recebido pelos seus pais principalmente, que nunca está satisfeito com as realizações do filho, por mais que ele se esforce! Quando Tudo Volta, é um livro que te faz pensar muito, sobre vários assuntos. Deixa várias reflexões. É um livro inteligente, instigante, que tem uma pitada de suspense, comoção e diálogos sarcásticos. A capa é simples, mas linda, estampa obviamente o pica-pau Lázaro. A diagramação do livro é ótima, o espaçamento, a fonte. A narração em primeira pessoa do Witter, nota dez. Perfeito. Senti o impacto da história sobre mim quando virei a ultima página. Um dos pontos altos do livro para mim era a amizade de Witter e Lucas, que são como irmãos. Lucas que não sai do lado dele um minuto quando seu irmão, Gabriel, havia sumido. Ele o colocava pra cima, e divertia-o. Não preciso falar mais nada sobre o livro. Leiam.

site: http://erikarayanaheart.blogspot.com.br/2014/04/resenha-quando-tudo-volta.html
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Lelê 07/04/2014

Resenha
Este livro é tão verdadeiro! Mesmo sendo fictício, eu nunca me senti tão próxima de um personagem.

Sei que o assunto em questão não é comum, mas as situações sim, e foi aí que ele me pegou.

"O Dr. Webb dia que, quando alguém

jovem morre, as pessoas mais velhas

se sentem culpadas por viver."

Pag. 35

Tudo começa quando Oslo, o primo de Cullen Witter, morre de overdose. E isso vira o assunto da cidade: Um garoto tão novo!... Será que a mãe não percebeu?... E por aí vai.

A morte de Oslo mexeu muito com Cullen e seu irmã mais novo, Gabriel. Não que Oslo fosse muito ligado aos dois meninos, mas a morte em si é sentida pelos dois. O medo da perda, a dor que ela traz...

"Quero ficar em casa, triste pelos

cantos, chorar e me conformar com

o fato de que minha vida será uma

merda completa a partir de agora."

Pag. 172

Antes mesmo dos irãos terem dado fim ao assunto 'morte', Gabriel desaparece sem deixar vestígios, some, ninguém sabe, ninguém viu.

Tanto para Cullen, quanto para todos, essa história do sumiço de Gabriel é absurda, já que ele era o queridinho de todos, o garoto popular da escola, o mais sociável, e mesmo assim ninguém viu nada; e isso deixa a suspeita de que Gabriel tenha mesmo fugido.

Cullen sabe que o irmão não fugiu, mas como pode provar?

Enquanto isso, a cidade está as voltas com um pássaro raro que apareceu por lá.

Enfim, enquanto o assunto Gabriel vai sendo esquecido, o assunto pássaro lendário passa a ser o centro das atenções.

Quantas vezes já vimos isso acontecer? Nem consigo contar quantas vezes perguntei algo assim: "E aquele moço que matou aquela moça? Foi preso?", ou "Acharam aquela criança desaparecida?", enquanto passa na televisão o casamento do mais novo artista.

"Questionando por que eu não

conseguia fazer uma maldita

coisa que fosse para trazer meu

irmão de volta, por mais que me

sentasse e tentasse pensar

em meios para isso."

Pag. 152

O livro quase todo trata-se da busca, espera e dor de Cullen, que é um garoto de dezessete anos que é mais forte que muitos, que consegue segurar a onda na frente dos outros, mas que sofre por dentro; que tem uma cabeça cheia de dúvidas e medos. Que tem um amigo incrível chamado Lucas, que tem pesadelos com zumbis, e que nunca nega um beijo à uma garota.

Trata-se de amizade, da união de irmãos, de sentimentos... Há de se abrir o coração e a mente para sentir o que o autor quis que fosse entendido.

Alguns irão sentir e se emocionar. Outros talvez não entendam. Pode ser que alguém diga que é maluco. Acho que talvez, pode ser, que fosse isso mesmo que o autor tenha desejado.

"As pessoas à frente dele se tornam

zumbis, movendo-se devagar,

levantando-se, todas inclinadas

para um lado ou outro, olhos

caídos, bocas abertas,

remexendo-se como mortos-vivos."

Pag. 183

A capa é extremamente simples, e isso a deixou belíssima. A diagramação está maravilhosa, todas as páginas tem detalhes, assim como o início dos capítulos. Tudo lindo!

É narrado em primeira pessoa, por Cullen. Somente no final, quando a história começa a se desenrolar é que Cullen foi deixado de lado e a história começou a ser narrada em terceira pessoa. Isso foi ótimo para termos uma visão melhor sobre alguns fatos importantes.

Gostei demais do livro! A leitura foi rápida e emocionante para mim!

Recomendo!!



site: http://topensandoemler.blogspot.com.br/2014/04/resenha-quando-tudo-volta.html
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Renata 26/03/2014

John Corey Whaley é americano, nasceu em 1984, é Bacharel em inglês, Quando Tudo Volta é seu romance de estréia e ganhou o prêmio Printz da American Library Association , em 2012, sendo reconhecido como “o melhor livro do ano escrito para adolescentes” em 2012!
Cullen Witter é um garoto de 17 anos que vive na cidade de Lily, Arkansas, ele mora lá com a sua família, seu irmão mais novo Gabriel e seus pais! Ao contrário dos casos normais onde o irmão mais velho sempre inspira o mais novo, em Quando Tudo Volta é ao contrário, Witter é fã de Gabriel, admira o irmão pela sua postura, pela forma como encara as coisas, pela sua tranquilidade perante as dificuldades, pela sua inteligência e bom gosto musical e literário! Witter se espelha em Gabriel, busca ser como o irmão mais novo! Logo no começo do livro Witter é colocado na situação de reconhecer o corpo do primo que morreu de overdose, levar sua mãe até lá, dirigir, assimilar que realmente o o primo estava ali morto, nada disso era fácil pra ele, mas como seu pai estava trabalhando, a difícil missão havia ficado para ele! Cullen tem u melhor amigo, inseparável, Lucas Cader é adorável, uma amigo excepcional, mas que não tem uma vida familiar fácil, dentro de casa ele é reprimido e assolado por tudo sua família já passou, sem mais detalhes, quero que você descubra lendo!
Em outro lugar, e em outra situação, conhecemos Benton Sage, um jovem religioso que parte em missão enviado por sua igreja para a Etiópia. Lá ele vai conhecer uma realidade difícil e descobrir que a missão que é feita por lá, não é a mesma que ele imaginou, e que a conversão não é feita da forma que ele imaginou, através da palavra de Deus e sim pelo assistencialismo, isso não vai deixar BentoN muito contente então ele resolve voltar, mas não é bem recebido pelo seus pai principalmente, que nunca está satisfeito com as realizações do filho, por mais que ele se esforce!
Voltando a Llily, Lázaro, um pica-pau que havia sido dado como extinto, reapareceu pelas redondezas, causando maior alvoroço na cidade, trazendo turistas e pessoas que juram ter visto o misterioso e belo animal! Em meio a tudo isso Gabriel desaparece de uma forma misteriosa, em uma noite conversava com Witter e na manhã seguinte não foi mais visto! A família entra em uma busca desesperada pelo garoto de apenas 15 anos que não tinha motivos para fugir de casa e nem inimigos que pudessem tê-lo feito mal, e a história de quando tudo volta gira em torno do desaparecimento de Gabriel, a volta de Lázaro e o fanatismo religioso de Benton Sage!
Quando comecei a ler Quando Tudo Volta, me apaixonei de primeira pela narrativa do autor, é leve, muito envolvente e conseguiu me deixar preza na história! Ele cria duas vertentes bem diferentes e faz com que agente se pergunte o tempo todo que sentido faz aquilo, são histórias completamente diferentes, nenhuma relação aparente entre as duas e até a metade do livro ele continua assim, é como se estivéssemos lendo dois livros diferentes, até que, quase no final a relação aparece! O autor foi muito ousado, em colocar em um livro infanto-juvenil um tema como o fanatismo religioso, felizmente ele aborda de uma forma muito leve e até meio didática, como a religião pode influenciar tanto de forma positiva quanto negativa e vida e as ações de uma pessoa, como um entendimento errado do que é dito na Bíblia pode acabar com a vida de alguém! A forma como Witter vai lidar com o desaparecimento do irmão e como a eminência de um amor, faz com que a vida dele seja mais leve, mesmo tendo a nuvem da ausência do irmão pairando sempre sobre sua cabeça! Confesso que na metade do livro dei uma balançada na minha cresça nele, fiquei meio na dúvida se a história estava me agrando ou não, e quando o desfecho se aponta para nós, quando a verdade é revelada, minha opinião ficou mais definida! Algumas coisas no livro não me agradaram, achei no meio ali, o autor deu uma enrolada na gente, ficou meio cansativo, mas logo que o desfecho acontece, a fluidez volta! Tem muita coisa a ser explorada no livro, apesar de simples ele traz assuntos muito e complexos e aos mesmo tempo comuns aos jovens e adolescentes omo amizade, fidelidade, companheirismo, fé! A diagramação do livro está linda, a capa é simples, mas muito bonita e a diagramação interna está um espetáculo, detalhes nos inícios dos capítulos e letras grandes e bem espaçadas fazem a leitura muito mais divertida!
Ler Quando Tudo Volta vai fazer uma reviravolta nas suas ideias, vai mexer com você e fazer você refletir em prismas variados sobre as coisas que ele trata! Não tem como ler esse livro e não parar depois pra pensar e processar tudo o que você leu! Experimente!
“Um irmão representa o passado, o presente e o futuro de uma pessoa”, diz ele. “Os cônjuges têm um ao outro, e, mesmo quando um morre, eles têm lembranças de um tempo em que existiam antes de a pessoa chegar e conseguem imaginar a vida sem ela com mais facilidade. Da mesma forma, os pais podem ter outros filhos com quem se preocupar – um futuro a zelar por eles. Perder um irmão é perder a única pessoa copm quem se divide um elo de vida que deve continuar pelo futuro”.” (p. 172)
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Fernanda 18/03/2014

Resenha: Quando Tudo Volta
“Quando tudo volta” é inovador em diversos aspectos, primeiro por sua maneira consistente de apresentar os fatos e personagens, e principalmente porque há aquela interação essencial com o leitor. A capa deste livro é muito bonita e de acordo com a história.

O protagonista se mostra forte desde o princípio, e fica aquela dúvida se ele tenta ser dessa maneira ou se realmente é o que demonstra. Cullen Witter trabalha alguns dias da semana em uma loja de conveniência, tem uma vida entediada, deslocada e sem grandes novidades ou emoções. É um adolescente bem comum, levando em considerações todos os seus pensamentos sarcásticos e ações peculiares.


CONFIRA A RESENHA COMPLETA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2014/03/resenha-quando-tudo-volta-coreywhaley.html
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Nath @biscoito.esperto 15/03/2014

Eu não conhecia o autor John Corey Whaley, então não sabia bem o que esperar do livro. Eu não gosto de ler sinopses e tudo o que eu sabia sobre Quando Tudo Volta é que 1) fora levemente inspirado numa situação real (um pássaro supostamente em extinção havia reaparecido) e 2) tinha algo a ver com zumbis.

O livro conta a história de Cullen, um garoto completamente normal. Ele vive numa cidade pequena e, como qualquer garoto de cidade pequena, ele tem um melhor amigo, uma garota por quem está apaixonado e tem medo mortal do namorado/monstro dessa garota. Cullen faz bicos numa loja de conveniência e tem um irmão mais novo, Gabriel, que na verdade parece ter a mesma idade que ele. Mas Cullen nunca se sentiu diminuído perto do irmão; pelo contrário, Cullen sempre gostou dele e o admirava.

Eis que, quebrando a rotina comum dos habitantes da pequena cidade de Lily, Arkansas, alguém jura ter visto o Pica-pau Lázaro, um pássaro que estava extinto. Eis que toda uma sorte de admiradores de aves se realoca para a cidade, em busca da prova fotográfica da ainda existência do pássaro. Entre eles está o famoso John Barling, que está tendo um caso com a vizinha de Cullen.

Cullen acha toda a ideia do pássaro ridícula e tenta se distrair saindo num encontro duplo com o amigo Lucas. Lucas arranja uma garota chamada Alma, de 19 anos e recém divorciada, para Cullen. Quando o encontro termina e Cullen volta para casa, ele percebe que seu irmão sumiu. No dia seguinte, seus pais acham que ele foi sequestrado. Começa, então, uma busca por Gabriel, que pode ter fugido ou sido sequestrado e morto.

Cullen se sente extremamente frustrado pelo desaparecimento de Gabriel, e tudo só piora quando ele percebe que as pessoas da cidade de Lily estão mais preocupadas com um maldito pássaro do que com seu irmão. Cullen alimenta um ódio sobre a cidade enquanto tenta levar a vida a diante, convivendo com o fato de que talvez o irmão nunca mais volte.

Em paralelo com a história de Cullen temos Benton Sage, um garoto cujo maior objetivo na vida é fazer o pai sentir orgulho dele. Benton acaba aceitando o papel de missionário e vai até a Etiópia distribuir alimento e a palavra de Deus. No entanto, Benton sente que sua vida não faz sentido. Ele não sente que está realmente convertendo as pessoas, acha que está apenas alimentando elas e prolongando suas vidas. Benton pede para voltar para casa.

Decepcionado, o pai de Benton decide ignorar o filho permanentemente. É assin que Benton toma a atitude de sair de casa e ir para uma faculdade. Lá Benton conhece Cabot Searcy, um garoto que nunca se preocupou realmente com os estudos. Até que eles se tornam grandes amigos e...

Eu estava achando o livro meio bobo no começo. Era uma história engraçada e divertida, mas nada estava acontecendo. Mas, quando as coisas REALMENTE começaram a acontecer no livro, eu não conseguia parar de ler! Eu precisava saber o que estava acontecendo - e, até umas 30 páginas do fim, você não sabe o que conecta a história de Cullen com a de Benton.

Quando Tudo Volta é um livro engraçado, mas não necessariamente leve. Ele gera um clima de tensão palpável na segunda metade. Este é um verdadeiro livro de suspense, onde cada acontecimento, por menor que seja, interfere diretamente na trama. E o final? Perfeito!

Recomendo este livro, e espero que todos gostem tanto desta história quanto eu gostei!


site: www.nathlambert.blogspot.com
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