Resenhas - Meia vida

@buenos_livros 24/04/2021

Meia Vida - V.S. Naipaul ??
?Todos nós não estamos, todos os dias, pagando pelos pecados do passado e acumulando castigos para o futuro? Não é essa a armadilha de todo homem? É a única explicação que tenho para meus próprios infortúnios.?
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. Meia Vida (2001)
. V.S. Naipaul ??
. Tradução: Isa Mara Lando
. Romance / 198p.
. @companhiadasletras
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. Fui atraído para essa leitura por ser parte da obra de um ganhador do Nobel de Literatura (2001), porém encontrei um livro tedioso, uma história que se desenrola em muitos cenários com um protagonista esquecível. A melhor definição está na contra-capa da edição: um romance sobre existências à deriva, atormentadas pela vontade de abandonar o peso do passado e construir um futuro próprio. Apesar de bem escrito, para mim foi uma decepção.
. ????

Uilians 15/11/2018

Um livro excepcional em todos os sentidos. Uma aula de literatura feito por um mestre não foi a toa que recebeu o prêmio Nobel. Descobri esse ano após a sua morte, foi uma excelente surpresa. Vai entrar fácil na minha lista de livros top e autores preferidos. Super indicado.

Lori 28/02/2011

Eu não sie muito o que comentar sobre o livro e é necessário ir no cerne da questão e saber o motivo da falta de comentários. O grande problema é: por que esse livro foi escrito. Para eu compreender e avaliar um livro, preciso saber o que levou alguém a escrevê-lo. E embora a história de Willie seja completa, mostrando de sua infância até o início da terceira idade, não é claro o que sua história, por falta de melhor expressão, tem de especial. Não falo de monstro, grandes amores ou exemplos parecidos, sim de um fator na vida de Willie que possa mudar daquele que lê. Embora a escrita de V.S. Naipaul seja boa, nesse livro pelo menos não é cativante. Não há história banal, mas há formas banais de contá-las. A vida de Willie não foi simples, ele passou por diferentes continentes e em períodos significativos. Talvez o que faltasse de especial fosse isso, uma escrita que explorasse o potencial da história. Posso dizer que Anna Karenina é um livro sobre um número de certas pessoas na Rússia, mas não foi isso que fez um dos maiores clássicos da literatura.

Mas vamos parar de falar mal de V.S. Naipaul, por que ele tem um Nobel e eu não tenho nem um troféu comprado na papelaria. Pretendo ler o seu livro mais sucedido, quero conhecer o que o faz ser um nome tão significativo e não é um livro ruim que irá me impedir de tentar. Kundera já havia escrito sobre os perigos de conhecer um autor sem ser pelas suas principais obras. Quando você conhece os trabalhos, é normal encarar trabalhos que não sejam arrebatedores, as pessoas não começam escrevendo 1894 ou Kafka À Beira-mar. Contudo se consegue ver o valor das primeiras obras ou livros menores por conseguir vê-lo em um âmbito maior. Bem, como já havia dito sobre a obra de Kafka, sou aberta a segunda chances. (E tenho um livro dele sobre religião no Oriente Médio e Sul da Ásia, e não vou deixá-lo de lado , né).

Vamos falar sobre o que há de bom no livro. O livro trata sobre a vida de Willie na Índia, na Inglaterra e Moçambique. Enquanto acompanhamos a vida dele, vemos a sua inadequação em diferentes lugares. O protagonista parece sempre a busca de algo que não consegue encontrar em diversos lugares, às vezes parece que busca liberdade ou amor. Penso que no fim, o que buscava era sentir que pertencia a algum lugar, que não era simplesmente um tempo antes de achar um motivo para ir para outro. Acho que o títul escolhido pelo autor seja muito apropriado, por que Willia aparenta sempre estar olhando a vida acontecendo e tentando encontrar o seu lugar, ele não vive realmente tudo que pode. Talvez seja isso que faz Willie um personagem um pouco desagradável de acopanhar, por que a busca dele é compartilhada por boa parte das pessoas. E sua derrota também.

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