Luiz 22/03/2023
Story informativo, mas prolixo.
Robert McKee é um daqueles famosos gurus de Hollywood: "faça isso, não faça aquilo". E como tal é também dotado de uma onisciência extraordinária sobre o que o público quer e sobre o que ele não quer. Tudo bem, algumas partes a gente ignora.
O livro de fato é informativo, ele dá uma liberdade estrutural maior para o escritor do que o modelo proposto por Syd Field em "O Manual do Roteiro". Contudo, tal modelo não é tão bem exemplificado, creio que se houvesse algumas imagens mostrando onde cada um dos cincos pontos - Incidente Incitante, Complicações Progressivas, Crise, Clímax e Resolução - demonstrando em como é adotado em um filme, proporcionaria maior compreensão. Ademais, as digressões feitas durantes determinadas partes deixa o leitor cada vez mais entediado a ponto de largar (talvez eu mesmo tenha um pouco da onisciência do McKee em mim).
Uma das coisas que gostei foi que quando ele realmente quer explicar, e exemplificar, consegue fazer de maneira formidável. As definições de arquitrama, minitrama e antitrama e assim como a de beats, cenas, sequências e atos, além dos clímax e pontos de virada, ajudam o leitor a ter maior entendimento de como funciona do micro ao macro, ao entender isso, fornece o conhecimento necessário a moldar a est´ória com maior confiança. Outros pontos que são parabenizáveis são as explicações sobre passo, ritmos e batida e também a da brecha.
O autor é bastante prolixo e digride bastante, mas também fornece algumas reflexões sobre o ofício da escrita. Explica os elementos fundamentais que compõem um roteiro, como manipulá-los e como é o ofício de um escritor.