QUATRO DIAS DE REBELIÃO

QUATRO DIAS DE REBELIÃO Joel Rufino dos Santos




Resenhas - QUATRO DIAS DE REBELIÃO


4 encontrados | exibindo 1 a 4


Rafaella.Silva 09/01/2024

Achei que seria mais informativo sobre a questão histórica, mas não teve muita coisa desse estilo, seguiu muito a vida de personagens específicos.
Mas não é um livro ruim
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Su 23/02/2020

Livro curto que te faz imaginar um melhor cenário sobre os quatro dias de rebelião contra vacina que ocorreu em 1904.
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HD 10/05/2013

Durante quatro dias, em novembro de 1904, a população pobre do Rio de Janeiro tomou conta da cidade, surrando vacinadores, invadindo prédios públicos, destruindo os lampiões da iluminação pública e as obras da nova avenida. No quarto dia, políticos de oposição e militares florianistas se tentaram valer da rebelião popular para derrubar Rodrigues Alves, não o conseguindo porque a sublevação das ruas extinguiu-se como fogo de palha. No fundo, a vacina fora simples pretexto. As ruas estavam repletas de desempregados e desabrigados

A base daqueles rebeldes é a antiga rua da Mortona, travestida em Travessa da Pouca-Vergonha. O cenário é o Rio de Janeiro de 1904, estreito sorridente, miserável e festivo.
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teff 20/01/2013

Quatro dias apenas...
O que dizer quando se ouve falar de multidões de 3 mil pessoas revoltosas contra a vacina? Antipatriotas radicais vão torcer o nariz dizendo que brasileiro é ignorante assim mesmo, tem que deixar todo mundo sem vacina; liberais vão me explicar que isso é coisa de conservadores antiquados que, odiando a ideia de que suas mulheres mostrem partes íntimas do seu corpo para médicos estranhos, se rebelam de forma parva; revolucionários anarquistas vão bater no peito para gritar que não importa o motivo, qualquer dia é dia de rebelião. E eu digo que qualquer um dos três precisa ler Quatro Dias de Rebelião, de Joel Rufino dos Santos.

Em apenas 94 páginas, o escritor e professor carioca descreve, com poucas palavras, a história da Revolta da Vacina, que aconteceu em 1904, durando apenas 4 dias. Apesar da pouca duração, o conflito gerou enorme desconforto às autoridades e ganhou espaço na História do Brasil. Joel Rufino, que também é historiador, nos dá uma ideia, sem muita pompa ou exagero, do que aconteceu naqueles dias.

No início do século XX, a cidade do Rio de Janeiro era a capital da República, e, apesar do luxo de casarões e palácios em áreas evidentes, a maioria da população sofria apertada em cortiços nauseabundos, sem coleta precisa de lixo, com saneamento básico precário e, consequentemente, a monstruosa proliferação de doenças.

Determinado a modernizar a cidade, o presidente Rodrigues Alves, juntamente com o prefeito Pereira Passos promove uma reforma urbana na cidade que, com a derrubada de habitações mais simples e cortiços, construiria novas edificações e o alargamento de avenidas. Após a expulsão dos moradores - em sua maioria pobres e negros -, os desalojados foram morar na rua, povoar morros e formar inúmeras comunidades na periferia, conhecidas como favelas. Fora isso, a população se descontentava com o desemprego e o alto custo de vida. Como se não bastasse o descaso com o povo, o presidente ainda coloca em prática uma lei em que a vacina é obrigatória, que, embora positiva, era desconhecida por muitos que não sabiam o que era e que pensavam ser negativa. Filhos e netos de escravos, analfabetos, eles só queriam ser ouvidos. Gente que não queria guerra à toa; gente que não lutava por nada; gente que queria PÃO, VACINA NÃO; gente que não sabia o que era, gente que queria saber.

Contando os fatos em forma de romance, o autor apresenta a história de heróis de verdade e alguns de mentira. Alguns episódios cômicos, outros lúgebres, vários reais como a formação da Liga Nacional Contra a Vacina, o comércio que não abriu, bondes incenciados e transformados em barricadas, o ódio contra a Light, que iluminava apenas ruas do alto comércio e bairros elegantes. Contra o que o povo havia se rebelado? "Por que só outros hão de ter?", responde Joel Rufino dos Santos. Sucintamente, o fio condutor do livro nos leva a crer que a vacina não foi o real motivo da revolta: foi o estopim.
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