Doze anos de escravidão

Doze anos de escravidão Solomon Northup




Resenhas - 12 Anos de Escravidão


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Leticia.Taboada 30/08/2022

De homem livre à escravo
A história é muito marcante e, em muitos momentos, chocante ao nos mostrar a que ponto pode chegar a maldade humana. Não é apenas mais um relato de escravidão, mas a elucidação de pensamentos de alguém que vivia do lado livre do país e, de repente, vê toda sua vida mudar após ser submetido a uma escravidão que antes apenas ouvira falar.
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Vera Sabino 11/06/2015

Queria muito conhecer a trágica história de Solomon Northup, mas relutei por um bom tempo em iniciar a leitura deste livro pela carga emocional que a temática da escravidão traz.

Solomon nasceu livre no Estado de Nova York e teve uma educação superior à maioria das crianças de sua raça. Aprendeu a ler, escrever e a tocar violino. Seus momentos de lazer eram em companhia de seus livros ou tocando violino, diversão que era a verdadeira paixão de sua juventude.

Aos 21 anos casou-se e da união nasceram três crianças. Viviam uma vida próspera e feliz em meio à abundância, resultado de seu trabalho agrícola, suas atividades extras como tocador de violino e a culinária de sua esposa.

Em março de 1841, enquanto caminhava pelas ruas de Saratoga Springs onde morava, foi abordado por dois cavalheiros brancos que lhe fizeram uma ótima oferta de trabalho como tocador de violino em Nova York, indo depois para Washington. Em Washington Solomon foi drogado, passou muito mal, perdeu os sentidos e, ao acordar, se viu acorrentado pelos pés e mãos numa cela escura. Encontrava-se em um mocambo de escravos sem seu casaco, chapéu, dinheiro e -- mais importante -- sem os documentos que comprovavam sua condição de homem livre.

Começou aí seu sofrimento, quando foi brutalmente açoitado e ameaçado de morte, caso insistisse em se dizer um homem livre. Foi então levado para outro mocambo em Nova Orleans, vendido e, com seu novo proprietário, seguiu rumo a sua nova vida no estado de Louisiana.

A narrativa dolorosa de Solomon descreve o trabalho exaustivo nas plantações de algodão e cana-de-açúcar, os açoitamentos indiscriminados, a ração mínima de comida recebida apenas uma vez por semana (nada mais que carne de porco e milho) e a cabana onde os escravos dormiam no chão duro ou sobre uma tábua após um dia inteiro de trabalho árduo.
Solomon descreve em detalhes a crueldade de seus dois últimos proprietários -- quase foi enforcado e morto a machadada por um deles --, mas conheceu também senhores de escravo de bom coração, como seu primeiro dono.

Ele sofreu muito, mas não perdeu a fé e a esperança de voltar a ser um homem livre e reencontrar sua esposa e filhos. Esse pensamento nunca o abandonou; e foi essa fé e esperança que o ajudaram a suportar tamanha provação.

Sua libertação aconteceu graças a um canadense com ideias abolicionistas a quem Solomon confiou sua história e quem escreveu as cartas às pessoas que viajaram até o estado de Louisiana para resgatar Solomon da escravidão.

"12 Anos de Escravidão" é uma leitura pesada que provoca no leitor muita tristeza, indignação e revolta, tamanha a crueldade e brutalidade com que os senhores tratavam seus escravos.

A história de Solomon aconteceu nos idos de 1800, mas é muito triste ver que ainda hoje existe tanto preconceito e discriminação. Não importa o quanto o negro seja inteligente e capacitado, ele é sempre olhado como um ser inferior. Triste, muito triste mesmo!!!!
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Gustavo Queiroga 09/02/2021

É um livro forte e emocionante, em que traz uma narrativa em forma de relato, sendo assim uma não ficção. A história é mais pesada e demanda paciência em algumas partes, caso você não esteja acustumado com este tipo de narrativa.
Entretanto, é uma leitura necessária/essencial... vale a pena ser lido.
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JEAN CARLOS 20/03/2017

Espetacular!!!!!!!
Incrivel como o leitor "entra de cabeça" no mundo de Solomon...ao narrar os doze anos em que o autor foi escravizado,ele nos faz viajar até sua época e chorar suas lagrimas de desespero...uma época nebulosa da história da humanidade...um livro chocante,triste...na minha opiniao o melhor do genero...vale muito á pena á leitura.
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Rodrigo 07/12/2018

“Doze Anos de Escravidão” é um livro autobiográfico escrito por Solomon Northup, um cidadão americano negro e livre que, por uma série de acontecimentos, é raptado e posto em regime de escravidão durante doze anos. A obra escrita por Northup tem o objetivo de mostrar o cotidiano de um escravo no Sul dos Estados Unidos, não poupando o leitor dos detalhes das atrocidades cometidas pelos senhores de escravos.
O livro de Northup foi publicado pela primeira vez em 1853, o mesmo ano em que o autor conseguiu ser resgatado. Um ano antes, em 1852, o célebre romance “A Cabana do Pai Tomás”, escrito por Harriet Elizabeth Beecher, era lançado e acabou gerando uma grande comoção sobre a questão racial nos Estados Unidos. O livro de Beecher é considerado por muitos leitores, entre eles, o presidente Lincoln, uma das principais obras que influenciaram a Guerra Civil e o fim da escravidão. A relação entre os trabalhos de Northup e Beecher é interessante, pois ambas se passam na região do Rio Vermelho e, como é mencionado no início do livro, “alguns incidentes que ele - Solomon - relata, fornecem um paralelo sem igual à minha história (STOWE, 2014, p. 13)”. O próprio Solomon dedica o livro para Harriet, no qual diz que “seu nome é identificado em todo o mundo com a abolição da escravatura”.
A narrativa de “Doze Anos de Escravidão” começa com a seguinte citação

“Tendo nascido um homem livre, por mais de trinta anos gozado da bênção da liberdade em um estado livre e sido, ao final desse período, sequestrado e vendido como escravo, assim permanecendo até ser felizmente resgatado no mês de janeiro de 1853… (NORTHUP, 2014, p. 17).”.

A partir desse ponto, o leitor já pode ter uma noção sobre o que lhe espera nas páginas que virão. Nos primeiros capítulos, Solomon vai narrando um pouco sobre a trajetória de seu pai, que havia tornado-se livre por volta de 1800/1805 e de que após algum tempo após sua libertação mudou-se para Minerva, uma cidade no estado de Nova York. Também fala um pouco sobre a formação de sua família e de como era a sua pacata vida no norte. Em determinado momento no primeiro capítulo, ao relatar os seus encontros com escravos do sul, é gerado um contraste interessante sobre a questão da liberdade que vai ser um dos pilares centrais da narrativa. Sem alongar-se muito na descrição de sua vida antes da escravidão, no capítulo dois, Northup começa a relatar sobre os acontecimentos que o levou para os doze tortuosos anos de sua vida.
Os acontecimentos que levaram Solomon a ser pego e posto em regime de escravidão são um pouco confusos. Devido a uma doença que teve enquanto estava em Washington, acabou tendo os documentos que comprovavam sua liberdade roubados e a falta desses papéis foi fundamental para que fosse pego por vendedores de escravos. É interessante observar que, o próprio Solomon, por viver em um estado no qual não precisava de documento algum para provar sua liberdade, no decorrer do livro vai ser mostrado enormes contraste, como mostrarei nos trechos a seguir.

"Preciso confessar que na época pensei que quase não valia a pena fazer aqueles documentos - já que a percepção do risco de minha segurança pessoal jamais tinha se manifestado a mim, nem da maneira mais tênue (NORTHUP, 2014, p 29)."

"Um escravo pego longe da fazenda de seu senhor sem salvo-conduto pode ser preso e açoitado por qualquer homem branco que encontre (NORTHUP, 2014, p 128)."

Esses dois parágrafos demonstram ao leitor a enorme dualidade que havia nos Estados Unidos antes e até mesmo depois da Guerra Civil Americana. Enquanto em diversos estados um homem negro poderia andar livremente, no sul, sequer poderia ser pego andando a serviço de seu senhor sem um salvo-conduto.
“Doze Anos de Escravidão” aborda diversos tópicos essenciais para que o leitor entenda o sistema escravista sulista nos Estados Unidos. Além do contraste exemplificado no parágrafo anterior, as situações que Solomon passa, vai desnudando a sociedade americana pré-Guerra Civil de uma maneira que jamais havia visto. Em muitos momentos, Northup critica e mostra as diversas contradições da sociedade americana, como no trecho a seguir

“Então passamos, algemados e em silêncio, pelas ruas de Washigton, atravessando a capital de uma nação cuja teoria de governo, dizem, repousa sobre a fundação do direito inalienável de qualquer homem à vida, à LIBERDADE e à busca da felicidade! (NORTHUP, 2014, p 47)."

Essa citação tem uma ligação com a Declaração da Independência, principalmente sobre a questão da liberdade. Mas as críticas à Declaração da Independência não param por aí, em outro trecho, Bass, o homem que ajuda no resgate de Solomon, explana a seguinte frase: “Agora deixe eu lhe fazer uma pergunta. Todos os homens são criados livres e iguais como a Declaração da Independência diz que são?”.
Ainda sobre o tópico da liberdade, há uma breve relação entre o texto de Tocqueville com o de Solomon, quando Tocqueville menciona

"A religião vê, na liberdade civil, um nobre exercício das faculdades do homem; no mundo político, um campo entregue pelo Criador aos esforços da inteligência… A liberdade vê na religião a companheira de suas lutas e seus triunfos, o berço de sua infância, a fonte divina de seus direitos (TOCQUEVILLE, 1987, p 42).".

Essa fala de Tocqueville sobre religião e liberdade, ao meu ver, remete à parte que Solomon narra como eram as comemorações de Natal e como essa data religiosa dava uma sensação de cidadania aos escravos, Solomon fala

"Nessas ocasiões eles são vistos indo apressados em todas as direções, os mortais mais felizes que se podem ver na face da Terra. São seres diferentes do que quando estão nos campos; o descanso temporário, o breve intervalo do medo e do açoite, produz uma completa metamorfose em sua aparência e atitude (NORTHUP, 2014, p 178).."

Além dessa liberdade, a questão da cidadania se dava também aos casamentos entre escravos que, como Northup relata “eram frequentes entre as festas”.
Apesar de os pontos que explanam sobre a liberdade no que se refere à população negra dos Estados Unidos pré-Guerra Civil, Northup mostra ao leitor que as atrocidades pela qual os escravos passavam era o que predominava naquela sociedade. A desumanização dessas pessoas ia de ter que mudar o seu nome de acordo com seu senhor até as mais horríveis torturas. Junto à narração dos horrores e acontecimentos cotidianos, Solomon faz um incrível panorama de como as fazendas funcionavam, como era o trabalho no campo etc. A sua narrativa sobre o funcionamento da lavoura entre outras atividades beira uma descrição técnica, o que, ao meu ver, torna o livro mais interessante para que o leitor possa ter uma visão ampla de toda a estrutura da sociedade sulista. Solomon, ao narrar esse ponto, não torna a leitura arrastada ou maçante, mas sim enriquecedora para análises históricas. O relato e a visão de Northup sobre o arranjo social dos Estados Unidos de 1841 a 1853 é, sem dúvidas, o grande ponto do livro.
A perspectiva de Solomon sobre corpo social sulista é brilhante. Ao acompanhar a jornada de Solomon durante os dozes anos em que foi escravo, o leitor consegue extrair diversos tópicos para uma reflexão sobre a época e a escravidão. Há pontos em que Northup, ao narrar sobre pessoas que conheceu durante o seu trajeto até o sul, nos depararmos com questões acerca de gênero, por exemplo. Ao descrever seu contato com Maria, ele fala que a mesma tinha certeza de que quando chegasse em Nova Orleans seria comprada por um homem branco, deixando a entender que esse comprador a tomaria como objeto sexual, privando-a do trabalho árduo. Sobre a questão de objetificação da mulher negra, a filósofa Djamila Ribeiro em alguns artigos de seu livro “Quem Tem Medo do Feminismo Negro?”, levanta a questão de como essa objetificação da mulher negra e o uso do seu corpo como forma de ascender socialmente provinda do regime escravista nas Américas ainda encontra-se presente nos dias de hoje.
Passando pela questão de gênero, em diversos pontos é notável ver uma das bases para a teoria de Fanon entranhadas no texto de Northup. Ao relatar as “qualificações necessárias num feitor”, nas quais elenca “crueldade, brutalidade e violência”, faz com que “aguilhoado até a loucura incontrolável, o próprio escravo às vezes se volta contra o seu opressor”. Podemos ver uma frase semelhante em “Os Condenados da Terra”, um dos textos mais célebres de Fanon onde diz “o colonizado está inferiorizado, mas não convencido de sua inferioridade. Espera pacientemente que o colono relaxe a vigilância para lhe saltar em cima.”. Mais a frente na história, Northup volta a falar sobre a violência como forma de derrotar a escravidão num trecho muito próximo à teoria do Fanon.

"Enganam-se aqueles que dizem que o escravo ignorante e sem estudo não tem ideia da magnitude das injustiças a que é submetido. Enganam-se aqueles que imaginam que, ajoelhado, ele se põe de pé com as costas laceradas e sangrando, cultivando apenas o espírito de submissão e perdão. Um dia pode vir - virá, se sua prece for ouvida -, um dia terrível de vingança, quando será a vez de o senhor gritar em vão por misericórdia (NORTHUP, 2014, p 201)."

“Doze Anos de Escravidão” é uma ótima fonte para conhecermos melhor um passado assombroso dos Estados Unidos e, ao meu ver, o livro influenciou diversas obras ficcionais sobre o tema da escravidão, como os aclamados “The Underground Railroad” e “Amada”. Diversas situações retratadas nos livros citados são expostas por Solomon Northup. No caso de “The Underground Railroad”, para alguém que já leu o “Doze Anos de Escravidão”, algumas cenas são muito semelhantes a ponto de o leitor se perguntar qual livro está lendo.
Por ser um grande fã de ficção e me interessar pelas questões raciais, a leitura de “Doze Anos de Escravidão”, para mim, foi incrível. A oportunidade de entrar em contato com uma fonte histórica rica de detalhes me faz ler livros de ficção sobre o tema com um olhar mais aguçado.
“Doze Anos de Escravidão” é uma obra importantíssima para qualquer estudante de História. É forte, cru e impiedoso, assim como a escravidão. Reflexões são geradas, conhecimento é adquirido e, acima de tudo, há o lugar de fala de quem viveu o terror das fazendas sulistas em uma época que o normal era barbárie. É o tipo de livro que vai contra a história única. Como menciona a premiada escritora Chimamanda Ngozi Adichie em um discurso sobre história única

"A forma como (as histórias) são contadas, quem as conta, quando e quantas histórias são contadas, tudo depende do poder. Poder é a habilidade não só de contar a história de outra pessoa, mas de fazê-la a história definitiva daquela pessoa.."

Ao publicar “Doze Anos de Escravidão”, Solomon, em uma sociedade na qual não tinha local na hierarquia de poder, faz com que sua história seja contada por sua própria palavras.
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Toni 20/12/2018

Aproveitei nossa tradução em andamento de ‘Our nig’, publicado na mesma década do relato de Solomon Northup, para encarar a leitura de ‘Doze anos de escravidão’, adaptado para o cinema em 2013. Se alguém aí não viu o filme, esta é a autobiografia de Solomon Northup, homem negro nascido livre que foi sequestrado em 1841 em Washington (“sob a sombra do Capitólio”) e vendido como escravo para fazendeiros de Louisiana, no Sul escravagista dos EUA.
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Até seu resgate em 53, Northup trabalhou 12 anos “na mais completa escuridão”, período durante o qual vivenciou os horrores da instituição mais cruel na história da humanidade. Uma vez em liberdade, sua narrativa se tornou o primeiro relato sobre o sequestro de homens livres a ser publicado em livro, levando-o a se tornar uma voz do movimento abolicionista, além de ajudar escravizados em fuga na Underground Railroad.
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Para a cultura ocidental, as mil e uma histórias dos sujeitos, suas trajetórias e idiossincrasias, tem sido apanágio dos brancos. Em resposta a esse despautério perverso-ideológico, o relato de Solomon Northup conta, na medida do possível, a história de cada homem e mulher escravizado que cruza seu caminho. Cria-se, com isso, uma oposição patente entre sistema e indivíduo. Enquanto os negros são todos individualizados, com nomes e aspirações próprias, os brancopressores são retratados na contraluz de algo maior: uma instituição cruel e injusta que forja espíritos insensíveis e brutaliza o olhar sobre o outro. Dessa forma, uma brilhante inversão se estabelece: no lugar de tratar os escravizados como massa animal ignorante de sua condição, Northup reserva aos brancos o lugar de reprodutores inconscientes de uma crueldade bárbara e desumana. Em que pese a problemática ‘desculpabilização’ dos perpetradores da escravidão, o relato se volta muito mais à instituição como Mal a ser combatido e reparado, tendo em vista o debate abolicionista ainda corrente quando da publicação do livro. De uma maneira ou de outra, uma leitura preciosa.
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Dialugando 31/12/2018

Racismo: uma das piore crueldades da história
12 anos de escravidão - Solomon Northup
2014/232 páginas - Seoman
Nota: 5/5 ?????

Doze anos de escravidão é um livro baseado em fatos reais e autobiográfico que conta como Solomon Northup, um negro que nasceu livre nos Estados Unidos, foi sequestrado em 1841 e vendido como escravo, passando doze longos anos de sua vida na miserável labuta da escravidão.

Seus relatos, algumas vezes bem detalhados, de como a escravidão foi dura chega a doer em nós também, meros leitores. Por várias vezes nos sentimos como que açoitados com determinados trechos que nos obrigam a refletir. Em alguns momentos sua narrativa me fez lembrar do livro bíblico de Jó, pois ambos, mesmo sofrendo as mais adversas situações jamais perderam a fé e a confiança no Criador.

Vário trechos me chamaram atenção, mas um em especial eu gostaria de destacar. Em certa parte do capítulo 16 nós percebemos claramente que não era motivo de orgulho para os senhores, ter escravos instruídos, muito menos escravos que soubessem ler. Era até mesmo aplicado uma punição, como cem chibatadas ou mais, caso um escravo fosse descoberto com um livro ou material para escrever. Sabem o porquê disso, meus amigos? Simplesmente porque a educação é libertadora, quebradora de correntes. A elite sempre teve medo de que os oprimidos tivessem acesso à educação.

E infelizmente a situação não é muito diferente hoje em dia nesse sentido. O que nos faz refletir fortemente sobre nosso papel tanto no âmbito social como educacional.

#book #livro #libro #euamoler #livrosefrases
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Ton 17/04/2019


Só tem algo maior que barbárie e as atrocidades cometidas aos negros retratado no relato de Solomon; a fé dele.
A fé dele de que os brancos escravagistas seriam punidos, fé de que esse tipo de imposição e desigualdade iriam acabar, fé de que alguém o encontraria e provaria por ele ser um negro e, mais que isso, um homem livre.

É uma leitura que tem um ritmo mais lento, porém muito detalhista. Solomon não poupa linhas e letras para descrever seu dia-a-dia (seja como homem livre, seja como escravo), seu ponto de vista diante do grande contraste entre ambas as "vidas", o convívio e a descrição de seus colegas de senzala, o que comiam, o Natal , a rotina colhendo algodão e todos os processos desde a forma como colher até a sua produção, a descrição dos senhores escravagistas e as infinitas torturas. Solomon não te mostra como é, ele te leva até lá.
Impossível em algum momento da obra você não se irritar e se perguntar: "como um ser humano pode ser tão cruel com seu semelhante?".
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Mari 18/04/2022

??
Nascido livre, Solomon Northup cresceu nos Estados Unidos do século XIX, época em que o país era dividido em uma região norte abolicionista e o sul escravocrata.
Em 1841, Northup com seus trinta e três anos e sua família formada, foi enganado enquanto buscava uma oportunidade de emprego, dopado e sequestrado, foi levado até o sul escravagista. Passou doze anos privado de liberdade, sua real identidade roubada para sobreviver em meio a tanta humilhação.

Mesmo com suas poucas 280 páginas, o livro é um relato intimista sobre a produção algodoeira, sua rotina de trabalho, os três senhores que passou durante os anos, relação com outros escravos e tentativas de fuga.

Sua escrita é fluída e rica, sendo assim, difícil de ler apenas pelo conteúdo que nos faz sentir desesperança e tristeza, mas é um livro necessário, que muda a nossa forma de pensar e nos faz mais empáticos.
Quebrando o pensamento infeliz, quem alguns brancos insistem em reproduzir, de que os escravos eram ignorantes. O ator afirma que a pessoa negra sabe de seus direitos, almeja a liberdade com toda a sua alma, mas a quem recorrer quando seu testemunho nem mesmo é escutado por autoridades?

?O sol brilhava, cálido; pássaros cantavam em árvores. Passarinhos felizes ? eu os invejava. Desejava
ter asas como eles, poder cindir o ar na direção de onde meus filhotes esperavam, em vão, pelo retorno do pai, na região mais fria que era o Norte.?

Solomon também questionava a cegueira do homem branco sobre o sistema de escravidão, que mesmo sendo homens bons, continuava a olhar nas mesmas lentes que seu pai antes dele também o fazia. Não questionando o direito moral de um homem fazer de outro homem seu escravo.

É um livro extraordinário e que todos deveriam ler.
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Amanda.Andrade 25/07/2022

História triste contada pelo próprio Solomon. Ele fala sobre o período em que foi sequestrado e obrigado a trabalhar como escravo.
Conta, com detalhes, toda privação, humilhação e violência que sofreu.
Merece ser lido
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regifreitas 06/06/2019

DOZE ANOS DE ESCRAVIDÃO (Twelve years a slave, 1853), de Solomon Northup; tradução Caroline Chang.

Solomon Northup nasceu e viveu como um homem livre até seus 33 anos, quando foi enganado, sequestrado e vendido como escravo por dois aproveitadores que o iludiram com uma proposta de trabalho. Sendo contrabandeado para o estado da Louisiana, no sul dos EUA, região marcadamente escravocrata, ele foi vendido como mercadoria e submetido aos maus tratos e trabalhos forçados em diversas fazendas da região. É o seu relato que acompanhamos nesta autobiografia, escrita logo após a sua libertação, em 1852, depois de doze anos sofrendo na pele o que é viver como escravo.

A obra descreve o dia a dia desses seres, privados de sua liberdade e tratados como inferiores, sofrendo os abusos físicos e psicológicos infligidos pelos senhores de escravos. É um dos retratos mais marcantes e chocantes de como os seres humanos trataram outros de sua espécie, de forma cruel, abominável e imperdoável. Uma das piores manchas que fazem parte da história humana.

Em 2014, o livro acabou sendo adaptado para o cinema, em obra dirigida pelo britânico Steve McQueen. Acabou ganhando três das nove indicações recebidas ao Oscar daquele ano.
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Lucas 28/07/2022

Nunca assistir o filme.
Esse livro despertou aquela ansiedade boa de você querer saber o desenrolar da historia. Resolvi ler este livro, após muitos amigos me indicarem o filme, é uma leitura com uma historia real e pesada, devido a toda desumanização que ele foi forçado a passar no tempo da escravidão. Alguns momentos quando vc esta focado na historia vc se sente horrorizado com a situação da escravidão, vários momentos me perguntei e me pergunto até hoje, como o ser humano foi capaz de fazer e ainda tem pessoas que fazem isso com o seu próximo. Mas essa historia tem um final feliz, um exemplo de esperança. Super indico este livro, ainda pretendo ver o filme esse ano.
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Monique @librioteca 18/01/2020

Entrou nos favoritos...
Em 1853 (10 anos antes da abolição da escravidão nos EUA), assim que consegue restabelecer a sua liberdade, Solomon Northup corajosamente publica o relato contundente de sua história, primeiro como cidadão livre e depois como escravo, e descreve um dos períodos mais nebulosos da história norte-americana em suas páginas.

Não é à toa que o livro se tornou um best-seller imediato, e continua a ser cultuado até hoje. Como documento histórico sua qualidade é excepcional, inegável e necessária, pois nos coloca no lugar, tempo e espaço onde os fatos aconteceram, e nos mostra a dor, a humilhação e o desespero que a escravidão lançou sobre o mundo.

Também, esse livro funciona como lembrete constante dos absurdos relativos à desigualdade e racismo vividos pelos escravos, e desempenha brilhantemente o papel de (tentar) amenizar o abismo de entendimento que ainda existe sobre essa parte vergonhosa da história, lançando uma luz sobre os absurdos que conservamos ainda hoje, pelos quais devemos nos envergonhar (e lutar contra) todos os dias

site: www.instagram.com/cadernetaliteraria/
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Camila.Stephane 20/10/2021

Abalada
Me senti muito mal lendo esse livro. Ele é bem descritivo e narra todos os episodios com bastante detalhes oque faz dos momentos de violência aterrorizante pra quem lê. É um absurdo que uma historia como essa tenha sido real. Mas apesar de todos os anos de sofrimento ha um momento que finalmente chega ao fim,mas a grande maioria dos negros sequetrados nao tiveram essa "sorte". Pior ainda os que nasceram escravos que so conheciam a palavra liberdade depois de mortos...É muito triste saber que um ser humano é capaz de fazer com outro por causa da cor....o mesmo se aplica a religiao e por ai vai.... a palavra humanidade perde o sentido.
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