Um dia de cada vez

Um dia de cada vez Courtney C. Stevens




Resenhas - Um Dia de Cada Vez


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Clube do Livro 31/01/2015

Fingindo ser normal....

Essa é a história de ALEXI, e de como um sorriso por trás de um rosto aparentemente feliz pode guardar muitos segredos e dramas.
A vida dela muda para sempre depois de um grande trauma sexual, e com isso ela segue tentando fingir para todos que a vida dela é perfeita...

Alexi tem 16 anos e é querida por todos, mas ninguém sabe o que se passa por trás da fachada que ela montou, ela tem duas melhores amigas, mas ela não consegue se abrir com ninguém e a única fuga é se machucar até a dor seja maior que seus medos.
Um dia ela vai para a escola e está muito triste e ao sentar em sua cadeira de costume encontra uma letra de música em sua mesa, ela se surpreende com a letra que mexe inteiramente com seus sentimentos, como se pessoa que tivesse escrito a entendesse e soubesse o que ela está passando, e que foi algo feito não do acaso e resolve responder com outra, e assim começa uma amizade e uma amor platônico onde as palavras são músicas que se encaixam sempre perfeitamente com sua vida e seus dramas...
O mistério segue até o fim do livro e é surpreendente como a autora conta quem é o MISTERIOSO HOMEM LETRA!!!

Um dia seu destino cruza com o do menino BODEE LENNOX, o menino que vivia escondido como sombra, e que pintava seus cabelos com KI SUCO passa por uma terrível perda e isso une o destino dele e de ALEXI para sempre.....
Duas histórias, duas vidas e dois traumas....


Nesse livro a autora abordou um tema delicado e terrivelmente "Comum", e por que digo terrivelmente comum? Todo mundo conhece alguma pessoa que já foi vitima de alguma violência sexual, não adianta negar isso não faz a verdade desaparecer.
O que podemos fazer é nos sensibilizar de que isso não pode ser tratado como "Normal" e sim temos que dar voz as vitimas, afinal só quem passou por isso ou tem alguém que ama que já passou sabe o quanto esse trauma pode afetar uma vida para sempre, não podemos fechar os olhos e tentar fingir que não vimos ou que não aconteceu e seguir em frente, isso na teoria é fácil dizer e na prática é como tentar levantar toneladas de concreto no coração.

Esse livro é uma mostra de como uma vida pode se desestabilizar até que a ela mesma queira se ajudar, e encontre no caminho pessoas que a apoiem e a amem o suficiente para tentar guiar ao caminho da cura...

Não vão sumir as marcas, mas é mais fácil viver com uma cicatriz do que com uma ferida aberta.

Pais entendam os sinais e pedidos silenciosos de socorro dos seus filhos, amigos apoiem e família nunca julgue...
Só quem viveu isso sabe e pode saber o que é, só quem teve ou tem um monstro dentro do armário sabe o peso dessa dor.
A autora no fim ainda dá um consolo as vitimas desse tipo de agressão é como um abraço no escuro de uma pessoa que entende e que conhece os medos de quem viveu esse pesadelo...
Siga seus conselhos e se liberte, ela conseguiu e qualquer pessoa pode também, ninguém pode tirar mais da sua vida sem sua permissão, essa é a mensagem. Linda mensagem...

É isso... Recomendo muito, principalmente para saber ver com novos olhos as vitimas e seus agressores que pode ser qualquer um desde o bom velhinho da esquina, a uma pessoa próxima a família...

Desejo que se você passou por isso sinta meu abraço silencioso!

site: http://clubedolivro15.blogspot.com.br/2015/01/um-dia-de-cada-vez-courtney-c-stevens.html
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Romildo 04/06/2018

Ao encontrar o companheirismo, valorize
Primeira leitura: 04/06/2018

Segunda leitura: 21/02/2023
Já fazia um tempo que eu estava querendo reler esse livro, aumentou quando vi um trecho do filme "um olhar do paraíso"...
Uma escrita leve para um tema pesado, com frases marcantes e bem desenvolvido. o que ocasionou que coloquei na frente de outras leituras (inclusive da faculdade) e li em praticamente dois dias... coisa rara para mim (kkkk).
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Tânia (@ritmoliterario) 18/04/2015

Forte!
Comprei esse livro sem esperar muito dele.
Mas quando comecei a ler, e me deparei com situações que acontece na vida real, fiquei ainda mais intrigada e angustiada em saber como seria o desfecho dessa historia tão intensa e tão real.
É um livro muito bom, e que trata de temas reais e que ao mesmo tempo não queríamos que fosse reais.

Sem duvida, mexeu muito comigo.
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Bi 13/05/2015

Resenhando...
Confesso que fui com muita sede ao pote quando comecei a ler "Um dia de cada vez? , quem dera não tivesse feito isso.

Não considero o livro ruim, muito pelo contrário,apenas achei um pouco apelativa no drama.

No contexto geral, pude sentir a dor de ambos os personagens e a inevitável ligação entre eles, um foi suporte do outro, sem nada forçado.Fiquei surpreendida com o desenrolar da história da nossa mocinha(esqueci o nome dela gente!), não esperava aquilo e senti ainda mais compaixão pela personagens.

Um bom livro, com uma bela história.
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Silvestre 15/09/2018

Tocante
A maturidade dos personagens me surpreendeu. Apesar do sofrimento da Lex e seus problemas em lidar com o passado ela tem consciência que não está bem, só não sabe o que fazer a respeito. E Bodee que já passou por poucas e boas na vida aparece na vida da Lex tão destruído quanto ela. Mas juntos eles aprendem que dividir suas angústias pode fazee bem um para o outro.
A amizade que surge entre eles é linda, é incrível o carinho e como é humano o cuidado do Bodee com a Lex (e entendemos que isso em parte se deve ao que ele já viveu).
Livro pequeno, rápido e fácil de se ler.
Emocionante. Vale a pena! Se tornou um dos meus favoritos!
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Débora 11/08/2015

A vontade que tenho é de abraçar a Nica, agradecer pela oportunidade de uma ótima leitura e a bater palmas para Courtney, que com uma história simples e personagens cativantes trabalhou em um dos meus principais preconceitos. E com Um Dia de Cada Vez percebi que nem sempre é questão de chamar atenção, mas sim uma forma de lidar com a dor provocada por um trauma.

Narrado em primeira pessoa, Courtney C. Stevens nos apresenta Alexi e Bodee, dois adolescentes que todas as manhãs, ao se levantarem, vestem máscaras para encobrir a infelicidade que sentem em relação à família e aos traumas que carregam.
No primeiro momento, Alexi Litterell aparenta ser uma adolescente normal. Com duas amigas populares e imersas no mundo de festas e namoros com jogadores de futebol, Alexi acaba se destacando por ser o oposto das duas e por manter regras que a afastam de qualquer relacionamento ou que provoque o pensamento de: O que alguém do sexo oposto gostaria de ter comigo?

A insegurança e o medo do sexo oposto que a personagem carrega dentro de si são frutos de lembranças não muito distantes, mas que foram o suficiente para marcar o seu psicológico e criar uma fortaleza em sua volta, aonde nem mesmo a sua família tem consciência de sua dor e muito menos sabe a forma que a personagem acaba lidando com tudo isso. Entretanto, Bodee é diferente. Não é apenas capaz de enxergar como também compreender a dor de Alexi ao ponto de quebrar o muro e conquistar a fortaleza.
Bodee é conhecido por toda a escola como menino Ki-suco. Com o cabelo loiro natural, o personagem tenta sempre fugir de seu padrão, modificando todas as manhãs suas cores com o suco para transformar alguém tachado pela escola como um jovem de cabelos de cores estranhas e que vive sozinho pelos corredores da instituição. Com a morte de sua mãe e a desestruturação de sua família, o apelido acabou sendo deixado de lado para ganhar uma nova denominação: o menino que teve a mãe assassinada pelo pai.

Bodee não é diferente de Alexi. O personagem se sente sozinho, sem amigos e, com o irmão em outra cidade, acaba sendo “adotado” pela família Literrell e fazendo com que Alexi receba a missão de mostrar que nem tudo está perdido, enquanto Bodde apresenta para ela que é necessário aceitar as consequências de seus atos ao invés de guardar tudo para si.

Em Um Dia de Cada Vez é possível enxergar nos personagens a experiência vivida pela autora na Pastoral da Juventude. Utilizando dois jovens problemáticos, a mesma faz o leitor ver que muitas vezes o que enxergamos como desculpa ou forma de chamar atenção da família vai muito além disso. Durante a leitura, muitas me peguei pensando: Ninguém sabe o que Alexi está passando? E me surpreendi quando a resposta foi não.

Nós, adolescentes, acreditamos que somos donos de si do mundo. Que a dor logo vai passar ou que podemos simplesmente fingir que não estamos magoados. Mas, e se fingir não for o suficiente? E se as mentiras machucarem mais? A autora apresenta desta forma a vida tão frágil dos adolescentes .

Um Dia de Cada Vez é leitura obrigatória para os adolescentes e os pais. Não por ser uma história em que as tragédias familiares são retratadas, mas para que possamos ver que é possível dar a volta por cima. Que em algum lugar, talvez sua amiga, sua irmã ou você mesmo é alguém como Alexi, capaz de ganhar esperanças de encontrar alguém como o Bodee. Até lá, estamos aqui para isso.

Postado originalmente no Drafts da Nica

site: http://draftsdanica.com.br/um-dia-de-cada-vez/
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Bela Lima 01/05/2016

É lindo e feio com a vida. É maravilhoso.
"Vestido preto de funeral. Sapatos pretos de salto alto. Faixa preta na cabeça. A morte tem seu estilo. Fico feliz por não ter que usar com frequência."

Sinceramente? Eu amo esse livro, mas não sei o que falar sobre. É uma historia tão boa, tão maravilhosa que me deixa sem palavras. (Uma tarefa complicada) Mas só foi começar a escrever a resenha que tive me forçar a parar. Esse não foi o primeiro livro que li com esse tema, mas foi um que me fez sentir toda a dor do personagem. Aquilo era real, não uma historia.

Alexi nunca falou com Bodee antes daquele dia, do dia que ele deixou de ser conhecido como Garoto Ki-suco para receber o apelido O garoto cujo pai matou a mãe. No enterro da Sra. Lennox, Alexi divide o silencio pela primeira vez com Bodee, não dizendo nada, apenas ficando do seu lado, porque ela sabe que nada que diga ou faça poderá mudar o que aconteceu. Existe um antes e depois e ele sempre ira existir.

"Eu nunca entendi que a vida pudesse ser tão drasticamente dividida, mas pode. E é. Só existe o depois. E o antes."

Alexi sabe bem disso, ela própria divide sua vida desse jeito, guardando o segredo do que aconteceu com ela para si mesma. Como tentativa não apenas de esquecer o que houve, de fazer a dor que sente por dentro desaparecer, mas também de se culpar, ela se corta, arranhando seu pescoço como castigo. (Uma forma inovadora... Não façam isso em casa)

Ninguém nunca percebeu isso, eles a vem se afastando, mas Alexi consegue desviá-los da questão. Apesar de tantos sinais de que algo está errado, ninguém pergunta. Bodee foi a primeira pessoa que mostrou a Alexi que ele a está vendo, que percebe os seus machucados, o modo como ela está passando pela vida, mas não a vivendo.

"Bodee é tipo uma arvore alta e morta no meio de uma floresta verde. Ou uma sempre viva cercada por carvalhos no inverno. Eu mal consigo ignorá-lo, porque ele é como essas arvores. A gente nota antes de qualquer coisa."

Quando Bodee vai morar com a família da Alexi depois da mãe dela convidá-lo, eles acabam se aproximando e descobrindo os segredos uns dos outros, como eles lidavam com o que aconteceu. E como se culpavam. E Bodee quer salva-la como não pode salvar sua mãe, ele supera seus próprios medos para trazer um pouco de luz a Alexi. Ele entende pelo que ela passou, a respeita, mas, o principal de tudo, em nenhum momento ele achou que ela tivesse culpa.

A dedicatória da autora é verídica. Todos nos precisamos de um Bodee em nossas vidas. Ele não é popular, lindo ou um badboy, ele não está dentro dos estigmas que normalmente lemos. Bodee é calado, pinta os cabelos de uma cor diferente a cada dia com pó de ki suco, aparenta ser frágil, como se fosse se quebrar a qualquer momento, mas ele vira o protetor de Alexi, mesmo que seja de si mesma.

"Se ao menos eu conseguisse fazer o lado de fora doer mais do que o lado de dentro."

Terminei de ler o livro bem rápido e sempre me pego relendo. Amo os personagens, o desenvolvimento da relação deles e da conclusão ainda não concluída da historia. O fato da autora focar na amizade e não no amor entre Alexi e Bodee (que existe), me fez ganhar o respeito por ela. A força de Alexi e de Bodee é inspiradora e te faz perguntar se eles podem enfrentar aquilo, porque eu estou reclamando da minha vida?

A melhor parte de toda a historia? O depoimento da autora no final, mesmo que o livro fosse péssimo, (o que não é verdade) o que ela escreveu no final tornou a historia perfeita. Me emocionei mais com isso do que por toda a historia (mentira) e não acho que a autora queria isso, o que torna tudo melhor e pior simultaneamente.

"Você era um lindo ser humano antes que isso acontecesse, e nada mudou. A pessoa que fez isso não roubou seu futuro, sua capacidade de amar, sua capacidade de seguir em frente, sua capacidade de se ver como uma alma linda e maravilhosa do nosso planeta. Sofra pelo que ele ou ela tomou, mas não lhe de nem um pouquinho a mais do que isso. Você é mais do que uma vitima: você é um(a) sobrevivente. (...) Você é amado (a) e valorizado (a). E você vai conseguir. Continue contando para afastar a escuridão."

Não vou negar (que sou louco por você, não vou negar...) que esse é um dos meus livros favoritos. Você sente o que a autora deseja passar sem nenhum esforço, fiquei triste e feliz, rir e chorei, tudo ao mesmo tempo e um atrás do outro. Esse é um livro que amo, não é uma historia para passar o tempo, ele tem conteúdo, passa uma mensagem. É lindo e feio com a vida. É maravilhoso.

"Não importa o quanto vocês queiram, não existe uma cura mágica para fazer isso tudo desaparecer. Às vezes, a vida simplesmente é um saco."

site: http://sougeeksim.blogspot.com/2016/05/resenha-um-dia-de-cada-vez-faking.html
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Leticia.Oliveira 19/07/2020

As pessoas nem sempre são o que imaginamos
Segunda vez que leio este livro e o sentimento continua o mesmo. Uma história forte, abordando diversos problemas nas relações familiares e social. Mas que encanta por seus personagens bem amáveis e muito bem construidos. Bodee Lenox com seu jeito tímido e responsável, consegue ajudar a Lex a vencer seus problemas, mesmo quando o mundo dele também está destruído. É uma história sobre adolescentes que juntos sobrevivem. Muito bem escrito, lindo e com certeza você vai querer terminar logo. Esse livro deve ser lido e quão bom seria que todos os que sofrem pudessem ter na escola um " Capitão letra da música" pra animar o dia.
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Katiie 08/12/2015

Achei que o livro tratou de um assunto muito sério de uma forma meio infantil. Romantizou demais a tragédia dos protagonistas.
No entanto, gostei da relação ente Boode e Lex. O livro não é ruim, pelo contrário é muito bem escrito e a história flui naturalmente. Acho que minhas expectativas estavam altas demais e isso foi um erro.
Uma leitura fácil pra quem não espera nada de mais.
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Vanessa Vieira 13/01/2016

Um Dia de Cada Vez - Courtney C. Stevens
O livro Um Dia de Cada Vez, romance de estreia de Courtney C. Stevens, nos traz uma história forte, porém escrita de uma forma sutil e delicada. Conhecemos dois adolescentes que lutam incansavelmente contra seus traumas e encontram dentro de si próprios a força que nem imaginavam que tivessem. Com uma narrativa rica e visceral, que vai desnudando os personagens pouco a pouco e uma trama repleta de força e coragem, o livro se mostrou uma excelente leitura. Tal como Alexi, a autora também vivenciou uma história triste e soube trabalhar o tema com maestria, além de fornecer dicas preciosas para quem passou por uma situação parecida.

Alexi Littrell era uma adolescente normal como qualquer outra até que em uma noite de verão sua vida foi completamente devastada. Envergonhada, ela passa a se cortar e a se arranhar compulsivamente, numa tentativa de fazer com que a dor física suplante o seu sofrimento, que permanece trancado a sete chaves. Ela só consegue sobreviver ao terceiro ano do ensino médio graças as letras de músicas inspiradoras que um estranho escreve em sua carteira. De certa forma, as canções parecem adivinhar o que se passa dentro do coração de Alexi.

Bodee Lennox sempre foi um jovem bastante extravagante e peculiar, mas agora é o menino que teve a mãe assassinada pelo pai. Órfão, ele acaba indo morar com a família Littrell e Alexi descobre que o "Garoto Ki-Suco" - quieto e de cabelos exuberantemente coloridos - é um ótimo amigo.

Alexi e Bodee tentam fingir para o mundo que está tudo bem com eles, mas no fundo se apoiam um no outro em busca de forças e esperança e vivenciam um dia de cada vez...

"Na noite passada, brinquei de culpa por horas. Esta rotina é muito bem-estabelecida. Só tem uma participante: eu. E as lembranças. E a contagem compulsiva. E, flutuando ao fundo, a noção de que a manhã vai chegar cedo demais."

Um Dia de Cada Vez nos traz um romance forte e poderoso, com uma temática densa e que foi trabalhada com afinco pela autora. Alexi e Bodee passaram por situações terríveis e relutam em reconhecer a gravidade de seus dilemas, usando até mesmo o mecanismo da culpa. Acompanhar as tragédias pessoais destes dois jovens não foi nada fácil, mas quando eles começam a se libertar de suas dores e se abrir para o mundo, a jornada se mostrou incrivelmente recompensadora. Narrado em primeira pessoa por Alexi, de forma visceral e extremamente profunda, o livro se mostrou um relato de força, esperança, amor e superação.

Alexi passou por algo que devastaria qualquer pessoa. Ela foi vítima de um grande abuso e isso transformou a adolescente alegre e cheia de vida em uma jovem de segredos obscuros e que se auto mutila como uma tentativa de escapar da dor que lhe foi infringida. Até o momento, ela conseguiu esconder muito bem seu trauma e suas cicatrizes, mas quando Bodee entra em sua vida isso não é possível. Por também ter sido devastado pela vida, o garoto de cabelos coloridos com "Ki-Suco", enxerga a tristeza de Alexi e tenta ajudá-la de todas as formas, suplantando até mesmo a sua própria dor. Confesso, que de início, foi um pouco difícil compreender Alexi e suas atitudes, mas com o deslanchar da trama, me compadeci demais com a personagem, pois, ao seu modo, ela foi muito forte e teve uma coragem ímpar ao longo da história.

"O poder do Bodee está no jeito como ele me decifra, vê através de mim e, depois, entende a verdade por trás da fachada. Ele é o cara que pode passar direto pela Casa dos Espelhos na primeira tentativa. É quase irritante. Ninguém deveria passar por uma tragédia como um surfista profissional enquanto eu me afogo."

Bodee, tal como Alexi, passou por uma grande tragédia. Ele presenciou a morte de sua mãe pelas mãos do próprio pai, o que acabaria psicologicamente com qualquer pessoa. Mesmo dilacerado, o jovem consegue estender a sua mão para a dor alheia e é justamente ele o anjo que salva Alexi do reino de escuridão e culpa do qual a jovem se encontra. Mesmo arrasado e com o coração dilacerado, Bodee engole o seu próprio sofrimento para ajudá-la, se mostrando uma pessoa admirável, íntegra e carinhosa. Me afeiçoei bastante com o personagem devido a suas inúmeras qualidades e ao seu jeito próprio e ousado de ser.

Em síntese, Um Dia de Cada Vez é um romance sobre força, superação, amizade e amor. Acima de tudo, é um relato de coragem e libertação de dois jovens tão dilacerados pela vida que encontram um no outro forças para seguirem em frente e encarar os seus traumas pessoais. Os personagens foram muito bem delineados ao longo do enredo e suas atitudes no decorrer da trama me agradaram bastante. A capa é muito bonita e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Recomendo, com certeza!

site: http://www.newsnessa.com/2016/01/resenha-um-dia-de-cada-vez-courtney-c.html
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Janise Martins 09/01/2020

Um Dia de Cada Vez
Logo no início do livro li uma frase que fala uma verdade:
“O amor no lápis é mais seguro que o amor na vida”
É Alexi quem narra a história, e conforme ela vai narrando vamos descobrindo que ela esconde algo grave que aconteceu com ela, em paralelo ela de uma forma estranha se preocupa com Bodee, que parece ser um cara bem esquisito, e também mantém um contato com um cara através de letras de músicas na carteira da sala de aula, ela não sabe quem é. Bodee também está passando por uma barra pesada e acaba indo morar na casa de Alexi.
A princípio eu achei todos os personagens chatos e esquisitos. Mas a Alexi a medida que a história vai se desenrolando, ela vai se mostrando e de certa forma conquistando a gente, mas é bom lembrar que ela é só uma adolescente, com isso a gente entende as coisas burras que faz. Bodee não demonstra ser o que ele é de verdade. Essas coisas desperta na gente o interesse de saber mais, de conhecer melhor. Aí não tem jeito, grudamos na leitura.
E a história de Bodee é forte, dá vontade de abraçar e beijá-lo, quando ele conta. O que Liz, amiga de Alexi, diz a respeito dele é verdade:
“… O cara é uma ostra no deserto. Muita areia, mas nenhuma água”
Mas o segredo de Alexi é grave e justifica seu sofrimento e suas reações.
Bodee e Alexi entram um no outro o porto seguro, a força que eles precisam para encarar suas realidades.
É um livro lindo, com romance doce, superação de dor, família, amizade. Recomendo.
Bodee meu lindo e fofo, sentirei saudade da sua doçura.
Bjoo




site: http://janiselendo.blogspot.com.br/2016/04/um-dia-de-cada-vez.html
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Bia 20/03/2016

Amor e superação
É muito envolvente, não tem como não se encantar com essa história linda sobre como o amor pode superar os medos e traumas mais profundos, como o amor pode curar feridas extremamente profundas. É realmente perfeito! Vale muito a pena ler!
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nathy 23/04/2016

Livro mais que recomendado!
Cheguei a Um dia de cada vez (lançado no Brasil pela Suma de Letras em 2014) depois de ver comentários mais que positivos com relação à história e seus personagens. A verdade é que o mesmo possui uma temática densa e bem complicada, que é o abuso sexual e as consequências na vida da vitima cujo o agressor vive no seu próprio circulo social.

O interessante é que ao tempo que trata de um tema pesado, o livro é simples, com momentos de uma sutileza maravilhosa. Foi realmente belo ver o desenvolvimento do relacionamento da Alexi e o Bodee, e não estou falando de alguma coisa amorosa, mais sim da maneira como a amizade deles floresceram e de como eles se uniram para tentar passar pelas situações que ambos estavam vivendo no momento. Por esses motivos já adianto, não esperem na leitura da Courtney C. Steves coisas escancaradas e mirabolantes, pelo contrário, preparem-se para um drama simples, sutil e real. Que mostra uma situação que pode acontecer comigo, com você, com algum conhecido ou o que é pior, que DEVE estar acontecendo com alguém neste exato momento que você termina de ler essas palavras. (Isso meio que assusta quando paramos para pensar, não?)

Voltando a história do livro, a autora nos conta o drama de Alexi Littrell, uma garota popular, alegre... normal, que depois de uma noite de verão viu sua vida ser totalmente abalada e que para não afetar aqueles que gosta, passou a esconder um segredo. Este segredo afetou ela profundamente, a tornando uma pessoa retraída, constrangida e assustada que apesar de lidar com tudo sozinha - por não querer que os outros tenham pena ou que ela fique rotulada como "a garota que foi abusada" -, não conseguia pugnar muito bem com tudo quando estava na solidão do seu quarto. O único alento que ainda conseguia fazer com que ela sorrisse era o admirador secreto com quem ela trocava trechos de músicas em uma carteira da escola, pois mesmo sem conhecer, ele era o único que conseguia a entender.

Neste meio tempo a Alexie acabou se aproximando de Boddie, um garoto rotulado por todos na escola como o garoto Ki-Suco (ele pintava o cabelo com um pó colorido diferente a cada dia), além desse rotulo, ele ganhou mais um: o do garoto que o pai foi preso por assassinar a mãe. Essa aproximação deles se deu meio que sem querer e com o decorrer da trama só foi se fortalecendo pois os dois de uma maneira estranha se entendiam e não se julgavam.

Uma das coisas que a Alexie sempre se questionava era o fato de que ela não disse não, ela só ficou paralisada. Isso a perseguia a todo momento e o que era pior, é que a pessoa que abusou dela era uma pessoa conhecida, respeitada, boa pessoa (?) e que só fez isso uma vez. Esse também era um dos motivos pelo qual ela lutava para esquecer, no entanto, nos momentos em que ela não conseguia isso e se entregava ao desespero, eu me compadecia ainda mais com sua dor, eu ficava querendo que ela conseguisse superar, que ela tivesse a coragem para dizer o que é que tinha passado.

Confesso que também me questionava o por que da Alexie não conseguir dizer para ele parar, me questionei por que ela não falava logo quem era, me questionei por que ela não procurava ajuda, me questionei o por que dela ser cheia de medos para seguir em frente, me questionei o por que de existirem pessoas assim, me questionei o por que da autora terminar o livro da maneira que terminou (e que apesar de entender, posso dizer que deixou um pouco a desejar), e por fim me questionei o por que que eu nunca parei para refletir realmente sobre essa situação.


Enfim, eu só posso recomendar a leitura desse livro, que foi fundamental para que eu pudesse refletir e entender um pouco o que se passa na mente de quem passa por isso. Acredito que o livro serve como um alerta, fiquemos todos atentos pois pode ser que uma pessoa próxima esteja passando por isso. E se por acaso for VOCÊ que passou ou está passando por isso, o livro te mostra que as coisas não são fáceis, que não vão ficar bem logo, no entanto, mostra que a melhor maneira de tudo é procurar ajuda. Você não está sozinho, não deixe que uma pessoa tire a sua vontade de seguir vivendo, lute pelos teus sonhos, pela tua verdade, pela tua sanidade, pela tua saúde e lute pela tua FELICIDADE.

Livro mais que recomendado!

site: http://ventoliterario.blogspot.com.br/2015/12/o-vento-me-disse37-um-dia-de-cada-vez.html
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