Meu Inverno em Zerolândia

Meu Inverno em Zerolândia Paola Predicatori




Resenhas - Meu Inverno em Zerolândia


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Cah 30/11/2014

Meu Inverno em Zerolândia – Paola Predicatori
Por que não dar um chance a Zerolândia? Pois depois de ler o romance de estreia da italiana Paola Predicatori eu acho que ela definitivamente merece uma chance. Não lembro exatamente como cheguei até o livro, tenho quase certeza que foi a capa e o titulo que me atraiu. Não sei se é o tipo de livro que irá agradar de cara os leitores, se trata de um YA e lembra bastante histórias como O “Apanhador No Campo de Centeio”, meio que uma história sobre nada e ao mesmo tempo sobre tudo, contudo não chega a tal nível de profundidade.

Falando um pouco mais sobre o livro, é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Alessandra como se fosse um diário. Alessandra tem 17 e tem que lidar com a morte da mãe que faleceu de câncer, não querendo ser alvos de perguntas e se afastar dos antigos colegas ela resolve se sentar ao lado de Gabriel, apelidado como Zero, já que ele é ignorado pela turma que o faz sempre alvo de piadas. Desta forma ela passa a viver na Zerolândia, onde a lei do silêncio não deve ser quebrada, mas aos pouco Gabriel mesmo sendo o rei da indiferença acaba de alguma forma socorrendo Alessandra.

Uma das coisas que mais gostei do livro foi o fato da historia toda se passar na Itália, são utilizados alguns termos regionais e tudo mais, mas poderia se passar em qualquer parte do mundo. Alessandra é igual a qualquer adolescente que passa por um período difícil, a diferença está na forma como a personagem demostra suas emoções e a autora consegue deixar bem claro nos capítulos no qual ela relembra histórias sobre a mãe.

Gabriel ou Zero, é um personagem complexo e apaixonante, algumas atitudes dele são louváveis como ignorar por completo a quem o ignora e está pouco se lixando a opinião alheia, contudo ele acaba ignorando os problemas e fugindo já que é a mais fácil de lidar com as coisas desta forma. Outra coisa que me chamou muita atenção que mesmo que os problemas fossem complexos, nem todos eles tiveram uma resposta, isso deixou o livro bem real para mim, na vida nos não temos definição para tudo.

Quando disse que nem todo leitor se atrairia pelo livro foi justamente por essa sensação que nem todas as respostas serão respondidas, eu por exemplo senti falta de um epilogo, mas entendo e aceito a forma como o livro é finalizado. Gosto muito de livros sobre nada e sobre tudo, com uma pitada bem real sobre o relacionamentos, definitivamente quem gosta deste estilo deveria dar um chance Zerolândia!

site: http://www.estantevoadora.com.br
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Clã 10/09/2014

Clã dos Livros - Meu Inverno em Zerolândia
O livro narrado em primeira pessoa, como um diário. Ele conta a história da estudante de 17 anos Alessandra, que perde a mãe doente de um câncer, diagnosticado dois anos antes. Desde a primeira página, o leitor sente toda a dor que uma filha pode sentir ao viver esse momento de perda. Acompanhamos a história desde o início, até a morte de sua mãe:

Se alguém me perguntasse o que recordo daqueles dois anos, eu responderia: nada de especial, à parte os gestos, os sorrisos, as pequenas coisas todos os dias a vida é assim, agora compreendi, o que importa são os instante e não as coisas. Penso que até meu modo de respirar mudou: posso afirmar que aprendi a tomar fôlego, como se tivesse passado todo aquele tempo embaixo d`água, à espera de tomar ar de novo. Por todo aquele tempo, senti apenas medo

Alessandra se vê agora de volta à escola depois que tudo mudou, e percebe que nunca mais poderia viver como antes, assim se dirige para o fundo da sala e senta ao lado de Gabriel Righi, apelido Zero:

E no entanto aqui estou, esmagada de tristeza misturada com uma ridícula dose de loucura colada à mesa, com a contagem regressiva já iniciada. Três, dois, um. Zero.
Assim é que começo meu último ano de liceu, traçando uma linha entre mim e os outros. Entre mim sem você e o resto do mundo

Gabriel que se senta no fundo da sala, com o olhar baixo de quem quer ser deixado em paz, nunca foi visto conversando com ninguém. Sabiam muito pouco de sua vida, e o que sabiam é que era fruto de um lar desestruturado e confuso. Zero como é conhecido, serve apenas à turma quando o assunto acaba. Mesmo depois de algum tempo sentados juntos, ele nem lhe dirige o olhar.

Mas alguns acontecimentos vão mostrando quem o rapaz é de verdade, e ali misturado a dor, começa a nascer um sentimento. E com o tempo os dois vão se aproximando se conhecendo e se apaixonando:

Não faço mais nada. Não digo mais nada. Fico quieta, concentrada no movimento da mão dele, prendendo o fôlego. Quando recomeço a respirar, é de leve, esperando que ele não perceba quanto estou emocionada. Agora meu coração bate tão forte que imagino ter dois. É como estar em outro planeta e ter que habituar os pulmões a uma quantidade diferente de oxigênio. E talvez seja realmente assim, quando estou com Gabriel. Outro planeta, outro lugar. Longe de tudo o que conheço, um mundo à parte, em algum nicho, como quando eu me deitava junto de minha mãe para tentar encontrar outro tempo dentro do tempo. Agora é como naquela noite à beira-mar, um espaço só para nós, sem nada, sem ninguém. Estamos em Zerolândia.

O relacionamento deles é complicado e fascinante, os dois carregam muita dor e incertezas em seus corações. E vêem muitas vezes no outro, um refúgio. E assim a cada dia os dois tentam buscar formas de dar a volta por cima, mas a ferida é profunda e ambos tem muito à fazer para encontrarem de novo o rumo certo para suas vidas.

Os capítulos vão se alternando com o presente e o passado, com histórias de Alessandra e sua mãe.
Nada nesse livro é superficial, apesar da história ter personagens adolescentes, toda ela é carregada de verdade e sentimento.

É lindo, é singelo, é verdadeiro e nos faz refletir sobre os acontecimentos da vida e como tudo pode ficar fora do lugar, e talvez tenhamos que lutar para ficarmos de pé, à procura de um raio de sol, que um dia virá, depois dos dias nublados e cinzentos.


site: http://cladoslivros.blogspot.com.br/2014/08/resenha-meu-inverno-em-zerolandia-de_27.html
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Greice Negrini 05/09/2014

Um ótimo inverno!
Alessandra tinha apenas 15 anos quando precisou encarar uma grande tragédia. Não que esperasse que tudo se resolvesse em um piscar de olhos, mas quando ouviu de sua mãe que estava doente, perdeu-se em seus pensamentos e de repente o mundo parou. Descobrir que sua grande companheira, de apenas 38 anos estava com câncer, era como saber que o fim do mundo estava chegando.

E foi basicamente assim que viveu durante os dois anos seguintes: entre a dor e a luta. Sabia que sua mãe fazia de tudo para não demonstrar a dor que sentia para sua filha e sua mãe, avó de Alessandra. Mas o definhar de suas feições era notável e a despedida de Alessandra foi dura quando pega de surpresa um dia na escola.

A partir deste momento decidira que se isolaria. Não queria mais abraços e as famosas palavras de lamentações de amigos e amigas que muitas vezes não passavam de lamúrias falsas. Não queria ter que dar explicações de como era ser pega sozinha e chorando a falta de sua mãe durante a noite.

Foi então que Alessandra decidira se juntar ao famoso Zero. Zero nada mais era do que Gabriel Righi, o "garoto problema" de sua classe, que não conversava com ninguém e que também não demonstrava nenhum tipo de simpatia. Simplesmente chegava e saia com seu habitual humor duro. Sabia-se que sua família era bastante problemática; sua mãe trabalhava muito e seu padrasto era bebia mais do que o permitido, o que fazia Zero nunca querer voltar para casa.

No dia em que Alessandra sentou-se ao lado de Zero, a classe inteira considerou que ela estava enlouquecendo pela morte de sua mãe. Sua melhor amiga Sônia tentou persuadi-la, porém sem nenhum ganho. Assim, Alessandra virou Zeta, a companheira de Zero.

Aos poucos, a habilidade de Alessandra foi ganhando pontos com Gabriel e um mundo de cores cinzentas foi surgindo para duas pessoas que não viam nada além do que a tristeza para seus futuros.

Alessandra tinha sua avó, mas a dor não era algo que podia ser compartilhada. Ambas sabiam o que havia sido perdido e a vida teria que tratar tudo de uma forma racional. Gabriel não via um futuro além do que um prédio em obras poderia oferecer e então, talvez juntos, os dois pudessem resolver as dores mais profundas e seus maiores medos.

O que falo sobre o livro:

Não vou ser injusta ao dizer que para a escolha deste livro eu tenha escolhido-o inicialmente pela sinopse. Obviamente o livro me encantou pela capa. Sabe quando você olha uma capa e a sensação corporal acaba sendo levada junto? Foi o que aconteceu comigo. Li o livro no inverno da minha cidade que fica no Rio Grande do Sul e com os trechos passados em momentos mais rígidos, a sensação acaba te colocando mais perto ainda da narrativa.

A autora, por ser seu primeiro romance, parece ter acertado em alguns parâmetros. Ao menos o que indica na parcela de sentimentalismo e dramaticidade. A narrativa sobre a perda de sua mãe é bastante sutil em um ou dois capítulos, mas se estende pelos momentos e sentimentos da personagem principal ao longo do livro. A lembrança imperativa sobre momentos da infância e adolescência entre mãe e filha gera um conflito interno de dor que faz com que o leitor crie uma simpatia gigantesca pela adolescente pois a autora o faz com tanta veracidade e mágica que parece estar externando os próprios sentimentos.

A junção de um personagem masculino "rebelde" pode ter sido uma divisão de águas. Os capítulos se tornam um pouco mais movimentados mas a história acaba sendo maltratada com o famoso "Zero". Não que não fosse uma ótima ideia. Acredito que o sentido que a autora criou foi bem concedido, mas a trama estava tão naturalmente criada e sentida pela personagem que ter o Gabriel na história foi como ter um intruso em cena. É como se parecesse que a história precisasse de um balanço para fluir e não creio que precisasse.

Também pode ter outra questão. Se a narrativa fosse feita somente entre as lamentações da personagem, talvez ficasse monótona demais. Assim, cruzando entre o realismo da dor e a rebeldia do garoto, dois mundos diferentes criaram uma certa vantagem. Nada dura para sempre e nada é eterno que não possa ser modificado.

Um livro esperançoso e bem escrito. Capítulos entrelaçados com a narração da personagem sobre sua mãe em que parece que está escrevendo em um diário e outros em que parece estar conversando consigo mesma. Parece que é um passado presente, por assim dizer.

Bonito, leve e descontraído.



site: www.amigasemulheres.com
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Dani 31/07/2014

"Meu Inverno em Zerolândia", de Paola Predicatori, conta a depressiva história de Zero e Zeta
O primeiro romance da italiana Paola Predicatori já deixou sua marca em mim. Extremamente depressivo e triste, em Meu Inverno em Zerolândia, a autora conta a história de Alessandra, uma garota de 17 anos que perdeu a mãe pro câncer há pouco tempo, e Gabriel, ou Zero, como era conhecido e chamado por toda a sua turma do liceu (ensino médio italiano).

Depois da morte da mãe, Alessandra não vê mais motivo para continuar falando com as mesmas pessoas fúteis de sempre, por isso decide que o melhor a fazer é tentar ser nula, e nada melhor do que sentar ao lado de alguém cujo apelido é Zero para ser ignorada por seus antigos amigos. Entretanto, a menina, que vive com a avó depois da morte da sua mãe, descobre que o seu companheiro de carteira é muito mais do que uma pessoa nula: ele é completamente talentoso e leva muito jeito para o desenho, apesar de ter uma família completamente desestruturada e ir para a escola por falta do que fazer.

Depois de algum tempo e poucas palavras trocadas com Gabriel, Alessandra se vê fascinada pelo rapaz. Entre problemas e desafios, a jovem vê que pode se apoiar em Gabriel e, a partir daí, eles desenvolvem um relacionamento fascinante e problemático. Entretanto, para mostrar que nem todo relacionamento acaba bem ou é perfeito, Gabriel some logo quando Alessandra vê que quer ele sempre por perto.


“Mas e o amor, aonde foi parar?”
Meu Inverno em Zerolândia é uma história muito bonitinha e fácil de ler, apesar de ser escrita em forma de diário e narrada pela personagem principal, Alessandra. A autora escreveu, de forma realista, uma história de amor entre dois adolescentes depressivos, um pela perda da mãe e outro pelo sofrimento familiar. Além disso, adorei como Paola soube definir a personalidade de adolescentes que enfrentam tais problemas, nada é superficial nesta obra.

Entretanto, apesar de ter gostado muito do livro, um ponto negativo para mim foi, algumas vezes, a falta de emoção, de trama. E, também, o que me incomodou foi a forma como o livro é escrito, em diário, que dificultou, muitas vezes, o entendimento de alguns pontos da história.

Porém, em síntese, o livro me marcou pela história singela e real que a autora escreveu: nada com heróis e heroínas, apenas duas almas sofredoras que buscam a felicidade. É um bom livro para quem gosta de romance e para adoradores de livros como os de John Green.

A obra foi lançada pela Suma de Letras no Brasil em julho deste ano.

site: http://dammit.com.br/?p=72961
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Raffafust 29/07/2014

Perder alguém que se ama não é fácil. Quem nunca se sentiu tendo sido arrancado um pedaço de si quando algum familiar que gostamos muito faleceu? Alessandra, a protagonista de " Meu inverno em Zerolândia" sabe exatamente o que é isso. Ela acaba de perder a mãe, para um câncer, passa a morar somente com a avó e tenta vencer diariamente uma batalha interna de saudades da mãe e de aceitação por não tê-la mais por perto.
Se a vida como adolescente de 17 anos terminando o ensino médio já não é das mais fáceis e o pessoal da escola parece não querer facilitar em nada, a dela vira um pesadelo que vai perdendo atenção do público conforme o tempo vai passado. Primeiro as pessoas sentem pena, em seguida se afastam quando a mãe dela morre e por último ela tenta entender porque tantas pessoas ao seu redor não lhe dizem nada. Toda menos uma : Gabriel, ou melhor Zero, é sua paixonite. Ela tenta disfarçar e negar, mas com o temp fica complicado esconder de si mesma que tem sentimentos pelo rapaz que sempre foi um bagunceiro na turma e que nunca respeitou muito os professores.
Zero mora em um conjunto habitacional e leva uma vida bem humilde, mas do seu jeito vai encantar ainda mais Alessandra que se envolve com ele. Se a princípio os dois são opostos : ela gosta de ter aulas, ele odeia a escola e ameaça abandonar a toda hora para trabalhar como pedreiro, com o tempo o leitor passa a torcer para o casal pois a impressão que dá é que um precisa demais do outro para passar pelas mazelas da vida e ser o apoio que procuram.
Ao mesmo tempo a autora não traz romantismo emocionado, a vida de Alessandra não é conto de fadas, eles não dizem coisas lindas um para o outro e ela sabe que Zero tem seu infinito particular que ela apelidou de Zerolândia.
Narrado por Alessandra que conta o que acontece na sua vida atualmente mas capítulo sim, capítulo não recorda histórias com a mãe, o livro é lotado de drama mas nem por isso me levou as lágrimas . É como se a autora dissesse ao leitor : " Alesssandra tenta diariamente dar a volta por cima e não fica se lamentando, porque alguém de fora deveria se impressionar e chorar?".
Alessandra é uma protagonista na medida certa,ela erra e acerta como qualquer menina de sua idade e o amor que nutre pela mãe é lindo.
Um livro para se pensar que a gente faz escolhas erradas e atitudes contrárias ao que gostaríamos mas sempre temos que lembrar que quem amamos deve-se passar o maio tempo possível ao lado. Afinal, mesmo sendo triste pensar assim, nunca sabemos quando será o ´último dia ao lado daquela pessoa.


site: http://meninaquecompravalivros.blogspot.com.br/2014/07/resenha-meu-inverno-em-zerolandia-sumabr.html
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