Sashenka

Sashenka Simon Sebag Montefiore




Resenhas - Sashenka


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Maria 04/06/2023

El libro me aburrió profundamente. La parte 1 fue sin dudas la mejor, en la previa a la revolución Rusa. Después de eso se tornó una real novela mexicana.
Me hubiese gustado que el libro tenga más conexión con el contexto histórico del momento, cosa que no sucedió. Adicionalmente que no conecte con ningún personaje, todos me parecían muy obvios y poco elaborados.
No lo recomiendo para nada, ya no me parece que sea ni una novela histórica ni un romance.
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Pedro Costa 02/10/2022

O Preço da Liberdade
Acabo de ler o livro “Sashenka”, escrito pelo brilhante jornalista/historiador inglês Simon Sebag Montefiore, membro da Royal Society of Literature e que também escreveu os premiados “O Jovem Stálin” e “Catherine the Great & Potemkin”. Recomendo com louvores a leitura, se não pelo prazer proporcionado por um texto de altíssimo nível, ao menos pelo conhecimento mais a fundo de algo que devemos evitar a todo custo que se repita, ou que se imite, ainda que grosseiramente, como pretendem alguns em nosso país.

Não vou fazer um resumo da história que é para não dar spoiler. Entretanto, não posso deixar de explanar aqui o porquê de considerar tão necessária a todos esta leitura.

O filósofo romano Horácio já nos dizia no século I a.C. que “quando a casa do vizinho pega fogo, a minha casa corre perigo”. Como descendente de lituanos, desembarcados no Brasil fugidos da invasão soviética, sou com frequência atraído por livros desse tipo, que às vezes em cores um tanto fortes, retratam parte da história daqueles negros tempos... nesse caso com uma relação algo mais pessoal, já que também trago este ramo de minha árvore genealógica totalmente em branco.

A narrativa é como um mergulho em apneia nos obscuros porões alagados da história russa, com três emersões pontuais para retomada de fôlego e para se orientar no espaço explorado. A primeira janela se dá em 1916, ano imediatamente anterior à revolução que instauraria o regime comunista com a chamada “ditadura do proletariado”; a segunda acontece no final dos anos 1930, antecedendo por pouco a eclosão da segunda grande guerra, quase no auge da ascensão de Stálin (em termos de poder territorial), mas antes de algumas das monstruosidades que ele ainda viria a praticar, notadamente após a queda do nazismo de Hitler; e a terceira em 1994, logo após a queda do Muro de Berlim, a qual acabou por provocar o colapso da chamada “cortina de ferro”, trazendo à luz mais alguns deploráveis capítulos da história da humanidade.

Do ponto de vista histórico, o autor foi muito eficiente na demonstração dos artifícios empregados em seduzir os russos para fazê-los ver com bons olhos as propostas de Lenin (vê-se aqui que a tática do “quanto pior melhor” não é nada nova). Contudo, por mais que eu esmiuçasse as entrelinhas, não consegui identificar se foi por conta dos fortes resquícios da enraizada burocracia comunista, que ainda resistia em seus estertores no período inicial da liberação de acesso aos arquivos, até então secretos, ou se foi por excesso de sutileza e habilidade do escritor na inserção das mensagens subliminares, algumas delas tão camufladas que perigam escapar ao mais sagaz dos leitores (tenho certeza que perdi várias!); a verdade é que Stálin, que se faz passar por um fanático quase puritano, tem ao final sua imagem menos arranhada do que poderia (ou deveria). Senão vejamos... em que pese a possibilidade de as informações de que dispomos hoje não estarem tão francamente acessíveis à época da pesquisa do autor, a “Operação Priboi”, codinome do genocídio praticado em 1948 contra a população dos estados bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), que condenou à morte por fome e frio na Sibéria, dezenas de milhares de estonianos, letões e lituanos (entre eles milhares de mulheres, crianças órfãs e idosos inválidos), todos rotulados como “inimigos do povo”, não é sequer mencionada na trama... ainda assim, mesmo o “Holodomor”, o sobejamente conhecido “Holocausto Ucraniano”, que em 1932/33 matou pelo menos três milhões de pessoas, é mencionado apenas de forma indireta e extremamente sutil, exageradamente oculta, em uma única linha quase invisível.

Do ponto de vista literário eu diria que a obra é irretocável, extremamente envolvente e ao mesmo tempo sem promessas vazias, não cumpridas ou com recompensas sonegadas... terminei a leitura sem encontrar nenhum ponto solto. A influência de Tolstói, tão comum nos aficionados pelos temas russos, é indisfarçável; a expressão “fios invisíveis”, que aparece pelo menos três vezes, é quase uma citação de “Guerra e Paz”, o que não desvaloriza o trabalho, pelo contrário, imprime um toque clássico de muito bom gosto. Para arrematar, as descrições das cenas lembram o estilo realista embrionário de Balzac, o que resulta numa leitura que prende a atenção, quase sufocando nos momentos de suspense ou de tensão e que facilmente levará os leitores mais sensíveis às lágrimas nos desfechos dramáticos.

Do ponto de vista filosófico, embora eu recomende com veemência a leitura, lamento que os simpatizantes de ideologias à esquerda não o lerão; e se lerem, não entenderão... os ignorantes, por não possuírem alcance cognitivo... os instruídos, por não possuírem a honestidade intelectual necessária. Conquanto no livro nada seja dito abertamente a esse respeito, como em tudo o que concerne às crenças fanáticas, sejam elas religiosas ou político-ideológicas, é impossível não perceber que a vida plena e a abastança que ali se observa é sempre custeada pela morte dos “infiéis” e pela miséria imposta aos dominados; o conforto é sempre herdado dos suprimidos; nada é produzido; e tudo é atrelado ao ininterrupto esforço pela supressão dos valores familiares, tachados de “sentimentalismo burguês”. A conivência com a tortura praticada pelos amigos, camuflada em inocente ignorância, facilita o convívio interesseiro com a tirania assassina assentada no poder, travestida de evolução social e aprimoramento da espécie... resumidamente, trata-se de fortalecer a fera pela qual se há de ser devorado logo mais adiante.

A lição, apesar de oculta, é paradoxalmente clara! A submissão passiva adotada pelos militantes, agravada pela cegueira auto imposta com relação às atrocidades que acontecem ao redor, ampliada ainda pelo fanatismo que tende a imitar os desvarios das lideranças, tem um único e inevitável fim: o desastre! Fatal como o Ouroboros, mítico dragão que devora a própria cauda, representando ao mesmo tempo eternidade e morte.

Para finalizar, como disse John Philpot Curran, em uma frase geralmente atribuída a Thomas Jefferson, que apenas a repetiu em um de seus discursos:

“O preço da liberdade é a eterna vigilância”.

Pedro Costa.
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Alex.Santos 02/04/2022

Romance histórico.
Sashenka tem só 16 anos ,nascida em uma família burguesa a exemplo de seu tio se converte ao bolchevismo que está prestes a tomar a Rússia.
20 anos depois Sashenka é funcionária do partido,casada com um de seus líderes e mãe de dois filhos. Agora motivada por um caso amoroso colocará ela e o marido em desgraça trazendo graves consequências a sua família.
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patriciasortsac 27/03/2022

Muito, muito bom! Leitura que prende, emociona, expectante e com final coerente. Recomendo!
Uma mistura de muitas emoções... Medo, coragem, ousadia, sofrimento e amor.
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AnaCris 09/11/2020

Viagem pela Revolução Russa
Simon Sebag Montefiori mostra seu grande domínio da narrativa histórica neste romance que tem como pano de fundo os estertores da Rússia Czarista. A bem costurada trama mostra personagens que representam tipos emblemáticos da sociedade russa, cujas vidas seriam inexoravelmente transformadas pela revolução em curso (não por muito tempo) embrionário. A personagem-título começa o livro como uma adolescente mimada, filha de uma abastada família de origem judaica. Mas sua vida, como todas as demais, será varrida pelos acontecimentos e nada será como antes.
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MagalhAes.Costa 27/07/2020

Vidas dominadas
Navegando pela história russa, mergulhei num romance do historiador e jornalista inglês Simon Sebag Montefiori, especialista em Rússia. Suas pesquisas nos arquivos stalinistas, que por muito tempo foram inacessíveis, e a coleta de dados em bibliotecas para elaboração de dois livros, “O Jovem Stalin” e “Stalin: a corte do Czar vermelho”, este último premiado com o British Book Awards de melhor livro de história de 2004, lhe inspiraram a escrever o romance “Sashenka” (2010).
O autor classifica o livro como uma história sobre o amor e a família. A trama transcorre em três períodos: 1916, ano que antecede a revolução, os anos pós revolução, incluíndo o período do terror de Stalin nos anos 30, e no pós queda do muro de Berlim, período de abertura, quando ainda se sentia os resquícios da dura burocracia, o cerceamento ao acesso à informação e se assistia o surgimento dos oportunistas do desmonte da estrutura ditatorial.
No primeiro período, o autor coloca o leitor em contato com o cenário agitado e turbulento de São Petersburgo onde Sashenka mora com sua família abastada, uma das poucas famílias judias que tinha a permissão do Czar para morar na cidade, reflexo da posição financeira de seu pai e de como o sistema se relacionava com os judeus. Ela estuda no internato do Instituto Smolni, escola de elite destinada às meninas da nobreza russa, mantida pela Czarina Alexandra Feodorovna. A história tem início no final do ano letivo quando a escola libera as alunas para suas casas, antecipadamente, devido a dificuldades financeiras e ao desabastecimento provocado pela Grande Guerra. Sashenka está engajada nos movimentos revolucionários e encantada com as idéias que lhe são incutidas pelo seu tio materno, um bolchevique de primeira hora. Ela está eufórica com a liberdade que a saída da escola lhe proporciona. A descrição dos acontecimentos levam o leitor ao clima da revolução, pois evidenciam as disputas entre lados opostos e seus modus operandi, os que querem a manutenção do regime e os que acreditam nas mudanças. Também é nesse período que o autor apresenta a decadência de valores morais da elite russa com a evidência de Rasputin e as ações que geraram seu assassinato.
No período pós revolucionário, sob o poder de Stalin, o leitor é apresentado à rotina e ao cotidiano de Sashenka, nesse momento vivendo em Moscou para onde foi transferida a capital. Casada, atuando em posição de destaque no partido, assim como seu marido, na nova ordem, eles desfrutam dos privilégios dos líderes do partido morando em amplo apartamento no conjunto habitacional da Granovski e usufruem de uma bela casa de veraneio , dacha, disponibilizada aos camaradas que tinham a confiança do ditador. Sashenka é considerada o modelo da nova mulher russa. Tem dois filhos lindos, uma menina de cinco anos e um menininho de três. A descrição das crianças e de seu comportamento é primoroso e envolve o leitor no clima amoroso da família, um sentimento novo para Sashenka já que, como legítima bolchevique, não teve dificuldade de afastar-se de sua família original, quando assumiu sua nova vida. Alguns sentimentos eram considerados uma herança burguesa e senti-los desqualificava o revolucionário junto a seus camaradas. Os piores anos do terror pareciam ter passado mas o autor é habilidoso em transmitir a atmosfera reinante, de desconfiança e medo. As perseguições do Estado podem ter diminuído mas não acabaram e Montefiori nos apresenta o apogeu e o declínio da família de Sashenka, que assim como muitas famílias russas daquele período assistiu ao desaparecimento de pessoas queridas, a separação de seus filhos e a traição de amigos.
O terceiro e último período apresenta os novos ricos da nova Rússia, e o resgate de um passado recente na busca por entes queridos. E é aqui que se vai conhecer o destino de Sashenka e sua família. Segundo o autor, os desfechos foram baseados em fatos reais obtidos nos documentos oficiais. Para quem gosta do tema, o romance tem leitura agradável e a trama é, de certa forma inspirada em fatos históricos que não deixam de surpreender. Recomendo.
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ritita 06/04/2020

Para os ávidos por histórias dos países. Sensacional!
Dificilmente me demoro na leitura de um bom livro, mas que desassossego me deu a leitura deste, não sei se pelo passado de militante política, se pelo momento atual do país, ou mesmo pelas constantes reviravoltas da história. Demorei mais de 30 dias lendo-o, e tive que intercalar com outros.

O autor descreve um período interessantíssimo da história da União Soviética/ Rússia, quiçá mundial, e eu ainda estou na dúvida se a ideia foi escrever a saga de uma família dentro da história russa, ou o contrário. Pinta as situações de espionagem, terrorismo, sabotagens, mortes e degredos em cores fortes, como também as belezas das estepes russas.

Só na última página eu consegui respirar.

Levei algum tempo para conseguir resenhar, pois o final da leitura me levou ao passado recente de várias revoluções políticas, aqui e no mundo, onde se perpetram horrores em função de uma"nação melhor". Para quem? Certamente não para os descendentes de Sashenka.

Aleksandra Samuilovna Zeitlin (Sashenka), tem só 16 anos e já pressente que seu mundo está para se transformar por completo. Nascida numa família burguesa aparentada com Nicolau II , ela, a exemplo do seu tio Mendel, converteu-se ao bolchevismo, prestes a tomar a Rússia de assalto, em 1916.

Enquanto sua hedonista mãe frequenta os aposentos íntimos do sombrio Rasputin, Sashenka trabalha em segredo para os líderes do que se tornará o Partido Comunista da União Soviética.

Vinte anos depois, a "ditadura do proletariado" é uma instituição, e como nos tempos dos tzares, a nação continua a ter sua casta de privilegiados, e Sashenka é novamente parte dela, mas a política muda e aí....

A narrativa é dividida em três épocas: onde podemos acompanhar toda a trajetória da vida da família Zeitlin e de grande parte da história da Rússia. O mais interessante neste livro é a construção de um romance com base em fatos históricos reais. É possível entender como os russos passaram a ver com bons olhos as propostas de Lenin, como o Partido Comunista chegou ao poder e sob as mãos firmes de Stalin o país viveu seus tempos de repressão, medo e terror............

Que história terrível, esclarecedora e maravilhosa!

Como é bom ler um livro bom!
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Ju Nunes 17/08/2015

Na primeira parte do livro, temos Sashenka ainda adolescente e, como a maioria das pessoas nesse período da vida, ela é extremamente sonhadora e, por vezes, se acha a dona da verdade. E, talvez, justamente por esse motivo, ela tenha me dado um pouco nos nervos. Eu realmente acredito que nem tudo é preto no branco e eu achava algumas ideias dela um tanto radicais demais para mim. Entretanto quando chega a segunda parte do livro e Sashenka tem um choque de realidade as coisas começam a mudar e é a partir desse momento que, na minha opinião, o livro de fato deslancha.
Ao chegar na terceira e última parte eu já não conseguia desgrudar do livro. E, ao fim, o que resta é uma sensação de solidariedade e uma certa tristeza por Sashenka e o seu destino. O autor conseguiu fazer com que eu sentisse uma empatia tão grande pela personagem que, apenas por um instante, eu esqueci que ela não era real.
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Maria Faria 31/08/2014

A história de uma família e da Rússia
Sashenka Zeitlin vem de uma família burguesa da Rússia da época dos tsares. Seu pai tem boas relações em todas as esferas do poder. Sua mãe é uma mulher frívola preocupada apenas com as roupas que veste e com os homens com os quais se relaciona. Entre o pai e a mãe de Sashenka já não há mais uma relação matrimonial, apenas um casamento por convenções sociais. Aleksandra Samuilovna Zeitlin, nome completo de Sashenka, foi criada pela babá que possui grande afeição por ela. A menina cresceu ignorada pela mãe e conformando-se com algumas migalhas de carinho do pai, um verdadeiro exemplo de filha criada pelos empregados. Ela tinha todas as riquezas que uma garota da sua idade gostaria de ter, mas a ausência do afeto dos pais pode ser o que a levou a se apaixonar pelo bolchevismo. Mendel, irmão de sua mãe, a apresenta aos ideais comunistas e a partir deste momento, Sashenka com apenas 16 anos, torna-se a mais devotada a um partido prestes a dominar a Rússia.
O livro é dividido em três tempos onde podemos acompanhar toda a trajetória da vida da família Zeitlin e de grande parte da história da Rússia. O mais interessante neste livro é a construção de um romance com base em fatos históricos reais. É possível entender como os russos passaram a ver com bons olhos as propostas de Lenin, como o Partido Comunista chegou ao poder e sob as mãos firmes de Stalin, como o país viveu seus tempos de repressão e medo.
O autor começa contando a inquietação dos russos em 1916. A fome, perdas na guerra e muita pobreza faz imperar na Rússia uma atmosfera de insatisfação e busca por mudanças. Neste cenário o bolchevismo se infiltra e toma a Rússia de assalto. O papel de Sashenka é transportar armas, arrancar informações de um soldado da guarda do governo e dar palestras para os operários. Conhecida como camarada Raposa, não se intimidou e desempenhou papel importante junto com seu tio Mendel na ascensão do Partido Comunista.
A estória dá um salto para a Moscou de 1939, onde encontramos Aleksandra casada com Vânia, também membro importante do partido, e com dois filhos, Branquinha e Carlo. Ela era editora chefe de uma importante revista no país, que tinha como objetivo a divulgação da moral e dos bons costumes entre as mulheres do proletariado. Seu marido era membro do partido e homem importante no governo de Stalin. Nesta época pairava sobre a Rússia o terror, torturas e a política do silêncio. Lendo esta obra, percebemos que os russos eram realmente devotados ao regime, porém, qualquer atitude poderia levar qualquer indivíduo à morte. Era um governo repressivo e ditatorial. As pessoas, mesmo vendo parentes e amigos desaparecerem injustificadamente, acreditavam no que o Partido divulgava e apoiavam as atrocidades como uma necessidade de manutenção da paz e da ordem.
Nos tempos das atrocidades, Vânia e Sashenka levam uma vida confortável e feliz. Ela demonstra uma inquietação com relação ao marido, que possui origens humildes e rudes, muito diferente dela que apesar de apoiar a revolução, fora criada como uma menina rica, amante da arte e da escrita. É neste pequeno vazio do casal, que surge Bênia Golden, escritor famoso, mas em situação financeira deplorável, que por não apoiar totalmente o governo de Stalin ficou sem trabalho. Com o pretexto de escrever um artigo para a revista de Sashenka, Bênia a seduz e a faz cometer todos os pecados que não deveria e que nunca se imaginara cometendo. A descrição dos encontros entre a personagem principal e seu amante é recheada por cenas tórridas, surpreendentes para um livro com contexto histórico, porém, tão bem colocadas e atraentes como todo o resto. Foram onze encontros marcados por cenas quentes e amor descompromissado, que desgraçaram a vida de todos e fez desenrolar toda a trama interessante que Simon montou para nos relatar os absurdos do governo de Stalin.
O final do livro proporciona um novo salto no tempo, para o ano de 1994, onde temos uma historiadora contratada para pesquisar a história de uma família. É a jovem historiadora Katinka que nos contará qual o fim das estórias de Sashenka e seus dois filhos, seu marido Vânia e seu amante Bênia.
Como o próprio autor define nos Agradecimentos: “Esta é a história de mulheres e crianças de uma família fictícia, ao longo de várias gerações, e espero que seja apreciada assim: um romance sobre a intimidade de uma família. Mas foi inspirado por muitas histórias, cartas e casos que encontrei em arquivos e ouvi em entrevistas, durante dez anos de pesquisas sobre a história russa.”
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Claudia Cordeiro 11/08/2014

Muito bom para saber como foi a revolução russa em 1.917, tb a perseguição louca mais tarde, em 1.939, do mais louco ainda Stalin... mas que livro triste!......
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San... 28/04/2014

Uma bela saga russa, de uma época pavorosa, onde o comunismo imperou. Stalin e seu "rebanho" de paranóicos, de assassinos frios travestidos de grandes autoridades, dizimou com milhares de familias russas. E é nessa época, onde o poder se concentrou em mãos desvairadas, que se desenvolve a história de Sashenka. Interessante conhecer um pouco mais desse regime destrutivo e caminhar pela burocracia insana desse período da história. Para mim a narrativa passou a ser mais fluida a partir do meio do livro, mas todo ele mostra ao leitor, com riqueza de detalhes, o período stanilista. Sashenka aderiu ao regime vigente naquela época e o que nos é retratado vai desde o favoritismo e as mordomias com que eram brindados os adeptos do sistema, até a completa degradação dos que caiam em desgraça e eram acusados de inimigos do povo. De um momento para o outro qualquer um estava sujeito à perda do poder por motivos os mais bizarros, perdendo seus direitos de cidadão e, na maioria das vezes, recebendo a pena de fuzilamento.
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naniedias 24/10/2011

Sashenka, de Simon Montefiore
Sashenka é apenas uma adolescente. Filha de um judeu abastado, que conseguiu fazer fortuna, apesar de todas as dificuldades, tem tudo o que uma menina pode querer e até um pouco mais. Ao menos, é isso que pensa seu pai.
Quando Lala, a acompanhante, vai buscar a menina no colégio para as férias, não poderia esperar o que aconteceu. Sashenka foi presa pela polícia secreta e levada às prisões tsaristas.
Ela foi acusada de inimiga do tsar. Seu pai faria de tudo para tirá-la de lá o mais rápido possível. Mas ele apenas a tiraria da prisão, não conseguiria tirar os ideais bolcheviques da cabeça de sua pequena Sashenka.
"Ninguém nunca lhe falara como Mendel. Ariadna queria que ela fosse uma menina tola, preparada para uma vida de bailes animados, casamentos infelizes e adultérios insípidos. Sashenka adorava o pai, mas ele mal notava sua 'raposinha', considerando-a apenas uma mascote engraçadinha [...]. Apaixonou-se pelas ideias do materialismo dialético e pela ditadura do proletariado."

O que eu achei do livro:
Algumas resenhas quase se escrevem sozinhas. Outras, entretanto, são quase impossíveis de escrever. Por mais que o livro seja bom, quase beirando a perfeição, as palavras parecem faltar na hora de descrever a obra.
Sashenka é desses. O livro escrito por Simon Montefiore é uma história envolvente, que nos leva à Rússia - em três épocas distintas. Na primeira parte, acompanhamos a história de Sashenka em 1916 - logo antes da Revolução Russa (que aconteceu em 1917). Apenas uma garota com ideias bolcheviques que deu tudo de si pelo partido. Na parte II, vivenciamos a Rússia do final da década de 30 e na parte III, a Rússia dos anos 90, após a queda do socialismo.
O autor escreve de forma primorosa. Cada frase é habilmente montada, de forma a fazer com que a leitura seja extremamente prazerosa para o leitor. A história por trás do livro é muito bem fundamentada, inclusive, em uma nota no final do livro, o autor cita várias fontes onde pesquisou para poder criar a atmosfera de Sashenka. Apesar de a protagonista ser uma personagem fictícia, várias outras figuras históricas aparecem no livro e fazem parte da ação. E o autor ainda faz questão de frisar, Sashenka não é real, mas a história dela aconteceu com várias mulheres que viveram naquele período - de forma bem similar.
Acho importante frisar que esse não é um livro para todos. Se você não gosta de históricos, passe longe. Se você não gosta de histórias descritivas, talvez esse não seja um bom livro para você. É uma escrita mais densa, de leitura pesada, embora deliciosa. Sashenka não é, definitivamente, um livro para ser devorado. É daqueles que precisam ser apreciados, cada capítulo deve ser deleitado pelo leitor aos pouquinhos.
Essa história, ambientada em um país longínquo, me ganhou logo nos primeiros capítulos. Simon Montefiore consegue unir um bom romance histórico - muito bem embasado com extensas pesquisas - ao romance e aventura contidos nas páginas desse livro que tanto me encantou. Confesso que lágrimas teimosas rolaram de meus olhos em alguns capítulos. Os personagens são tão bem construídos, que realmente acho que poderei encontrar Mendel nas páginas de um livro de história sobre a Revolução Russa. E, por isso mesmo, é impossível não sofrer junto com esses personagens. Torcer por eles, chorar com eles, rir com eles, se emocionar por eles.
Sashenka é um delicioso histórico indicado para todos que gostam do gênero e estão à procura de um romance bem ambientado com personagens maravilhosamente construídos.

PS: Há algum tempo eu já estava doida nesse livro. Quando o vi na Bienal com 50% de desconto, não resisti e comprei. Ainda bem, porque, apesar das altas expectativas que eu nutria quanto a essa história, o livro ainda conseguiu me surpreender e me encantar além do que eu poderia imaginar.

PS2: No livro, eles utilizam o termo tsar para a nobreza russa. Em um primeiro momento, estranhei bastante a utilização desse termo, já que estava acostuma à forma czar. Entretanto, os dois estão igualmente corretos e derivam da mesma palavra (Caesar, de Julius Caesar) tendo, portanto, o mesmo significado, a saber "título usado pelos monarcas do Império Russo entre 1546 e 1917." A primeira forma, tsar (utilizada no livro), deriva do russo e a segunda, czar (que eu conhecia dos livros adotados pelas escolas em que estudei), deriva do húngaro.
Apenas coloquei a informação a título de curiosidade, pois foi uma palavra que me causou certo estranhamento quando com ela me deparei, por estar acostumada à outra forma.

Nota: 10
Dificuldade de Leitura: 8

Leia mais resenhas em http://naniedias.blogspot.com
Kelly 17/07/2013minha estante
QUERO LER TBM




Carol 20/04/2011

O livro é realmente envolvente, depois que comecei não consegui parar de ler. Cheguei a terceira parte com um nó no coração. Eu fico repetindo a mim mesma que a história não é real É FICÇÃO. Mas não adianta, a leitura envolve o leitor de maneira tão profunda que é difícil separar o real do fictício, o livro possui uma boa pitada de realidade e a história é triste. Principalmente pelo fato de que tudo pelo que Sashenka lutou e tudo que ela acreditou se corrompeu e acabou se voltando contra ela. Mas vale a pena ler e ter uma pequena noção do que foi a URSS e se deliciar com esse romance também vale a pena, depois de ler corra dar um abraço naquela pessoa que você ama, fica a dica.
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