Brina.nm 11/03/2017Resenha pelo blog Gordinha AssumidaFinn é um jovem adotado cheio de tatuagens e piercings, bem no estilo bady boy sexy e encrenqueiro. Sendo vocalista de uma banda de rock, seu mundo é regado de mulheres, bebidas e drogas, mas mesmo assim ele é um bom garoto, pois ajuda sua mãe que tem esclerose múltipla, e precisa de seus cuidados o tempo todo.
Finn acaba sendo pego uma noite por policiais, e é acusado de ter estragado o muro de uma Igreja, e como pena, ele terá que prestar serviços comunitários lá, só podendo sair depois que o sermão (culto) do pastor Warren acabar.
Faith é uma garota doce que não conhece o pecado. Criada por um rigoroso pastor que não perde tempo na hora de castigá-la em atos de rebeldia ou falta de fé (ou até mesmo sem motivo algum), ela tenta não sair da linha, e não tem vontade de se envolver com nada errado, por medo de seu pai.
Quando ela vê o garoto no final da Igreja, tem certeza que ele é o diabo, e que deve ficar bem longe dele, mas o que fazer quando ele é o único que a faz querer fugir desse mundo de mentiras que ela vive, para assim ser feliz de verdade?
Desde o livro 1.5 quando Finn confessa a Zeke que já teve o coração partido, estou querendo ler mais sobre o nosso garoto a frente da Blow Hole.
Nesse livro, conhecemos Finn quatro anos antes da banda, onde ele era um jovem que vendia drogas para colocar dinheiro em casa, ajudava sua mãe que é doente, e tinha uma banda de garagem com companheiros que sempre estavam chapados de bebidas e drogas. Vemos suas dificuldades, suas dores por ser adotado, o amor que tem pela mãe que o acolheu e principalmente, como ele encontrou sua fé.
Seu relacionamento com Faith começa de modo natural, como uma amizade. Em momento nenhum ele teve a intenção de corrompe-la somente para cantar vantagem para seus amigos por ter pego a filha do pastor. O amor vai surgindo aos poucos, e mesmo ele tentando em diversas vezes se afastar pois ela merece coisa melhor que ele, o amor os une novamente.
Faith é feliz ao lado dele, ela pode ser ela mesma, fazer o que tem vontade, sem nunca lhe perguntarem: “O que Jesus acharia disso?”. Ela esquece seus problemas, é realmente feliz. E mesmo depois apanhando do seu pai brutalmente, ela ainda acha que o relacionamento com o garoto ‘errado’ vale a pena.
Conhecer como eles foram se apaixonando é lindo, e não tem como não torcer para as coisas darem certo pra eles. Nas cenas em que Faith relata que apanhou por ter saído com Finn, ou até mesmo só por ter olhado pra ele, um ódio gigante surge pelo pai dela, que usa a ‘fé’ para castiga-la e humilha-la.
Mesmo a protagonista sendo bem inocente, ela é forte, luta pelo que quer e não se deixa amedrontar pelo cinto do seu pai. E o que mais gostei dela foi a inteligência, ela poderia ter sido feliz com Finn sem interrupções, mas ela sabia das cartas que seu pai tinha na manga, e sabia Finn precisa ajudar a mãe doente.
O livro é dividido em quatro anos antes, onde ainda existia a banda original, e quatro anos depois, quando eles já estavam fazendo sucesso com a Blow Hole. Nesse tempo vemos a evolução dos personagens, Faith que já era forte, virou uma mulher e tanto, que trabalha e luta para ser independente, independência essa que conquistou a duras penas. E com Finn vemos o quanto ele está quebrado, mas que ainda ama a mulher que o abandonou.
O final, temos uma reviravolta com o destino dos personagens, e mesmo se você não gostar da primeira parte da história (o que não é meu caso, lógico), não tem como não se envolver com o final, que é lindo e emocionante.
Mas uma vez Tabatha me fez apaixonar por um membro da Blow Hole, com sua escrita fácil, mas carregada de drama, emoções e sensualidade, ela nos mostra como o amor por estar onde você menos espera, e que quando estão destinados a ficar juntos, nem o tempo e nem ninguém consegue separa-los.
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http://www.gordinhaassumida.com.br/2015/09/finding-faithblow-hole-boys-2tabatha.html