Rani e o Sino da Divisão

Rani e o Sino da Divisão Jim Anotsu




Resenhas - Rani e o Sino da Divisão


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Paola 03/04/2016

Fantasia YA cheia de ação e surpresas
Rani é uma garota de 16 anos que mora em uma pequena cidade. Sua vida se transforma quando ela descobre ser uma xamã a única com poderes para destruir um grande inimigo.

Apesar da história parecer comum, principalmente no gênero da fantasia, Rani e o Sino da Divisão é diferente em diversos sentidos. A protagonista está longe de ser a clássica heroína que faz tudo para salvar a humanidade mesmo quando isso é contra seus instintos. Rani é uma adolescente cheia de dúvidas, de inseguranças próprias à idade e à situação em que ela se encontra e nem sempre politicamente correta. É uma personagem humana, que foge aos clichês, com quem qualquer um que lembra o que é ser adolescente vai se identificar.
Outro personagem demais é Teles, um demônio do bem que vive de pijamas. E fugindo à tudo que já li Gertrudes, uma casa cuja decoração e arrumação depende do seu humor do dia.
Além de trazer muita coisa inusitada, o livro é repleto de ação, daqueles que a gente não quer parar de ler. Os pontos altos pra mim são os personagens e a narrativa fluida e marcante.

Aos amantes de fantasia juvenil, essa é uma grande pedida! Recomendo muito.
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marypaixao 09/09/2014

Rani é uma garota que toca numa banda de punk death metal com sua melhor amiga, que mora numa cidadezinha de interior e que não é muito diferente do comum — pelo menos até ela conhecer Pietro no cemitério e descobrir que ela é tudo, menos comum. Pietro é um garoto (não tão jovem assim) que usa roupas fluorescentes e que faz parte de uma facção chamada Animais de Festa – e é a pessoa que avisa a Rani que ela é uma xamã, que tem alguém querendo matá-la e que ela precisa entrar de cabeça num mundo que ela nem sequer imaginava que existia!

Jim Anotsu tem outros dois livros lançados — A Morte é Legal e Annabel & Sarah — e ambos estão na minha lista de favoritos. Esse não podia ser diferente: já está no seu lugar reservado na prateleira de favoritos (autografado, ainda mais!).

The thing is: Jim Anotsu escreve fantasia como se tivesse escrevendo uma história comum. Nada parece forçado demais, nem precisa de quinze páginas de explicações. Tudo se encaixa perfeitamente, e quando você percebe já leu metade do livro e vai ~apenas~ ler o próximo capítulo (e acaba lendo por toda a madrugada).

Só que história comum não é bem o termo que alguém poderia usar para classificar esse (ou qualquer outro) livro do autor. Nesse livro encontramos uma xamã que precisa encontrar um artefato mágico capaz de destruir seu inimigo. Para isso, ela contará com a ajuda da sua melhor amiga humana, de vampiros, do filho de Satã, do próprio Satã, de lendas antigas e de outras coisas mais. Além disso, ela viajará entre mundos, tocará sua guitarra num festival de música, conhecerá inúmeras criaturas sobrenaturais, se apaixonará, virará vegetariana e, bem, lutará pela sua vida.

O resultado disso tudo é uma leitura divertida, dinâmica, cheia de referências pop (como sempre), com listas de livros preferidos, com amigos pra todas as horas, com diferentes e incríveis mundos (apenas: AMAZONAS. MONTADAS. EM. DINOSSAUROS). Eu não sei se consigo explicar realmente o porquê desse livro ter se tornado um favorito pra mim; é mais pelo fato de ele me surpreender por causa da personalidade da Rani, dos sentimentos do Pietro, da lealdade dos Animais de Festa, das inúmeras referências a coisas que eu amo, das outras inúmeras referências a coisas que eu só conheci por causa do livro.

site: www.muitopoucocritica.com
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Elaine 23/02/2021

Mais um livro nacional que vale a pena ser lido.
Gostei bastante!
Rani e Pietro, vocês querem o mundo? Tó.
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Sophia.Cueto 11/09/2014

Rani e o Sino da Divisão por Jim Anotsu
*Resenha originalmente postada no blog https://lepaperwings.wordpress.com*

Rani e o Sino da Divisão é um dos livros que eu estava mais animada para o lançamento mês passado, já que eu gosto muito de obras nesse gênero de fantasia urbana e sem contar que a personagem principal me cativou logo na sinopse.

A primeira vista, Rani pode até achar que ela é uma adolescente comum, que mora em uma cidade do interior, acorda cedo para frequentar o ensino médio, e toca em uma banda de punk death metal que para muitas pessoas é algo estranho com sua melhor amiga, Marina.

Mas sua vida começa a fugir totalmente da normalidade quando, um dia, ao ir para a escola, ela resolve cortar caminho pelo cemitério, onde vê um garoto estranhamente bonito, vestido com roupas coloridas e tênis fluorescente, que a olha de uma maneira intrigante, e mais tarde ela descobre que este menino, Pietro, é aluno novo em sua classe.

Depois ele revela a Rani que faz parte de uma facção chamados Animais de Festa, um grupo de jovens e não tão jovens seres sobrenaturais. E mais: que ela deve se juntar a eles, já que é uma xamã adormecida que precisa de treinamento imediato, pois está sob a mira de Aiba, um xamã poderoso que se alimenta da força vital de seus semelhantes. Cética mas curiosa, de repente ela se vê mergulhada em uma aventura com seus novos e estranhos amigos para encontrar o Sino da Divisão, o único artefato mágico capaz de derrotar o destrutivo e cruel Aiba.

Como eu já falei logo no inicio do post, a Rani me cativou desde o começo. Pelo livro ser contado no ponto de vista dela, a leitura é simples e os pensamentos dela são bem direto ao ponto, e ela é mestre em fazer relações aos eventos que ocorrem ao redor dela com livros preciso comentar o quanto que eu achei lindo ela mencionar Terry Brachett e Patrick Rothfuss? Acho que não, né? -, música, elementos históricos e outras coisas que ela gosta. Milhares de vezes eu me vi caindo na risada pelas relações que ela fazia, sem contar que eu também adorei os quadrinhos de anotações que tinham ao longo de todo o livro onde tinham comentários extras dela a respeito do assunto mencionado, dá inclusive a sensação que ela pegou o livro pronto e saiu fazendo anotações enquanto relia a própria história.

O livro se passa basicamente em Graúna uma cidade no interior de Minas Gerais e em seus arredores, e você sempre consegue ter menção à cidade o tempo inteiro já que ela sempre menciona elementos importantes daquela cidade, ruas e locais que são frequentados pelas pessoas da cidade, sem contar as coisas que os moradores fazem por lá tomar sorvete é uma das principais hahahaha.

A ação na história vai crescendo à medida que a Rani vai ganhando conhecimento sobre suas habilidades e sobre as coisas que ela precisa fazer para conseguir impedir que Aiba consiga invocar o Grande Espírito e destruir a humanidade. Não existem momentos parados nos livros, mesmo os momentos onde ela tá na escola ou está tocando com a Marina são interessantes, e quando os Animais de Festa estão junto com elas, é ainda melhor!

Eles são parte ativa da história e cada um tem a sua personalidade muito bem formada pelo Jimmy, fazendo com que eu me cativasse com cada um dos personagens individualmente, mesmo que um deles fazem questão de disputar com o Grumpy Cat quem é mais mau humorado yes, I did it! -, sem contar que eles são um grupo extremamente unido e, junto com a Marina, acabam se tornando pessoas essenciais na vida de Rani, mesmo não tendo nenhum elemento de semelhança com a personagem à primeira vista.

De forma geral tudo que eu tenho a dizer é que eu adorei esse livro, fiquei com aquele gostinho de quero mais no final e com certeza quero ler outros livros escritos pelo Jimmy no futuro, que não só se mostrou como um amor de menino quando eu o conheci na Bienal, como me mostrou que é um excelente autor! Congrats Jimmy, you rock! ;)

Avaliação: 5/5 estrelas.

site: http://lepaperwings.wordpress.com/
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Luis 11/01/2021

Seja inusitado quando tudo for normal!
PIZZA GRATIS!

Se você ainda não conhece RANI E O SINO DA DIVISÃO de Jim Anoutsu, se faça um favor e vá ler! Vou tentar te explicar neste post porque esta história é tão boa, então segue o fio. Mas, primeiro um aviso: Desculpe, não tem pizza aqui isso foi só para chamar sua atenção para esta resenha. Funciona toda vez!
Aprendi esse truque com os Animais de festa!

RANI E O SINO DA DIVISÃO no apresenta a jovem Rani, uma garota de quinze anos que, após encontrar um vampiro de sorriso torto e charmoso que usa tênis coloridos chamado Pietro, descobre ser uma xamã. Com isso Rani também descobre que o mundo sobrenatural existe escondido bem debaixo de seus olhos, até mesmo na sua pacat cidadezinha, Grauna (Ou Grauna Roça City para os íntimos). Depois de seu encontro com Pietro a vida de Rani vira de cabeça para baixo.

Entre treinos para aprender a usar seus poderss, ter que lidar com um outro xamã doido que quer destruir o mundo, aprender como funciona a comunidade sobrenatural e cuidar de seu dia a dia Rani vai descobrir que a vida de xamã pode ser muito complicada, mas ela também irá encontrar amigos incríveis que irão ajudá-la a sobreviver a toda as ameaças que se aproximam dela.

Um livro recheado do bom humor do Jim e com personagens memoráveis. Garanto que esta leitura vai ser um daqueles livros que ficam na sua memória e que vai te ajudar a sorrir mesmo durante tempos difíceis!
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li_nopaisdasleituras 17/10/2020

Rani e o sino da divisão
O livro é maravilhoso, leitura dinâmica tem como personagem principal Rani, uma menina negra extremamente corajosa, a história se passa no Brasil, e apresenta várias referências que fazem alusão a diversas religiões e lendas, existe desde criaturas mágicas à viagem entre mundos paralelos.
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Bob 22/09/2020

Representatividade
História interessante, personagens bem legais (tirando a protagonista pois passei metade do livro não gostando dela kk), muitas referências, no final eu achei um pouco arrastado mas deu tudo certo
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Ana Rocha 29/12/2014

O que importa na vida não é o destino, mas sim a jornada.
O sentimento que fica é "por que eu não li esse livro antes?" (e também aquele que diz "quero começar a reler esse livro agora, mesmo que isso destrua maratonas literárias de verão).
Parando pra pensar, não achei a estória grande coisa. Acho que esse é um livro que faz parte do famoso ditado "não importa o destino mas sim a jornada".
A narrativa e todas as referências contidas em Rani e o Sino da Divisão fizeram com que ele se tornasse um dos livros favoritos da vida.
Altamente recomendado.
(Apenas correndo pra ler os outros livros do Jim).
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Bruna.Patti 07/04/2019

Rani e o Sino da Divisão
Resenha
Livro: Rani e o Sino da Divisão
Autor: Jim Anotsu
Ano: 2014
Editora: Gutemberg
Número de páginas: 320

Muitas pessoas tem um pouco de preconceito em relação à literatura brasileira. Eu, particularmente, leio de tudo, e no momento, tenho feito um esforço para ler autores latino-americanos, asiáticos, do leste europeu, africanos, para sair um pouco do eixo Estados Unidos-Europa. Esse pode ser um ótimo livro para quem quer começar a se aventurar pela literatura brasileira contemporânea, do autor mineiro Jim Anotsu.
Rani é uma menina de 16 anos, que mora em uma cidade do interior de Minas Gerais, a Graúna( descobri que se refere à cidade de Itaúna, na realidade) e tem uma vida pacata, até mesmo um pouco tediosa. Sua rotina é ir para a escola onde cursa o Ensino Médio, tocar em uma banda com sua melhor amiga Marina , ler muito, ver séries e escutar músicas. Rani é uma menina negra, que se mudou da antiga escola por sofrer racismo.
Um desses dias cotidianos, quando ela corta caminho para ir à escola pelo cemitério da cidade, encontra com um menino vestindo roupas coloridas e sente um calafrio, seguido de uma enorme vontade de sair correndo. É o que ela faz. Qual não é sua surpresa, quando ao chegar em sua sala, o menino colorido é seu mais novo colega de classe. O garoto se chama Pietro e na realidade é um vampiro que revela a Rani um fato que mudará sua vida para sempre: na verdade, a garota é uma xamã urbana. Existe um xamã que está matando e arrancando os corações de seus colegas a fim de despertar o Grande Espirito. Ele se chama Aiba e também está atrás de Rani.
A menina comum se vê em uma teia de acontecimentos surpreendentes que ela nem imaginava que existiam. No mundo sobrenatural também há “classes”. São as facções. A facção que o Pietro pertence é a dos Animais de Festa e a de mais baixo prestígio na sociedade e Rani passa a pertencer também à essa facção. Ela conhece Valentina, a irmã – e também vampira- de Pietro; Tales, filho do Lúcifer( também conhecido como hispter Lulu); Fred , o lobisomem cientista. Juntos, vão descobrir o valor das verdadeiras amizades e viver muitas aventuras na busca pela derrota de Aiba e salvação da humanidade.
É importante destacar que o livro tem muitas mulheres fortes como personagens. Começando pela protagonista: uma menina negra, de personalidade, que ama rock, não gosta de rotular relacionamentos, influenciada pela família é uma materialista ( até descobrir que ela faz parte de um mundo sobrenatural). Rani sofre racismo muitas vezes e isso é bem destacado no livro, não de forma panfletária, mas de maneira natural e até mesmo adolescentes que lerem o livro irão perceber a dor e o absurdo do racismo. Rani não orbita em torno de um personagem masculino. Apesar dela viver uma história com Pietro, continua sendo a Rani forte e inteligente de sempre; temos Marina, que apesar de ser humana permanece ao lado da amiga, enfrentando as situações irreais. É interessante por que o relacionamento das duas não é baseado em conversas sobre garotos. Aliás, somente uma vez a Marina questiona a Rani sobre o relacionamento dela com Pietro; a Valentina, uma vampira destemida, corajosa e inteligente.
Representatividade importa. Se levarmos em consideração que esse livro tem como público alvo adolescentes, é importantíssimo que traga representações positivas de meninas, de pessoas negras, de idosos. Toda a obra quebra estereótipos estabelecidos pela nossa sociedade machista, racista. Meu eu adolescente com certeza amaria ler esse livro, assim como meu eu adulto. São de livros desse jeito que precisamos para tentar mudar, mesmo que de maneira lenta, nossa sociedade. Recomendo a leitura!


LINK DO MEU BLOG:

site: https://abiologaqueamavalivros.blogspot.com/2019/04/rani-e-o-sino-da-divisao.html
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Babi Dewet 03/04/2015

Um livro cheio de aventuras e seres fantásticos!
Vocês conhecem o Jim Anotsu? Ele é um autor mineiro com quem eu adoro conversar (apesar de não ser humano) e tem umas ideias muito legais (deve ser pelo fato de realmente não ser humano!)! Por isso Rani e o Sino da Divisão é uma aventura sensacional cheia de elementos e metáforas divertidas. É realmente a cara do Jim.

Rani é uma adolescente apenas levando a vida como tantos outros – ela joga futebol, vai pra escola, ajuda o pai em casa e tem uma banda de punk death metal com a sua melhor amiga, Marina – o que é sensacional. Mas ao cortar caminho para o colégio pelo cemitério, Rani conhece Pietro, um estranho garoto de tênis fluorescentes. Intrigada ao perceber que ele agora estuda na mesma sala que ela, a garota conhecerá a verdade sobre si mesma: ela é uma xamã.

Pietro apresenta Rani à sua facção, os não tão temidos assim Animais de Festas, composta por seres sobrenaturais diferentes e hilários. Com a sede em Gertrudes, a casa animada que muda a decoração de acordo com o seu humor, os Animais de Festa irão ajudar Rani a enfrentar Aiba, o terrível vilão que tem assassinado xamãs do mundo inteiro para absorver seus poderes.

Em um aventura cheia, e eu falo cheia no sentido de LOTADA, de anedotas, trocadilhos e metáforas com Conhecimentos Gerais e Cultura Pop, Rani descobrirá quem Aiba realmente é e o motivo de ele querer destruir o mundo e recomeçar do zero. Em busca do Sino da Divisão, único artefato que a ajudará a impedir o vilão de matá-la e completar o ritual, Rani terá a ajuda de seus novos amigos e de personalidades conhecidas por nós, meros humanos. Vamos ver um encontro com o próprio Diabo (que é tão terrível que cria cantores canadenses como diversão!), um mundo paralelo governado por amazonas e dinossauros, fantasmas com romances proibidos e muito mais. Sem falar que a edição do livro está muito legal, tem notas, páginas dedicadas a panfletos, reportagens e um capítulo inspirado nos textos de Shakespeare (adorei isso!). O projeto gráfico combinou muito e deu mais um plus pra história.

Mas como eu sou uma pessoa movida à música, óbvio que o que eu mais gostei foram as referências de bandas (muitas delas eu sou fã, Nightwish

site: http://www.babidewet.com/2014/11/27/resenha-de-rani-e-o-sino-da-divisao-de-jim-anotsu/
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Tony 30/05/2015

Resenha: Rani e o Sino da Divisão - Jim Anotsu
Desde a primeira vez que eu vi "Rani e o Sino da Divisão" (não me lembro onde foi) minha atenção foi despertada e um interesse (muito grande) de ler o livro tomou conta de mim. Passado algum tempo desde a primeira vez em que eu vi o livro, pude finalmente (graças a Gutenberg que me enviou o exemplar) ler o livro e a única conclusão que chego é de que: Se eu não tomar cuidado, vou passar por uma ressaca literária das grandes! Sério. O terceiro livro do autor Jim Anotsu é SENSACIONAL! Estou a todo momento tentando não pensar muito na história, porque se eu começar a pensar vou ficar com os sintomas básicos de uma ressaca literária: ficar triste por o livro ter terminado, começar a achar que não vou encontrar nenhum livro tão legal quanto esse... Enfim, aqueles típicos sintomas que todos vocês já devem ter passado.

A história contada em "Rani e o Sino da Divisão" é muito mágica e bem divertida, além de ser surpreendente. Lendo o livro eu me senti como a Alice adentrando no País das Maravilhas! Assim como a garotinha eu fui ficando cada vez mais surpreendido e maravilhado com o que era me mostrado.

Até então, não me lembro de ter lido um livro de fantasia tão bem escrito e criado como esse. Jim possui uma escrita leve e sarcástica e dá um show ao introduzir os diversos mundos e criaturas de sua obra. Para quem é fã de seres fantásticos esse é o livro certo a ser lido! Em "Rani..." encontramos de tudo: Vampiros, Xamãs, Magos, Demônios, Espíritos, Lobisomens e até Dinossauros!

"Ele passou por mim e foi em direção às escadas, navegando por entre o canteiro de tomate e as batatas que brotavam. Pietro não olhou para trás e também não disse mais nada. Ele sumiu dos meus olhos em um átimo de segundo, como se nunca houvesse pisado ali. Fiquei para trás. Eu e a convicção de que o mundo estava diferente, de que tudo havia mudado e eu estava perdida no meio de um oceano de vagas tão bravias, de que meu naufrágio era só uma questão de tempo. O cheiro do perfume dele ainda ficou algum tempo depois de sua partida." - página 30

Os personagens são pra lá de carismáticos e bem marcantes. A turma de amigos da Rani é bem singular e muito querida! Adorei o Pietro, a Marina, a Valentina, o Fred, o Tales, e até o chato do Jefferson!

A Rani também foi uma personagem que eu gostei bastante. Ela foge dos estereótipos da maioria das protagonistas que existem por aí e se mostra como uma garota bem autêntica: Toca em uma banda de punk death metal, se veste como uma rockstar, é sarcástica, ateia e negra! Gostaria de dizer que adorei (finalmente!) encontrar um livro em que a personagem principal é negra! Não sei vocês, mas eu sinto muita falta de protagonistas negros em livros... Espero que outros autores também tomem a iniciativa do Jim e deem mais destaque aos personagens negros em seus livros!

"Apesar de tudo, apesar do pior dos tempos, eu estava feliz por tê-los ali comigo, por ter encontrado pessoas que me aceitaram como eu era e que nunca me pediram para mudar. Que foram inusitadas quando tudo era normal, que usaram pijamas, que tinham dinossauros favoritos e que nunca respeitaram uma regra idiota." - página 297

Outra coisa que eu simplesmente amei nesse livro foi o fato de ele ser recheado de referências da cultura pop! Há referências à Doctor Who, Pokémon, Game Of Thrones, The Walking Dead, Sherlock, One Piece, Jogos Vorazes, O Guia do Mochileiro das Galáxias, O Hobbit e muuuuuuito mais!

As bandas do bom e velho Rock and Roll também estão presentes no livro! Em cada capítulo da obra há um trecho de uma música de alguma banda de Rock, que por incrível que pareça, casa direitinho com o que será narrado no capítulo.

A resenha está ficando enorme, eu sei! Mas antes de encerrá-la eu PRECISO elogiar o trabalho impecável da Gutenberg na edição de "Rani e o Sino da Divisão"! Gente, o livro está muito lindo! Primeiro tem essa capa (que é ainda mais bonita ao vivo) e depois vem a diagramação que é simplesmente maravilhosa (há várias páginas em que a Rani faz algumas anotações para explicar melhor o que foi citado anteriormente e essas anotações ficaram com um efeito bem bacana!)! Há também várias páginas com uma espécie de material bônus (criado pelo Jim e moldado pela editora, eu suponho.), e esse material está muito bem feito! Confiram vocês mesmos nessas fotos:

Em suma, "Rani e o Sino da Divisão" é uma história nacional das boas, recheada de sarcasmo, música, amizades verdadeiras e fantasia. Sem dúvida alguma ela irá encantar e prender você do começo ao fim! ;)

site: http://tonylucasblog.blogspot.com.br/2015/02/resenha-rani-e-o-sino-da-divisao-jim.html
Carol Belisario 02/08/2015minha estante
ADOREEEEEEI sua resenha! Muito bem escrita e dá gosto de lê-la!! Fiquei com a maior vontade de ler esse livro, e o decisor principal foi quando você mencionou a personagem principal ser negra! Que máximo!!!! Vou comprar esse livro o quanto antes! Assim como você, eu também sinto falta disso na literatura! Por esse motivo, muitos personagens meus são negros! Obrigada pela dicaa! =)




Ricardo Santos 13/10/2015

talento em ascensão
Rani e o Sino da Divisão tem um dos textos mais deliciosos da literatura nacional, em qualquer gênero. Jim Anotsu tem enorme talento para escolher palavras, montar parágrafos e capítulos, um ouvido apuradíssimo para empregar um ritmo quase hipnótico à narrativa, bom manejo do suspense, criatividade no worldbuilding e cuidado na pesquisa. Infelizmente, o livro não é perfeito.
Tive problemas para acreditar nos personagens. Tudo bem que Rani, seu amigos, parentes e adversários estão envolvidos em situações estranhas, num mundo fantástico. Mas, mesmo numa ficção delirante, o leitor quer acompanhar personagens que causem nele algum sentimento, alguma sensação, seja admiração, raiva, medo, repulsa e por aí vai. E tudo isso é consequência dos conflitos da trama, do choque entre os objetivos dos personagens, como indivíduos ou grupos.
Bons conflitos geram uma forte conexão com os personagens, seja para amá-los ou odiá-los. Portanto, em Rani..., senti a ausência de conflitos mais exigentes, que tirassem os personagens da zona de conforto. Mesmo numa trama sobre o fim do mundo.
O conflito central, o embate entre a heroína-mor, Rani, e o vilão-mor, Aiba, carece de liga, não convence. É algo parecido com a relação Harry Potter/Voldemort. Mas, no caso da obra de Rowling, o peso para Harry e também para Voldemort de buscar cada um seu objetivo é enorme. Falta esse peso nos principais conflitos em Rani..., levando o leitor a não se importar muito com o destino dos personagens. A todo instante, o drama parece que vai partir os personagens ao meio, mas acaba aliviando a tensão. Então tudo volta praticamente ao ponto de origem, sem grandes transformações.
Para não ser injusto com a construção de personagens do livro, o melhor deles de fato é Rani, uma menina negra fora dos padrões, com seus dramas de adolescente esquisita e ironia afiada. Ela funciona melhor quando se ocupa de seus próprios pensamentos, em seu monólogo interior.
O livro vale a leitura para conhecermos um talento em ascensão, numa edição muito bem cuidada, com uma revisão competente, um projeto gráfico divertido e uma capa pop, ao mesmo tempo, bad ass e fofa.
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vi 24/08/2021

fantasia urbana com emos, vampiros e quase romance
o primeiro livro que li do Jim é mais infantil que esse, então eu esperava algo na mesma vibe. não é. é mais voltada ao público adolescente mesmo, e como esperado, é incrível.
Rani é uma garota que gosta de rock, ficção científica e mangás, mora numa cidade sem graça e tem uma melhor amiga viciada em CDs. do nada, um vampiro conta que ela na verdade é uma xamã e tem que impedir um cara doido de destruir o mundo.
eu amo a escrita do Jim, então amei o livro, apesar de saber que ele vai melhorar na reescrita. o romance é muito fofinho, os personagens são divertidos, eu gostei bastante.
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