"Ana Paula" 11/11/2014"É para isso que somos feitos: promessas, compromissos e juramentos de obediência." - Hanna
Depois de algumas trilogias que andei lendo (cof, Divergente, cof), eu espero qualquer coisa das demais que ainda não finalizei. Mas confesso que Réquiem me surpreendeu de uma forma positiva e me deixou querendo mais, muito mais!
"Queríamos liberdade para amar, mas fomos transformados em guerreiros, selvagens." - Lena
Lena mudou, amadureceu, depois de presenciar tanto sofrimento, ela se torna mais dura e um membro importante da Resistência. Mesmo com a sociedade ainda matando os "inválidos", a Resistência ganha força e volume, eles vão lutar, eles querem ser livres, eles querem amor!
"Meus sentimento, minhas antigas preferências, estão fora de alcance. Não erradicados completamente, como deveriam estar, mas como sombras que fogem sempre que tento me concentrar nelas." Hanna
Neste volume, temos muita ação. Réquiem começa de onde Pandemônio parou, e fica a dúvida, com quem Lena ficará: Julian ou Alex?
Senti uma falta absurda de Alex no livro anterior, mas aqui, neste livro, ele também está diferente - sim, ele sobreviveu e passou um tempo preso, mas agora está de volta, e ao ver Lena com Julian, ele se torna mais rancoroso, me fez duvidar secretamente dos verdadeiros sentimentos dele. Julian me conquistou por sua simplicidade, ele largou tudo para seguir Lena, e demonstra carinho e dedicação para com ela. Lena ainda não sabe o que fazer, muitas descobertas acontecerão e a deixarão em dúvida e com medo. Ela vai reencontrar Hanna, sua melhor amiga, que agora está curada e com o casamento marcado com o prefeito de Portland. Como será esse encontro? Será que ambas vão se reconhecer?
"Meu povo anterior não estava completamente errado. O amor é um tipo de posse. É um veneno." - Lena
Pois bem, mais uma trilogia que eu indico de olhos fechados! Como eu disse nas resenhas anteriores, Lauren pegou o sentimento mais profundo - amor - e o transformou em um objeto de disputa, onde aqueles que são curados, não sentem nada, vivem como zumbis, servindo, obedecendo, aceitando. Aqueles que provaram do amor, querem ter a opção de escolher, de amar, de serem livres e dignos deste sentimento maravilhoso.
Os quotes que separei já falam por si só. Esta trilogia não é só um romance adolescente... ele trás mais: Escolha, liberdade, aceitação, amizade, amor... Você gostaria de ser curado deste sentimento?
"Com a cura, os relacionamentos são todos iguais e as regras e expectativas são definidas. Sem a cura, os relacionamentos precisam ser reinventados todos os dias, as linguagens precisam ser constantemente decodificadas e decifradas." - Lena
Neste volume temos uma surpresa marcante - nos demais livros, a narrativa era em primeira pessoa pelo ponto de vista de Lena, neste, Lena continua sua narrativa, mas divide-a com Hanna! Eu achei isso maravilhoso! Podemos notar a diferença de sentimentalismo das duas: Hanna, depois de curada, pouco se importa com as coisas, até o momento em que ela começa a se questionar se a cura realmente funciona. Conhecemos novos personagens e continuamos amando os antigos, cada um com sua forma de pensar e agir, tornando o livro especial em todos os sentidos!
A capa segue o mesmo parâmetro das anteriores, e é linda! A diagramação simples, mas bem feita sem erros de revisão. Eu adorei ler esta trilogia. Uma distopia totalmente diferente de tudo que já li, e super indico a leitura!
"De repente sou tomada por exaustão. Estou cansada de lutar, de bater e apanhar. Esse é o jeito estranho do mundo, em que pessoas que apenas querem amar são forçadas a virar guerreiras. É a natureza da vida de cabeça para baixo." - Lena
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