As cidades invisíveis

As cidades invisíveis Italo Calvino




Resenhas - As Cidades Invisíveis


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Eric Silva - Blog Conhecer Tudo 13/06/2020

Fabulosas, oníricas e metafísicas
Eric Silva para o blog Conhecer Tudo

Fabulosas, oníricas e metafísicas As Cidades Invisíveis de Ítalo Calvino compõem um livro único e difícil de descrever pela sua singularidade, originalidade e poética.
Confira a resenha de As Cidades Invisíveis o primeiro livro da IV Campanha Anual de Literatura do Conhecer Tudo que neste ano homenageia a literatura italiana.

Sinopse do enredo
Século XIII. Após muitos anos de viagem pelas longínquas terras do oriente, o mercador e explorador veneziano Marco Polo chega ao império de Kublai Khan, o quinto soberano do Império Mongol . Ali Marco Polo viveria por 17 anos como diplomata na corte de Khan e viajaria pelos extensos domínios do imperador dos tártaros, contando depois em seus escritos as aventuras e as belezas que encontrou por aquelas paragens.

Influenciado pelo realismo mágico que ganhava força na literatura sul-americana e inspirado pelas aventuras do aventureiro veneziano, Ítalo Calvino imagina um diálogo fantástico entre Kublai Khan e Marco Polo, no qual este descreve ao imperador mais de cinquenta cidades extraordinárias que mais parecem existir nos sonhos e na imaginação do navegador italiano.

Misturando sonho, fantasia, um pouco de poesia e diálogos filosóficos, Calvino vai narrando nesse pequeno livro cada uma daquelas cidades tão fantásticas quanto impossíveis, mas que são retratos figurativos e alegóricos da própria existência humana.

Resenha
Durante meados do século XII até o início do século XIV viveu na Europa e em tantos outros lugares, o mercador, embaixador e explorador veneziano Marco Polo.

Marco começou suas viagens como explorador pelo Oriente quando ainda tinha 17 anos e embarcou em uma viagem para a Ásia com seu pai e tio, Niccolò e Maffeo Polo, só retornando a Veneza, sua cidade natal, em 1295, 24 anos após partir . Durante a longa viagem pelas terras asiáticas o veneziano conheceria o maior império em área contígua da história , o Império Mogol.

Posteriormente e já de volta a Europa, Marco relataria suas aventuras e os anos durante os quais serviu como embaixador de Kublai Khan, em seu livro, Il Milione (O milhão) mais conhecido como As viagens de Marco Polo . Inspirado nesse livro de relatos de viagem, o escritor italiano Ítalo Calvino imagina em As Cidades Invisíveis (Le città invisibili) como seriam os diálogos entre Marco e o Khan enquanto este relatava as maravilhas de dezenas de cidades que o explorador conhecera ao longo das suas muitas viagens pelo Oriente.

As Cidades Invisíveis é um livro de beleza muito peculiar e rara. Não é uma obra que chama a atenção por sua trama, porque quase não há história. O que domina a peça são as descrições das dezenas de cidades fabulosas que tão só poderiam existir na mente fértil de um excelente escritor como Ítalo Calvino.

As cidades narradas por Marco Polo ao Khan são singulares, extravagantes e oníricas e por isso parecem invisíveis, pertencendo ao campo dos sonhos e da imaginação. Cada uma recebe o nome de uma mulher e são cidades que desafiam as leis da natureza, da lógica e da razão. Nelas Calvino traz uma atmosfera ilógica, trabalhando a questão do inverossímil, e ao mesmo tempo através delas transfigura alegoricamente muitos dos sentimentos, contradições e desejos humanos.

Ao fazer as descrições das cidades, Marco fala sobre seus aspectos físicos, culturais, comportamentais, metafóricas e também metafísicos, como bem observa Carmem Lúcia, do blog O que Vi do Mundo, mas, ao mesmo tempo, tece nas entre linhas reflexões do mundo em forma de metáforas e alegorias. Algumas das cidades são surrealistas e parecem saídas de uma pintura de Salvador Dalí ou de René Magritte. O resultado são textos preciosos de alto valor descritivo que tornam o livro complexo e ao mesmo tempo belo e intraduzível.
Cada cidade contém sua própria singularidade e magia, mas em alguns momentos ela se parecem, porque são divididas em categorias que se repetem como “as cidades e a memória” e “as cidades e o desejo”.

Zora, por exemplo, me parece um palácio mental, uma técnica de memória no qual você associa tarefas e outras coisas que deseja lembrar a objeto dispostos nos cômodos imaginários de uma casa ou de outro espaço. Já Sofrônia me surpreendeu porque é formada de duas metades, uma delas é uma grande cidade (de concreto, fixa), enquanto a outra é descrita como se toda ela fosse um grande parque de diversões (provisória, removível). No entanto, todos os anos uma dessas meias cidades é desmontada e remontada, mas a meia Sofrônia que é desmontada e levada embora não é a meia cidade que parece um parque, mas aquela feita de concreto com sua falsa fixes.

Ainda quero citar as cidades delgadas, que são, por sua vez, as mais improváveis e impossíveis como as pinturas surrealistas de que falei. É o caso de Otávia, cidade construída acima de um desfiladeiro entre duas montanhas sustentadas por fios que as que servem de sustentáculo e passagem.

“Se quiserem acreditar, ótimo. Agora contarei como é feita Otávia, cidade-teia-de-aranha. Existe um precipício no meio de duas montanhas escarpadas: a cidade fica no vazio, ligada aos dois cumes por fios e correntes e passarelas. Caminha-se em trilhos de madeira, atentando para não enfiar o pé nos intervalos, ou agarra-se aos fios de cânhamo. Abaixo não há nada por centenas e centenas de metros: passam algumas nuvens; mais abaixo, entrevê-se o fundo do desfiladeiro.
“Essa é a base da cidade: uma rede que serve de passagem e sustentáculo. Todo o resto, em vez de se elevar, está pendurado para baixo: escadas de corda, redes, casas em forma de saco, varais, terraços com a forma de navetas, odres de água, bicos de gás, assadeiras, cestos pendurados com barbantes, monta-cargas, chuveiros, trapézios e anéis para jogos, teleféricos, lampadários, vasos com plantas de folhagem pendente.
“Suspensa sobre o abismo, a vida dos habitantes de Otávia é menos incerta que a de outras cidades. Sabem que a rede não resistirá mais que isso”.

Essa foi uma das cidades que mais me chamou a atenção. Como se vê o texto é puramente descritivo, como, porque assim como os escritos originais de Marco Polo As Cidades Invisíveis funciona como um relato de viagem cheia de descrições e com pouco enredo. Só nas últimas cidades Ítalo insere o diálogo, elemento que inexistia na dinâmica inicial dominada pela descrição, e o narrador também passa a se colocar mais no texto. Até então o diálogo só existia nas passagens onde o veneziano e o Khan conversavam.

Por ter um estilo de diário de viagem, As Cidades Invisíveis não segue a lógica e a estrutura da narração que normalmente é composto de problemática, clímax e desfecho, o que compõe o enredo. Ainda assim, é uma obra cuja divisão dos seus capítulos se torna uma característica única do próprio livro.

O livro é dividido em 9 capítulos que funcionam como blocos onde temos – intercalado a história de Marco Polo e Kublai Khan – a descrição das chamadas cidades invisíveis em subcapítulos pequenos e independentes. Esses subcapítulos falam cada um de uma nova cidade e cada título carrega algum aspecto que de alguma forma se relaciona as principais características dessa cidade mais um número de 1 a 5 que representa quantas vezes aquele aspecto já foi referido.

Os diálogos de Marco Polo e Kublai Khan também são sempre cheios de filosofia e aforismos. Impossibilitado de conhecer a vastidão de seus domínios, o imperador ouve Marco Polo com curiosidade e a través de seus relatos Kublai consegue conhecer as várias partes que compõem o caleidoscópio do seu império e “discernir, através das muralhas e das torres destinadas a desmoronar, a filigrana de um desenho tão fino a ponto de evitar as mordidas dos cupins”.

Por diversas vezes o imperador expões seus pensamentos e angústias, e também faz questionamentos sobre a veracidade do que lhe narra o embaixador estrangeiro, mas, ainda assim, se mantém interessado e envolvido pelos relatos fabulosos e oníricos de Marco. Apesar disso, os diálogos se dão por gestos e sem o uso da palavra, uma vez que Marco desconhece a linguagem dos tártaros. Só muito depois Marco Polo passa a verbalizar seus relatos, mas, ainda assim, a linguagem gestual e figurativa continua viva e predominante nos seus diálogos com o Khan.

A escrita de Ítalo é um pouco desafiante para aqueles que leem pouco. Por vezes, metafórica ela é também cheia de palavras singulares e distantes do nosso cotidiano. Poética, é uma escrita cheia de construções imaginativas complexas e até mesmo surrealistas o que me fez alguns momentos ficar um pouco perdido na leitura, mas ainda assim não usa uma linguagem demasiadamente erudita.

O livro não parece ter pontos fracos, porque é extremamente singular e único, mas nem por isso agrada a todos. O que mais gostei foi a escrita poética de Calvino e de sua imaginação surpreendente e liberta, que tornou o livro original, instigante e criativo.

O desfecho do livro, assim como todo ele, é cheio de aforismos e faz uma profunda reflexão sobre a vida. Ele não encerra de fato a narrativa, mas encerra o ciclo de narrações que poderemos acompanhar. Por isso, em vez de um final fechado, Ítalo nos dá uma reflexão encantadora e filosófica como final:

“O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço”.
Enfim, As Cidades Invisíveis é um livro onírico, de sonhos, de construções imaginativas requintadas e delicadas. Uma obra inteligente e singular, única e até certo ponto indefinível e indescritível. Vale a pena ler.

A edição lida é da Editora Companhia das Letras, do ano de 1990 e possui 152 páginas.


site: https://conhecertudoemais.blogspot.com/2019/02/as-cidades-invisiveis-italo-calvino.html
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Debora 13/03/2021

Italo Calvino usa as palavras de uma forma linda
Que livro rico! Histórias de cidades, das partes que compõem um Império. Um Império que cresce? Ou que rui? Difícil saber. Jogar xadrez com a vida dos povos e seus lugares não é legal.
"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. A forma de não sofrer é tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preserva-lo, e abrir espaço."
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Fernanda 27/05/2022

As cidades invisíveis Italo Calvino
Marco Polo conta a sua visão das cidades que visitou para o Khan. Acabamos viajando junto com Marco Polo conhecendo as cidades que ele visitou através dos relatos ao Khan. Em meio a muitas narrativas fantásticas, tentamos descobrir o que é real e o que é fantasia de Marco Polo.
Um livro bem interessante, porém achei um pouco cansativo, mas nada que comprometa a leitura.
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Maitê 20/04/2020

Poético e fantástico. Algo que precisa de muito mais atenção do que a que eu tinha para dar no momento.
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naoeumaresenha 08/10/2023

Um trecho que me pegou muito foi: ?pode partir quando quiser, mas talvez você chegará a uma outra Trude. igual ponto a ponto?.
cada cidade com suas particularidades, mas essas talvez não sejam percebidas pq a relação que você tem com a cidade vai depender da relação que você constrói com as pessoas que estão ali. e toda cidade vai ser igual se você for sempre o mesmo.

livro excelente!
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Qnat 19/01/2021

O livro é espetacular, mas sinceramente a tradução deixou a desejar.

O livro se torna mais confuso do que ele realmente é, desnecessariamente!!!!

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Açucena 14/05/2021

?[...] porque o passado do viajante muda de acordo com o itinerário realizado, não o passado recente ao qual cada dia que passa acrescenta um dia, mas um passado mais remoto. Ao chegar a uma nova cidade, o viajante reencontra um passado que não lembrava existir: a surpresa daquilo que você deixou de ser ou deixou de possuir revela-se nos lugares estranhos, não nos conhecidos.?
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Nina 17/02/2022

Uma ode a imaginação
Calvino escreve um livro para ser todo um instigador da imaginação.

Cada uma das cidades contadas por Marco Polo nos faz viajar por lugares completamente desconhecidos.
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Matheus 11/08/2020

Poético
Primeira experiência lendo Italo Calvino e gostei bastante. "Cidades Invisíveis" é um livro cheio de metáforas e alegorias, em que diversas reflexões orbitam em torno de um único símbolo: a cidade.

Por óbvio, a cidade aqui é não é reduzida ao seu aspecto geográfico, físico, mas dissecada em dimensões sentimentais, filosóficas, sociais e até mágicas.

Através de um diálogo imaginário entre Marco Polo e o imperador Kublai Khan, somos convidados a observar o fenômeno urbano em suas nuances, belezas e mazelas, impelidos a refletir como nos movimentamos nesse grande mecanismo construído pela civilização humana.

Ao final, resta apenas a inquietação que acompanha o ato de questionar a cidade (ou o mundo) que está à sua volta.
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Fernando Campos Kanigoski 02/05/2020

Descrições deliciosas de se ler e que muitas vezes nos faz questionar: se são cidades diferentes ou a mesma ao longo de diversos períodos do tempo. Ou até mesmo, por serem sempre nomes de cidades femininas, se não seriam descrições de mulheres que conheceu com suas características e personalidades materializadas.
Simplesmente fantástico.
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analuisatl 21/05/2024

Fértil imaginação
Um livro de viagens... Amo esse tipo de leitura, porque nos força a imaginar cenários e cenários e cenários e mais cenários, todos diferentes entre si, e mesmo assim, com uma semelhança imensa: a amada Veneza do comerciante-viajante. Acho a escrita de Italo Calvino impecável, amo seu estilo e seu modo de usar das palavras pra enfatizar coisas e momentos e paisagens imaginárias. Amei muito esse livro!!
Foi um dos mais lindos desfechos de livro, pra mim.
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Gamarra 28/04/2020

A cidade-mundo
A cidade é vista por Marco Polo em diversas dimensões. A cidade como um tipo ideal, a cidade como uma "franquia", a cidade como peculiar, mas antes disso, a cidade como ideia, na qual levamos como modelo a todas as outras. Kublai Khan nunca poderá entender perfeitamente a ideia que Polo tem das cidades. Não por falta de tentativa, mas porque o toque de Veneza que tem nas outras cidades só pode ser visto por aquele que, como Polo, tem ela como a referência ideal, como a cidade ideia. A nossa cidade, que experienciamos, vivemos, andamos, corremos e nos apaixonamos é nossa cidade-mundo.
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Willy 27/12/2009

Estou lendo e devo dizer: Lerei poucas páginas por dia.
Mas não porque o livro é ruim.
E sim porque estou apaixonado por ele ao ponto de querer demorar dias e dias nesse delicioso relacionamento...
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Hamurabi 22/10/2009

As cidades de Calvino
Ao olharmos para cidade a qual habitamos o que a nossa percepção consegue apreender? Conhecemos realmente o espaço geográfico no qual vivemos? E para além das nossas sensações o que enxergamos nas cidades? “As cidades invisíveis” de Ítalo Calvino não responde as essas questões, mas através de suas analogias estabelece um elo entre o universo de sua obra e as cidades construídas pelo homem. Em seu livro a cidade deixa de ser esse espaço geográfico no globo terrestre e é tratada como uma metáfora da complexidade da existência humana. Escrito em 1972, a obra é um retrato imagético das viagens do veneziano Marco Polo. Após voltar de suas missões no Império Mongol, o viajante se reunia com o imperador Kublai Khan para relatar-lhe sobre suas incursões, momento esse que é questionado no desenrolar do enredo do livro.
Ítalo Calvino nasceu em Cuba em 1923 e logo após seu nascimento foi para Itália, terra de seus pais. Formado em Letras, participou da resistência ao fascismo durante a Segunda Guerra Mundial, filiou-se no Partido Comunista em 1956. No ano seguinte desfiliou-se do partido. As cidades invisíveis é um dos mais conhecidos livros de Calvino e um dos últimos a serem escritos e publicados pelo autor que faleceu em 1985 em Siena, Itália. No Brasil a primeira edição da tradução dessa obra para o português é de 1990. Um dos mais importantes nomes da literatura italiana e mundial, Calvino de tradição modernista deixou 15 obras, muitas delas também traduzidas para o nosso idioma, como Os amores difíceis, O cavaleiro inexistente, Palomar entre outras.
O livro é construído através de diálogos entre Marco Polo e Kublai Khan. Divididas entre temas, as cinqüenta e cinco cidades formam arquétipos. Um modelo ideal que servem a todas e a uma única cidade, o que forma um paradoxo ao mesmo tempo em que cada cidade se torna singular. A divisão que Calvino estabelece em sua obra torna a leitura e a compreensão do enredo da obra mais interessante. Os onze temas tratados no livro se espalham entre os capítulos como se fosse recortes de uma cidade que encontram pontos de congruência uma na outra e também sua antítese ou complemento entre os tema.
É com essas dimensões da natureza humana que Calvino trabalha a sua obra. A dubiedade, a identidade, a percepção, as trocas, a perfeição, a harmonia, a desordem. Marco Polo descreve nas cidades-mulheres os espaços imagéticos traçados por ele. Se tais cidades existem a pista pode estar no livro As Viagens, em que Polo conta suas excursões no território do Oriente Médio e Ásia. Porém os nomes dados as cidades esses sim, podem nos remeter, como já dito antes a uma metáfora do ser humano. As cidades de Calvino podem não ser as mesmas de Marco Polo, mas assim como o veneziano que junto com sua família foi o primeiro ocidental a percorrer a Rota da Seda, Ítalo Calvino desbrava as cidades invisíveis que existem no interior de cada ser.
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'Dani Oliveira 24/10/2009minha estante
aff sua resenha,pra variar, deixou a minha no chinelo... ;/ auhauahu tá muiiito booa =)




Tatta 24/05/2021

trata-se de um diálogo entre Marco Polo e o Grande Khan. é surpreendente porque o livro não propõem uma conversa sobre guerra ou conquistas militares. é bem mais uma pessoa querendo conhecer, espiritualmente, seu império.

os capítulos funcionam como crônicas - algumas são de fato um espetáculo. há forte presença do realismo mágico, que dá charme a trama.

um escritor muito talentoso o Calvino... foi quase que como uma honra ler!
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