Jonathan 17/10/2015
Por mais diálogos como este!
Ler tem as mais diversas conotações na vida dos leituras: leituras casuais, profissionais, relaxantes ou tensas; essas experiências, todavia, não são polares. Se colocam mais como complexas – misturadas em muitas dimensões. Ler é dialogal, e com “Essa Escola Chamada Vida”, estamos diante de mais do que um diálogo entre educadores. O que vemos são afetos deixados em páginas.
Confesso que há anos não tinha arrepios enquanto lia; frases de efeito não são suficientes para causarem isso. Mas Tanto Freire quanto Betto, em suas histórias e experiência, causam efeitos a cada frase. Sua teoria não escapa da prática, e notamos que práxis é o que os dois tem como razão de ser – não falam de teoria, nem de biografia. O que querem falar é de vida, coisa que deveria ser base para qualquer educador.
Tanto Paulo Freire quanto Frei Betto desenvolvem um diálogo rico, instigante, que faz o leitor sentir o amor (e são eles mesmo que assim definem tal sentimento) por aquilo que fizeram. Não há vida se não a consideramos romance; Ambos são biográficos e teóricos, discordam e se espantam. Ensinam e me fazem querer voltar a ler todo o livro novamente.
Inspirar gerações com sonhos em dias tão desesperançosos parece coisa de utópico. Quem dera termos tantos utópicos como estes educadores. Será um livro que lerei novamente, frequentemente.
site: readersmind.tumblr.com