Grande Irmão

Grande Irmão Lionel Shriver




Resenhas - Grande Irmão


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criscat 27/02/2014

Terminei de ler o livro há algumas semanas. Demorei a escrever a resenha não por preguiça ou falta de tempo. Acontece que a escrita da autora é tão intensa e visceral que demora algum tempo até o leitor digerir o que leu e conseguir conversar - ou escrever - a respeito.(...)

Resenha completa no blog.

site: http://www.cafeinaliteraria.com.br/2014/02/18/grande-irmao/
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Michelle 29/08/2016

Fome do que?
Como o simples ato de comer pode afetar toda a nossa vida?
Já perdi a conta de quantas vezes vi o assunto abordado nesse livro sendo abordado em jornais, revistas, internet e afins e no jornal de hoje da minha cidade o assunto foi esse, uma grande manchete chamando atenção para o fato de comer mal.
Comer para satisfazer a fome, comer por gula, comer por estar triste, comer por estar ansioso, comer por estar preocupado, comer simplesmente por comer.
Sentir fome é natural, fomos feitos para sentir fome,do contrário não veríamos tantas pessoas morrendo por isso. O que nos leva a discussão do livro é comer para aplacar nossas frustrações e perder o controle disso.
Estar acima do peso, ser gordo ou ser obeso parece uma ofensa para as outras pessoas, longe de ser algo confortável, muito distante disso, mas ver as pessoas julgarem, virarem o rosto ou sussurrar é indigno. Acredito que as pessoas chegam a uma condição desfavorável por diversos motivos e não cabe a nós, meros coadjuvantes nas vidas alheias apontarmos o dedo ou pré-julgar uma pessoa nessas condições.
No livro acompanhamos a vontade de Pandora em ajudar seu irmão, as concessões que ela adotou para que ele pudesse ter uma qualidade de vida melhor e pudemos nos identificar em diversos momentos com os personagens. Eu me vi em Pandora diversas vezes, ao fechar os olhos para o aumento de peso e a birra para comer 'besteiras'. Esse livro além da conscientização sobre o tema, nos traz muitos ensinamentos e lições.
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Vilmara.Nunes 25/02/2020

?Talvez seja impossível habitarmos nossas próprias realizações, por nos prendermos à busca em si, a seu ímpeto, a sua viciadora carga de anfetamina e a seu potente senso de propósito, de modo que o cumprimento de qualquer missão traz uma sensação de perda, na qual toda essa energia e direção são substituídas por uma calma em cujo halo os esforços logo se inquietam.?
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Dressa Oficial 10/06/2014

Resenha Grande Irmão
Olá, tudo bem com você?

Hoje trago para vocês o primeiro livro da Lionel Shriver que eu leio e dou nota máxima:)

Todos os livros dela são bem descritivos ela narra todos os detalhes possíveis e imagináveis e tem costume de demorar muito para chegar ao tema central do livro, mas nesse ela foi bem direta ao assunto e por isso li em pouquissimos dias.

Nele conhecemos Pandora uma mulher casada, bem sucedida em sua carreira profissional e fica sabendo que seu irmão Edison está passando por uma situação bem complicada, ele está sem trabalho e passando necessidades não tem nem onde morar, então ela comenta com seu marido a possibilidade de ele morar por um tempo com eles.

Fletcher o marido de Pandora não aceita muito bem a idéia de seu cunhado morar com eles, Fletcher é viciado em exercicios físicos e só se alimenta com comidas saudáveis, não come doces nem sob tortura.

Pandora quando vai buscar seu irmão no aeroporto encontra uma pessoa totalmente diferente da qual ela conhecia e não via a mais de quatro anos, Edison está com mais de 170 kg e é trazido por uma cadeira de rodas.

Pandora logo pensa no que seu marido irá achar, pois além do mesmo não ter ficado nenhum pouco feliz com a vinda dele para a casa dos dois, ele vai encher o saco de Edison por estar tão gordo, já que o mesmo é viciado em manter a boa forma.

Passado alguns meses que Edison está na casa deles, a rotina de todos mudou pois todos passaram a comer mais já que Edison adora cozinhar, mas ao sentar em uma cadeira de Fletcher que é marceneiro ele quebra a cadeira sem querer e isso vira vários motivos de briga entre toda família.

Página 113
- Sabe - comentei, baixinho - teria sido menos perturbador interromper você cheirando cocaína.

O preconceito que Edison passa não só dentro de casa mas também com todos que já o conheceram é de cortar o coração, até que Edison acaba discutindo com Fletcher pois já está bem cansado de só ser xingado de gordo e todos o olharem com aquele desprezo.

Página 124
- Escute, cara, sei que sou gordo - Falou Edison, enfim dirigindo-se diretamente a Flitcher. - Mas do jeito que você fala, é como se eu fosse um lixo. Não é uma descrição, mas um veredicto. Como se eu fosse uma abominação, a fonte de todo o mal e toda a podridão do universo. Eu como demais, mas não matei ninguém. Não sou pedófilo. Nem roubei e sua carteira.


Pandora deseja ajudar seu irmão a sair dessa situação tão humilhante e propõe alugar um apartamento para eles ficarem morando juntos por um ano e os dois resolvem emagrecer.

No começo é tudo bem difícil e Pandora acaba encontrando seu irmão escondendo uma embalagem de pizza no meio do regime que ela também tem se esforçado a fazer.

O regime que eles começam a fazer é bem radical pois ficam três meses em uma dieta só liquída, é um livro que trata sobre os problemas com comida, sobre o apoio familiar ou a falta de, sobre como a obesidade morbida pode matar e os todos riscos que ela traz, não só o vicio em comida mas também o vício em fazer exercicios físicos e comer de forma totalmente saudável sendo bem radical.

O livro foi inspirado no próprio irmão da autora porém na vida real teve um outro final e ela resolveu escrever um livro para mudar a vida real.

Não é um livro feliz, mas também não é um livro que te deixa com depressão, mas faz pensar em muitas coisas principalmente como levamos a vida, e como é nossa situação com a comida em todos os sentidos.

Página 280
- Você acha que estes seis meses foram a parte a mais díficil? Pode tirar o cavalinho da chuva. Não comer nada é fácil. Comer alguma coisa, mas não muito, é uma aporrinhação permanente. Você tem razão, ainda não acabou, não chegou ao seu peso-alvo. Mas adivinhe só: não vai acabar nunca. Você pensa que é uma questão de chegar nos 74kg, e ai vai poder relaxar. Grande surpresa, maninho. Você não poderá relaxar nunca. Terá de reapreender a comer. E sabe qual é a má notícia? Depois de ter metido os pés pelas mãos do jeito que fez e de ter transformado a comida numa armadilha pessoal, e em seguida numa fonte gigantesca de angústia, e de passar por toda essa comoção obsessiva dos envelopinhos, bem... Comer nunca mais será a mesma coisa. Sempre o deixará nervoso e jamais será uma grande diversão.


Adorei ter lido esse livro, ele traz uma questão muito forte para se pensar, recomendo muito a leitura e acabo de ler esse livro com saudades do Edison irmão de Pandora.



Beijos

Até mais...


site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2014/03/resenha-grande-irmao.html
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fabiane_ 25/06/2016

O final é surpreendente,
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Michael.Pires 03/07/2021

Valeu a pena
Polêmico e impactante como o tema é na vida real, com um final que irrita e incomoda, mas faz refletir, o que deixa interessante e instigante levar a leitura até seu fim.
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Psychobooks 21/07/2014

Classificado com 2,5 estrelas

Resenha Dupla

Alba: Livro da Lionel é sempre irrecusável. Quando a Mari disse que receberia "Grande Irmão", logo comprei minha cópia, porque resenha dupla da Shriver é amor em dobro. Mas todos autores têm seus tropeços, né?

Mari: Assim que fiquei sabendo do lançamento desse livro pela Editora Intrínseca, já comecei a desejá-lo e corri avisar a Alba implorando por uma leitura/resenha dupla. Minhas expectativas estavam BEM altas para a leitura de Grande Irmão.

- Enredo e apresentação da história

Alba: O livro conta a história da Pandora, uma mulher de 43 anos superbem-sucedida com um negócio próprio. Ela é casada com Fletcher há 7 anos e tem dois enteados Tanner de 17 anos e Cody de 14. Meio perdida em seus papéis de empresária, mãe e esposa, Pandora terá que lidar com outro papel: irmã. Seu irmão Edison está vindo passar dois meses com ela, pois está tendo por dificuldades financeiras. Eles não se veem há 4 anos e ela quase não o reconhece quando vai buscá-lo no aeroporto; seu irmão está 100kg acima do peso.
O enredo tem sua base na comida e as relação dos personagens com ela. É isso que Shriver destrinchará durante a narrativa.

Mari: Pandora está num período de 'calmaria' em sua vida. A empresa de bonecos artesanais foi um sucesso inesperado, agora com a visita do irmão, ela percebe que pode fazer uma nova empreitada e enfrentar o desafio de ajudar seu irmão a perder o excesso de peso e ter sua saúde de volta.

- Narrativa e desenrolar da história (aka: Muita calma com Shriver)

Alba: Já li três livros da Shriver e aconselho ao leitor incauto: muita calma com o começo de sua narrativa. Antes de começar sua história, a autora pauta sua personagem principal, nos dando uma prévia do seu passado com os personagens que interagirá. Esse começo demora a engrenar por conta desse preparação, e quando digo demora, é demora mesmo: pelo menos umas 80 páginas. Muita gente larga os livros da Shriver por conta disso. Minha dica é: perseverem! Essa construção é essencial para o entendimento das motivações de suas personagens.

Mari: Eu gosto quando o autor toma cuidado para criar e embasar seus personagens, isso deixa a leitura mais lenta no começo, mas o leitor consegue entender perfeitamente as atitudes de todos os personagens e tomadas de decisões. Em momento algum fiquei me perguntando o motivo da personagem ter tomado aquela decisão.

Alba: A narrativa corre em primeira pessoa e o livro é dividido em 3 partes: I Mais; II Menos e III Fora.
Mesmo antes de Edison chegar à casa de Pandora, Shriver já monta a relação conturbada que todos têm com comida. Fletcher, marido de Pandora, é obcecado por calorias e comidas saudáveis. Aficionado por exercícios, não se permite sair da linha. Numa linha passivo-agressiva, Pandora está acima do peso.
I Mais
Nessa primeira parte do livro conhecemos Edison com seus 100kg a mais. A relação abusiva dele com a comida na mesma casa em que Fletcher leva uma relação de privação é um paradoxo superinteressante para pensarmos em nossos hábitos. Tudo gira em torno de comida. A autora o tempo todo volta a isso.
II Menos
Após a construção e apresentação de Edison, Shriver dá o próximo passo e começa a nos apresentar relação irmão/ irmã. É bem interessante como Edison e Pandora se relacionam por conta da infância meio diferente, já que o pai deles era astro de um seriado americano.
III Fora (aka: como tranformar um livro 4,5 estrelas em um livro 2 estrelas e meia)
E... Shriver perde a mão. Fazia tempo que não passava tanta raiva com a construção de um livro. A impressão que tive foi que sem saber o que fazer, Lionel resolveu as coisas de qualquer jeito.

Mari: Por que essa terceira parte existe? Vocês não imaginam o quanto eu fiquei frustrada e FURIOSA com esse final! Eu entendo que foi uma ousadia da autora e que pode ter muita gente que vai gostar e achar genial, mas eu não gostei. Nem um pouco. O livro estava encaminhando para 5 estrelas e de repente.... POW... na minha cara! Nunca mais faça isso, Shriver, nunca mais!!!

- Personagens

Mari: Pandora vai fazer qualquer coisa para ajudar o irmão, inclusive enfrentar seu marido. Edison é um adulto desagradável, que gosta de contar vantagem sobre o quanto sua vida como pianista de jazz é excitante e importante. Por outro lado, Fletcher é perfeccionista em tudo o que faz. Os dois entram em conflito a todo instante e muitas vezes, os dois têm razão sobre o que estão argumentando.
Não consegui 'escolher' um lado para dizer quem estava errado. Fletcher diz que Edison só quer se aproveitar da bondade da irmã e pegar seu dinheiro, mas ele não diz nada sobre a casa que eles moram ter sido comprada por ela, isso sem contar que todo o dinheiro que entra vem da empresa dela, já que sua marcenaria de alto padrão não vende muitas peças. Edison é um tanto egoísta e manipula Pandora emocionalmente, mas ele realmente está precisando de ajuda.
Deu para entender o grande drama em que essa mulher se encontra?

Vale a pena, meninas?

Alba: Se você quer conhecer a autora, não. A escrita é ótima, mas o desenvolvimento deixa muito a desejar. Sua composição dos personagens é perfeita, mas ela perdeu completamente a mão na finalização. Não recomendo.

Mari: Se eu fingir que a última parte não existiu, sim, eu recomendo o livro, mas esse final ACABOU comigo e com todo o encanto que eu estava sentindo. Como eu sei que muitas pessoas irão gostar da decisão da autora, eu recomendo que você leia, mas não venha me dizer que eu não avisei sobre esse final.

"Pior, eu via que ele estava levando Fletcher á loucura. A raiva do meu marido era tão palpável para mim que eu tinha pavor de que meu irmão também pudesse captar seu silvo agudo de apito de cachorro. Mas, enquanto Edison sugava todo o ar de conversa que houvesse no ambiente, Fletcher só fazia ficar mais austero e silencioso. (...)"
Página 103


site: www.psychobooks.com.br
Tayna 07/03/2015minha estante
Achei a parte três super necessária e dolorosamente real. Quantas pessoas você conhece, fariam o que a Pandora fez na parte II? É por isso que a parte III incomoda mas ela é real. Sem falar que o livro foi baseado em experiências reais da Lionel e isso fica claro no ultimo paragrafo do livro. Esse é o meu terceiro livro da Shriver e pra mim ela não decepcionou.


Jonathas 17/03/2015minha estante
Ótima resenha! Gostei dessa inovação de "resenha dupla". Depois de ler esse livro, o leitor jamais pensará em obesidade da mesma forma. A única parte que discordo de vocês é da parte três, que pra mim traz coesão ao livro todo. Pandora me incomodou durante a leitura, pois por conhecer o estilo de Shriver, sabia que ela costuma criar protagonistas memoráveis e mais reais e raramente agradáveis (breves exemplos: Eva e Kevin de Precisamos falar sobre o Kevin, Willy de Dupla Falta, Glynis de Tempo é dinheiro e Corlis de A perfectly good family) e alguma coisa em Pandora a tornava muito perfeita, esse altruísmo dela, e a terceira parte serve exatamente pra isso, pra mostrar o quão grave é o problema da obesidade e o quão egoísta somos para não nos sacrificarmos pelo bem de alguém que precisa de nossa ajuda. E assim como a Tayna comentou as experiências da autora tornam o livro quase biográfico, embora a autora negue.




Lavinia 01/03/2019

"Grande Irmão", Lionel Shriver
Em "Grande Irmão", a empresária Pandora recebe seu irmão Edison para passar uma temporada em sua casa após quatro anos sem vê-lo. Mas no aeroporto, ela se surpreende não reconhecendo o próprio irmão ao se deparar com um homem mais de cem quilos acima do peso. Assim, a chegada de Edison traz mudanças à rotina de Pandora e conflitos com sua família, e ela se vê na situação de decidir entre ajudar ou não seu irmão a voltar ao antigo peso.

Eu sempre penso em como é muito louco o que a gente faz com a comida. Algo que deveria ser uma fonte de adquirir os nutrientes necessários para nossa sobrevivência, acabamos associando a prazer, controle, vergonha, ansiedade, disciplina e vício, o que faz com que a comida se torne muitas vezes nossa inimiga. Assim, "Grande Irmão" trata dessa obsessão por dietas e aparência como forma de analisar a relação entre dois irmãos e como situações da nossa infância podem moldar nossa vida.

A questão da compulsão é tratada com uma realidade brutal e traz muitos trechos com discurso gordofóbico, então eu não recomendaria o livro para quem sofre com algum transtorno alimentar. Nos últimos anos, com a presença na internet de pessoas que procuram desconstruir essa visão preconceituosa do corpo gordo, minha opinião sobre o assunto mudou muito, então algumas passagens do livro e o retrato por vezes caricato do personagem Edison me incomodaram durante a leitura.

Porém, ainda assim, Lionel Shriver é uma grande escritora, ela tem esse talento que faz com que você não consiga parar de ler (pelo menos, foi assim comigo). Eu fiquei muito envolvida pela história e as discussões são realmente interessantes. Há uma trama no meio do livro que de primeira pode parecer mirabolante demais, mas no final a autora consegue justificá-la de forma genial.

site: @sobrepaginas (instagram)
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MandsCacto 27/02/2021

Escrita sensacional, surpreendente, me envolveu
Eu devorei essa leitura! Eu comprei há anos pois estava super barato para um livro da Intrínseca (10 reais) e também pela fama do nome da autora. Eu vi o nome dele na estante e lembrei de 1984 que quero reler, então puxei ele dali e fiquei intrigada.

Assisti uma resenha no YouTube elogiando bastante e decidi me empenhar na leitura... E a autora escreve de uma forma que facilita muito esse processo! A construção mental de cada personagem, com sua personalidade peculiar é muito incrível. A Pandora ela tem uma visão objetiva, simplificada, por vezes até irritantemente simples, mas eu me identifiquei de certa forma, até pelo gosto e satisfação do trabalho (deve ser capricorniana, como eu).

Todo o livro é bem doido! E é um assunto que eu nunca vi ser retratado na literatura antes, não é o tipo de livro mais comentado e que as pessoas mais se lembrem... Eu gostei bastante, e se "Precisamos Falar Sobre Kevin" consegue ser ainda melhor na opinião dos leitores, então mal posso esperar para fazer essa leitura, e talvez ler outros livros dela!
MandsCacto 27/02/2021minha estante
A nova visão que a Pandora desenvolve sobre a comida, as suas considerações, a visão que ela sempre teve em relação a fama e o seu jeito de tentar sempre segurar as pontas e mediar todo mundo... Em alguns níveis me identifiquei muito com a maneira dela pensar e isso me surpreendeu. E o final fechou tudo, fiquei chocadíssima. Eu pensei "nossa eu não esperava, que raiva... amei!"




Cris @cristinadaitx 22/02/2021

Sempre que lemos algo de um autor, que nos encanta, procuramos conhecer mais do que ele escreve. É aquele velho ditado "De alguns autores, eu leria até a lista de supermercado ?". Isso, pessoalmente, se aplicava a autora Lionel Shriver, que escreveu o maravilhoso livro "Precisamos falar sobre o Kevin". Porém, esse livro que li durante o final de semana "Grande irmão", é absolutamente diferente do primeiro. Aqui, Pandora, uma mulher cheia de traumas, de baixa autoestima, vivendo com um homem que anula suas conquistas, se vê desafiada a ajudar o irmão. Para isso, ela terá que deixar a família, e viver um ano inteiro com o irmão, Ed, trabalhando diariamente e incessantemente para que ele fique curado da obesidade mórbida. Juntos, nessa batalha diária, os dois se aproximam e conseguem fazer uma retrospectiva de suas vidas, da infância, do relacionamento de seus pais, e curar-se, mutuamente, do relacionamento que tiveram com o excêntrico pai, um decadente ator e roteirista de TV. Mas, no final, a autora nos apresenta uma grande, aliás, uma enorme surpresa, que desconstrói toda a narrativa e nos deixa um pouco perplexos. A partir daí, tudo que lemos, todo o crescimento pessoal dos personagens e suas reflexões são anuladas. Se, por curiosidade, alguém ler esse livro, esteja ciente que nada é o que parece ser.
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Rebeca 05/01/2021

Grande Irmão
Primeiro livro que leio no ano e também o primeiro que leio da autora. Gostei, mas em muitas partes achei que a leitura se arrastou. O final me decepcionou bastante.
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Mona 29/01/2015

Dolorosamente real!
Minha amada Lionel Shriver mais uma vez me mostrou como o preconceito a respeito da obesidade está entranhado na nossa sociedade e à dificuldade que é tentar ajudar alguém com esse transtorno. Entendi que esse é um dos maiores tabus que enfrentamos. O obeso mórbido carrega nas costas todos os pecados da sociedade e é mostrado com muita sensibilidade nesse livro. Super recomendo!!!
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Karina 24/02/2015

O livro é muito descritivo mas a história é muito boa.
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Vivendo a Vida 26/10/2016

O Grande Irmão
Basicamente, a história se dá em torno do irmão obeso e sua irmã que tenta ajudá-lo.O interessante é a forma que a irmã ajuda ao irmão a seguir uma vida mas rigorosa em relação a tudo, principalmente, a alimentação. Situações que todos gordinhos já passaram: dietas absurdas, ausências de comida prolongada... A transformação que a irmã tem enquanto ajuda o irmão. Além disso é uma enorme lição de vida e um grande aprendizado sobre a forma como os seres humanos se relacionam com uns com os outros e como a família é importante na vida de todo mundo.
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Cris 27/12/2018

Forte!
“Como é possível presumir que a maioria das pessoas luta justamente com essa estupenda desconexão entre quem elas são para si e o que são para os outros, é inexplicável que ainda sejamos tão completamente obcecados com a aparência.” Págs. 132-133

Pandora vive uma vida confortável com o marido e os enteados em uma cidadezinha em Iowa. Ela é uma empresária de sucesso, e a maior parte da renda da família vem dela.

Seu irmão mais velho, Edison, é um músico de Nova York que está passando por um momento difícil. Ele está sem emprego, falido e sem lugar para morar.

Tomada por compaixão, Pandora resolve acolher o irmão em sua casa por um tempo, até que as coisas melhorem para ele. Porém, faz muitos anos desde que se viram pessoalmente pela última vez, e Pandora não fazia ideia dos reais problemas pelos quais seu irmão estava passando. E qual não foi a sua surpresa, ao reencontrar Edison, e constatar que ele se tornou obeso, com mais de cem quilos acima de seu peso habitual.

Eu fiquei muito curiosa quando vi a sinopse deste livro, porque obesidade mórbida não é um tipo de doença comumente abordada em livros, mas eu não tinha nem ideia da carga dramática que a história teria.

Primeiro, eu preciso dizer que a escrita da autora é um pouco cansativa em alguns momentos. A família da Pandora é bem problemática, começando por sua relação com o pai, que é um ex-ator de uma antiga série televisiva de sucesso. Eu achei as partes em que a autora usa para falar sobre essa série e os personagens muito chata.

Fora isso, eu achei a narrativa incrível. A autora aborda o tema da obesidade de uma forma muito real. Acredito que todas as pessoas que já precisaram passar por algum tipo de dieta alimentar vão se identificar com muitas cenas que são retratadas no livro.

Eu gostei muito das reflexões da autora sobre o assunto, acredito que ela tenha feito uma pesquisa bem detalhada sobre vários pontos de vista. Ela nos apresenta com detalhes o perfil psicológico da pessoa doente, assim como da família e das pessoas que convivem com ela.

A história passa por uma reviravolta na parte final que me deixou ao mesmo tempo impressionada, revoltada e triste, mas acho que a autora quis chocar mesmo com este livro.

Fiquei bem curiosa pra ler outros livros da autora, porque sei que ela sempre aborda temas polêmicos e difíceis.

“Exercer o controle não é o mesmo que estar no controle. É o contrário. Quando você controla de verdade, só faz aquilo que quer. Não há dois de você.” Pág. 295


site: https://www.instagram.com/li_numlivro/
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