gracinha 17/12/2015
Belissimo, escrita muito envolvente.
Simplesmente belíssimo, escrita deliciosa e historia muito envolvente. Suspirei e fiquei de ressaca, aquela sensação boa, de quando você lê uma historia e sabe que são dessas raras, que demoram pra sair da cabeça e deixam gostinho de quero mais.
Sou suspeita pra falar, pois adoro os romances históricos, são eles que sempre me deixam com um sorriso bobo e olhar sonhador. Estou apaixonada pelo casal e este com certeza, será um daqueles romances que eu vou sair por ai fazendo propaganda. Conseguiu um lugar de destaque no meu coração, ao lado dos livros da Laura Kinsale, Florencia Bonelli, Judith McNaught, entre outras queridas dos romances históricos
No ano de 1812, período em que a França encontra se em guerra, Adelaine deixa sua família que vive no campo e segue na companhia de seu prometido Philipe, rumo a Paris. Philipe, apesar de muito afeiçoada a Adeline, só tem olhos para a medicina. Sentindo se preterida em relação a paixão de Philipe pelos estudos, e vendo que este não toma uma decisão em formalizar o compromisso, Adeline resolve dar um rumo a sua vida. Ela é então aceita como criada na mansão do General Amadeus Barnard.
Usando do recurso de passado e presente para desenvolver a narrativa e com muita sensibilidade, a autora vai descortinando a historia e dando vida aos personagens. Detalhe para os empregados da mansão Barnard, todos muito encantadores e leais ao patrão.. .
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(...) Adeline sempre soubera que, embora Amadeus fosse um homem com um génio impossível, também a ela, às vezes, era impossível impedir que o coração se sentisse aquecido como num dia de Verão, quando ele estava perto…
Tinha um título de nascimento.
Propriedades.
Herói nacional.
Uma biblioteca preciosa.
Bonito como o diabo…
E ela só tinha dois vestidos.
Não!
Não… apenas um. O vestido que trouxera no corpo quando viera da Normandia com Philipe e rumara até Paris, atrás de um sonho que nunca se realizaria. O outro, o vestido castanho que usava
durante o dia e que Nicole adaptara para o seu corpo delicado, era o vestido da criadagem.
E ele era o seu patrão.
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Já viram né? Bonito como o diabo. A partir dai, terá inicio uma paixão poucas vezes tão bem descritas num livro, pura poesia.
A principio, fiquei com receio de a Adeline ser uma dessas mocinhas chatas, que fazem doce o tempo todo. Sabe aquele tipo, quero não quero? Mas não, apesar de confusa sobre os sentimentos que ainda nutre pelo seu antigo prometido, ela não vai negar a paixão avassaladora que o Amadeus desperta nela. Neste ponto, achei que a escrita mesclando passado e presente funcionou muito bem. Com muito tato e através de uma narrativa envolvente a autora vai mostrando aos poucos, o relacionamento do casal e como eles chegaram a um amor tão intenso.
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“Ele queria para si o corpo, a alma, a essência daquela mulher. Queria alimentar-se de tudo aquilo, porque era ela que lhe alimentava a alma e lhe enchia o coração de um significado de vida, que antes nunca tivera.”
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Várias vezes eu me vi parando de ler, suspirando e pensando: "Serio que eu ia deixar passar essa preciosidade?”.
Se você ficou com receio de ler este livro achando que se trata de um romance cansativo, com excesso de passagens históricas, esqueça, tudo é muito bem dosado. Além do casal, outros personagens são muito cativantes, como os demais empregados da mansão, que assim como o Amadeus, aprendem a amar profundamente a Adeline. Claro que haverá passagens sobre a guerra, mas nada cansativo, apenas detalhes que enriqueceram ainda mais o livro. Nada de intrigas desgastantes e segredos obscuros a serem revelados. Achei que o foco foi mais a historia de um amor muito bonito, que você vê nascer aos poucos e que te encanta em todos os momentos.
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“Deitou-se junto dela. Puxou-a para si e Adeline sentiu-lhe o corpo rígido e poderoso, que facilmente a subjugaria com a sua força e tamanho. Beijou-a de modo intenso e terno, ainda espantado com a surpresa que a vida lhe preparou. Os dedos jogavam com ela brincadeiras íntimas e inesperadas, que fizeram com que Adeline explodisse de prazer e paixão, e, entre gemidos estremecimentos, se lhe agarrasse sofregamente.
– Ah, minha senhora, como eu gosto quando voas para mim… – murmurou Amadeus sobre os seus lábios.
Ele beijava-lhe os olhos, os lábios, o pescoço, descia com a língua, fazendo um caminho de chamas por onde passasse a sua paixão.
Adeline sentia o corpo todo pulsar… aquilo era quase uma dor.
Amadeus segurou-lhe o rosto afectuosamente.
– Senhora minha… deixa-me voar na tua companhia…
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Ai que coisa mais linda este homem apaixonado! Simplesmente belíssima essa passagem do livro.
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“Saudades. Era exactamente isso que ele sentira durante todo aquele tempo, desde o primeiro momento que pusera os pés fora daquela casa.
Saudades, despeito e um ciúme doentio que lhe chegava até ao tutano dos ossos”.
“Adeline precisava com urgência de estar com Amadeus e dar-lhe amor, intensa e desesperadamente, até ter a certeza absoluta de que nunca mais veria nos seus olhos, naqueles olhos adorados, qualquer sinal de dúvida ou de hesitação”.
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Espero que gostem, e que se apaixonem como eu me apaixonei pelo Amadeus, um personagem muito bem construído, intenso, todo homem. Desculpe-me Eliah Al-Saud,(Trilogia Cavalo de Fogo, Florencia Bonelli), mas agora você tem um concorrente, o Amadeus merece ocupar um lugar de destaque ao seu lado no meu coração