O Rei dos Malnascidos

O Rei dos Malnascidos Elias Paixão




Resenhas - O Rei dos Malnascidos


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Priscila Yume 20/08/2014

Minhas impressões...
Oi Galera,

Tudo bem com vocês?
Hoje estou trazendo a resenha de um livro bem legal que li esses dias. Já havia lido um outro livro do autor Benn Green, Adormecer do Fogo (ver aqui), há algum tempo e tinha me encantado com a escrita e o universo que ele cria em seu livro. Dessa vez, não foi diferente, seu novo livro O Rei dos Malnascidos é uma leitura repleta de aventura, fantasia e ação, que faz o leitor ansiar pela página seguinte e desvendar os mistérios que envolvem seus personagens.
Bom, vamos começar apresentando o livro.


O Rei dos Malnascidos conta várias histórias, de vários personagens que vivem em uma sociedade estruturada em castas, sendo os Doszilla aqueles que estão no topo da pirâmide. Os Doszilla são magos treinados pela Academia Doszil e que cumpriram com seu período de Dedicação. Eles são reconhecidos pelas suas tatuagens, cicatrizes e modificações corporais, que os distinguem dentro de sua própria casta, além de alguns destes fazerem parte do Conselho Doszil, grupo de viziris e sultões responsáveis pela administração do Continente.
São leis milenares, desde a época de Sijim, que segregam cada vez mais seu povo e, nesse meio, surge a figura de Fahrak, um ex-estudante que fugiu da Academia Doszil antes de finalizar seus estudos e matou o sultão de Huad e se apoderou de seu oásis. Indo contra o que é determinado pelo Conselho Doszil e com ideias revolucionárias, Fahrak é visto por uns como um terrorista e por outros como uma salvação.

- Sabemos que um indivíduo nada mais é que a personificação do seu nome completo. Aquele que não o possui, tem sua liberdade cerceada, estradas e caminhos bloqueados, portas fechadas em suas caras e o direito de serem vítimas de forças hostis - a silhueta esguia tornou-se ainda mais altiva. (p. 122)

Aisha é uma malnascida. Filha de uma escrava com um sultão e membro do conselho Doszil, mas não reconhecida por este. Possui o estranho poder de resistir aos dois sóis do deserto e de se comunicar com os animais, um dom que salvará sua vida, mais de uma vez. Aisha estava no deserto quando sua mãe adoeceu e morreu, sem mais ninguém, ela segue pelo deserto para tentar fazer o ritual funerário pela alma de sua mãe, quando seu pai aparece, a ajuda e diz que ela deve seguir para Yaati e se submeter à seleção para a Academia Doszil, só que ela terá que enfrentar a hostilidade de sua meia-irmã Milãh e a sultana Alamar.
Em sua jornada por se tornar uma Doszil e deixar de ser vista apenas como uma malnascida, Aisha conhece Talif e Íris, dois malnascidos, que como ela, estão prestando seleção. Talif usa turbantes e tem um grande senso de humor, enquanto Íris é agressiva, tende a querer afastar todos e tem um grande segredo no seu passado. Sem saber controlar seus poderes, conhecimento prévios sobre as provas e deixados no deserto mais longe que os demais jovens que prestam seleção, mas de família mágica, esses jovens enfrentarão chacais, dois sóis, areia da vida e um companheiro de viagem inesperado em busca de um lugar junto à Academia.


Bom, quando comecei a ler o livro, vi que ele era diferente de tudo que tinha lido atualmente, os personagens e a história misturam características que lembram a cultura árabe e o norte da África, sobretudo com seus personagens com peles escuras, se passar no deserto, haver pirâmides e outros elementos. Tenho que dizer que me surpreendi e que amei a leitura, era empolgante e me fazia devorar todas as páginas querendo saber o que aconteceria a seguir. O livro é uma mistura de fantasia, ação e aventura, com a presença de personagens dotados de magia (que eu amo) e a busca de jovens, colocados à margem pela sociedade, de um lugar dentro dessa mesma sociedade que o exclui e eles sabem que somente se tornando um Doszil, eles serão respeitados. Amei a construção dos personagens, eles sentem amor, ódio, indiferença como nós e, despontando contra esse sistema vigente, um ex-estudante da Academia Doszil que fugiu e tenta, à sua própria concepção, tornar as pessoas livres das amarras impostas pelo conselho e pelas castas. O livro finaliza quando termina o exame de ingresso na Academia e em vias de acontecer uma batalha entre Fahrak e um dos membros do Conselho, o que me deixou com aquela sensação de querer mais e ansiar pelo segundo livro.
O livro foi bem revisado, não encontrei - ou percebi -, erros ortográficos e a diagração está perfeita. Enquanto lia o livro, fui postando algumas imagens que lembram hieróglifos, que se remete à um personagem. Os capítulos são divididos em personagens, aquele que apresenta a história, então, em algumas vezes eles se repetem.


Ao final, há um mapa do Continente onde se passa a história, que faz com que possamos localizar os lugares onde se passa a história, além de um glossário que facilita a compreensão de termos, lugares, castas que aparecem ao longo da leitura. Gostei muito da capa também, tem uma pitada de mistérios e apresenta elementos que remetem à história.
Com certeza leitura mais que indicada para todos que gostam de uma boa história. E, para quem é blogueiro, o blog está com inscrições abertas para o Book Tour do livro, para saber mais clique aqui.
Beijos e boa leitura!

site: http://yumeeoslivros.blogspot.com.br/2014/08/resenha-o-rei-dos-malnascidos-benn-green.html
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