A Arte da Procrastinação

A Arte da Procrastinação John Perry




Resenhas - A Arte da Procrastinação


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Gisa 22/06/2016

Como eu sou diferentona, eu gosto de livros de auto ajuda. Acho que eles sempre podem agregar algo a nossas vidas e sou do tipo que se é possível melhorar e facilitar a vida, porque não tentar?
E eu sou A procrastinadora. Porque fazer hoje algo que eu posso fazer amanhã? Porque fazer o que outro pode fazer? Porque fazer se não é urgente? Pois é!
Mas com esse livro, descobri que na verdade, eu sou produtiva. Só que nem sempre faço exatamente aquilo que deveria fazer.
O livro é bem bacana. E ele não dá dicas para mudar a nossa natureza. Na verdade. ele nos dá dicas para aproveitarmos essa procrastinação de uma forma mais proveitosa.


site: http://profissao-escritor.blogspot.com.br/2016/06/lidos-mas-nao-resenhados-10.html#comment-form
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Letícia 16/01/2016

"Nunca deixe para amanhã o que você pode fazer depois de amanhã" - Mark Twain
Que. Livro. Maravilhoso.

São cento e poucas páginas de um verdadeiro autoconhecimento. Eu sempre soube que sou uma procrastinadora, até porque acho difícil pessoas que não tem esse problema irem em busca desse livro. E nossa, a cada página parecia que o autor, o filósofo John Perry estava me descrevendo, assim descobri que sou uma procrastinadora estruturada, eu deixo de fazer certas coisas para fazer outras, então estou sempre fazendo algo, mas não necessariamente algo que eu deveria estar fazendo.

Se você tem problemas com isso, leia esse livro! Ele não vai ajudar a você ser livrar do hábito, melhor que isso, ele ajuda a você usar esse hábito em seu favor e algumas das estratégias são perfeitas. Além de ser muito divertido, tá, pode ser porque eu me identifiquei demais, mas acho que com qualquer procrastinador irá acontecer o mesmo.
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Ana 10/12/2015

Eu fico com a sensação de que todas as resenhas começam do mesmo jeito: Eu sempre escolho o livro de alguma forma impulsiva, sem fazer a menor ideia se o livro é bom ou ruim. Mas isso acontece sempre, então eu sou obrigada a mencionar…

No caso desse livro eu li um artigo, que citava outro artigo, que citava um terceiro artigo, que mencionava esse livro. Porquê eu pipoquei de página em página até chegar nessa referência eu não faço a menor ideia.

Eu não sei se posso me considerar uma pessoa procrastinadora, acho que sou mais o tipo preguiçosa mesmo. Mas John Perry é um procrastinador de verdade, daqueles que só considera a tarefa como atrasada quando o prazo já terminou há duas semanas e sequer sabe onde está aquele livro que deveria resenhar… Mas ele é um procrastinador estruturado!

O conceito todo da procrastinação estruturada reside no fato de que mesmo o maior procrastinador ainda consegue realizar tarefas, ele só precisa de uma motivação diferente do que o restante das pessoas. Enquanto o mundo pensa “vou fazer esta tarefa porque tenho que cumprir o prazo”, o procrastinador estruturado realiza tarefas como um meio de procrastinar uma tarefa ainda mais importante.

E você pode pensar que então as tarefas realmente importantes nunca serão realizadas, mas eventualmente elas serão. Eventualmente aparecerá uma tarefa ainda mais importante que precisará ser ignorada e sua segunda tarefa mais importante pode acabar sendo finalizada.

O livro é pequenininho, curto e rápido! Mas pelo que vi, está fora de estoque. Não encontrei a versão física disponível em nenhuma loja online e acabei comprando o meu numa livraria daqui.

site: http://quasemineira.com.br/2015/06/a-arte-da-procrastinacao/
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Gabi (Coruja) 04/09/2015

Não deixe pra hoje o que você pode fazer amanhã
Comecei a ler este livro justamente pra fugir de algumas obrigações, não que eu não vá realizá-las, mas não estava pressionada o suficiente para realizá-las no momento (seja pelo tempo disponível ou apenas a vontade - ou a falta dela - de fazê-las). Como o próprio título já diz, engana-se quem resolve ler este livro no intuito de tentar deixar de ser um procrastinador. O escritor conta alguns exemplos de sua vida e como ele se organiza para realizar algumas tarefas mesmo deixando para depois. O melhor é que é um livro que te ajuda a não se sentir péssimo por achar que não consegue fazer nada, na verdade, o procrastinador consegue realizar várias tarefas com a simples desculpa de não fazer alguma delas. O livro é bem divertido e relaxante. Muita gente vai se identificar!
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Vidi 03/04/2015

É para um tipo diferente de procrastinador, o procrastinador estruturado é a quem John Perry faz uma espécie de guia para poder gerenciar melhor seu tempo e compromissos, se procura mais uma forma de exorcizar a procrastinação esse definitivamente não é o livro certo. O autor acertou com precisão, fazendo um livro rápido, descontraído e relaxante, que mostra que você pode conseguir fazer muito se souber associar a forma como sua mente funciona. A partir do primeiro capítulo você já sabe se vai se identificar, a obra não é completa e nem vai ter tudo que se precisa saber sobre a procrastinação, mas cumpre seu papel. Uma congratulação ao encantador layout da arte da capa brasileira.
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Luan Poppe 23/01/2015

Bom, mas deixa a desejar
O livro traz algumas ideias e informações interessantes sobre pessoas procrastinadoras, mas posso dizer que, pra mim, o livro deixou bastante a desejar. Não porque ele seja ruim ou mal escrito, mas porque eu fui esperando uma coisa, e encontrei outra. Como o próprio autor diz, já no fim do livro: "Um dos meus principais objetivos com este livro foi fazer com que os procrastinadores estruturados se sentissem melhor consigo mesmos - em vez de transformá-los em não procrastinadores". Eu diria que esta passagem do autor resume bem o livro. Ele passa seus capítulos não procurando formas, estratégias, técnicas e semelhantes para tentar neutralizar ou diminuir a procrastinação, mas sim, de certa forma, filosofando sobre ela, e pensando como isso influencia na vida das pessoas. Novamente, não estou dizendo que o livro não é bom. Ele tem sim seus lados positivos, como a narrativa bem leve e que flui com muita facilidade do autor, assim como algumas informações interessantes e a própria teoria que ele cria, sobre o procrastinador estruturado. Além de que, ele cumpre muito bem o objetivo definido do autor, que é o de mostrar que a procrastinação não é o fim do mundo. Porém, eu pessoalmente estava esperando um livro mais prático, que não se contetasse com a procrastinação e que fosse buscar formas de melhorar. Mesmo sabendo que não dá para chegar à perfeição, às vezes parece que o autor está acomodado e confortado em sendo um procrastinador, o que me incomoda um pouco, pois pra mim, sempre é possível melhorar em algo. Enfim, por tudo isso, me decepcionei um pouco, mas recomendo, talvez como um livro complementar mas não principal, para quem procura ler e entender mais sobre procrastinação. Apesar de tudo, você pode tirar algumas boas reflexões e ideias interessantes do livro, assim como eu tirei.
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Jerônimo 13/01/2015

Ótimo livro! Diferente dos outros textos sobre procrastinação com os quais tive contato, este faz uma defesa da procrastinação, discorrendo sobre vários pontos positivos do ato de procrastinar. E segue a linha de que o procrastinador deve aprender a conviver com esse hábito ao invés de tentar superá-lo.

Uma leitura rápida e leve, um texto inteligente e bem-humorado. Direto e informativo. Não deixe essa leitura para amanhã se você pode começá-la hoje!
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Leilane 26/12/2014

“Não sou um procrastinador. Apenas prefiro fazer todo meu trabalho num prazo induzido por pânico.”
Quem nunca deixou um trabalhado de escola ou faculdade para o último minuto? A Arte da Procrastinação é o livro para que você procrastinador se sinta melhor consigo mesmo e para quem não entende a mente de um procrastinador, não sinta tanta raiva dele na próxima vez que for sua vítima.
John Perry é um procrastinador estruturado (PE) que percebeu que esse seu defeito não atrapalhou em seu sucesso profissional, filósofo e professor emérito da Universidade de Stanford, ele é um exemplo de que se administramos bem nossas tendências à procrastinação, não precisamos viver com a culpa de que estamos prejudicando os outros e a nós mesmos.
“A procrastinação estruturada significa moldar a estrutura das tarefas que alguém precisa fazer de uma forma que se explore esse fato.” (p. 23)
O que o autor propõe é que os PEs são pessoas que têm uma lista, seja escrita, seja mental, de prioridades e as coisas que elas mais colocam no topo são as que menos chances têm de serem cumpridas, mas ao mesmo tempo, elas com muito sucesso vão cumprindo as que estão mais abaixo nas suas prioridades, ou seja, elas não são pessoas que não conseguem realizar nada, mas são pessoas que têm de fazer do uso do autoengano para conseguir também fazer as mais prioritárias, e, para isso, elas precisam colocar metas no topo de sua lista que gerem menos vontade ainda de ser feitas – como aprender um idioma – para que as outras sejam cumpridas.
O livro é dividido em dez capítulos que trabalham assuntos como: o perfeccionismo representado pelo desejo de perfeição em suas tarefas que o PE tem, mas que o afastam de fazer o seu trabalho por complicá-lo desnecessariamente; não fazer hoje tarefas que podem desaparecer amanhã, pensamento bem contrário ao popular ditado; e o fato que pessoas que não são PEs podem se dar muito bem com quem é pelo simples fato que eles trabalham de uma forma colaborativa que provavelmente duas pessoas muito similares não conseguiriam. E o livro termina num apêndice opcional de leitura, opcional, pois ele deixa algumas recomendações de outras obras sobre procrastinação, mas essas obras têm o intuito de “curá-la”, e como isso é justamente o oposto do que ele propõe no livro, deixo um dos conselhos dele para quem ainda pensa que precisa de salvação da PE:
“No entanto, você pode preferir uma abordagem mais indireta. Se quiser parar de procrastinar, pode ser porque entende que a procrastinação o deixa infeliz. Talvez você deveria ir diretamente ao projeto de ser feliz e deixar a procrastinação cuidar de si mesma.” (p. 120)
Você deve ter percebido que esse livro é autoajuda, mas para mim foi mais do tipo revelador do que “mudou minha vida para sempre”. Mas claro que eu tive um motivo pelo meu interesse por este livro quando este foi mencionado no programa Saia Justa e tem a ver com a pergunta que fiz no começo: perdi a conta de quantas vezes perdi o sono fazendo um trabalho para o dia seguinte, na verdade, também perdi a conta de quantas vezes deixei para estudar para uma prova só a caminho da escola ou da faculdade, mas nunca deixei o trabalho ser medíocre o me dei muito mal na prova em questão, afinal sempre prestei atenção nas aulas, só nunca tive muita paciência para estudar em casa. Eu queria entender esse aspecto da minha personalidade e aprendi lendo este livro que sou uma procrastinadora estruturada, mas também aprendi que reservo minha procrastinação para algumas áreas da minha vida que sei que funciono melhor assim, sendo a parte acadêmica uma delas, mas, diferente do autor, jamais deixaria uma conta sem pagar ou sequer abrir o envelope dela, nem mesmo deixo e-mails importantes esquecidos na minha caixa de entrada como ele faz, ou seja, identifiquei-me com a proposta do autor, mas com muitas ressalvas aplicadas a mim.
Porém, há um ponto desse livro que acho que mesmo que a pessoa não seja um procrastinador, ela também cai nessa armadilha constantemente: navegar na internet. Acho que só um computador off-line tira uma pessoa dessa, afinal mesmo sem um acesso ao facebook, você pode simplesmente fazer uma pesquisa no Google e entra num link para ler uma matéria, em outro para ver uma notícia, dele você vai para um receita, que vai parar numa página de assuntos culturais e, por fim, quem sabe, nesta resenha! E quando você for ver se passou uma hora e tudo o que você tinha parte fazer está atrasado. Então vou deixar uma dica do autor aqui, ele diz para começar a navegar na internet só em momentos que têm mais chance de ser interrompido por alguma coisa: fome, banheiro, um tarefa que te faça sair da frente do computador etc. E minha dica é não abrir o facebook ou qualquer outra página que não seja relacionado àquilo que você precisa fazer naquele momento até que termine isto, não é infalível, mas não custa tentar resistir ao máximo.
Se você chegou nesta resenha pelos vários saltos de link para link que você acaba de fazer, acho que é destino, viu? Então segue nossas páginas ou mesmo coloque o site nos seus favoritos assim você não corre o risco de ter de fazer mais caminhos sinuosos. E fica a dica deste livro para todos que querem se divertir com o jeito irreverente de John Perry para nos mostrar “como realizar tarefas deixando-as para depois” e quem sabe perceber que seu caso de procrastinação não é nem de perto tão grave como você achava ou mesmo que a felicidade não depende de quantas tarefas realizamos, mas de como vivemos nossa vida.

site: http://lerimaginar.com.br/blog/2014/10/13/a-arte-da-procrastinacao-como-realizar-tarefas-deixando-as-para-depois-john-perry/
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MiCandeloro 06/10/2014

Uma lição de vida!
Desde que soube do lançamento deste livro, fiquei completamente intrigada sobre o assunto, mas ainda um pouco cética sobre o que seria trabalhado na obra. Sempre me considerei uma pessoa extremamente produtiva, que tenta fazer de tudo o mais rápido possível, deixando o mínimo de coisas para fazer depois, por pura falta de tempo. Costumava torcer um pouco o nariz para aqueles que tinham tempo sobrando e não conseguiam realizar metade do que eu. Certa vez escutei uma frase que achei perfeita: "Se você tem pressa para fazer algo, peça ajuda a alguém ocupado, ele sempre arranjará tempo." E é bem verdade.. peça a alguém que tenha tempo sobrando que vocês verão quantooo tempo essa pessoa vai demorar e quantas desculpas vai dar.. Ok, não estou generalizando...

Enfim, decidi ler o livro porque tenho andado tão, mas tão cansada, que pensei, "Vai que realmente posso aprender lições importantes com o autor e deixar algumas tarefas para depois, já que faz meses que não tenho finais de semana e há anos não tiro férias." O que não podia imaginar, nem em mil anos, é que quando lesse, John fosse pegar bem no meu calcanhar de Aquiles me fazendo enxergar que eu sou a campeã número um em procrastinar tarefas. E o pior, é que nunca me senti tão compreendida, nunca tive uma visão tão boa de mim mesma por alguém que nunca conheci na vida. Eu não estou sozinha no mundo. Pelo visto, existem milhares de procrastinadores por aí, iludidos, culpados, deprimidos, perdidos num mar de listas e de coisas a fazer. Mas afinal, como posso ser produtiva e procrastinadora ao mesmo tempo? É isso que Perry nos explica e compartilha as suas experiências, arriscando-se a dar dicas de como conviver com isso (porque não, a procrastinação pelo visto "não tem cura"), em seu livro A Arte da Procrastinação: Como realizar tarefas deixando-as para depois.

"Há um velho ditado que diz: Nunca deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. Isso é bastante absurdo. Vamos assumir que cada dia termina à meia-noite. Enquanto não for meia-noite, de acordo com esse ditado, você deveria estar trabalhando em algo, mesmo se pudesse deixar para amanhã. Entre outras coisas, isso significa que você não vai ver The Daily Show with Jon Stewart ou Late Show with David Letterman a menos que você conte isso como tarefas. Então não saberá nada dos eventos atuais e de importantes tendências culturais. Também significa que nunca conseguirá dormir antes da meia-noite, a menos que não haja absolutamente nada que poderia fazer hoje em vez de deixar para amanhã. É realmente um conselho tonto. O melhor conselho é: Nunca faça hoje uma tarefa que pode desaparecer amanhã. Mas se você é um procrastinador estruturado, não precisa desse conselho. Vai obedecê-lo automaticamente. É como um benefício adicional."

Aprendi que existem aqueles considerados procrastinadores estruturados. Mas o que é isso? Diferentemente dos completamente ociosos ou vagais, os procrastinadores estruturados são pessoas que adiam o cumprimento de uma tarefa realizando inúmeras outras. Imaginem a seguinte situação: Gabriela precisa urgentemente terminar seu TCC, mas ao invés disso, decide ocupar seu tempo limpando a casa, respondendo emails pendentes, pesquisando na internet sobre a cura do câncer que, no fim, a leva para demais pesquisas sobre os animais em extinção na África. Não satisfeita, opta por organizar em ordem alfabética seus livros na estante, e por cores suas roupas no armário. Assim, quando alguém perguntar para ela por que não está escrevendo seu TCC, ela vai dizer que está "muito ocupada" e vai discorrer sobre listas imensas de tarefas que deu conta naquele dia, passando a impressão de que é uma pessoa muito atarefada e produtiva. E não que ela não seja. Na verdade até é. Porém, gasta seu tempo com outras coisas enquanto podia estar realizando uma tarefa mais importante. Por isso que os procrastinadores são vistos como pessoas produtivas. Porque elas realmente fazem muitas coisas para não ter que fazer uma, no caso da fictícia Gabriela, seu TCC.

E sabem o que é pior do que um procrastinador estruturado? Um procrastinador estruturado perfeccionista!! Argh, e é exatamente aí onde me enquadro. Os perfeccionistas como eu geralmente têm medo de não atingir a perfeição e, por isso, muitas vezes deixam para depois ou evitam se comprometer com tarefas que sabem que não darão conta de realizar como gostariam. Eles criam uma fantasia tão absurda sobre como algo deve ser feito que se torna inalcançável para um simples mortal. Assim sendo, postergam, realizando outras tarefas de fácil alcance e mais plausíveis, que sabem que se darão bem.

Vejam o exemplo do meu dia: Sou autônoma e tenho três empregos: blogueira profissional, youtuber e designer de scrapbook digital. Meus dias basicamente resumem-se a pesquisar materiais para o blog, criar posts novos, contatar as editoras, ler e resenhar livros, responder comentários de leitores e divulgar o blog nas redes sociais. Além disso, costumo gravar no mínimo dois vídeos por dia, edito, renderizo, faço o upload e crio thumbnails, e depois divulgo e respondo os comentários no youtube. Por fim, crio kits, cadastro nas lojas, atendo os clientes e divulgo. Fora isso tudo, ainda tenho que cuidar da casa, ter tempo para o marido e para os gatos. Tudo isso, todo o santo dia, e provavelmente esteja esquecendo de algo. Isso quando não tenho que sair para fazer compras, ir no banco, correio, etc. Querem saber quantas horas eu durmo? De 3h a 5h por dia. Sim, não posso dormir mais.. até posso, mas se faço isso, as tarefas que por ventura ou imprevistos não foram cumpridas no dia, se acumulam desmedidamente no dia subsequente.

Entenderam por que me considero uma pessoa produtiva e multitarefa? Mas então, o que deixo para depois? Toda e qualquer tarefa que eu julgue importante ou que deve ser realizada com perfeição, como por exemplo, escrever e concluir os milhares de livros que tenho já iniciados. Isso me apavora e me bloqueia. Eu tenho certeza de que não vou dar conta ou de que vão ficar horríveis, então não levo adiante, e por causa desses bichos papões é que eu faço todo o resto :( Foi muito triste me dar conta pela primeira vez que eu podia ter um dia muito mais tranquilo se decidisse me dedicar a tarefas importantes deixando as "outras" para depois.

A minha intenção com esse relato foi de maneira alguma me exibir para vocês, ou comparar as tarefas e os dias atribulados de cada um. Sempre digo que todos têm seus próprios desafios e dificuldades e se organizam como podem. A intenção foi ilustrar um problema que acomete muitas pessoas que não têm nem ideia de que ele existe, ou de que pode ser contornado.

Depois de tudo que li da obra, realmente tentei colocar em prática muitas das dicas divididas conosco pelo autor, e até que algumas deram certo. O problema é que os procrastinadores estruturados têm grande facilidade de se auto-boicotar e de desviar o foco rapidamente. Então este é um exercício que devemos fazer diariamente. Entre as sugestões de John para aprender a "procrastinar" as tarefas certas, vão desde a criação de listas diárias do que fazer e do que não fazer, a descobrir coisas mais importantes ainda para se fazer, substituindo aquelas que estavam pendentes até então.

"No capítulo 1, vimos como boas habilidades de autoengano poderiam beneficiar um procrastinador estruturado, motivando-o a fazer coisas úteis como uma forma de não fazer coisas muito importantes, que na verdade realmente não são tão importantes. Mas às vezes, como naquele dia, boas habilidades de autoengano não são necessárias. O mundo dá um pequeno bônus por procrastinar. Eu poderia ter escrito aquela carta quando me foi pedido a primeira vez, algumas semanas antes. Em vez disso, adiei, supondo que ao chegar perto do prazo receberia um lembrete (ou dois ou três). Se tivesse escrito no começo, poderia ter sido uma completa perda de tempo. Ou poderia ter sido uma perda parcial de tempo meu ex-estudante poderia escrever outro artigo ou conseguir outra bolsa antes de a carta ser solicitada e então eu teria de reescrevê-la. Há uma pequena chance de que eu perdesse a carta, preenchesse mal ou acidentalmente a apagasse ou meu HD tivesse algum problema antes que eu fizesse um backup. Também é possível que o mundo ou a profissão acadêmica acabasse antes que a carta fosse necessária."

A Arte da Procrastinação não é um livro de auto-ajuda, nem de dicas, muito menos um manual, ele é um livro bom, simples assim. John me cativou pela sua escrita sincera e intimista, instigante e informativa, divertida e extremamente reflexiva. Não é fácil ser um procrastinador, muito menos conviver com um. O mundo de hoje em dia não quer lidar com procrastinadores e não tem tempo para eles, portanto, muitos são excluídos das relações interpessoais e principalmente das cadeias produtivas por simplesmente funcionarem de maneira diferente. Parece um conceito bobo, uma piada de mal gosto, mas não é, este é um problema muito sério que leva muitos a depressão e ao isolamento. Portanto, se você se identificou com esse texto, saiba que é possível conviver consigo mesmo sem culpa e sem pressões demasiadas. O primeiro passo é reconhecer a auto-sabotagem para depois lidar com seus demônios internos.

"Use suas habilidades como um procrastinador estruturado para fazer muitas tarefas relativamente pouco importantes que o não procrastinador poderia nunca conseguir realizar. Pague o almoço. Toque um pouco de música. Deixe-os felizes."

Se eu pudesse, colaria aqui inúmeros trechos significativos e engraçados do livro, mas sei que a resenha já ficou enorme, e que muito provavelmente, vários de vocês não venham a se interessar por essa obra. Que pena. Como diz Perry, a procrastinação às vezes nos favorece, já que eu nunca teria lido esse livro se não tivesse procrastinado a conclusão do meu mais novo conto :)

"O procrastinador estruturado pode não ser o indivíduo mais eficiente do mundo, mas ao deixar suas ideias e energias viajarem espontaneamente, ele pode conquistar todo tipo de coisas que teria perdido ao aderir a um regime sem procrastinador. Fique contente consigo mesmo pelo que conseguiu fazer. Use listas de tarefas, alarmes e outras formas de armadilhas no seu ambiente. Crie colaborações que vão impedi-lo de nunca conquistar nada. Acima de tudo, desfrute da vida."

Resenha originalmente postada em: http://www.recantodami.com/2014/10/resenha-arte-da-procrastinacao.html
Vítor Schaeffer 10/12/2015minha estante
Nossa! Excelente resenha. Também sou um procrastinador perfeccionista, acredito que isso tem origem no meu medo gigante de realizar as tarefas importantes. Adoro ficar imaginando como seria ótimo eu realizando tudo o que procrastino e, de certa forma, isso me satisfaz.
Que cousa u.u Final do ano e eu queria um tempinho a mais para comprar e ler o livro, depois dessa tua resenha. Te recomendo "O Poder do Hábito", tem me ajudado, mas como sempre, procrastino a leitura UHAEuheahuea




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