Meu Inverno em Zerolândia

Meu Inverno em Zerolândia Paola Predicatori




Resenhas - Meu Inverno em Zerolândia


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beachlmt 03/09/2023

Encontrei na biblioteca da minha escola, e gostei, não é o tipo de livro que eu gosto, mas é legal, é rápido e leve.
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Cah 30/11/2014

Meu Inverno em Zerolândia – Paola Predicatori
Por que não dar um chance a Zerolândia? Pois depois de ler o romance de estreia da italiana Paola Predicatori eu acho que ela definitivamente merece uma chance. Não lembro exatamente como cheguei até o livro, tenho quase certeza que foi a capa e o titulo que me atraiu. Não sei se é o tipo de livro que irá agradar de cara os leitores, se trata de um YA e lembra bastante histórias como O “Apanhador No Campo de Centeio”, meio que uma história sobre nada e ao mesmo tempo sobre tudo, contudo não chega a tal nível de profundidade.

Falando um pouco mais sobre o livro, é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Alessandra como se fosse um diário. Alessandra tem 17 e tem que lidar com a morte da mãe que faleceu de câncer, não querendo ser alvos de perguntas e se afastar dos antigos colegas ela resolve se sentar ao lado de Gabriel, apelidado como Zero, já que ele é ignorado pela turma que o faz sempre alvo de piadas. Desta forma ela passa a viver na Zerolândia, onde a lei do silêncio não deve ser quebrada, mas aos pouco Gabriel mesmo sendo o rei da indiferença acaba de alguma forma socorrendo Alessandra.

Uma das coisas que mais gostei do livro foi o fato da historia toda se passar na Itália, são utilizados alguns termos regionais e tudo mais, mas poderia se passar em qualquer parte do mundo. Alessandra é igual a qualquer adolescente que passa por um período difícil, a diferença está na forma como a personagem demostra suas emoções e a autora consegue deixar bem claro nos capítulos no qual ela relembra histórias sobre a mãe.

Gabriel ou Zero, é um personagem complexo e apaixonante, algumas atitudes dele são louváveis como ignorar por completo a quem o ignora e está pouco se lixando a opinião alheia, contudo ele acaba ignorando os problemas e fugindo já que é a mais fácil de lidar com as coisas desta forma. Outra coisa que me chamou muita atenção que mesmo que os problemas fossem complexos, nem todos eles tiveram uma resposta, isso deixou o livro bem real para mim, na vida nos não temos definição para tudo.

Quando disse que nem todo leitor se atrairia pelo livro foi justamente por essa sensação que nem todas as respostas serão respondidas, eu por exemplo senti falta de um epilogo, mas entendo e aceito a forma como o livro é finalizado. Gosto muito de livros sobre nada e sobre tudo, com uma pitada bem real sobre o relacionamentos, definitivamente quem gosta deste estilo deveria dar um chance Zerolândia!

site: http://www.estantevoadora.com.br
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Caverna 12/03/2015

Alessandra é uma garota de 17 anos que nos conta como foi os últimos dois anos com a mãe doente, tentando lutar contra o câncer nos rins. Mesmo após cirurgias, o tratamento não deu resultado, e ela acabou morrendo. Com isso, Alessandra se sente profundamente deprimida, como se tivessem arrancado uma parte dela. A casa onde ela e a avó moram é assombrada por uma terrível tristeza, as duas mal se falam, cada uma no seu próprio sofrimento.

Quando as aulas voltam, ela continua querendo paz. Por causa disso, ela ignora suas amigas, e vai se sentar justamente com ninguém mais, ninguém menos, que Zero. Ele é um garoto com diversos problemas em casa: seu pai não trabalha e só sabe beber e descontar na esposa, enquanto a coitada sofre em silêncio, tendo de aturar a situação. Gabriel (o nome verdadeiro dele) não liga pra escola, vai mais por ser obrigado, e passa a aula inteira desenhando, sem entregar lições de casa, levando assim sempre nota zero, e por isso pegou o apelido. Ele é sempre o motivo principal de risadas na classe, embora permaneça sempre em seu canto, quieto, sem se comunicar com ninguém. E era exatamente disso que Alessandra precisava, só de sossego.

Nos primeiros dias que se passam, é como se ela realmente estivesse sozinha. Ele não fala, nem parece perceber a presença dela ao seu lado. E aquela solidão cresce tanto, que ela acaba indo numa festa cheia de gente do colégio, só pra encher a cara e se esquecer de tudo. Mas sua paz é interrompida quando Giovanni, um dos garotos mais desejados, dá em cima dela, a tratando com força, e ela é salva por, adivinha quem? Gabriel.

É a partir de então que a relação deles se inicia, e vai crescendo de forma beeem lenta. Gabriel é um cara silencioso, gosta de ficar no canto dele e de fumar, e de alguma forma, Alessandra se sente bem ao seu lado, em Zerolândia, um universo só deles. Mas mesmo quando eles se envolvem de outra maneira, ela não consegue sentir que ele realmente se importe tanto assim com ela. E então ela comete uma loucura que pode colocar tudo em risco.

quase até como se ela estivesse contando tudo o que acontece pra mãe. E graças a isso, é difícil acompanhar os diálogos com maior liberdade. Aliás, é mais texto do que conversa em si. Se a autora destacasse mais como o diálogo era desenvolvido, acrescentado mais detalhes, nós poderíamos captar melhor o avalanche de sensações pelo qual ela estava passando.

Ainda assim, mesmo apesar disso, não tem como não se comover com a saudade que ela sente da mãe. Acho que esse é um livro direcionado em grande parte pra perda, pra dor que sempre vai estar lá, pra aquele desejo enorme de ter a pessoa ao seu lado, e saber que nunca mais isso vai acontecer. E direcionado, também, a relação mãe e filha. Vários capítulos são dedicados só a mãe de Alessandra, do quanto ela sente sua falta, de recordações, diversos detalhes que nos faz sentir como se fizéssemos até parte da família. É realmente bonito como nem por um momento a autora deixou de lado o fato de a mãe ter morrido há pouco tempo, e como aquilo sempre a afetava de alguma forma, em alguma situação específica.

E Gabriel não fica fora dessa. Ele é extremamente difícil de se compreender, e as vezes também arrogante, mas aquele é o jeito dele, então não se incomoda em se expressar. E ao mesmo tempo é adorável; a proteção que ele dá a Alessandra, sem ser exagerado, e ainda assim mantendo uma devida distância. E o final; ah que nervoso, eu entendia totalmente seu lado, mas dava vontade de chacoalhar a cabeça dele pra que não fizesse besteira também.

Confesso que não saquei muito o porque da mudança de Alessandra. Dá a entender que ela era uma das garotas populares, e não é dizer que os amigos deram as costas pra ela; na verdade, a maioria mandou recados, dizendo que lamentava a perda. E eu entendo, ela simplesmente estava muito abatida na hora e não queria mais ninguém falando aquilo, mas né.. Foi uma decisão bem radical. Não que eu esteja reclamando, porque senão não teria nada de Gabriel/Zero, e ele é um personagem e tanto, mesmo com suas poucas palavras. E também, com isso ela pôde perceber as segundas intenções da maioria das pessoas que se diziam amigas dela. Ás vezes é necessário sair da zona de conforto pra observar a cena com outros olhos, né?

site: http://caverna-literaria.blogspot.com.br/2015/03/meu-inverno-em-zerolandia.html
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Chm_Henrique 15/02/2020

Amei cada personagem !
História linda !
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Sofia.Eternal 09/07/2023

Bom
Gostei muito. A história me envolveu pela originalidade, longe dos clichês. Uma boa reflexão sobre o sentido da vida.
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Tati Vidal 08/06/2019

O amor de uma mãe é o amor mais lindo
Eu estou chorando até agora.

Ai mas o livro nem é pra isso tudo, nem tem tanto romance assim, é livro de adolescente.

Ok. Ok. Ok.

Eu não estou chorando por isso, estou chorando pq a escritora conseguiu pegar temas tão complexos como abuso sexual, violência doméstica, morte, bullying e tratar de forma simples e que me tocou demais. Poderia ser melhor? Poderia. Mais profundo nesses temas? Poderia. Mas a Alessandra está com saudade da mae, de uma pessoa maravilhosa que filha, mãe e amigas sentem falta da vivacidade dela. E é isso a beleza da história. Em meio a tantas coisas pesadas, a ausência é o que mais machuca. O que mais dói. É o que mais pesa. Eu amei a mãe dela sem conhecer. E quero que vocês leiam e se apaixonem

A história é linda de ser lida. Se apeguem.

Amem o casal silencioso e com cheio de problemas. Eles precisam
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Jeniffer 11/02/2017

Meu inverno em Zerolândia
Meu Inverno em Zerolândia me interessou, principalmente, pela capa linda que ele tem, confesso. Porém, não tive oportunidade de saber mais sobre ele até poder pedi-lo como cortesia da editora parceira do blog. E que ótima escolha eu fiz!

A narrativa já começa com um fato muito triste acerca da personagem principal: Alessandra perdeu sua mãe recentemente. E é tão tocante este fato narrado nas palavras de Paola que logo nas primeiras páginas me emocionei durante a leitura. Ao retornar à escola, Alessandra não deseja mais tornar a falar com suas amigas, andar com elas e tão pouco a sentar-se com elas novamente. Então, ao tomar uma decisão impulsiva, Ale senta-se ao lado de Zero. O garoto que tem esse apelido por ser rechaçado pela turma há um bom tempo e parecer não se preocupar com ninguém que estuda ali. Ale mal sabe o quanto isso irá mudar a sua vida. A vida dos dois.

O romance de Paola Predicatori é algo singelo e único do começo ao fim. Suas palavras nos fazem sentir, a princípio, a dor de Alessandra na perda da pessoa mais importante da sua vida e logo após, seus questionamentos sobre isso e suas mudanças ao longo do tempo decorrido na narrativa. Os personagens não são nada superficiais e o romance entre os dois vai ocorrendo naturalmente, porém de forma bem difícil no começo.

A história não retrata apenas dois jovens se identificando e sendo mudados pelas ocorrências de suas respectivas fatalidades da vida, mas sim retrata de forma realista e sensível dois adolescentes vivendo suas novas experiências e consequentemente fatalidades também.

De edição muito bem feita, sem erros ortográficos e com uma capa linda, Meu Inverno em Zerolândia foi um dos poucos livros lidos este ano, mas que entra pra lista de melhores leituras, com certeza. Recomendo muito.

site: https://monautrecote.blogspot.com.br/2015/03/resenha-meu-inverno-em-zerolandia.html
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Suzana.Maria 03/09/2016

Princesa Zeta
Paola Predicatori em seu primeiro livro de romance, já mostra sua essência meiga e criativa nos presenteando com a historia de Alessandra e a de sua mãe, equilibradas em 182 paginas de pura paixão e conflitos.

Alessandra, uma adolescente de 17 anos sofre com a perda de sua mãe vitima de câncer. Ao voltar a escola decide mudar sua vida, cortando o relacionamento que tinha com seus antigos amigos e sentando-se com Gabriel (mais conhecido como zero) um garoto bonito, talentoso e misterioso. Por ironia do destino acabam se encontrando em situações muito desagradáveis que por meio destes encontros, uma paixão muito forte aos poucos acaba se revelando fazendo deles: Zero e Zeta.
Um livro comovente, apaixonante, viciante e muito envolvente. Da primeira a ate a ultima pagina você consegue dar boas risadas, chorar em alguns momentos, ficar com raiva de certos personagens, se apaixonar por outros e se encantar com a coragem de Alessandra e sua mãe.

Um dos melhores livros que ja li, super recomendo e espero se apaixonem por ele como eu me apaixonei.
Boa leitura!!
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Mari 09/07/2021

Meu inverno em Zerolâdia
Me apaixonei por esse livro, uma leitura encantadora, da vontade de ler ele todo em um único dia e ao mesmo tempo de prolongar ao máximo a leitura, um livro no qual você vai se emocionar e aprender várias coisas sobre valores, sobre o bem e o mal, sobre o amor e como ele pode te pegar de surpresa, recomendo muito e já quero ler de novo.
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Livros e Citações 17/01/2015

Valeu o tempo da leitura
Autor: Paola Predicatori
Editora: Suma de Letras
Páginas: 184
Classificação: 3.5/5 estrelas

http://www.livrosecitacoes.com/resenha-suma-de-letras-meu-inverno-em-zerolandia-paola-predicatori/

Quando tudo ao seu redor fica em pedaços, para onde ir? O que fazer para amenizar a dor e seguir em frente? No caso de Alessandra, protagonista de Meu inverno em Zerolândia, ela decidiu se distanciar de todos a quem tinha certo apreço e se refugiar em Zerolândia, um lugar onde somente ela e Zero existem e a opinião alheia não importa.

"É a única coisa que eu queria. Voltar atrás. Parar o tempo."

Mas o que exatamente é Zerolândia? Na verdade, o que importa não é o que mas quem. Zero é, na verdade, Gabriel, um garoto conhecido por Zero em razão de suas atitudes para ignorar os estudantes de sua classe. Se ele vai a aula, ele dorme, desenha ou simplesmente não dá atenção ao que está ao seu redor e é exatamente isso que Alessandra precisa após perder sua mãe. Ela precisa de distância das futilidades adolescentes e lamber suas feridas em paz, mas estar ao lado de Zero não será como ela imaginou e talvez esse garoto que ninguém nunca prestou muita atenção seja a ajuda que ela precisava para seguir em frente.

O que mais me chamou a atenção nesse livro é quão fiel a sua cultura ele é. Ao invés de se converter aos trejeitos americanos, a autora escolheu fazer Meu Inverno em Zerolândia respirar a Itália e até bateu a saudade de meus amigos italianos, sempre com um cigarro em mãos e sotaque de máfia, mas é exatamente esse o problema na leitura desse livro, um dos motivos que me fez ficar em cima do muro em relação a ele. Primeiro, ele não é para todos, talvez ele fuja tanto do que é comum para a maioria dos leitores brasileiros (vamos confessar que os livros americanos ou que tentam imitar a cultura de lá imperam aqui) que a narrativa e desenvolvimento da autora não seja muito a gosto, então se você nunca leu nada escrito por um autor italiano, você vai estranhar e muito a narrativa dessa obra, mas você precisa começar com algo, certo?

"Não se pode decidir quando parar de amar alguém, nem por quem se apaixonar."

Há também um outro fator que poderia se tornar um problema: tudo é muito lírico, abusando dos sentidos do leitor para não só ler a obra, mas sentir, seja a brisa do mar ou a tristeza da protagonista, e essa característica se encaixou perfeitamente para mim, foi um livro mais de sensações e algo que fez a leitura durar, algo essencial em uma obra tão curta.

E apesar do livro não conter nem duzentas páginas e ser, teoricamente, uma leitura rápida, a história de Alessandra não é nada simples, pode levar dias para entender e entrar no mundo da garota que cometeu diversos erros e teve sua família desestruturada após a morte de uma mãe que carregava a alegria e vontade de viver por onde passava. Há também Gabriel, com seus próprios problemas e escolhas a serem feitas e seu próprio potencial, o grande trunfo e falha da autora, porque um personagem com tanta história para contar merecia um espaço maior.

E é basicamente entre erros e acertos que essa leitura se desenvolve, o que deixa Meu Inverno em Zerolândia longe de se tornar um favorito mas algo que valeu o tempo de leitura ao ponto de eu querer ver até onde a autora vai após esse romance de estreia tão instável.

Resenha por: Gabrielle

site: http://www.livrosecitacoes.com
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Ana Caroline 10/01/2015

Meu Inverno em Zerolândia é um livro que trata sobre a dor da perda, sobre o rumo que uma pessoa pode tomar quando se está de luto, sobre descobertas, amizades, paixões e sobre como a vida continua apesar de tudo.


Neste livro vamos conhecer Alessandra, uma menina de 17 anos, que está sofrendo com a morte de sua mãe. A dor de perder uma pessoa amada é enorme, mas quando você vai perdendo essa pessoa aos poucos para uma doença terminal o seu mundo pode ficar fora do eixo e é isso que acontece com Alessandra.


Após o falecimento da sua mãe nada do que antes era o seu mundo faz sentido para Alessandra, suas amigas não parecem suas amigas e sua vida não parece sua vida. Tentando colocar um pouco de ordem nessa bagunça de sentimentos ela decide se isolar na “Zerolândia”, um lugar que existe somente na sua imaginação, onde tudo é calmo e silencioso, onde ninguém se importa com a opinião alheia.


Mais Zerolândia tem um dono, Gabriel, um menino apelidado de Zero por ser considerado como alguém insignificante para os demais, e é ao lado dele onde ela decide se sentar. No começo Alessandra decidiu dividir a Zerolândia com Gabriel apenas porque queria se isolar do resto da sala e porque sabia que Gabriel não tentaria interagir com ela, mas com o passar do tempo as coisas vão mudando e Alessandra começa a observar de perto aquele menino que ninguém se importa e ela começa a buscar alguma interação com ele.


Gabriel é um garoto que vem de família humilde e que mesmo tão novo já carrega muito da vida, ele não se importa com as notas e vive faltando às aulas, ninguém entende o porquê dele ainda ir para a escola e todos os tratam como um nada, um zero. Sua família é desestruturada e por isso ele passa muito mais tempo na casa de amigos do que na sua própria casa.


Aos poucos, Alessandra e Gabriel começam se envolver, primeiramente em uma estranha amizade e depois em relacionamento que não tem nada de convencional. Eles não falam muito, mas transformam gestos em sentimentos e ambos não esperam muito um do outro, cada um com seus próprios problemas, com suas dúvidas e buscando um caminho para seguir na vida.


Em Zerolândia, agora, tudo desaparece pouco a pouco, coberto pela neve branquinha que não para nunca de cair. Zerôlandia não tem estações, não tem primaveras, mas só um inverno longo e silencioso que agora acabou. A passagem está fechada, os duendes e as fadas foram embora, a magia desapareceu, o tempo expirou, e nós nunca existimos.


Meu Inverno em Zerolândia é um livro sensível, retrata personagens que perderam algo, seja um parente ou o vínculo com a família, nos mostra como é para alguns suportar isso e que às vezes no isolamento encontramos o que procurávamos. Não é uma história de amor, não da maneira como você pode estar esperando e talvez não tenha o final que você vai estar esperando também, pois pelo menos pra mim o final seria diferente, mas eu até entendo esses autores que escrevem um final “inacabado” onde você como leitor pode usar sua imaginação e decidir o que acontece os personagens.

site: http://livrosleituraseafins.blogspot.com.br/
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Raffafust 29/07/2014

Perder alguém que se ama não é fácil. Quem nunca se sentiu tendo sido arrancado um pedaço de si quando algum familiar que gostamos muito faleceu? Alessandra, a protagonista de " Meu inverno em Zerolândia" sabe exatamente o que é isso. Ela acaba de perder a mãe, para um câncer, passa a morar somente com a avó e tenta vencer diariamente uma batalha interna de saudades da mãe e de aceitação por não tê-la mais por perto.
Se a vida como adolescente de 17 anos terminando o ensino médio já não é das mais fáceis e o pessoal da escola parece não querer facilitar em nada, a dela vira um pesadelo que vai perdendo atenção do público conforme o tempo vai passado. Primeiro as pessoas sentem pena, em seguida se afastam quando a mãe dela morre e por último ela tenta entender porque tantas pessoas ao seu redor não lhe dizem nada. Toda menos uma : Gabriel, ou melhor Zero, é sua paixonite. Ela tenta disfarçar e negar, mas com o temp fica complicado esconder de si mesma que tem sentimentos pelo rapaz que sempre foi um bagunceiro na turma e que nunca respeitou muito os professores.
Zero mora em um conjunto habitacional e leva uma vida bem humilde, mas do seu jeito vai encantar ainda mais Alessandra que se envolve com ele. Se a princípio os dois são opostos : ela gosta de ter aulas, ele odeia a escola e ameaça abandonar a toda hora para trabalhar como pedreiro, com o tempo o leitor passa a torcer para o casal pois a impressão que dá é que um precisa demais do outro para passar pelas mazelas da vida e ser o apoio que procuram.
Ao mesmo tempo a autora não traz romantismo emocionado, a vida de Alessandra não é conto de fadas, eles não dizem coisas lindas um para o outro e ela sabe que Zero tem seu infinito particular que ela apelidou de Zerolândia.
Narrado por Alessandra que conta o que acontece na sua vida atualmente mas capítulo sim, capítulo não recorda histórias com a mãe, o livro é lotado de drama mas nem por isso me levou as lágrimas . É como se a autora dissesse ao leitor : " Alesssandra tenta diariamente dar a volta por cima e não fica se lamentando, porque alguém de fora deveria se impressionar e chorar?".
Alessandra é uma protagonista na medida certa,ela erra e acerta como qualquer menina de sua idade e o amor que nutre pela mãe é lindo.
Um livro para se pensar que a gente faz escolhas erradas e atitudes contrárias ao que gostaríamos mas sempre temos que lembrar que quem amamos deve-se passar o maio tempo possível ao lado. Afinal, mesmo sendo triste pensar assim, nunca sabemos quando será o ´último dia ao lado daquela pessoa.


site: http://meninaquecompravalivros.blogspot.com.br/2014/07/resenha-meu-inverno-em-zerolandia-sumabr.html
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Naty__ 26/01/2015

Romance demais, emoção de menos
Descobri esse livro através dos Blogs literários e, quando me deparei com a sinopse, fiquei imediatamente interessada para conhecer a história. Não sabia o que esperar, embora, muitos blogueiros estivessem elogiando o trabalho de Paola Predicatori, então fui fisgada pelos comentários dos leitores.

Alessandra é a protagonista e a narradora de sua própria história. Sua mãe falecera, vítima de câncer, quando a filha tinha apenas de 17 anos. A partir desse dia, a vida da garota mudou radicalmente. Não existiam motivos para felicidade, ir à escola era sua única atividade, além da natação e viver sob os cuidados de sua avó.

Quando volta à escola, Alessandra não sabe como lidar com os olhares de pena que seus colegas lhe ofertam. Sem saber como proceder, ela resolve sair da mesa em que divide com Sonia e parte rumo à mesa de um jovem meio invocado, sério e que não quer conversa com ninguém. Isso é ótimo para ela, já que a última coisa que a garota desejasse naquele instante seria conversar com alguém. Estar ao fundo da sala com um estranho era o que ela apetecia.

“Viver no medo, agora eu sei, é o pior dos pesadelos, e foi assim que mamãe viveu por todo aquele tempo, com aquele pensamento de morte dia após dia, hora após hora”.

O nome do jovem é Gabriel Righi, conhecido como Zero. Ele foi apelidado dessa forma por ser considerado um perdedor, um fracasso total, por ter uma vida regada de coisas negativas. Um pai bêbado e uma mãe que sofre com o tratamento do marido. Eles moram em um conjunto habitacional, localizado em um bairro bem inferior. Gabriel é obrigado a sair de casa porque o pai não quer sustentá-lo.

É assim que tudo retoma para Alessandra. Aos poucos, ela tenta contato com o jovem, mas ele sequer dá bola para suas falas. Certo dia ela indagou porque ele tinha faltado na aula. A resposta de Zero foi tão grosseira ao dizer que ele não lhe devia satisfações que a garota decidiu que era melhor evitar aproximação. Por trás desse jovem frio existe um rapaz que sofre diariamente. Gabriel é muito solitário e tenta abastecer-se de outras maneiras. Ele desenha durante as aulas e constantemente falta, sem ninguém entender o porquê.

Com a constante presença dela, o Zero passa a ser mais sutil em alguns momentos. Já não e totalmente grosseiro e silencioso. Fala algumas coisas e responde outras, quando acha conveniente. Fora da escola, os encontros passam a ser frequentes e os alunos pensam que eles estão tendo algum relacionamento escondido. De fato, era o que Alessandra mais queria.

“Eu o invejo por aquela coisa que ele sabe fazer tão bem e que no entanto não exibe nunca, não explora nunca, por aquele seu talento que esconde nas mãos fechadas e metidas nos bolsos de casado de 15 euros”.

A autora desenvolve muito bem a narrativa e, a todo o momento em que Predicatori descreve os sentimentos de Alessandra, podemos sentir a sua dor. Perder a mãe com apenas 17 anos e não viver com o pai desde o nascimento é um processo complicado para uma garota ter de passar. Existem detalhes que a autora descreve e deixa o leitor estagnado. As emoções afloram e a vontade é apenas reviver a presença da mãe da protagonista. Ela era sempre muito doce e gentil com a filha. Queria fazer as melhores coisas e, muitas vezes, a própria personagem esclarece que sentia vergonha de ter a presença de sua mãe ao levar e buscá-la na natação. Depois da morte, ela entende que tudo o que a mãe fazia era por amor e faria qualquer coisa para ter a presença dela outra vez.

A narrativa é intercalada por acontecimentos na escola, saídas com Gabriel e a saudade da mãe. Alessandra conta detalhes marcantes que viveu e como poderia ter sido se ela ainda estivesse viva. Ela ressalta suas dores e seus desejos de querer que tudo volte a ser como era antes.

A obra é uma verdadeira lição para quem consegue enxergá-la dessa forma. Afinal, a protagonista precisa lidar com as próprias emoções, com as perdas e o sentimento por Gabriel, o tão misterioso garoto que ela tanto quer entender. Para quem gosta do gênero, certamente, irá se envolver e se emocionar com o sentimento da perda, da dúvida, da saudade e do abandono.

“Sofrer é também um modo de amar você, e eu agora sei quanto te amei, e só o sei quando me sinto assim. Talvez seja uma estupidez pensar desse jeito, mas às vezes acho que com a felicidade não se aprende nada”.
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Nay 18/05/2015

Bom
Meu Inverno em Zerolândia - Gostei :)

Não escolhi esse livro diretamente, ele foi escolhido no grupo de leitura que eu faço parte na categoria romance, também decidi ler pela capa que achei bonita, o título e por ser uma obra nova e com poucas páginas, nem li muito a sinopse (me julguem haha).

Eu realmente esperava um romance açucarado e com a mesma história clichê, em que os personagens só agem de maneira infantil e suas escolhas e atitudes irritam ao máximo o leitor.
Em Meu Inverno em Zerolândia, encontrei a mesma história clichê, porém por também tá entrelaçado na história romântica do casal central do livro, a história da dor em perder uma das pessoas que mais amaremos na vida.
A história contada como um diário por Alessandra, adolescente que acaba de perder a mãe pro câncer, sabemos o quanto esse processo é doloroso, é como ver quem amamos partindo lentamente, Ale conta isso através de suas memórias, momentos de quando era criança, de rebeldia, a descoberta da doença da mãe, a luta, a perca, o depois e em alguns momentos é como se ela escrevesse para a mãe.
Esses trechos dentro do livro são bem profundos e nos leva a refletir sobre como seria ( no meu caso) passar por isso, em certo momento do livro me peguei a pensar como seria doloroso esquecer a voz da minha mãe um dia, a personagem não faz essa referência, mas essa situação me despertou questões dolorosas e amargas que preferi deixar passar.
Pode soar meio depressivo e triste, mas é bom imaginar o pouco da dor de não se ter o que tanto ama, ajuda a valorizar ( senti vontade de ir acordar minha mãe com um abraço).

Pra equilibrar tudo, esse sentimento pesado de perca vem a história de Alessandra com Gabriel ou Zero. A dor muda a pessoa, faz rever valores, opiniões... Alessandra mudou e a partir dai ela enxergou Zero. A relação dos dois é conturbada e intensa, eles carregam muita dor no coração, e pela idade dos personagens e toda a situação, fica fácil perdoar os erros cometidos pelos dois.

Gostei muito de como a história se desenrolou e acabou, já li algumas criticas negativas na net e as respeito, pois cada livro nos desperta sentimentos diferentes.

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Greice Negrini 05/09/2014

Um ótimo inverno!
Alessandra tinha apenas 15 anos quando precisou encarar uma grande tragédia. Não que esperasse que tudo se resolvesse em um piscar de olhos, mas quando ouviu de sua mãe que estava doente, perdeu-se em seus pensamentos e de repente o mundo parou. Descobrir que sua grande companheira, de apenas 38 anos estava com câncer, era como saber que o fim do mundo estava chegando.

E foi basicamente assim que viveu durante os dois anos seguintes: entre a dor e a luta. Sabia que sua mãe fazia de tudo para não demonstrar a dor que sentia para sua filha e sua mãe, avó de Alessandra. Mas o definhar de suas feições era notável e a despedida de Alessandra foi dura quando pega de surpresa um dia na escola.

A partir deste momento decidira que se isolaria. Não queria mais abraços e as famosas palavras de lamentações de amigos e amigas que muitas vezes não passavam de lamúrias falsas. Não queria ter que dar explicações de como era ser pega sozinha e chorando a falta de sua mãe durante a noite.

Foi então que Alessandra decidira se juntar ao famoso Zero. Zero nada mais era do que Gabriel Righi, o "garoto problema" de sua classe, que não conversava com ninguém e que também não demonstrava nenhum tipo de simpatia. Simplesmente chegava e saia com seu habitual humor duro. Sabia-se que sua família era bastante problemática; sua mãe trabalhava muito e seu padrasto era bebia mais do que o permitido, o que fazia Zero nunca querer voltar para casa.

No dia em que Alessandra sentou-se ao lado de Zero, a classe inteira considerou que ela estava enlouquecendo pela morte de sua mãe. Sua melhor amiga Sônia tentou persuadi-la, porém sem nenhum ganho. Assim, Alessandra virou Zeta, a companheira de Zero.

Aos poucos, a habilidade de Alessandra foi ganhando pontos com Gabriel e um mundo de cores cinzentas foi surgindo para duas pessoas que não viam nada além do que a tristeza para seus futuros.

Alessandra tinha sua avó, mas a dor não era algo que podia ser compartilhada. Ambas sabiam o que havia sido perdido e a vida teria que tratar tudo de uma forma racional. Gabriel não via um futuro além do que um prédio em obras poderia oferecer e então, talvez juntos, os dois pudessem resolver as dores mais profundas e seus maiores medos.

O que falo sobre o livro:

Não vou ser injusta ao dizer que para a escolha deste livro eu tenha escolhido-o inicialmente pela sinopse. Obviamente o livro me encantou pela capa. Sabe quando você olha uma capa e a sensação corporal acaba sendo levada junto? Foi o que aconteceu comigo. Li o livro no inverno da minha cidade que fica no Rio Grande do Sul e com os trechos passados em momentos mais rígidos, a sensação acaba te colocando mais perto ainda da narrativa.

A autora, por ser seu primeiro romance, parece ter acertado em alguns parâmetros. Ao menos o que indica na parcela de sentimentalismo e dramaticidade. A narrativa sobre a perda de sua mãe é bastante sutil em um ou dois capítulos, mas se estende pelos momentos e sentimentos da personagem principal ao longo do livro. A lembrança imperativa sobre momentos da infância e adolescência entre mãe e filha gera um conflito interno de dor que faz com que o leitor crie uma simpatia gigantesca pela adolescente pois a autora o faz com tanta veracidade e mágica que parece estar externando os próprios sentimentos.

A junção de um personagem masculino "rebelde" pode ter sido uma divisão de águas. Os capítulos se tornam um pouco mais movimentados mas a história acaba sendo maltratada com o famoso "Zero". Não que não fosse uma ótima ideia. Acredito que o sentido que a autora criou foi bem concedido, mas a trama estava tão naturalmente criada e sentida pela personagem que ter o Gabriel na história foi como ter um intruso em cena. É como se parecesse que a história precisasse de um balanço para fluir e não creio que precisasse.

Também pode ter outra questão. Se a narrativa fosse feita somente entre as lamentações da personagem, talvez ficasse monótona demais. Assim, cruzando entre o realismo da dor e a rebeldia do garoto, dois mundos diferentes criaram uma certa vantagem. Nada dura para sempre e nada é eterno que não possa ser modificado.

Um livro esperançoso e bem escrito. Capítulos entrelaçados com a narração da personagem sobre sua mãe em que parece que está escrevendo em um diário e outros em que parece estar conversando consigo mesma. Parece que é um passado presente, por assim dizer.

Bonito, leve e descontraído.



site: www.amigasemulheres.com
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