Seidelzinha 07/02/2023
Meio sol amarelo
Tive que parar algumas vezes para absorver algumas partes desse livro. Que loucura.
Eu adoro a escrita do livro, de como a história é contada da perspectiva de personagens diferentes, mas vista pelo olhar de um mesmo narrador.
Na primeira vez que mudou de perspectiva eu fiquei levemente confusa, mas compreendi depois. E gosto, também, de como o livro vai e volta no tempo, dazendo a gente ficar ansioso para saber o que vem em seguida e o que aconteceu que não sabemos ainda.
É difícil ler tudo isso e ficar tranquila, sendo sincera, acho que isso é impossível para qualquer pessoa sensata.
Se torna ainda mais doloroso saber que o que aconteceu no livro foi uma situação real, uma guerra que realmente aconteceu e "eles estavam calados quando nós morremos" nunca foi tão real.
Como estudante de psicologia, achei muito interessante e relevante como Chimamanda trata as questões psicológicas das personagens.
Kainene foi uma de minhas personagens preferidas, ela é forte, determinada e nunca deixa que passem por cima dela.
Não tenho palavras para Ugwu, ele é um garoto e tanto, não passo pano para ele por que ele também fez ckisas erradas, Mas é visível o quanto foi forte e o quanto se arrependeu e tentou melhorar
Olanna, Richard, Odgenigbo, Eberechi e tantos outros personagens foram muito importantes e impactaram a história (e minha vida) de forma indescritível.
Os mistérios desse livro me mataram! Não aguentava mais ficar sem saber certas informações... O livro me prendeu cada vez mais e eu quase morri de ansiedade lendo.
Eu fico abismada de pensar que isso é uma história real e que eu não tinha a MINIMA ideia sobre essa guerra, esse massacre. É muito louco pensar na falta de compromisso e divulgação com as regiões africanas.
Obrigada, Chimamanda.
Pela sua força de escrever sobre tudo isso com precisão e emoção.
Indescritível falar da experiência que foi ler esse livro.