Tudo se ilumina

Tudo se ilumina Jonathan Safran Foer




Resenhas - Tudo se Ilumina


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Helder 12/12/2016

Não me iluminou
Jonathan Safran Foer (JFS) é o autor de um dos melhores livros que já li na minha vida. Extremamente Alto e Incrivelmente Perto é uma obra de arte, portanto esperava bastante deste livro e a decepção foi bem grande.
O que posso concluir aqui é que o tempo o evoluiu em suas maluquices, ou algum editor o ajudou a organizar suas ideias, pois aqui temos muitas ideias reunidas, mas infelizmente o nexo entre elas é extremamente frágil e muitas vezes até um pouco irritante.
Pesquisei na net sobre o autor e descobri que JFS é neto de judeus e realmente fez uma viagem a Ucrânia em busca de informações sobre seu avô. Ao retornar, escreveu uma tese de faculdade que depois acabou virando este “quase” romance.
JFS não é um escritor comum. É filosofo e vegetariano, então não se contenta em ser básico. Gosta de estruturas diferentes. O livro tem que mexer com o leitor tirando-o de sua zona de conforto. Quem leu seu maior sucesso sabe disso. Mas ali sua criatividade servia para conduzir a estória, já aqui as coisas começam bem e vão se perdendo. A criatividade parece mais um ataque de estrelismo. Se eu dificultar a linguagem parecerei mais “inteligente”?
Tudo Se Ilumina são 3 livros. No melhor deles, temos Alex, um rapaz ucraniano que está escrevendo um livro sobre quando JFS esteve na Ucrânia e contratou a empresa de turismo de seu pai para lhe ajudar a procurar uma cidade antiga e uma mulher que salvara seu avô dos nazistas. A “agencia de turismo” é uma empresa de fundo de quintal e Alex vira guia, já que “sabe” inglês. O motorista é seu avô, que é “cego” e, portanto, tem um cão guia chamado Sammy Davis Junior Junior que também faz parte da viagem. Esta parte é bem legal. Alex está escrevendo o livro em inglês e gosta de usar palavras “bonitas”. Então grande parte deste texto é escrito com falsos cognatos, e imaginamos o trabalho que deu para escrever aquilo e para traduzir.

“Acho que manufaturei meias-verdades porque isso faz com que eu me sinta uma pessoa de primeira qualidade” (p. 194)

O grupo me lembrou do filme Pequena Miss Sunshine e aqui temos diversão, emoção e conteúdo. É muito interessante ver a diferença cultural (Apesar de achar JFS extremamente preconceituoso) e o personagem do avô é sensacional. Eles saem a procura do passado dos parentes de JFS, mas este passado está tristemente ligado ao passado da família de Alex. Ótima sacada de JFS, principalmente por ser ele o personagem que desencadeia tudo isso. Estão aqui as melhores sequencias do livro, que poderia ter ficado por ai..
Já as outras partes, ou os outros “dois livros”, são totalmente descartáveis e me pergunto como aquilo foi publicado. Ok, em muitos momentos JFS tem uma linguagem poética, mas as ações e personagens são tão descabidos que em muitos momentos pensei no Zorra Total. E confesso que terminei o livro sem saber o que ele quis dizer com tudo aquilo. Aqui JFS deixa de ser o personagem e é ele que está escrevendo um livro, contando a estória de sua família. Ele começa contando a estória da fundação da cidade de Trachinbrod onde nasceu a mãe da mãe da mãe de sua tataravó. Ai de repente está contando a estória de seu avô que tem uma mão deficiente que dá tesão de virgens à viúvas (?) e viveu próximo da segunda guerra mundial. Ele quer que acreditemos que em sua viagem a Ucrania conseguiu dados para aquilo, porém são tantas baboseiras que fica impossível ser convencido disso. No fim, para mim, foi o samba do Judeu doido e a cada capitulo que voltava para esta “falta de estória” eu tinha vontade de pular páginas. O livro terminou e eu não entendi o final. Ou será que ainda não era o final? Quem morreu no Brod? Para ser sincero, já estava tão cansado que perdi a vontade de saber!
Temos ainda a terceira parte, que são cartas enviadas por Alex para JFS. Percebemos ali que ambos vem trocando os escritos de seus livros para o outro avaliar. Temos novamente o inglês “rebuscado” de Alex, porem ele comenta os escritos chatos de JFS, tornando tudo extremamente redundante. Nova perda de tempo e estrelismo do real JFS, que quis mostrar mais um pouco de sua inteligência com seus diálogos de inglês Ucraniano.
Uma pena, pois Alex era um cara muito simpático. Foi tão legal com JFS que merecia ter sido melhor tratado.
Se um dia encontrarem um livro de Alex na livraria, podem comprar.
Deste aqui, recomendo passar longe.
Kah 13/12/2016minha estante
Kkkk ri muito com o título da resenha!


Helder 13/12/2016minha estante
Infelizmente foi um fato.




Luizahk 27/08/2016

Lindo! Alex é um dos meus personagens literários preferidos.
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Adriana 07/08/2015

Tedioso
Achei mais tedioso do que outra coisa...
Enfim, mesmo triste não me passou a emoção nenhuma.
Quando começa a ficar interessante, ele muda a narraçao....
A melhor parte são as cartas do Alex, do resto chato.....aliás, de longe o melhor personagem.
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Fabiana 15/07/2015

Obstáculos
O livro não é dos mais simplrs de se ler. Um dos personagens tem dificuldade com o inglês e usa, em suas narrativas, sinônimos inadequados. Com o avanço da leitura compreendemos que toda vez que ele usa o verbo manufaturar, pretende simplesmente dizer...fazer!!
Mistura de fantasia, delírio, realidade.
Partes emocionantes e outras tediosas...
Adriana 27/07/2015minha estante
To achando a mesma coisa, só que mais tedioso !!!!!




spoiler visualizar
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Rafa 10/04/2014

O melhor
FOi o melhor livro q li na vida, eh uma leitura meio dificil sim. Li o livro duas vezes e so vim entender na segunda. Ri e chorei.
Com certeza o melhor q li na vida.
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L F Menezes 22/02/2013

Ainda bem que alguém disse pro Jonathan que ele tinha nascido para ser escritor
Tudo se ilumina literalmente! É impossível terminar esse livro sem ter, pelo menos, aprendido algum ensinamento que muda sua vida. Sempre terá alguma passagem ou personagem que mexerá com seu órgão do sistema circular que apelidam de coração.
Safran Foer conseguiu escrever uma obra genial, onde a história não se parece com nada antes visto, nem os personagens, nem a narração, nem o fluxo de tempo e nem o estilo. Muito menos o estilo. O próprio autor, durante a leitura, explica como ele trabalhou no livro: (as frases a seguir foram adaptadas, pois não possuo memória fotográfica; só peguei a ideia)
- "para falar de alguma coisa triste, o melhor é utilizar o humor": a história é "biográfica" e conta a trajetória de Jonathan pela Ucrânia para encontrar a mulher que poderia ter salvo seu avô na 2ª Guerra Mundial. Logo, é de se esperar que tenham partes tristes (alguma BEM fortes). Mas com a companhia de Alex, Vovô, Sammy Davis Junior Junior e alguns ucranianos, a leitura chega até a proporcionar algumas risadas!
- "todos os livros falam de amor": esse não é uma exceção.
- "arte é um produto de uma tentativa de fazer uma obra de arte": com certeza, quando Foer escreveu esse livro inusitado e ambicioso, ele tentou (e conseguiu bem) fazer arte.
Mas o que mais surpreende nem é a história de autor, e sim a formação de Alexander, um homem muito sensível que ama seu irmãozinho, não entende o Vô e odeia o pai; que, no final, surpreende a todos. E também passagens sábias como: "... um Deus que precisaria de gente para rezar pra Ele" e "Se eu pudesse, não deixaria nada mais fazer barulho quando caísse no chão".
Termino essa resenha com uma das 55 Tristezas ainda legíveis das 613 Tristezas de Brod, tristeza essa posicionada na categoria "Tristezas do Intelecto": a tristeza de terminar um livro.
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Lori 16/06/2011

É uma histórica já comum na minha vida, leio um livro que gosto muito e leio em seguida outro do mesmo autor. O problema é que normalmente eu começo com o melhor livro do autor, logo o segundo não é tão bom quanto o primeiro. Infelizmente até Jonathan Safran Foer entrou nessa regra. Antes de qualquer coisa é importante falar que Tudo Se Ilumina é um bom livro, diria até ótimo, contudo não é como Extremamente, mas é bom lembrar que poucos livros podem se comparar a esse. Não comparar livros é impossível, o importante é saber que não significa que um seja melhor que o outro seja ruim. Tudo Se Ilumina tem as particularidades que o fazem um grande livro, a escrita diferencial de Foer já leva o livro a ser diferenciado e o tema já é único.

Como o seu outro livro, é divido em três histórias, embora dessa vez aja duas vozes. A forma que ele conta a história é diferente por ser através de cartas e o livro que Alexander está escrevendo enquanto isso há o livro que Jonathan está escrevendo a possível história de sua família. Talvez o que eu mais tenha achado fraco no livro tenha sido exatamente essa história. Como era a maior parte, sentia que ela me retirava do que realmente me importava, a busca dos três por Augustine e a relação dos três. Talvez isso que mostre a riqueza da escrita de Foer, por que ele pode te fazer chorar, mas na página seguinte , com simplicidade, ele pode fazer você rir e esquecer o que de ruim que acabou de acontecer. Ele tem o bom senso de saber misturar os dois e não sobrecarregar a leitura com algo muito pesado ou leve.

O ponto forte do livro são os personagens, principalmente o Alexander e seu avô, e a relação que há entre eles. É dolorosamente real a distância que há entre Alex e seu avô, o fato de não saber nada de seu passado e a forma como tratá-lo. A amizade de Alex e Jonathan também é bem escrita por mostrar o crescimento, dos primeiros momentos silenciosos até a confiança total. E como o livro trata sobre sobreviventes da Segunda Guerra Mundial, tinha que ter momentos que te perturbam. Foer não simplesmente descreve, ele te leva ao fundo do desespero e impotência. Não é raro se pegar segurando a respiração quando chega a esses momentos, você pode saber o que vai acontecer, mas não significa que esteja preparada para a forma que isso vai te impactar. Talvez seja essa uma boa forma de descrever o trabalho do autor americano, você simplesmente não sabe como vai te tocar.

É realmente difícil de definir Foer, tanto quanto foi com Krauss, por que te deixa com um sentimento de vazio ao mesmo tempo em que entorpecido. Não imagino muito autores que me fazem refletir sobre o significado de vida como ele, como também sobre superação e luto (temas que no livro dele andam juntos). Eu vou ficar enrolando falando de como a escrita dele tem algo diferente, então eu que eu posso dizer é que faça um favor a si mesmo e vá ler Jonathan Safran Foer.

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http://depoisdaultimapagina.wordpress.com
Diego Lops 25/01/2013minha estante
Nota?




Nico Henriques 27/02/2009

Este é um dos (raros) casos em que o filme é melhor que o livro.

Talvez eu releia este livro e goste, mas achei-o muito confuso e lento, apesar de não ter muitas páginas.
Diego Lops 25/01/2013minha estante
O filme é fácil.
O livro não.
Quando o leitor está despreparado, acaba julgando errado.




claudioschamis 19/02/2009

Achei incrível a sinopse. E por isso achei que fosse ser o máximo e não foi. Tentei. Juro que tentei. Muito confuso, muito estranho. Uma pena. Mas o filme por sua vez é muito bom.
Diego Lops 25/01/2013minha estante
Às vezes o livro até se esforça, mas quem não é bom é o leitor.


Dani 26/02/2013minha estante
O livro realmente é incomum, causa estranheza de início, a gente se sente perdido. Mas ao decorrer da leitura, tudo vai se iluminando.

Posso dizer que tudo me encantou, desde os personagens aos diálogos, às passagens que tratam de Trachimbrod; às tristezas incontáveis de Brod... Que pena que você não conseguiu sentir o mesmo. A sensação que ficou foi a de nostalgia, uma falta mesmo daquilo que nunca aconteceu, quando lembro de Trachimbrod.




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