Ligações

Ligações Rainbow Rowell




Resenhas - Landline


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Nina 16/07/2021

Legalzinho
Não vou conseguir resumir o livro sem dar spoiler, então só vou dizer o que eu achei dele. É um livro rápido de ler, bem fluido. A história me lembra muito aqueles filmes da sessão da tarde, é legalzinho, mas não é apaixonante, ficou sem explicação para o telefone e para falar a verdade não gostei do Neal e achei o final meio nhé. A ideia é interessante, mas parece que faltou alguma coisa, mas, ainda assim é um livro bom para ler entre uma leitura e outra.
Bruna.Ter. 19/02/2023minha estante
Também achei que parece faltar alguma coisa, talvez alguma resolução ou acontecimento mais marcante. E o Neal ficava intercalando entre achar ele ok e achar ele meio babaca. Acho que em parte eu não achei ele pior, porque as vezes a principal também não me agradava.




Queria Estar Lendo 14/08/2016

Resenha: Ligações
Com uma escrita sensível e absolutamente típica, Rainbow Rowell nos entrega uma história simples e emocionante em outro de seus livros inesquecíveis, Ligações.

Georgie ama o seu trabalho. Ama tanto quanto ama a sua família. Quando a chance de criar e roteirizar uma série de comédia para um canal grande aparece para ela e seus companheiros de trabalho, Georgie precisa cancelar a sua ida até Nebraska para passar o Natal com a família de Neal. Neal é o seu marido, e ele não fica exatamente feliz pela mudança abrupta de planos. Por isso, Neal pega as malas, se despede de Georgie e vai com as duas filhas passar as festividades na casa dos pais, como sempre deveria ter sido. Sentenciada à própria solidão, Georgie encontra conforto nas ligações que troca com Neal - ainda que as ligações sejam feitas pelo telefone velho e antiquado da mãe e comecem a parecer mais uma viagem no tempo do que uma comunicação de fato. Georgie não sabe se está ficando louca ou se realmente está conversando com o Neal de 1998, mas sabe que tem uma semana para entender se o casamento deles no presente ainda pode dar certo.

A dinâmica entre a Georgie e o Neal acontece mesclando memórias do passado, do não-tão passado e a incerteza do presente. Georgie é de toda uma indecisão e medo, uma vez que sabe a crise pela qual o seu casamento tem passado. Ela viu Neal desistir de muitos sonhos para ficar ao seu lado, enquanto a própria Georgie desiste muitas vezes da família para dar prosseguimento aos próprios sonhos. Não por insensibilidade, uma vez que os dois se conhecem, mas mais por uma familiaridade dolorosa. Neal a conhece, sabe da sua natureza e da sua vontade de fazer as pessoas rirem através das suas comédias. Sabe que as chances de Georgie só vão existir se ela continuar escrevendo, continuar chegando tarde em casa, continuar se esquecendo de levar as meninas para a escola ou esquecendo de ligar de volta quando vê as ligações perdidas no celular. Mas, com a partida de Neal, fica difícil para Georgie entender o que se passa com ele; essa despedida foi para sempre? Ele ainda a ama? Ainda é o mesmo Neal doce e tímido que conheceu tantos anos atrás? Eles ainda podem ser felizes sem mudar a vida um do outro?

"A mãe dela sempre fazia muito drama com viagens de avião. E microcirurgias. E às vezes até para desligar o telefone. 'Nunca se sabe quando vai ser a última vez que você vê alguém, então não dá pra perder a chance de se despedir.'"

A Rainbow trabalha com sutilezas. É assim em todos os livros dela. Nada é escancarado, nada é totalmente exibido para o leitor. O romance está intrincado aos diálogos. As ligações significam tanto quanto a extensa descrição de um beijo. A delicadeza nos pensamentos da Georgie sobre o seu passado e a sua família e o quanto ela ama Neal e as filhas Alice e Noomi é indescritível. Rainbow te apresenta uma família enfrentando uma crise como qualquer outra família por aí poderia estar sofrendo. Neal tem problemas com Seth, o melhor amigo da Georgie, mas nunca expõe isso abertamente. Ele tem problemas com a ausência dela, mas respeita porque a ama e sabe que Georgie é assim. Georgie sabe que o Neal tem problemas com o seu trabalho e com o Seth e com o fato de, muitas vezes, ela escolher ficar com os dois em vez de escolher a família. Isso a perturba tanto quanto perturba o Neal. E tem o elemento do mistério envolvendo o telefone velho da casa da mãe da Georgie e aquela pulga atrás da orelha que te persegue junto à Georgie; ela realmente está ligando para o passado? O que ela precisa consertar para estar tendo acesso aos anos em que seu relacionamento com Neal também vivenciaram uma crise perigosa?

"- Eu te amo. - disse. - Te amo mais do que odeio todo o resto."

O sentimento de amor é palpável. Georgie ama Neal. Ela não o amou no primeiro momento em que o viu, nem no segundo ou terceiro, ou talvez com certeza o amou a partir do instante em que o conheceu. Neal nunca mudou muito e Georgie também não. Neal ainda é o rapaz tímido escondido atrás dos próprios desenhos, quieto em sua frieza, de expressões e olhares imperceptíveis. Ainda é o rapaz baixinho apelidado de Hobbit que vive em sua toca isolada, mas que encontra um diferente tipo de calmaria sempre que Georgie se aproxima. Ele é querido e amável e absolutamente apaixonado, mas sua maneira de demonstrar é muito mais por olhares e toques do que por palavras e ações. O Neal de 1998 é aquele com o qual mais temos contato por causa das ligações - ou não é o Neal de 1998 e Georgie está ficando louca, mas ainda assim nos familiarizamos com ele.

"Tem um telefone mágico escondido no meu armário. E acho que ele está conectado ao passado. E acho que tenho que consertar alguma coisa. Acho que tenho que corrigir alguma coisa."

Temos as meninas, também, filhas do casal. Alice e Noomi são crianças fofas e nós só as vemos através dos telefonemas normais que Georgie troca através do celular. Alice é a mais velha, Noomi é a mais bobinha, e ambas estão presentes pela mãe mesmo a uma distância tão grandiosa. Elas são a parte inocente da história, a ingenuidade da infância e o carinho do amor de uma criança. A mãe de Georgie, seu padrasto e sua irmã mais nova também trazem grande presença para as cenas, especialmente quando Georgie encontra conforto em sua antiga casa - preferindo passar seus dias ali do que na casa do presente, aquela vazia e solitária sem a sua família nela. Heather, a irmã, tem um desenvolvimento surpresa lá para o fim da obra, e eu queria ter visto um pouquinho mais sobre isso, apesar de não ser exatamente a história dela.

"Era fácil encará-lo porque ele estava sempre com os olhos baixos, colados na tirinha; não havia perigo de ser pega. E era fácil olhar para ele porque era gostoso olhar para ele."

Seth é o melhor amigo da Georgie desde sempre, e seu companheiro de trabalho. É por causa do Seth que a Georgie segue o seu sonho, por ele que eles estão prestes a conseguir esse contrato com a emissora dos sonhos. Seth não é, nem de longe, uma pedra no sapato; ele é aquele amigo presente, bonitão e conquistador, sempre determinado a colocar a sua moral para cima. Ele ama Georgie com todo o seu coração, e várias vezes o livro dá a entender que existe algo mais nesse amor. Georgie pertence ao Neal, mas Seth pertence à Georgie. Não existe nenhum romance na amizade divertida entre os dois, mas o coeficiente de ciúme perturba a mente de Georgie quando ela revive as memórias com Neal e sempre encontra Seth nelas.

"- Isso que é o amor, Georgie. Proteção contra danos acidentais."

Rainbow desenvolveu uma história adorável e querida, uma leitura rápida, familiar e fofa. Os personagens são reais, são quase seus vizinhos. A magia dos livros da Rainbow é a facilidade com que ela conta sobre os personagens, sobre como eles se tornam vivos nos livros. Neal e Georgie são pais, são jovens apaixonados, são marido e mulher que viveram crises e estão vivendo mais uma. Eles podem não acabar juntos ou podem continuar juntos para sempre. A riqueza da história é essa incerteza e como a autora a desenvolve até o fim.
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Rodolfo 04/10/2020

Tentei procurar algum erro. Não encontrei.
Acredito que o principal ensinamento desse livro seja a empatia. Depois de 15 anos de casados, Georgie e Neal enfrentam algumas mágoas que fazem a relação dar uma flutuada. Com uma inversão de papéis fenomenal, temos o estereótipo da dona de casa atribuído ao homem, enquanto a figura do provedor fica para a mulher. Quando você tem a oportunidade de presenciar a nostalgia do seu antigo namoro e compara com seu presente, você começa a entender o que o outro espera de você, e você deve agir para ser grato a tudo que ele fez por você. Enfim, leitura obrigatória para quem gosta de um romance que fuja dos clichês
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Julia Agnes | @pontoparagrafoo 04/10/2022

Um livro que divide opiniões, mas que me causou uma boa impressão
Em torno de suas 300 páginas, Ligações, de Rainbow Rowell nos mostra a evolução de Georgie McCool e de seu marido Neal, revelando ao longo da trama todas as dificuldades enfrentadas na vida a dois, bem como, as mudanças inevitáveis que ocorrem quando amadurecemos. Conforme acompanhamos toda a transformação das personagens desde o começo de um namoro à distância à um casamento feliz e satisfatório que acaba em desastre por falta de diálogo e concessões, Georgie se vê com medo do que pode acontecer.

Confesso que apesar de ficar um pouco incomodada com a falta de maturidade das personagens para dialogar e resolver seus problemas - especialmente Georgie -, muito do que o casal entregava nas mãos do tempo sem qualquer iminência de solução, foi o que chamou minha atenção de uma forma pessoal e um tanto quanto inquisitiva para meus próprios problemas. Como li em um momento de mudanças inesperadamente dolorosas, me senti reconfortada pelo compartilhamento da situação e a todo momento era como se pudesse conversar com a personagem principal, estando ainda, aprendendo com seus erros.

Neal apesar de um bom marido e principalmente ótimo pai, deixou a desejar como um personagem de quase 40 anos de idade também. É nítido que os problemas começaram a surgir quando sua masculinidade sentiu-se ferida ao ver que quem sustentava a casa era sua esposa, com um bom emprego, bom salário, enquanto ficava em casa a tomar conta das filhas com mais atenção e tentava descobrir seu próprio caminho profissional. Em muitos momentos vemos sua brilhante capacidade em ser pai, mas culpar a esposa por não ter se encontrado ainda, sem sombra de dúvidas foi um pouco fora dos limites. É compreensível ainda que os problemas surgissem com a irritabilidade em consequência de não conseguir se comunicar com a própria esposa sobre coisas triviais, mas que são essenciais à vida a dois, como o crescimento das filhas, ou até mesmo uma companhia para um filme no fim do dia, sem serem interrompidos com problemas no trabalho.

Não costumo ler romances, mas os que de alguma forma trazem problemas e elementos de relacionamentos semelhantes à realidade me cativam de uma forma especial. Problemas que muitas vezes estão dentro de nossa própria realidade, mas que de alguma forma não conseguimos olhar com sinceridade e sem pedras na mão, prontos para nos defendermos. A falta de uma conversa franca no fim do dia, partilhando de profundo interesse e sem interferências, fazem diferença. Não trata-se apenas de não deixar cair na rotina, mas de estar presente verdadeiramente o quanto podemos para quem amamos.

Além de toda a realidade disposta na construção para a trama, as referências musicais, trazendo nomes como Stevie Nicks e Metallica, foram o que me prenderam e me deram uma sensação extremamente nostálgica. Adicionadas à um toque de sentimentalismo ao colocar um telefone antigo como máquina do tempo, tenho certeza de que Rainbow Rowell ganhou meu coração com este livro. Afinal, quem nunca perdeu alguém que amava e desejava nem que fosse uma última vez, pelo menos, ouvir a voz dessa pessoa, para poder conversar e esquecer a dor da saudade por alguns minutos?

Apesar de ser um dos títulos da autora que menos indicam, é um dos livros que recomendo à quem nunca leu nada dela, ou ainda, caso deseja embarcar em uma história de amor trágica, mas capaz de causar sérios riscos de se emocionar através da nostalgia e por encher seu coração iludido de esperança. Tenho certeza de que vai querer um telefone desses, capaz de voltar à melhor época de sua vida, até agora.

Obrigada por ler esta resenha!
Caso desejar conhecer mais sobre nosso trabalho, acesse pelo Instagram: @ponto__paragrafo
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emy 14/08/2022

????
depois de fazer uma resenha que supostamente alguém não entendeu só deixo aqui que o livro é ruim mesmo ??
BIS 14/08/2022minha estante
agora traduz


Lays.Ordani 25/08/2022minha estante
É. Bem ruinzinho.




mlenamartins 27/07/2020

preguiça
O livro começou de uma forma que me prendeu por eu gostar muito de séries e a protagonista ser roteirista de uma série de comédia, mas até a metade foi um pouco arrastado, e depois só decaiu. Não dá pra levar a sério uma história que podia ser resolvida em uma conversa, ainda mais entre pessoas adultas, que na verdade parecem ter 12 anos.
Mais um romance em que a mulher se sente culpada por ser profissionalmente bem sucedida, enquanto o marido é um insuportável que só coloca ela pra baixo o tempo todo.
Thabata 13/08/2020minha estante
hahaha, menina, eu pensei a mesma coisa. O cara vai pra casa da mae brigado com a esposa e vive deixando o celular com a filha ou sem bateria e nao liga nem uma vez pra resolver o problema. Aff


Sthefanny.Saldanha 29/12/2020minha estante
endosso o coro.




spoiler visualizar
RChicago 21/11/2017minha estante
Que alivio encontrar alguém que compartilha da minha opinião. Frustante!


Kaire 24/08/2018minha estante
Repetição da poxa pra chegar no fim e a gente permanecer na dúvida sobre os dois.




downeysupremo 30/11/2020

Era Uma Vez Resenhas: Ligações
Georgie McCool é roteirista de séries televisivas e uma workaholic de carteirinha, casada há 15 com Neal, seu namorado da faculdade, é ela quem ocupa o espaço de trabalhar fora, enquanto seu marido fica em casa cuidando das duas filhas, para que a esposa pudesse focar em sua carreira e alcançar todos os seus objetivos. Porém, agora o casamento dos dois passa por uma crise e para piorar Georgie recebe a proposta dos sonhos, mas para finalmente alcançar o trabalho que sempre sonhou, ela precisa abrir mão do Natal em família e vendo-se sozinha enquanto o marido e as duas filhas viajam, Georgie começa a notar algo muito estranho: ao ligar para Neal ela parece estar se comunicando com o passado.

Eu não canso de enaltecer a escrita leve e apaixonante da Rainbow, nesse livro encontramos diversas características que vieram para quebrar tabus, como por exemplo, o fato de que Neal é quem fica em casa e não Georgie e também como a autora coloca a mãe de Georgie como uma mulher segura de si e que é casada com um homem muitos anos mais novo, coisa que ainda deixa muitas pessoas horrorizadas hoje em dia.

É incrível como Rowell conseguiu escrever tão bem diversos elementos super importantes e ainda sim deixar leve, você vai lendo e entrando cada vez mais na história e nos medos dos personagens sem ao menos perceber e quando chega nas páginas finais é impossível não se emocionar um tiquinho. Georgie é uma personagem que por mais tenha toda a vibe de viciada em trabalho, é completamente apaixonada pela família e pelo seu marido e tem total noção de seus privilégios e até da sua ingratidão em algumas situações, é ótimo acompanhar uma evolução tão grande em um curto feriado, entender o que a solidão (de certa forma, já que ela vai ficar uns dias com a mãe, irmã e padastro) e a saudade é capaz de fazer por alguém. As vezes estamos tão presos em nossa rotina e com as pessoas em nossa volta, que por vezes não notamos o quanto sentimos falta deles. Já Neal, é um personagem encantador e um baita paizão, não sabia se ficava mais apaixonada pelo Neal do presente, ou pelo jovem desenhista da faculdade que sonhava em passar a vida com Georgie, realmente entrou na lista de queridinhos.

Para concluir, é impossível não notar o amor em todas as linhas escritas nesse livro e é isso que nos faz ficarmos apaixonadas e maravilhados, querendo mais e mais dessa família. Como sempre, Rainbow Rowell fez um excelente trabalho e deixo aqui a minha mais completa recomendação para vocês. Se já leram me contem o que acharam e se não leram: gostariam de ler? Entrou pra listinha? Espero que sim!

site: https://eraumavezresenhas.wordpress.com/2020/11/24/livro-ligacoes/
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Mrs.strong 02/05/2021

Venda do livro
No início eu estava achando os personagens chatos e jurava que o livro ia ser um saco, mas até que melhorou bastante e eu me diverti bastante lendo a Georgie conversando com o Neal do passado. Pra mim o final ficou muito vago, mas no geral o livro é divertido.
Estou vendendo o livro físico em ótimo estado, lido apenas uma vez por R$ 22,00

https://shopee.com.br/product/579831444/14616742305?smtt=0.579851029-1648659127.9
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Livros e Ivaílton 12/02/2022

De início já digo que não foi uma experiência pra lá de interessante, porque não foi exatamente a leitura que imaginei que fosse. Mas valeu muito a pena ter conhecido uma história diferente, fugindo do padrão e também da minha zona de conforto.
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Thuus 19/12/2020

?????
Que delícia de leitura. Daquelas que te deixa leve e traz quentinho pro coração. Não sei porque fiquei tanto tempo sem ler Rainbow. Lembro que quando ouvi falar desse livro achava ele meio adulto demais, nada a ver comigo. E agora só consigo pensar que nada a ver. Amei demais ?

O ambiente que a autora cria é simplesmente muito bem construído. O carinho entre os personagens é sentido por quem tá lendo. É tudo de bom essa leitura.
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MarianaCota 09/10/2021

Eu amei a história! Não tem muita explicação pro que acontece, mas é o tipo de livro que você nem liga de não saber o motivo das coisas acontecerem.
Uma história que não tem que se esforçar muito pra gostar.
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Marcella.Martha 20/12/2019

Atenção: isso é um enorme RANT
Eu estou extremamente inconformada com esse livro. É com certeza o pior livro que eu li em muito tempo e estou aqui descobrindo que ganhou o prêmio de melhor ficção do ano de 2014 no Goodreads. Quase todo mundo na minha lista de amigos deu 4 ou 5 estrelas, e eu juro, não consigo entender.

Pode ser que tenha spoilers aqui, mas eu não me incomodaria com spoiler, porque a verdade é que Landline é um livro de 350 páginas sobre rigorosamente nada.

Atenção: ISSO É UM RANT. Se você ama muito Landline, é melhor não ler essa review. Porque, antecipo: eu ODIEI rigorosamente tudo.

A premissa é ótima: a mulher descobre que o telefone da casa dela liga para o passado, meio A Casa no Lago vibes. Mas o que ela faz com essa mágica é totalmente inútil. Uma mulher de 37 anos vira uma maníaca que não toma banho, não troca de roupa, não sai de casa, pra ficar falando 24 horas por dia com o marido dela no passado, quando ele era namorado. Ou seja: um cara de 19, 20 anos. Ela tem 37. TRINTA E SETE. E o pior: as conversas não servem para NADA no contexto da história. São totalmente desinteressantes, do tipo "Nossa, lembra quando a gente foi naquela festa e você deu um ataque de piti porque você na verdade é um babaca?", "Nossa, lembro. Como o passado era demais."

Um livro machista, com personagens detestáveis cheios de white people problems.

A mulher é uma roteirista bem sucedida de televisão que trabalha muito, chega tarde em casa, às vezes acorda no meio da noite para trabalhar quando tem ideias geniais do nada, etc. Ela ganha bem o suficiente para a família ter uma vida super confortável com o marido ficando em casa para cuidar das duas filhas do casal - uma menina de sete anos que tem a atenção de um esquilo e outra de quatro que só fala 'miau'. Por que eu tive que ler várias conversas no telefone com essas crianças mesmo? O marido, um homem de 30 e tantos anos, nunca decidiu o que queria fazer da vida, odeia tudo e tava incrivelmente infeliz no emprego dele. Aí resolveu ficar ser um stay-at-home dad. E isso é um problema. Porque que mulher malvada que ousa ter uma carreira enquanto o marido fica frustrado em casa cuidando das crianças sendo que ele não é nada na vida e não sabe o que quer.

Se a situação fosse o oposto, não seria um problema, não seria uma questão. Mas como é a mulher que ousa ser bem sucedida, então ela deveria obviamente se sentir culpada.

Eu tenho horror, HORROR, por histórias que romantizam parceiros que são incapazes de apoiar a carreira dos seus respectivos. No mundo real, ninguém pode abandonar um trabalho, por pior que seja, enquanto tenta construir alguma coisa da vida. Ninguém vive de amor, a não ser que você seja um herdeiro ou ganhador da Mega Sena. O Diabo Veste Prada, LaLaLand e, mais recentemente, Yesterday, são filmes que eu tenho vontade de explodir por esse motivo. E Landline e só mais um grande expoente da babaquice dos relacionamentos com gente estúpida. E o pior de tudo: em vários momentos da história, temos histórias totalmente chatas sobre a Georgie (a protagonista) indo para Omaha (a cidade natal do hermitão do marido dela) só pra deixar ele feliz. Então sequer é verdade que ela ignora completamente a família em favor do trabalho.

O que acontece é que, quando o livro começa, ela recebe uma proposta irrecusável que vai permitir que ela realize o sonho de uma vida inteira, que é ter a série que ela escreve há 20 anos com o melhor amigo optada para a TV. Mas para isso ela precisa abdicar de passar o natal com a família em Omaha para conseguir terminar de escrever os primeiros roteiros. O marido dela torce o nariz, não fala nada, e vai para Omaha com as filhas, sem ela, e passa a 100% ignorar os telefonemas dela. Ela surta e vira uma batata de sofá por causa disso, fica a semana inteira em casa sem trabalhar, na esperança de que o marido, que está completamente ignorando ela, ligue.

E a grande questão aqui é: eu deveria achar que o marido dela é uma ótima pessoa? Ele não ri, não acha graça de nada, fala mal do trabalho dela, resmunga e nunca se comunica. Nossa, que sonho! O cara é literalmente um picolé de chuchu, e eu não entendi o amor louco dela por ele. O Neal e a Georgie do presente não se falam, não resolvem os problemas dele, não trabalham no casamento. ENTÃO QUAL É O PROPÓSITO DESSE LIVRO? Não sei. Se você é casada há 15 anos e o seu marido de quase 40 é incapaz de conversar com você como um adulto sobre os problemas do seu relacionamento, então você vai me desculpar, mas o problema é ele.

Em vários momentos o Neal age como um completo babaca, tendo crises de ciúmes do melhor amigo da Georgie, que é parceiro de trabalho e bestie dela ANTES deles se conheceram, dando altos ataques de piti simplesmente porque escuta a voz dele do outro lado do telefone. E ela se sente culpada! O melhor amigo é tipo a única pessoa nesse livro que eu não odiei, e de alguma forma ele é o vilão. ???? O Neal dá ataque de piti e fica puto com ela porque ela não quis ir no enterro do pai ausente dela e diz que não sentiu falta de ter um pai, tendo sido criada inteiramente pela mãe. E ela se sente culpada!!! ?????????

ARGH.

Uma não-história horrorosa sobre uma pessoa oprimida (e com sérios problemas de limpeza pessoal) tentando salvar um relacionamento com um marido bosta. Eu detesto falar isso sobre a Rainbow Rowell, porque em geral eu gosto muito dos livros dela, mas a Marcella de 30 anos não tem a menor paciência mais.
Sthefanny.Saldanha 29/12/2020minha estante
marcela, eu dei muita risada com esse seu texto (principalmente na parte do picolé de chuchu!), mas concordo 100%.

ainda chocada que o seth é vilão.

o seth. vilão.

será que ele conseguiu finalizar o roteiro com o scotty? será que o programa vai sair??? só consigo pensar nisso (#teamseth)

(e eu amei tanto, tanto, taaanto eleanor & park e fangirl)




Joice (Jojo) 22/09/2015

Aquém das expectativas
Admito que esperava muito mais de "Ligações", eleito pelo público do Goodreads como o melhor livro de ficção de 2014. A edição brasileira teve erros grosseiros de tradução e revisão (alguém aí conhecia a expressão "armadura de óculos" para se referir a uma armação?), mas esses fatores apenas contribuíram para que a leitura desse livro de Rainbow Rowell fosse aquém das expectativas.

Apesar de rápida e fácil, a leitura não é prazerosa, e Rainbow Rowell, obstante o esforço e as boas intenções, não consegue êxito numa trama que se dispõe a abordar os obstáculos naturais de um casamento. Para quem já leu "A trama do casamento", de Jeffrey Eugenides, o enredo de Rowell padece de maturidade.

Aliás, não apenas o enredo. Tive muita dificuldade em visualizar a protagonista, Georgie, como uma mulher madura, de quase quarenta anos. Ela age como uma adolescente a maior parte do tempo (e não estou me referindo à Georgie do passado). Além disso, os adjetivos "divertida", "carismática" e "inteligente", frequentemente atribuídos a ela durante a história, não combinaram com uma personagem essencialmente apática. A verdade é que não vi vida em Georgie, e o fato de Neal, seu marido, ser descrito como um personagem rabugento também não contribuiu para causar empatia. No final, para mim tanto fazia se eles terminassem juntos ou não.

Um livro fraco.
Vivi Cruz 18/08/2016minha estante
Eu pensei exatamente a mesma coisa. Todo mundo fala tão bem desse livro que eu achei que fosse a única do contra rs. Além de tudo, o casal está em crise e do começo ao fim eles não têm diálogo. A impressão que tive do Neal é que ele era um pessoa totalmente acomodada e sem objetivos de vida. E a Georgie como você disse totalmente apática. Preferi muito mais os livros Eleanor & Park e Anexos. Gostei da resenha =)


Lila 25/09/2016minha estante
Nossa, tô no início do livro e já tô achando isso! Amei Anexos e Eleanor and Park, mas esse, minha gente, tá complicado.
Pelas EXATAS razões que você descreveu aí.


RChicago 21/11/2017minha estante
Concordo em gênero, número e grau!




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