Ética a Nicômaco

Ética a Nicômaco Aristóteles




Resenhas - Ética a Nicômaco


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Lanykun 18/01/2023

Essências básicas e a força do hábito
Sempre valorizei a temperança, e agora tive a oportunidade de presenciar a exposição de ideias que formam as características de alguém cuja índole seja moderada. Gostei quando falou sobre a essência da felicidade e como a forma de agir desmistifica e pode estimular o desenvolvimento do caráter de alguém.

Pelo que eu entendi, o livro também nos mostra a importância de pôr em prática o que somos, do contrário não passaremos de um esboço, não passaremos de alguém que vive de aparências ou alguém que anda pelas sombras embora tenha consciência do mundo afora, dito que: "Refugiam-se na teoria e pensam que estão sendo filósofos e se tornarão bons dessa maneira. Nisto se portam, de certo modo, como enfermos que escutassem atentamente os seus médicos, mas não fizessem nada do que estes lhes prescrevessem."

Não direi muito, visto que Aristóteles analisa vários eixos das virtudes de um ser, mas algo que também sempre apreciei e vejo que muita gente não pratica e condiz com um dos segmentos analisados no livro é: há várias formas para se constituir a amizade, e as ideias, intenções que dão origem a tal elo entre às pessoas é o que fará a amizade durar ou não; é preciso algo mais do que a simples troca de favores ou opiniões iguais, também devemos amar a pessoa tal como é, ele deixa isso claro dizendo sobre o caráter etc.

Bem, um livro interessante, mas prefiro aqueles que me abrem o horizonte e me faz refletir além, e como eu já tinha uma certa noção de muitas coisas presentes na obra, acabei não achando nada novo ou surpreendente. Todavia, é realmente aquele livro do qual poderemos tirar algum proveito e indicaria para determinados tipos de pessoas, então posso dizer que gostei. Os temas que mais me atribuíram alguma satisfação ao ler foram sobre a felicidade, amizade e o prazer. Esses foram os mais interessantes, creio.
Pedro 23/01/2023minha estante
Uma pena que você não gostou tanto. Eu o considero uma das melhores leituras da minha vida.


Lanykun 23/01/2023minha estante
Acho q ainda prefiro Platão


Lanykun 23/01/2023minha estante
Mas ainda tenho muito o que ler deles. Tô querendo ler aquele que você tá lendo sobre política, acho política algo bem interessante e gostei dos comentários que você fez nos históricos do livro


Pedro 24/01/2023minha estante
Sério que você prefere Platão? Não li muita coisa de Platão, mas é praticamente um consenso que Aristóteles superou - e muito - o seu mestre.


Lanykun 24/01/2023minha estante
Não posso afirmar com veemência uma preferência ainda, já que só li um livro de cada um deles, mas se for formar alguma opinião apenas diante disso, eu diria que o livro A República me tocou mais. Ainda tenho muito o que ler ainda, faz um ano que me interessei pela leitura. Gosto de filosofia, então pesquisei os mais famosos, mas ainda pretendo conhecer outros


Pedro 24/01/2023minha estante
Entendi, Lorrane. Eu acho Aristóteles muito mais abrangente do que Platão. Sem contar que ele não escreve em forma de diálogos.


Pedro 24/01/2023minha estante
Entendi, Lorrane. Eu acho Aristóteles muito mais abrangente do que Platão. Sem contar que ele não escreve em forma de diálogos.




Roberto 19/12/2016

Reflexão para a vida.
Um livro escrito há mais de 2.000 anos, por Aristóteles ao seu filho Nicômaco, e que ainda diz tanto ao nosso tempo, deve sim ser leitura indispensável.

Trata de assuntos tão diversos, tão prementes e caros a todos nós. Temas como: virtudes, vícios, amor, paixão, coragem e AMIZADE, sendo este último talvez o que mais me tocou, pois é impossível ler cada frase, sem olhar ao meu redor, e principalmente para dentro de mim mesmo.

Um livro que nos arrasta a profundas e inevitáveis reflexões, e que é impossível sair dessa leitura sem amadurecermos minimamente. Nos capítulos VIII e IX ele aborda a amizade e já no fim do livro no seu capítulo X, ele lembra que a principal atividade dos deuses é a contemplação, e que seriam os filósofos que mais chegariam -- na terra -- próximo deles por sua atividade análoga e por conseguinte da verdadeira felicidade e da mais reta razão.
Washington Silveira 20/12/2016minha estante
Escreves bem Roberto, outro livro que por causa de sua resenha quero lê também.


Washington Silveira 20/12/2016minha estante
Essa edição com essa editora gostasse? Não tenho muito apresso por essa editora.


Roberto 20/12/2016minha estante
Como li em PDF no LEV, pude adaptar, formatar, configurar o texto à vontade. Tamanho e tipo da fonte bem como a distância entre as linhas do texto.

Por isso, a editora não afetou em nada. Essa é apenas uma das irresistíveis e inquestionáveis vantagens do formato digital.

Leia sim. Além do quê, acho um ótimo presente para amigos de verdade. Os capítulos que citei são um manual do significado da verdadeira amizade.


Washington Silveira 21/12/2016minha estante
Roberto, quando falei da editora me referi a tradução do original porque quando li O Contrato Social de Rousseau peguei umas três editoras diferente e essa Matin foi a que menos gostei, achei a edição dela fraca.


Roberto 21/12/2016minha estante
Não sei, não posso te dizer nada a respeito disso, até porque não peguei outras edições para comparar.

Mas como o original deve ter sido escrito em grego antigo, nunca saberei o quão fiel ele é ao original.

Mas consegui compreender o texto e isso já me deixou, por demais, satisfeito.


Luize 02/03/2017minha estante
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Pedro 10/10/2021

Aprendendo com um dos maiores professores que já existiu.
Ele foi aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Com essas credenciais, Aristóteles, um dos maiores polímatas que já existiu, examina ciências que só iriam ser melhor compreendidas milênios à frente, tais como o Jusnaturalismo, Praxeologia, Economia, Psicologia, Sociologia, Política, Utilitarismo, conceitos de a priori e a posteriori e etc.
É espantoso como um homem que nasceu há 2500 anos tenha conseguido reunir tanto conhecimento, ainda mais se levarmos em conta que naquela época não existiam tantos autores e obras.
Considerado o maior filósofo que já existiu, Aristóteles dizia que a grandeza não consistia em receber honras, mas em merecê-las, e ele fez por merecer cada uma delas. Foi um verdadeiro privilégio ler essa obra.
Flávia Menezes 10/10/2021minha estante
Pedro, uma coisa as pessoas confudem muito hoje em dia: conhecimento é diferente de sabedoria. E conhecimento sem sabedoria é mal empregado, e perde seu valor. Filósofos não precisam de livros, eles construíam conhecimento com a sabedoria que tinham, porque sabiam tirar o olhar de si mesmos para analisar o mundo ao seu redor com uma atenção especial. Se esvaziavam para poder se preencher. Quanto mais conhecimento temos, menos sábios somos. Porque conhecimento sem sabedoria é mal empregado, e não serve pra nada.
Para ser sábio é preciso ser humilde. Diferente de ser inteligente, que muitas vezes leva as pessoas à arrogância de achar que ele sabe mais e os outros são todos inferiores.
Às vezes, uma pessoa sem instrução pode ser mais sábia e trazer mais bem para o mundo do que uma pessoa que já leu incontáveis livros, mas só o que faz é se achar melhor.
Aprendamos com os filósofos a olhar a vida de forma nova. Se você não leu ?O Mundo de Sofia?, te indico. É um belo ensinamento sobre a beleza real da filosofia, que não é tornar ninguém cheio de conhecimento. Sigamos o exemplo de Sócrates que dizia ?eu só sei que nada sei?!


Pedro 10/10/2021minha estante
Muito bem dito, Flávia. O conhecimento é apenas uma ferramenta, que pode ser usada para o bem ou para o mal. É a sabedoria que dá as coisas o seu devido lugar, como dizia Aristóteles.
Como você bem disse, ele se esvaziava e procurava a verdade na realidade, através da observação e da reflexão.
Ler esse livro foi uma experiência de vida. Diante de uma mente como a de Aristóteles, eu percebo o quanto ainda preciso aprender.

E obrigado pela recomendação. ?


Jesimiel 26/05/2022minha estante
Belas palavras Flávia Meneses


Jesimiel 26/05/2022minha estante
Belo posicionamento Pedro. Ao terminar o livro, colocarei também minhas expressões.


Pedro 27/05/2022minha estante
Ok, Jesimiel. Estarei esperando. ?




Marcos 25/08/2009

Muito conteúdo, mas ...
Chato, chato, chaaato ! Como estamos falando de Grécia, foi uma luta greco-romana terminar esse livro.

É interessante ver como os gregos, há mais de 2 mil anos, eram sábios e cultos. Por vezes, tenho minhas dúvidas se vivemos numa trajetória linear de evolução, ao ver tanta bobagem impregnada em nossa cultura.

Porém, a forma de passar a mensagem me lembrou aquele professor mala, que despeja teoria sem dó nem piedade, de uma forma que você nem consegue refletir a respeito. Me senti por vezes lendo um livro de auto-ajuda. Do início ao fim, o autor pega conceitos, os investiga e joga sua conclusão. Não há nada para ser interpretado, nada fica no ar. E essa coisa de tentar definir tudo quanto é palavra me aborrece também.

Talvez eu desse 5 estrelas pelo conteúdo em si, Aristóteles é o filósofo cujas idéias mais fazem sentido para mim. Talvez eu goste de um livro sobre o assunto, mas escrito por outro autor.
Érica 18/03/2015minha estante
Eu definiria Ética a Nicômaco mais como denso do que chato, pois como você mesmo falou, os assuntos abordados são excelentes, apenas a forma (e aqui eu faço um paralelo com a "involução" do conhecimento que você também cita) é que não é tão facilmente digerida por nós. Uma dica que eu te daria é ler Aristóteles para todos, do Mortimer Adler. Ele esclarece muita coisa.


Lis 19/11/2016minha estante
Disse tudo q eu tava pensando e ainda nem terminei de ler...




Lisboa Richthofen 28/04/2024

Uma andorinha não faz verão.
O último grego que eu li foi Platão -- mais especificamente seu tratado sobre a forma de governo ideal (A República). Notei uma facilidade maior com Ética a Nicômaco, talvez devido ao fato de Aristóteles expor suas ideias e argumentos de maneira muito mais clara e sucinta, enquanto os diálogos socráticos, a meu ver, acabam truncados pela utilização da maiêutica em demasia.

Aqui a ética é desenvolvida como um saber prático, sobre o qual só aprendemos fazendo. Toda ação objetiva um bem, e o bem autossuficiente e desejado por ele mesmo tem de ser o mais elevado: a felicidade. Ao investigar a função do homem, Aristóteles conclui que esta é a Razão (o que o diferencia dos demais seres viventes), e que o bem humano é a atividade da alma em conformidade com a virtude. Virtude essa, que consiste na mediania entre dois vícios: o excesso e a deficiência. Ademais, sendo a função do homem o exercício da razão, seu bem mais excelente só pode estar intimamente relacionado a isso; por conseguinte, a felicidade se apresenta como uma forma da atividade da especulação (do raciocínio).
Constatei, ainda, que a justiça aristotélica se relaciona muito mais ao que temos por justiça na contemporaneidade do que a justiça de Platão, que descamba pro âmbito metafísico da coisa.

--

Quanto a essa edição da Édipro, preciso dizer que ela é um exemplo da fuga à mediania aristotélica no que diz respeito às notas de rodapé. A menos que você seja um entusiasta estudante do idioma grego, as notas em sua maioria se farão totalmente inúteis.
Otávio Augusto 28/04/2024minha estante
Li O banquete e Apologia de Sócrates. Acha que dá pra ir a Ética a Nicômaco sem muitas dificuldades?


Lisboa Richthofen 28/04/2024minha estante
Com certeza! É um livro bastante tranquilo.




Fabi 07/01/2022

Aristóteles encheu minha cabeça de perguntas.
Livro 1 de 2022 e já comecei com o pé direito.
Fiquei muito feliz ao terminar esta leitura, principalmente pelos questionamentos que ele proporciona ao leitor em cada capítulo.

Interessantíssimo o exercício de reflexão que fiz a cerca das coisas, das pessoas, do tempo, do que é bom ou ruim, do que precisamos ou não, da felicidade e da amizade. Aliás, os capítulos sobre amizade são os melhores.

Quem tiver a oportunidade, leia, pois abre a cabeça para muitas questões.
GiSB 26/08/2022minha estante
Tenho ele físico na estante, quero lê-lo.




hmorita 10/12/2015

Tradução
Me parece impressionante o pessoal aqui reunido nas resenhas pra se manifestar sobre a qualidade do livro de Aristóteles como se fosse um livro sob suspeita se merece ou não ser indicado. Pra quem quer estudar filosofia é um livro inevitável, ponto. No caso de um clássico como esse é mais útil avaliar a qualidade da edição e da tradução, que nesse caso são pouco qualificadas. A tradução, embora minuciosa, opta por diversas inovações terminológicas em relação à tradição que esse fato pode atrapalhar a compreensão de textos de comentadores. Ainda, o texto de apresentação é fraco, bem como a tentativa de conectar o tema com o direito, já que se trata de uma edição voltada a juristas, resulta fraca.
Henrique 12/08/2016minha estante
Henrique, qual edição/tradução de 'ética a nicômaco' você recomendaria?





Nanddrummer 29/10/2010

Este foi um dos primeiros livros de filosofia que tive contato, a linguagem dele me assustou um pouco no início, mas a preucupação de aristóteles em explicar de todas as formas a ética é interessante, a ética do meio termo .Aristóteles é um dos meus filósofos favoritos
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sonia 28/01/2012

sabedoria prática
Aristóteles é um homem prático. Afirma que, da mesma maneira que ir a um médico e não seguir sua prescrição não torna o corpo saudável, assim também, ler livros de filosofia sem seguir seus ensinamentos não torna a alma saudável.
Pratiquemos, pois.
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Paulo Silas 12/05/2013

Excelente obra!
Durante a leitura é possível perceber que a ética aristotélica é a que ainda nos guia nos dias atuais.

Conceituando a virtude como sendo uma disposição do caráter moral do ser humano, o notório autor discorre sobre vários destes, explanando detalhadamente o ponto exato nos modos do agir e pensar do homem que seriam considerados adequados para que fosse considerado virtuoso.

Buscando de forma sistemática e bastante elaborada pelo ponto central de cada virtude (deixando de se pecar pelo excesso ou pela ausência de determinadas atitudes), Aristóteles evidencia ainda os conceitos de amizade, prazeres e felicidade, delimitando a forma pela qual chegar na excelência de cada qual.

Recomendo!!!
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mbragajr 05/05/2024

Estrutural II
Há uma razão para Aristóteles ter sido intitulado pelo medievo como "o Filósofo". Boa parte da razão está nessa obra.

A suma felicidade, propósito da vida humana, é a atividade contemplativa; aquilo que é desejável em si mesmo, autossuficiente, excelência do que há de mais excelente em nós - do que há de divino.

Não há atividade intelectual digna de ser assim chamada sem o conhecimento do que nos legou Aristóteles.
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Daniel.Simoes 25/04/2016

Fala sobre as virtudes e os vícios dos homens, sobre como devem ser as atitudes do homem bom, buscando sempre o equilíbrio (meio-termo) e a justiça para ser feliz (finalidade). Foi mais difícil de ler do que imaginava. Em alguns momentos fica complicado entender a lógica intrincada de Aristóteles. Mas vale a leitura por conhecer o desenvolvimento do pensamento de um homem que viveu há 2500 anos, influenciando todos os filósofos da história que vieram posteriormente.
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