O homem que amava os cachorros

O homem que amava os cachorros Leonardo Padura




Resenhas - O Homem que Amava os Cachorros


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gbrlafonso 14/03/2024

Os homens que amavam os borzois
O título do livro faz menção ao apelido que Ivan, narrador da nossa história, dá a um homem misterioso que conheceu em uma praia de Cuba.

Acompanhado de seus borzois, o homem que amava os cachorros contou a Ivan a história dos últimos anos de Liev Davidovitch, marcado na história como Trotsky, assassinado em 1940 após anos de exílio em diversos países, fugindo da sua iminente sina.

Se não bastasse conhecer a história de Trotsky, o misterioso homem conta detalhes da vida do algoz de Liev Davidovitch, Ramón Mercader, que foi recrutado pela NKVD para a difícil missão de eliminar o “inimigo número 1” de Stalin e, por consequência, da União Soviética.

Em suas quase 600 páginas você viaja em um compilado de fatos históricos mesclados com uma ficção envolvente e muito rica, intercalando entre momentos da vida dos nossos 3 personagens centrais que - talvez a única semelhança entre eles - amavam os cachorros. Este enredo, mesmo com todos os antagonismos, nos faz imergir de uma forma a sentir empatia pelas duas faces dessa moeda.

O nome do livro estar no singular me faz refletir que os 3 homens, à sua maneira, têm o mesmo peso para a história.
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valmir 12/03/2024

Cachorros
" Ao longo de todos esses anos, muitos pormenores da minha relação com o homem que amava os cachorros foram se dirigindo na minha memória, embora não creia ter esquecido nada essencial. "

Obra-prima!
Um romance histórico, uma história policial, o fim de uma utopia?
Ou o mundo não está preparado para grandes transformações realmente benéficas?
Por enquanto, podemos confiar nos cachorros , porém nos homens...
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Marcelo.Castro 17/01/2024

Um livro pesado
Um romance histórico que narra o assassinato de Trotski a mando de Stalin. Apesar de narrar um evento histórico real, e se valer de personagens e eventos históricos verídicos, como bem enfatiza o autor, a história é romanceada para se adequar à proposta do livro. É uma leitura densa e exigente, que passeia por diferentes linhas do tempo e que vai construindo lentamente o perfil do assassino e da vítima, além da vida e tragédia pessoal do narrador/escritor, o cubano Ivan. Mas sem dúvida é um livro muito bem construído, com uma narrativa sólida, de um período conturbado da história mundial, onde a lógica simplista de heróis é vilões não é de fácil aplicação. Muito mais do que narrar o assassinato de um idealista, a história narra o assassinato de um ideal, o fim de uma utopia. Recomendo, mas para aqueles que realmente tenham algum interesse ou curiosidade sobre o período, independente de ideologias, apenas por se tratar de um livro denso e exigente ao leitor.
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Biblioteca Álvaro Guerra 08/12/2023

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça! site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788575594452

Esta premiadíssima e audaciosa obra do cubano Leonardo Padura, traduzida para vários países (como Espanha, Cuba, Argentina, Portugal, França, Inglaterra e Alemanha), é e não é uma ficção. A história é narrada, no ano de 2004, pelo personagem Iván, um aspirante a escritor que atua como veterinário em Havana e, a partir de um encontro enigmático com um homem que passeava com seus cães, retoma os últimos anos da vida do revolucionário russo Leon Trotski, seu assassinato e a história de seu algoz, o catalão Ramón Mercader, voluntário das Brigadas Internacionais da Guerra Civil Espanhola e encarregado de executá-lo.Esse ser obscuro, que Iván passa a denominar 'o homem que amava os cachorros', confia a ele histórias sobre Mercader, um amigo bastante próximo, de quem conhece detalhes íntimos. Diante das descobertas, o narrador reconstrói a trajetória de Liev Davidovitch Bronstein, mais conhecido como Trotski, teórico russo e comandante do Exército Vermelho durante a Revolução de Outubro, exilado por Joseph Stalin após este assumir o controle do Partido Comunista e da URSS, e a de Ramón Mercader, o homem que empunhou a picareta que o matou, um personagem sem voz na história e que recebeu, como militante comunista, uma única tarefa: eliminar Trotski. São descritas sua adesão ao Partido Comunista espanhol, o treinamento em Moscou, a mudança de identidade e os artifícios para ser aceito na intimidade do líder soviético, numa série de revelações que preenchem uma história pouco conhecida e coberta, ao longo dos anos, por inúmeras mistificações.As duas trajetórias ganham sentido pleno quando Iván projeta sobre elas sua própria experiência na Cuba moderna, seu desenvolvimento intelectual e seu relacionamento com 'o homem que amava os cachorros'. A narrativa das histórias entrelaçadas dá o ritmo a uma leitura tensa, influenciada pela experiência de Padura na literatura policial, sob a sombra do final trágico que se aproxima a cada página. 'Mesmo para quem não se interessa pelos fatos históricos subjacentes à narrativa de Padura, seu romance impele o leitor a uma tensão permanente em torno dos preparativos para a realização de um crime de repercussões mundiais', afirma Frei Betto na orelha do livro.Ao narrar um dos crimes mais reveladores do século, Padura realiza uma ambiciosa e fascinante investigação sobre as contradições das utopias libertárias que moveram o século XX. Três processos mitológicos - a Revolução Espanhola, a Revolução Russa e a Revolução Cubana - são vistos com lupa neste romance, que combina perfeitamente o rigor histórico com o talento ficcional. O autor retrata os conflitos no stalinismo e a luta entre o socialismo e o fascismo, apresentando ainda uma perspectiva honesta da vida cubana nas últimas três décadas. 'Este romance é como um espelho retrovisor que permite ao leitor mirar, com olhos críticos, as contradições do socialismo e por que a morte de Trotski, decidida por Joseph Stalin, contribuiu para favorecer a queda do Muro de Berlim e o desaparecimento da União Soviética', conclui Frei Betto.
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Thiago Barbosa Santos 21/10/2023

O HOMEM QUE AMAVA CACHORROS
Leonardo Padura é um autor cubano interessantíssimo. Nessa obra, ele mistura ficção e realidade ao relatar um dos acontecimentos mais importantes da história. Traz na narrativa personagens da vida real, mas muitos deles bem pouco se sabe sobre acontecimentos da vida pessoal, é aí que Padura navega e cria enredos empolgantes.

A história é sobre Trotsky, como foi traído, acossado, expulso da extinta União Soviética e viveu todas as misérias até ver membros da família morrendo e ele próprio sendo assassinado de forma covarde e brutal.

O livro narra a passagem dele por Cuba, o encontro com o narrador, para quem posteriormente narra algumas histórias e vai revelando a própria identidade e o amor que ele tinha pelos cachorros, com os quais passeava na praia diariamente.
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Francisco340 04/10/2023

Minha experiência
Ao começo da leitura da obra de Leonardo Padura admito que senti certo estranhamento ao estilo de construção da história, que narra 3 óticas diferentes (em questão de personagem e no período temporal). Entretanto, depois que me acostumei com o ritmo, passei a aproveitar mais, e só então pude perceber o quão gostoso é ler esse livro.
Como se a história me envolvesse, senti a "obrigação" de continuar ( e intensificar) cada vez mais a leitura. A descrição dos ambientes, tanto os físicos quanto os psicológicos te imerge quase que totalmente na história. Quanto à importância história da obra, senti que tanta coisa escapava do meu conhecimento ( construído majoritariamente na escola), e agora consigo entender, mesmo que só um pouco mais, a história da nossa realidade.
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Fran Piva 19/06/2023

Padura, neste romance histórico, relata o processo que envolve a morte de Trotsky e como essa história chega até o narrador do livro (Ivan) que reside em Cuba. O cenário é o socialismo/comunismo que não se concretizou como idealizado, mas marcado por uma ditadura stalinista, repleta de excessos e mortes e que de certa forma, influencia outros Estados no mundo. A narrativa ocorre por meio da alternância entre as histórias de Ramon Mercater ( o assassino de Trotsky), Trotsky e Ivan ( como a história chega até ele). Os personagens são muito bem construídos e embora a leitura, no inicio, seja meio arrastada, do meio ao final, ela se torna deliciosamente envolvente.
Dica: vai pesquisando os locais, praças e prédios citados no livro. Vai ficar com vontade de conhecer a Russia!

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Felipi Fraga 04/06/2023

Fazia tempo que não lia um romance sobre história moderna tão bem escrito. Livro controverso, porém instigante. Após a morte de Lenin de certa forma o debate socialista se dividiu entre a liderança oficial de Stalin e a oposição do exilado Trotsky. O violento assassinato de Trotsky ainda pauta muitos debates da esquerda atualmente. De minha parte só posso dizer que o livro retrata os excessos da União Soviética de Stalin, mas deixa de contextualizar que o imperialismo e o capitalismo também fez muitas vítimas, antes e depois da URSS.
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Cachamorra 08/04/2023

Um livro sobre o rancor
Esse não é um bom livro. Primeiro, toda a estrutura ideológica é feita com base no senso comum. Há uma ideologia pessimista e, apesar de não ser um livro anticomunista, não diz pra onde quer ir. Ficar sem rumo funciona apenas na primeira parte.

Depois disso, o livro passa a uma narrativa do cotidiano, de trivialidades que pouco agregam na história e de longe apresentam qualquer objetividade.

É possível sentir o rancor enraizado nos personagens e pela nota no final, é isso que estava tomando a cabeça de Padura durante a escrita.

Não gostei. Provavelmente, será o piro livro que li esse ano. Foi um sacrifício terminar.
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michelyvogel 30/03/2023

Um livro instigante, daqueles que mesmo você sabendo dos fatos não consegue deixar de ler. Não achei o melhor do autor (que para mim é Como poeira ao vento), embora a concepção da história seja interessantíssima.
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Ludmila 07/01/2023

Perfeito!! Romance histórico com realidade pujante!!
Fabuloso romance histórico sobre o assassinato do Trotsky.

É ficção, mas o contexto histórico narrado é muito concreto, o que nos faz correr atrás de mais livros de não ficção sobre o assunto.

A potência literária da obra é pulsante com três narradores se alternado na construção da narrativa. O primeiro que fica responsável em contar a história e situa-se em Cuba dos anos 2000, trazendo o contexto da Revolução Cubana e seus efeito. O segundo, o espanhol Ramón Mercader encarregado do assassinato, narrando não só sua participação na Guerra Civil espanhola e seu aliciamento posterior a Moscou e Stalin, como também sua descrença e frustração futura da ideologia seguida. E por fim, o próprio Trotsky, e suas lutas e expurgos sofridos pela política de Moscou stalinista.

Livro simplesmente sensasional: tanto pela potência literária qto por seu apelo histórico.
Padura ganhou totalmente meu ?? !
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Rafa 04/08/2022

Um gigante latino-americano
Padura é colossal. Essa é a primeira coisa a ser dita sobre "O homem que amava os cachorros".

Qualquer um que pegue esse livro se sentirá tentado a buscar saber mais sobre Trotski, Mercader, Stalin e as repúblicas soviéticas porque, afinal, é sobre isso que o livro fala. E sobre o povo, nós, na figura de Ivan.

A narrativa fragmentada sendo apresentada pelos olhos dos 3 protagonistas é um excelente artifício para mostrar as facetas de um conflito mesquinho gerido por ego, medo, ódio e vaidade, sentimentos negativos que, por incrível que possa parecer, alimentam o sentimento de compaixão do leitor.

Vemos Ramón, militante sonhador e manipulado para cometer um dos crimes mais inúteis da história. Alguém que acreditava na utopia da igualdade mas que teve sua causa pervertida pelo ódio dele, da família e daqueles que puxavam as cordas.

Trotski, que por mais que tivesse cometido crimes de guerra, lutava pela utopia; que por mais que tenha sido espremido e devastado por Stalin, possuía as mãos cobertas de sangue. A figura encarnada do anti-herói. Tão fácil de gostar, entender e cativar seguidores quanto de condenar pelo passado cruel.

E Ivan, atormentado pelo medo e vivenciando o fracasso pessoal e geracional de uma Cuba isolada e manipulada. Ivan, que pode ser tanto Padura e seu conterrâneos quanto qualquer outro a quilômetros de distância que é afetado por políticas de homens mesquinhos que não ligam para o povo, apenas para seus umbigos.

Em uma história marcada pela manipulação, Padura se mostra genial nos manipulando em direção a compaixão por homens tão podres quanto grandes só para finalizar sua obra esfregando na nossa cara o que fez conosco e nos gravar a ferro que a compaixão deve ser pesada e direcionada para aqueles que a merecem, que sofrem pela vaidade alheia.

Leonardo Padura Fuentes é o senho absoluto da história que escreve, mesmo que a tenha pegado emprestada, e a utiliza com um criticismo invejável e necessário para nos ensinar o que é e o que foi a ruína de um sonho.

Que todos nós consigamos ir para o lugar utópico onde saberemos p*rra fazer com a verdade, a confiança e a compaixão.
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Hadassa.Santana 16/07/2022

O homem que amava os cachorros
"O homem que amava os cachorros" conta a história do assassinato de Leon Trótski e por mais que seja um romance tem como base inúmeros fatos reais.

O autor narra a história de três personagens principais, Trótski, um escritor, e o assassino de Trótski e tem como plano de fundo a Revolução Russa e o início da segunda guerra mundial, mostrando alianças, pactos, espionagem e traições.

Pra quem gosta de história (como eu), 'o homem que amava os cachorros' é uma leitura que vale muito a pena, sendo uma verdadeira viagem no tempo, a época dos grandes totalitarismos.

Nota 5/5 ?????
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