Jackie Sabino 21/09/2017
São poucas as narrativas que conseguem transmitir tanta emoção. Comprei esse livro às escuras no sebo. Desconhecia o autor e obra e me surpreendi ao saber que ambos são clássicos da literatura.
Minha edição é de 1954, bem amarelada e estava caindo aos pedaços (adoro). Tive que fazer a reconstrução da capa e partes internas do livro. A minha versão do texto é reduzido, seguindo uma alternativa do próprio autor.
O que senti incômodo foi a falta de datas para contextualização das histórias. As mudanças de capítulo ,em muitos momentos, significaram saltos de 20 anos, por exemplo, e só soube disso porque foi citado mais à frente. Fora isso, o texto é sincero, bem amarrado e de uma emotividade que eu só encontrei parecido em "Espártaco" e "A menina morta viva". Destaco as páginas dedicadas a Robert Fenwick e seus colegas dentro da minha Netuno e os três últimos capítulos como os ápices do livro. Cronin soube nos levar à fundo na vida miserável dos mineiros, suas emoções, questionamentos, expectativas e dificuldades. Maravilhoso!