Morgana 22/07/2020
Tinha tudo pra ser fantástico
Nessa sequência acompanhamos Alyssa um ano depois dos acontecimentos do primeiro livro, e por mais que ela tente esquecer do País das Maravilhas Morfeu não deixa isso acontecer, e quando Alyssa se recusa a ajudar seu reino, o intraterreno vai para o mundo humano para tentar convencer Alyssa a aceitar sua responsabilidade e seu lado intraterreno.
O livro começa com um ritmo melhor que o anterior, mas depois das primeiras páginas começa a ficar bem arrastado, em grande parte por causa da chatice da protagonista. Na verdade grande parte dos problemas teriam sido evitados se a Alyssa não fosse tão birrenta. Sem falar na insegurança dela com relação ao Jeb, seu namorado, o boy não pode olhar pro lado que a menina tem um surto. Vale lembrar também que o livro todo Morfeu diz que Alyssa é mais forte que os intraterrenos por ter a imaginação humana além de seus poderes intraterrenos, mas quase não a vemos usar seus poderes, e sempre que isso acontece é da forma menos criativa possível.
A batalha final deixou a desejar, foi apressada e ficou parecendo que a Rainha Vermelha era uma vilã fraca. Foram tantas páginas falando e falando do perigo, do quanto a Vermelha era perigosa, e no final tudo se resolveu em dois capítulos com soluções toscas.
Mas nem tudo foi ruim, nesse livro Jeb se torna um personagem suportável, ele para de ficar decidindo as coisas pela Alyssa o tempo todo, e também conhecemos mais do Morfeu (que é o melhor personagem), e as cem últimas páginas tem um ritmo maravilhoso, não conseguia largar o livro. Também temos alguns plot twists bem inesperados, mas que quando você para pra pensar todos os detalhes e dicas estavam lá trás, ao longo da história.
No fim esse foi um típico segundo livro de trilogia, legal mas sem muita coisa a acrescentar. Espero que no livro seguinte ela não se prenda tanto a clichês adolescentes e que explore mais a tal ?imaginação? e ?criatividade? da protagonista.