Nandearah 17/10/2014
Sabia que era um episódio não filmado escrito por Douglas Adams e, juro, fiquei perdidinha vendo o livro assinado por outro autor. Tipo...? Mas, antes de falar sobre a história em si, tentarei explicar essa parte: o livro é, sim, o, digamos, rascunho de um episódio escrito pelo autor de O Guia do Mochileiro das Galáxias, mas foi organizado, modificado e finalizado por Gareth Roberts que, por isso, teve o seu nome publicado ali, ó, na capinha desse livro lindo. Aliás, quanto mais eu lia o livro mais brava ficava por ele não ter sido filmado. Cara, certeza que estaria no top de episódios favoritos! Sabe aquele livro que te faz sentir muitos sentimentos? Então. Eu fiquei puta, eu fiquei brava mais porque sabia que não tinha um episódio sobre essa história do que por causa dela em si e ri, ri muito além de, claro, ficar perdida umas quatro vezes durante a história mas, por favor, estamos falando de Doctor Who.
Apesar de toda a minha empolgação com Shada, demorei para lê-lo. Por umas duas vezes, li o parágrafo inicial, dei uma risadinha e coloquei o livro juntos com os demais. Por quê? Ah. Eu tenho aquilo de não querer que algo acabe e, para que isso aconteça, acabo nem começando esse algo. É complicado entender? As melhores séries e livros eu deixo pra ler depois ou quando só li/vi coisas ruins e necessito de algo bom pra voltar a ter fé na humanidade. Mas, depois de ter me proposto que eu apenas lesse e visse o gostasse, acabei pegando o livro e lendo-o em poucos dias.
O livro narra a história de Skagra, que quer dominar o universo com uma tal de Mente Universal. Sua intenção é roubar todas as mentes que ele considera relevantes e poderosas e anexá-las à sua, de modo que as tenha sob controle e possa dominar todos os seres existentes. Pouquíssimo petulante, super pé no chão, um amor de pessoa. Para que tal objetivo possa ser cumprido, ele quer chegar à Shada a prisão esquecida dos Senhores do Tempo. Por que esquecida? Amigo, eu tive de ler o livro todo pra descobrir, não te contarei essa informação de graça, oras.
Só que há um problema: ele tem de ter o livro O venerável e ancestral livro das leis de Gallifrey em mãos para poder descobrir a localização da prisão. E onde caralhos está esse livro? Nesse lindíssimo planeta que vive se metendo em confusões extraterrestres. Para ser mais exata, o livro está em Cambridge, sob o cuidado do super simpático professor Chronotis que é um Senhor do Tempo aposentado, aliás. Um dia o professor, no intuito de ajudar seu aluno Chris Parsons, diz que ele pode pegar todos os livros que precisar de sua biblioteca pessoal. Adivinha qual, além dos que eram de sua necessidade, o lindo pega? Exatamente. Algum tempo depois, o Doutor chega alegando que o professor havia enviado uma mensagem para ele pedindo que fosse vê-lo o mais rápido possível. Chronotis lembra-se disso? Não. Aí, em meio à essa confusão de "coincidências" um monte de bagunças têm início.
Durante boa parte da leitura eu me perguntava como alguém que não acompanha Doctor Who, que nunca ouviu falar da série, que nem sabe do que ela se trata, reagiria ao livro. No mínimo, pensaria que quem escreveu, quem leu e quem entendeu muito de lá é maluco e nem tiro a razão de pensarem assim, inclusive gosto. Doctor Who tem esse dom de te fazer se sentir deslocado do mundo e adoro-a por isso. Cara, é amor demais essa série. Aliás, é muito óbvio da minha parte dizer que amei o livro? Que indico muito? Que indico a série também? Sim? Ok, eu sei. Mas, sério, amei o livro, indico demais e a série é linda, vocês precisam assistir.
site: http://ternatormenta.blogspot.com.br