Jefferson Vianna 10/01/2018
Diversão garantida do começo ao fim...
Um livro simplesmente maravilhoso! Difícil explicar a mistura de sentimentos que desfrutei enquanto lia “Nu, de botas” do escritor Antonio Prata, uma leitura prazerosa e engraçada, onde o autor nos convida a conhecer particularidades de sua infância, a descoberta da vida e também da morte, a primeira paixão e o sexo descoberto nas revistas pornográficas... Convida-nos a mergulhar em pensamentos e enxergar o mundo com a inocência de uma criança! E talvez por isso me vi tão presente em cada conto, afinal, o autor nos transporta para o passado, fazendo-nos sentir saudades da nossa infância, levando-nos na maioria das vezes as gargalhadas ao percebermos durante a leitura que nós fomos criaturas ingênuas e corajosas! É um livro encantador composto de 24 crônicas, escritas sob a percepção de uma criança, ou seja, diversão garantida!
Um dos meus trechos preferidos: "Durante meus primeiros anos de vida, a função das cuecas foi um enigma. Pra que usar uma sunga de algodão por baixo da calça, a apertar-nos o pinto, o saco e a bunda, se todas essas partes do corpo era tão agradável o toque macio do moletom? O mistério arrastou-se até o dia em que meu pai, ouvindo-me reclamar da etiqueta de uma bermuda, a me pinicar as costas, sugeriu que eu vestisse uma cueca. Das trevas fez-se a luz. Então era isso, claro: elas existiam para nos proteger das etiquetas!”