Verão Cruel (Cruel Summer)

Verão Cruel (Cruel Summer) Alyson Noël




Resenhas - Verão Cruel


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Lina DC 29/03/2014

"Verão Cruel" é um livro voltado para o público juvenil que tem como protagonista Colby Cavendish. Colby é uma adolescente que está tentando descobrir a sua identidade, e para isso está se envolvendo com os "populares" da escola, em especial Amanda Harmon e Levi Bonham com quem Colby tem "algo". Quando ela pensa que a sua vida está praticamente perfeita, seus pais soltam uma bomba: eles irão se divorciar e ela irá passar o verão em Tinos, na Grécia, com a sua tia para que eles possam resolver os detalhes dessa nova situação. É a partir desse momento que a história de Colby se inicia...
O livro descreve os devaneios de Colby principalmente em formato de diário e cartas que a garota utiliza para desabafar e protestar com os pais. A leitura é leve e descontraída e traz alguns momentos fofos e também alguns temas interessantes como a nova dinâmica familiar após um divórcio, sexo na adolescência e é claro, os "grandes amores de verão".
Apesar de ser um livro leve e divertido, a protagonista não conquista o leitor. Na maior parte do tempo ela está reclamando e se lamentando, tornando difícil para qualquer um aturá-la por muito tempo. Essa falta de carisma faz com que durante a leitura procuremos saber mais sobre a sua tia e sobre esse pequeno paraíso na Terra que é Tinos, mas sem a presença constante de Colby e seus choramingos.
A tia Tally inicialmente passa a impressão de ser excêntrica para Colby, pois conversa com plantas, é totalmente desapegada dos bens materiais e não gosta de complicações na vida. Tally é uma personagem cativante pois passa uma sensação de calma e conforme avançamos na leitura, percebemos que sua vida nem sempre foi esse mar de rosas.
Como a visão do livro é através da percepção de Colby, vemos que seus pais são disfuncionais em relação à jovem, e em alguns momentos eles são egoístas ao desconsiderar a opinião da adolescente em uma situação tão importante. Mas é claro que não temos como ter certeza absoluta se os dois são realmente assim ou se a frustração de Colby por não passar o verão com seus novos e populares amigos influencia essa descrição.
Se Colby não fosse tão chatinha, ela poderia ter notado um carinha com cabelos escuros e ondulados, com um belo bronzeado, lindos olhos verdes, um sorriso incrível e um corpo magnífico mais cedo... pois é leitores, conheçam o Yannis, o lindo grego que surge na vida da adolescente. Yannis é lindo fisicamente mas também tem uma personalidade generosa e é extremamente engraçado.... é impossível entender do que tanto a Colby reclama da Grécia.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho. A capa contêm os elementos da trama, porém não se destaca.
A escrita da autora é fluida e leve como sempre e ela cria situações e diálogos divertidos. A discussão dos temas é realmente proposta pensando nos adolescentes e a linguagem simples e direta permite que a leitura seja feita em algumas horinhas.

"- O segredo é aprender a ver com o coração, não com os olhos, Colby". (p. 138)
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Zilda Peixoto 15/03/2014

Alyson Noël está de volta e dessa vez para nos convidar a passar as férias de verão numa ilha paradisíaca da Grécia. Mas como um verão poderia ser cruel num lugar desses? Só mesmo uma pessoa chata como Colby Cavendish para considerar um castigo passar as férias de verão num lugar como esse.

Há de se convir que Colby não esteja passando por uma de suas melhores fases. Tendo em vista que seus pais estão se separando e vivem em pé de guerra constantemente. Por decisão dos pais Colby não tivera escolha. Sua vida estava prestes a mudar completamente após uma temporada na casa de sua tia Tally localizada na pequena ilha de Tinos, na Grécia.

Tinos é muito conhecida por hospedar peregrinos religiosos e por sua tranquilidade. Um lugar que o comércio é quase nulo. E para piorar Colby irá descobrir que na casa de sua tia não existe telefone, wi-fi, internet muito menos. Definitivamente, esse é o retrato do apocalipse para Colby. Pode parecer frescura, mas não é. Colby é uma garota de 16 anos muito antenada e que nunca se desconecta.

Colby deverá suportar o verão sem internet, sem celular e terá que descobrir meios de se comunicar com o mundo. Por isso, a única coisa que lhe restará é escrever num diário dado por sua mãe as vésperas da viagem. Mas o que Colby fará com um diário? Uma nerd não sabe nem o que isso significa? Escrever cartas e postais, muito menos. Obrigatoriamente Colby terá de se resetar por um tempo e quem sabe assim ela poderá descobrir um mundo real muito interessante por detrás de um emaranhado de fibras óticas. Colby só tem uma saída: curtir o verão longe dos amigos e de toda a parafernália tecnológica que lhe sempre lhe acompanha. Mas será que ela conseguirá?

Hum...você deve estar se perguntando: Mas o que essa história tem de inovadora? Os elementos são os mesmos. Uma garota chata e mimada que reclama de tudo. Um lugar lindo, novas oportunidades, um novo amor, talvez.
Bem, para ser bem sincera minha resposta seria a mais óbvia possível. Sim. É bem por aí. Os elementos que constituem a narrativa de Alyson são comuns, mas como estamos falando da diva Alyson Noël podemos esperar tudo, não é mesmo?

Alyson nos apresenta um enredo comum, porém a estrutura como ela o apresenta é que faz toda a diferença.
O livro possui uma estrutura bem diferenciada e versátil. Como Colby tem a companhia de um diário como única maneira de relatar suas experiências iniciais é através dele que passamos a conhecê-las. Com o decorrer da narrativa, Alyson passa a fazer uso de outros meios de comunicação para retratar o verão cruel de Colby.

Além de escrever no diário acompanharemos seus escritos por meio de e mails direcionados aos pais e amigos, postais e por fim, Colby cria um blog para relatar suas experiências.
Achei bem legal esse dinamismo. Fora a escrita de Alyson que é deliciosa. A leitura flui naturalmente e os personagens são cativantes tirando os chiliques de Colby. Mas num contexto geral a leitura é muito prazerosa. O livro é curtinho e num piscar de olhos você o conclui.

Apesar de o livro focar nos dilemas da personagem principal ao longo da narrativa vamos conhecendo aos poucos os personagens secundários, responsáveis pelo bom desenvolvimento da história.
Inicialmente você poderá até nutrir uma certa antipatia pela personagem devido a suas reclamações, mas com o tempo você vai se acostumando com o seu jeito. Colby é divertida, sarcástica e muito temperamental. Divertimos-nos com suas comparações e respectivas conclusões. E quando o livro termina só nos resta à expressão de: Acabou? _ Poxa vida!

Alyson deixa bem claro desde os primeiros capítulos sua intenção. A ideia central é fazer com que o leitor se divirta, mas que acima de tudo nós possamos enxergar as pessoas e principalmente, outras culturas de uma maneira menos preconceituosa. E isso é o mais difícil não é mesmo? Mudanças sempre nos assustam e o livro surge para nos fazer refletir sobre o assunto. Outros assuntos recorrentes em narrativas juvenis também estão presentes como: o valor das verdadeiras amizades, o relacionamento entre pais divorciados, etc.

Verão Cruel é um livro leve e despretensioso. O grande barato da narrativa é que você provavelmente irá se enxergar em diversas situações que a personagem vivencia. Quem já não foi passar aquela temporada num lugar sem internet, que o celular não funciona e se viu pirando por conta disso?

Eu já passei por isso e não desejo isso pra ninguém, por isso compreendo perfeitamente o desespero da personagem. Mas lembrem-se: Grécia significa: lugares lindos? Ok. Ilhas paradisíacas? Ok. Homens lindos de tirar o fôlego? Correto.
Então, reclamar pra quê? Iria pra um lugar desses só com a passagem de ida. #sonhandoaltoquerdeixar

O livro possui uma diagramação bem legal. Passei por Tinos rapidamente, mas ao final da leitura deu aquele gostinho amargo de despedida porque Alyson Noël é mestre nesta arte.
Leitura recomendada.

site: http://www.cacholaliteraria.com.br/2014/03/resenha-verao-cruel-de-alyson-noel.html
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