Silvana Barbosa 17/02/2018Roletrando.Possivelmente algo que nos prende à leitura são as cenas de sedução, as hot, porque achei o livro chatinho. No entanto uma das das cenas hot me causou irritação.. Em uma delas a protagonista tá de quatro, na cama, o cara empoleirado nela, o telefona toca, ele atende e faz um sinal com dedinho para ela... esperar! Mas continua dentro dela. “Peraí, fofa, fica paradim e não faz barulho, que tô numa ligação” Affs...
Bom, mas vamos ao que leva ao casal a este ponto entre os lençóis. Se vc tá aqui, lendo resenha, deve ter lido a sinopse... Mas se não, é assim, resumindo: Tem uma parada do leilão de caridade, pois a mocinha, uma top model, é filantropa e ajuda uma instituição para crianças – isto é legal! Ela conhece o Ali, que até parece legalzim, ele dá em cima dela, acha que ela olhou para ele com bons olhos – e olhou mesmo – mas é rechaçado. No entanto, ganha no leilão o direito a um jantar com ela.
Ela não gosta de homens arrogantes, e diz que não aceita ser mulher objeto, e que se os riquinhos bestas acham que podem comprá-la com agrados para levá-la para cama, estão enganados. Maaaaas (sempre tem um “mas”) fecha um acordo com o príncipe Ali (exilado e enjeitado por causa de um erro do passado, envolvendo mulher) de passar uns dias transando com ele em troca de uns milhõezinhos. Sim, isso mesmo que tu leu... “Não sou mulher-objeto, mas como o valor foi bom, e vou ajudar uma instituição de caridade, os fins justificam os meios” Oh... Como tenho pavor do ditado “os fins justificam os meios”
Eles têm dias e noites a sós, tórridos, obviamente, e de alguma forma um cura as mágoas e traumas que o outro tem. Isso eles têm. Talvez num romance mais longo, se todo o conjunto fosse trabalhado, e a questão da grana, não tanto frisada, pudéssemos crer num nascimento de afeto... Num entendimento adulto e consistente.
O cara não ganhou a Charmaine na conversa, e ganhou por outros meios, com dinheiro e sexo. Crer que isto leva ao amor é algo similar a crer que a fada do dente levou seu dentinho e deixou uma moedinha no lugar, quando tu era pequeno. Não... Pensando bem, eu posso até acreditar na fada. Só.