O Continente

O Continente Erico Verissimo




Resenhas - O Tempo e o Vento - Parte 1


11 encontrados | exibindo 1 a 11


Abduzindolivros 08/09/2023

Já tenho uma personagem literária feminina favorita: Ana Terra, hoje e para sempre!

Confesso que achava que não sentiria muito prazer nessa leitura, mas já se tornou um dos meus livros favoritos DA VIDA! Como sou apaixonada por romances de formação, acompanhar a trajetória da família Terra-Cambará junto com a formação do estado do Rio Grande do Sul foi uma experiência incrível, que eu recomendo de olhos fechados para todo mundo.

Erico Veríssimo tem um jeito de contar histórias que é uma lindeza! Transmite ideias profundas fazendo-me pensar sem que o próprio emita juízos de valor sobre as ações dos personagens, e com uma linguagem tão simples que pode ser apreciada e entendida por qualquer pessoa. Tem que ser um escritor muito bom para conseguir isso. Fiquei presa do início ao fim, saboreando, me emocionando, torcendo para que o livro durasse mais...

O começo do romance mostra os personagens mais atuais da família Terra-Cambará sitiados na sua residência em Santa Fé, o Sobrado. Durante três dias, seus moradores são acossados pelos federalistas (apoiadores da monarquia, parlamentaristas etc.), e essa parte é fragmentada em vários capítulos, intercalados com narrativas do passado. Como essa família chegou nesse casarão e está nessa situação? É isso que vamos entender.

Mesclando ficção com fatos históricos, Veríssimo, após nos apresentar o drama da família no cerco ao Sobrado (1895), nos leva para um passado ainda mais distante (1745) para contar a história de Pedro Missioneiro, um indígena nascido nas missões jesuítas cuja história se cruzará com a de Ana Terra, que posteriormente se estabelecerá em Santa Fé. À sua família, anos depois, se juntará o Cap. Rodrigo Cambará, por meio do casamento com Bibiana Terra (neta de Ana), e entre nascimentos, mortes, tempo e vento, chegaremos ao desfecho do cerco no final do livro.

Apesar da maior parte da jornada ser contada sob o ponto de vista de homens que acompanharam a história dessa família (pe. Alonzo, pe. Lara, dr. Winter), Veríssimo focou a atenção nas mulheres, em como elas sofriam e enxergavam a sucessão de guerras que sempre levavam seus maridos e filhos, e alguns nunca mais retornavam. Ana Terra, Bibiana, Luzia, Maria Valéria, são nomes que se destacam; mulheres com personalidades distintas, todas padecendo numa época muito machista e violenta, tendo que se preservar de alguma maneira.

De guerra em guerra, o tempo vai passando e arrastando consigo a brutalidade dos homens através das gerações. Era estarrecedor ver como isso trazia muito sofrimento para esses homens ? instabilidade emocional, depressão, mortes violentas; ou eles sofriam calados, ou explodiam e imputavam sofrimentos maiores aos mais fracos, tudo em nome de preservar sua masculinidade: às mulheres, restavam estupros, obediência cega, lutos prolongados e repetidos, traições, maledicência, fome... Os papéis de gênero eram bem definidos e não se admitia que se escapasse disso: aos homens restava serem ?machos? e não fugir de uma boa briga; às mulheres, cabiam o papel de serem submissas e esperarem seus homens em casa, ou serem chinocas que serviam para uso desses homens. Um estado que foi construído sobre o sangue e sofrimento de muita gente.

Girando em torno desses ciclos, com seus personagens repetindo seus questionamentos sobre a inutilidade de tantas guerras (e de viver, trabalhar, persistir...), outras questões vêm à tona. A opressão de algumas famílias sobre outras, e aqui estamos representados pela família Amaral que detinha o poder econômico e político em Santa Fé, inimigos dos Terra-Cambará conforme estes ascendiam politicamente. Com o respaldo do governo, essas famílias poderiam tomar as terras que quisessem e acumular sesmarias, mandando e desmandando, enquanto os mais pobres não tinham apoio nenhum e podiam, de uma hora para outra, perder tudo, segundo a decisão arbitrária desses coronéis.

Isso também gerava uma hierarquia de oprimidos, e na base estavam os indígenas e os negros, que não eram considerados gente muitas vezes nem dentre outros oprimidos. Tem uma cena impactante na qual Licurgo Cambará, neto de Bibiana Terra, promove uma festa para dar a carta de alforria aos seus escravos; o tempo todo exalta a importância desse ato bravo, porém, por dentro, os pensamentos que dirige aos negros são preconceituosos e humilhantes.

O tempo passava e nada mudava. O vento anunciava as mortes, e carregava a teimosia dos mortos para a próxima geração de vivos. E assim, nada mudava ? apesar do mundo estar em constante progresso.

Minha parte favorita foi, sem dúvida, a história da Ana Terra. Me emocionei e me apaixonei por essa personagem, e pela força do ódio ao qual ela se agarrou para viver, após protagonizar um ato de extrema coragem, sagacidade e sacrifício por amor à sua família. Foi de arrepiar; quem leu, sabe do que estou falando. Quem ainda não leu, se prepare. É claro que Ana Terra é uma personagem fictícia, mas é impossível deixar de imaginar quantas mulheres tiveram que suportar aquele tipo de coisa, desprotegidas naqueles pampas sem lei...

É um livro lindíssimo, emocionante, vale a leitura e a releitura! Recomendo fortemente.
comentários(0)comente



Lethycia Dias 15/03/2021

Viagem através do tempo
Passei vários anos tendo vontade de reler "O tempo e o vento". Retornar a essa saga de Erico Verissimo foi uma (re)descoberta apaixonante e ao mesmo tempo desafiadora. O livro "O Continente", com seus dois volumes compreendidos nesta edição, nos apresenta a essa história desde as origens da família Terra-Cambará, cujas várias gerações protagonizam toda a saga.
Ler essa história é como fazer uma longa e lenta viagem através do tempo, desde o século XVIII, sob o ponto de vista de um padre jesuíta em uma missão catequizadora, até o fim do século XIX, quando os Terra-Cambará, já estabelecidos na cidade de Santa Fé, vivem uma situação dramática de cerco à sua casa durante uma guerra civil. Os capítulos que retratam esse momento, intitulados "O Sobrado", são intercalados com os outros pedaços da história, que, estes sim, seguem a ordem cronológica de acontecimentos fictícios e históricos.
Neste livro, conhecemos alguns dos personagens mais marcantes da saga, e, particularmente, os meus favoritos: Ana Terra e sua coragem de viver; o Capitão Rodrigo e sua impetuosidade; Bibiana e sua resiliência e sabedoria. Esses nomes, talvez os mais conhecidos da história, são acompanhados por muitos outros personagens, alguns mais ou menos complexos, por vezes alegres e divertidos; sisudos e duros; ou donos de um olhar reflexivo que auxilia o leitor a ver a complexidade do tempo e da cultura retratados.
Por ser um romance histórico, o livro acompanha vários momentos da história do Brasil, de forma um tanto distante, e da história da colonização do Rio Grande do Sul, essa sim retratada mais de perto. Foi um pouco difícil reler agora, com olhar mais consciente, alguns aspectos desse "retrato", como o genocídio indígena e o racismo contra os povos que sobrevivem a ele; a escravidão e suas consequências; o colonialismo em si, a noção de superioridade de alguns grupos sobre outros; e certo eurocentrismo, quando imigrantes europeus chegam à região Sul do Brasil. Erico Verissimo representa tudo isso pelos olhos de diversos personagens, que às vezes fazem parte desses processos históricos, colaborando ativamente, e às vezes assistem enquanto eles acontecem, conscientes ou não do quanto são prejudiciais.
Fiz uma leitura bem lenta, em alguns momentos com mais empolgação e curiosidade, e em outros com mais calma ou menos disposição. É um livro que varia bastante em intensidade e ritmo de acontecimentos, mas cheio de personagens interessantes e momentos surpreendentes.

site: https://amzn.to/3eEUW1S
comentários(0)comente



Régis 09/05/2021

O tempo e o vento: o continente
O Continente é o primeiro volume da série O Tempo e o Vento de Erico Verissimo. Esse livro simplesmente é uma das crônicas mais épicas que eu já li, em suas mais de 600 páginas ele narra a história de muitas pessoas e o nascimento de uma grande família, mas o ponto forte da história são as grandes e fortes mulheres. De Ana Terra a Bibiana vemos a garra feminina que é o centro e a liga da família e que não baixa a cabeça por nada. Como cenário temos o Rio Grande do Sul em seus anos iniciais e temperado pelas batalhas entre exércitos, partidos e famílias.
comentários(0)comente



Fred Vasconcelos 17/07/2022

Enquanto lia o livro procurei pela biografia ”verdadeira” dos personagens, encontrando essa verdade apenas na obra de Verissimo.

Percorremos a vida dessa gente, aprendendo (e visitando historicamente) sobre o Tratado de Madri, A Guerra Cisplatina, A Guerra dos Farrapos, A Revolução Federalista e até mesmo a Independência do Brasil e a abolição da escravidão, as disputas pelas Missões, a Guerra dos Farrapos, a Guerra do Paraguai, sob um prisma muitas vezes negligenciado por autores brasileiros, em detrimento ao que se escreve no resto da América do Sul, que é uma visão mais “oriental”, no sentido de literatura mais espanhola e não tanto portuguesa.

A linhagem dos Cambará de Santa Fé como pano de fundo para um estudo muito delicado das agruras das figuras humanas retratadas. O texto vai se fechando sobre os personagens, é como o sobrevoo de um pássaro que do alto avista se caça e a apanha, descendo em rasantes sucessivos.

Os personagens são reais nesse livro. Para mim é completamente aceitável que os personagens descritos nesse livro em algum momento caminharam sobre as terras ao sul de nosso país, em uma outra época ainda que seus anseios e medos e decepções e alegrias fossem os mesmos que ainda nos movem. São personagens que nascem e morrem nessas páginas e eu, como leitor, me encontrei quase como uma criatura mística observando a vida dessas pessoas, de longe, sem poder alcança-los.
comentários(0)comente



Gabiii 06/06/2021

Meu Deus... que livro!
Não tenho palavras pra descrever o quão bem escrito esse livro é. Já tinha tido um contato prévio com o Erico Verissimo e essa leitura serviu pra reforçar a opinião que eu já tinha dele: talentoso, detalhista e com um poder imenso de envolver os leitores com suas criações.

Primeiramente, a construção dos personagens nesse livro é PRIMOROSA, de uma profundidade sem tamanho (para saber a respeito do fulano, primeiramente conhecemos toda a geração que o antecedeu), com o foco da narrativa dançado de pessoa em pessoa frequentemente, dando espaço para muitos protagonismos. É tão fácil se apaixonar, se compadecer e, em muitos momentos, se identificar com essas pessoas porque elas são reais, tem virtudes e defeitos, prezam pelos seus, nascem, envelhecem e morrem.

Acredito que a realidade palpável dessa narrativa se deva também a enorme carga histórico-cultural que se mistura a ficção, ora minuciosamente ora com muita presença. Ao terminar a leitura do posfácio, percebi que muitos personagens secundários que eu pensava serem apenas ficcionais, na verdade foram figuras políticas, militares e culturais muito relevantes. Inúmeros conflitos como a disputa pelas Missões, a Guerra dos Farrapos, a guerra do Paraguai, e também marcos nacionais como a Proclamação da República e a abolição da escravidão são inseridos no enredo tão naturalmente, com os personagens atuando nesses eventos com tanta riqueza de detalhes e relevância, que em determinado momento é difícil separar o que é ficção do que não é. Uma das partes que mais me tocou foi a maneira que a abolição da escravidão foi abordada. O comportamento dos personagens apenas reafirmou que algumas cartas de alforria não significaram quase nada para o cenário.

Por fim, quero enaltecer até não poder mais o trabalho do autor em pôr no papel toda uma bagagem cultural. Em muitos momentos durante a leitura, senti que essas pessoas poderiam ser meus antepassados... eles falam com expressões que eu entendo, viajaram por cidades que eu conheço, se vestem de maneira que eu consigo imaginar (do jeitinho que meu avô se vestia), tomam chimarrão a cada segundo kkkkk Enfim, a cultura gaúcha foi muito bem representada nessa história.

Toda essa imensidão de contexto assim como o brilhantismo na criação e desenvolvimento de todos os personagens trouxe pra esse livro todo o palco e aclamação que ele merece. Estou muito ansiosa para partir pro segundo volume e continuar a história dessa família por mais alguns anos. Mais que recomendado pra quem aprecia romances de formação e pra quem se sentir curioso sobre a história de um pedacinho do Brasil.
Luds 06/06/2021minha estante
Amo demais!




KeityBarros - UniversosDePapel 10/05/2023

ESSE LIVRO VIROU MEU AMIGO!
Algumas leituras encontram um lugar todo especial em nós. Elas parecem dialogar informal e despretensiosamente com a gente e, quando nos damos conta, já estamos acostumados à sua linguagem, sua atmosfera e seu jeito de conversar conosco. Foi isso que vivi com O Continente. Primeiro de três volumes da saga O Tempo e o Vento, que conta a formação do Rio Grande do Sul pela perspectiva das fortes mulheres da família Terra Cambará.

Levei quatro longos meses para concluir essa leitura, o que considero bastante tempo e muito estranho, levando em consideração o quanto estava gostando dessa história. Mas talvez por isso, eu tenha me acostumado tanto com essa narrativa, a ponto de sentir que estava escutando um amigo contando seus "causos" enquanto eu lia.

De todos os inúmeros elogios que poderia fazer à essa pérola da nossa literatura, duas coisas eu não poderia deixar de falar aqui, porque me impressionaram demais!

1 - A linguagem perfeita do autor - A beleza da narrativa, delicada e ao mesmo tempo informal; leve e ao mesmo tempo poética; tão bem marcada (pelo regionalismo do Sul do Brasil, e pela época que retrata, entre 1745 e 1895), e ao mesmo tempo tão fácil de entender... Tudo isso me envolveu de uma forma que eu praticamente podia ver a narrativa acontecendo ao vivo, na minha frente!

2 - A construção dos personagens. Gente, não sei nem dizer o quão humanos esses homens e mulheres se tornaram para mim! A gente pode amar alguns, detestar outros, pode achar alguns doidos de pedra e perceber como outros vão ficando ranzinzas à medida que a idade vai chegando, mas definitivamente conseguimos ver Ana Terra, Capitão Rodrigo, Luzia, Bibiana e companhia ganhando vida bem diante dos nossos olhos! É sensacional!!!

É verdade que no início, fiquei um pouco perdida com a narrativa não linear. A alternância entre presente e passado estava me confundindo. Mas logo peguei o jeito e tudo fluiu muito bem!

Logo mais devo voltar ao universo de O Tempo e o Vento. E não vejo a hora de descobrir que histórias esse amigo tem a me contar!

Veja mais conteúdo no meu Instagram: @UniversosDePapel_
comentários(0)comente



Babih Bolseiro 27/08/2023

Só sei que foi assim!
Sem reviravoltas, sem grandes aventuras... e eu amei! Ainda não conhecia a escrita do autor e acabei gostando muito. Houve uma conexão com os acontecimentos e personagens, pois é algo da nossa história (quem mora no Sul), costumes, linguagem, fatos até mesmo históricos. A vida dos Terras não foi fácil e nem a do pessoal de Santa Fé, o que desencadeia muitas reflexões que, atualmente, muita gente não tem capacidade mental (ou vergonha na cara mesmo) para fazer (só o lucro e "subir na vida" importa). A vida das mulheres retratadas aqui é simplesmente árida, sofrida, silenciada... Não que hoje isso não seja mais assim, porém antes era muito pior. Estou ansiosa para saber o que vai acontecer nos próximos livros. Obs: gostaria que tivesse mais episódios "sobrenaturais".
comentários(0)comente



Euller 10/07/2022

Incrivelmente perfeito
?????
"O vento uiva, fazendo matraquear as vidraças. Bibiana Terra Cambará sorri, leva o indicador aos lábios, como a pedir silêncio, e, estendendo a mão na direção da janela, sussurra:
- Está ouvindo?"
Este foi, literalmente, um dos melhores livros que eu já li. Não vejo formas de descrever tantas as sensações que eu senti lendo todas essas páginas, são tantos personagens, tantas histórias que individualmente compõe um todo.
Ler obras como essa, que narram várias gerações de uma ou mais famílias deixa impregnado o sentimento do luto. Foram muitas perdas, quando me via apegado emocionalmente ao personagem ele infelizmente tinha sua vida interrompida, seja por razões naturais ou mesmo pelas ações que grande parte dos homens que compõe acabavam fazendo.
Sinto-me feliz por ter lido esse livro nesse momento, foi o meu momento certo, o momento em que eu consegui sentir todas essas emoções. Tornou-se um dos meus favoritos. Lerei os outros volumes com certeza, o mais breve possível.
comentários(0)comente



Kali 11/07/2022

?Noite de ventos, noite de mortos??
?O Continente? obra escrita por Erico Verissimo, publicada em 1949 abrindo assim, a trilogia que Erico denominou de O tempo e o vento.

Nesta grandiosa obra ficcional Erico Verissimo dá vida aos seus personagens, que por sinal são figuras marcantes abarcando assim, com os primeiros acontecimentos no ano de 1975.

A narrativa permeia pela região dos Sete Povos das Missões, região que fora fundada pelos Jesuítas espanhóis.

O livro é extremamente rico nos detalhes históricos e culturais, trazendo a construção do estado do Rio Grande do Sul e também trazendo os acontecimentos que permeavam em nosso país.

A cada capítulo é uma verdadeira aula, que vai nos contar sobre o Tratado de Madri, A Guerra Cisplatina, A Guerra dos Farrapos, A Revolução Federalista e até mesmo a Independência do Brasil.

Por vários momentos tive a impressão de estar lendo uma biografia, ainda mais quando era narrado sobre os personagens de Ana Terra e Capitão Rodrigo, ambos responsáveis pela linhagem da família Terra Cambará na cidade de Santa Fé.

Sobre o livro, a história não é narrada em ordem cronológica, ela se passa em momentos, como no caso dos capítulos denominados por ?O Sobrado? que se intercala com o passado, transcorre entre os dias 24 a 27 de junho de 1895.

Nos demais capítulos o Erico nos proporciona uma construção impecável da personalidade de seus personagens, ele realmente dá vida a eles, é possível ler e compreender a expressão daquele personagem é algo muito vivido.

Em destaque eu trago as grandes figuras femininas: Ana Terra, Bibiana e Luzia, mulheres de força, recomeços e espera.

Não posso deixar de evidenciar também, um certo Capitão Rodrigo, que chegara causando rebuliço em Santa Fé (?Buenas, e me espalho! Nos pequenos dou de prancha e nos grandes dou de talho!?).

Por fim, fica todo o meu apreço por dois personagens que aqueceram o meu coração nessa jornada de O continente, foram eles: Dr. Winter e Fandango, um trazendo toda a sua sabedoria e até mesmo resiliência e outro sua experiência de vida e sua simplicidade pois ?O sol é o poncho do pobre hombre?.

Antes de concluir o primeiro livro, eu havia dito que não leria os demais neste ano, devido a demanda de outras leituras e tudo mais, porém, retiro o que disse.

Finalizei o livro e no mesmo instante fiz o pedido dos dois volumes... Acontece, coisas que Erico Verissimo faz com a gente. ??
comentários(0)comente



Carla 11/08/2022

Saga familiar entrelaçada à história do Brasil
Ah, os Terra Cambará ? Saga familiar deliciosa, sagaz, brasileira. Livro com estrutura incrível! Escrita fluida, rica, lindíssima! Personagens muitíssimo bem construídos, quem esquece Ana Terra, Capitão Rodrigo Cambará, Bibiana? ??
comentários(0)comente



Carla.Ligia 24/05/2023

Um livro que fez eu ter orgulho de ser gaucha
Tentei várias vezes ler a saga O Tempo e o Vento, tinha alguns dos livros numa edição prateada antiga da editora Globo, mas não passava do Continente I.
Dessa vez, com a Leitura Conjunta, consegui ler os dois volumes de O Continente e me preparo para começar O Retraro.
Nos últimos anos não tive muitos motivos para ter orgulho de ser gaúcha, mas Érico Veríssimo e seu romance épico me fizeram relembrar meus ancestrais que aqui construíram um lar, com seus defeitos e suas qualidades.
Esse homem continua um mestre.
Recomendo fortemente Continente I e II.??????
comentários(0)comente



11 encontrados | exibindo 1 a 11


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR