Resenhas - O Impostor que vive em Mim

Rafael Bonfim 31/05/2017

O IMPOSTOR QUE VIVE EM NÓS.
Esse livro veio a mim em um momento muito duro da vida.
Um tempo em que vida, futuro, injustiças e identidade me fizeram pensar e repensar o verdadeiro cara que existe aqui dentro de mim. E isso doeu como um soco no estômago.

Brennan é um autor que entende sobre ser pecador e ser frustrado com relação a querer caminhar, mas dar umas vaciladas horríveis. Então o leitor vai se identificar muito. Aliás, eu me identifico, pois sou um cara que sim, quero caminhar em santidade, mas assim como vc que está lendo, também dou minhas derrapadas feias.

Creio que no fundo, todos nós temos um impostor escondido.
Somos sempre cordatos com pessoas que nos convèm, mentirosos com os fatos, escondemos realidades dos outros, colocamos máscaras para agradar e nos transverstimos de "espirituais".

O trunfo, é que Deus nos ama! A sim, isso é uma verdadedade retumbante!
Saber que meu eu pecador e impostor, pode ser (e já esta sendo) transformado pelo Eterno, me enche de alegria. Cabe a mim uma reação e atitude quanto a mudança nossa de cada dia.

Tenho muitos medos, preciso revê-los,
Tenho esperanças, preciso abraçá-las,
Tenho frustrações, preciso esqueçê-las,
Tenho um Norte, preciso segui-Lo.

Somos todos impostores.
Ponto.

Mila 03/09/2016

Ao ler o título do livro “O impostor que vive em mim”, de Brennan Manning, o próprio leitor já começa a preparar suas autodefesas contra essa entidade. “O impostor desconcerta, dissimula e seduz” (MANNING, 2002, p.6), ele maquia o nosso verdadeiro eu, escondendo-se em elogios, sucesso e bajulações. Porém, a proposta de Brennan difere da nossa primeira reação, comprovando um sentimento em nós que ele irá tratar no decorrer do livro.
Antes de tudo, é preciso afirmar que o impostor não é apenas um hospedeiro, mas sim, parte de mim. “Para alcançar aceitação e aprovação, o falso eu suprime, ou camufla, sentimentos, impossibilitando a honestidade emocional “MANNING, 2002, p. 19). Essa atitude inconsciente que tomamos reflete nossa falta de auto aceitação diante de nós, e diante de Deus, uma vez imperfeitos e cristão. “É necessária uma profunda conversão para aceitar que Deus é inflexivelmente terno e compassivo conosco da maneira como somos – não a despeito dos nossos pecados e culpas, mas com elas. “ (MANNING, 2002, p. 10) Segundo Brennan, muitas vezes nós deixamos de crer nesse amor incondicional devido à essa ausência de auto aceitação (p. 11). Porém, nossas fraquezas e imperfeições são características fundamentais de nossa humanidade, características que precisam ser assumidas, uma vez que, por meio delas, restaura-se a condição humana a um estado de cura. Brennan também traz outro aspecto importante sobre a auto aceitação: quando eu não aceito o meu eu ferido, e não aceito o amor incondicional de Deus, o meu amor pelo próximo se torna estreito e restrito. Uma vez que eu não me perdoo por minhas falhas, não sou capaz de perdoar as falhas do outro.
A leitura do texto nos leva a percepção de que, em alguns momentos de nossa vida, nós somos como um fariseu. A minha não auto aceitação me leva muitas vezes a ser preconceituoso por não entender o outro. Para Brennan, o fariseu em nós é a face religiosa do impostor (p.52), e a única maneira de triunfar sobre ele é sendo sincero e honesto sobre nós mesmos. Isso abrange afeto, insegurança, medo. O nosso triunfo implica na nossa crença no Jesus ressurreto que me leva a encarar o impostor em mim, como também outras perspectivas, tal como a morte, uma vez que tenho a paz da segurança de não depender de mim. (p.64) Diante disso tudo, notamos que o preconceito é dirigido, primeiramente, a nós mesmos. Agora, com o impostor exposto à luz, nossos sentimentos dirigidos a ele tendem a ser quase de todo ruins e desagradáveis, sendo ele o maior culpado por nos prender dentro de uma máscara e nos afastar do amor de Cristo. Segundo Brennan, “ O impostor começa a se encolher apenas quando é reconhecido, acolhido e aceito. “ (MANNING, 2002, p.45) Caso contrário disso, o preconceito contra nós mesmos ainda existiria, já que o impostor faz parte de mim, assim como uma célula; o “eu” verdadeiro só irá sobrepujar o impostor quando este for exposto à luz de Cristo.
O eixo principal que fundamenta o livro é a afirmação de que, em todo tempo, nós somos transformados à imagem de Cristo. Cada detalhe e acontecimento seguem esse para esse objetivo. É a medida em que somos verdadeiramente reconciliados com Deus e conosco, e ousamos viver como homens e mulheres perdoados. Sem dúvida, uma das frases mais marcante sobre o livro foi a declaração de Brennan ao dizer que “O amor é chave para tudo. Viver e amar são a mesma coisa. ” (p.101). E que assim, “Conhecendo quem ele é, descobrirá quem você é: filho de Deus, em Cristo, nosso Senhor. “ (MANNING, 2002, p.103).

Rosangela Max 25/09/2022

A aceitação do nosso ?eu? autêntico.
?Sem suas feridas, onde estaria seu poder?

Adoro demais os conteúdos do autor. São tão sábios e edificantes!
Este fala sobre a necessidade de nos aceitarmos e amarmos como Deus nos ama, apesar de nossas imperfeições.
Enquanto outros nos advertem do perigo de acharmos que somos ?a última bolacha do pacote?, o autor nos adverte do perigo de acharmos que não somos nada, somos um ninguém e nunca nos sentirmos amados.
É nessa hora que nasce ?o impostor?. Aquele que vive de aparências, desesperado pela aprovação e pelo reconhecimento dos outros. Aquele que vive de ilusões porque tem medo de encarar o vazio, a escuridão que há dentro dele.
A mensagem é para aceitamos a verdade do que realmente somos e a submetemos a Cristo.
Leitura super recomendada.

Gabriela.Theis 30/05/2021

Ótimo
Um livro rápido mas muito profundo. Nos faz lembrar de quem somos filhos e que Deus nos ama, não por quem nós somos, ele simplesmente nos ama, e essa é a nossa identidade, um ser amado por Deus. No livro, o autor também fala que de tanto estarmos juntos de Deus, o admirando e o seguindo, vamos nos parecendo mais com Ele, devemos buscar isso. O autor fala de uma maneira muito simples, gostei bastante.

Cássia Cardoso 14/03/2010

É dos melhores livros que eu li do Brennan Manning. Neste, o autor se desfaz e desmascara para mostrar ao mundo que é isso que devemos fazer conosco. Com um andamento maravilhoso, explica tudo de forma compreensível e de bom ritmo. Nos faz encontrar o impostor que há dentro de nós mesmos, reconhecendo-o para trabalharmos nele e não nos deixarmos submeter ao que dele vem. Na pior das hipóteses, são teorias construtivas, o que deixo claro não concordar nem de perto em limitar a isso. Nos faz pensar e procurar o descanso em Cristo. Aconselho a todos. Muito bom.

Rinaldo 02/05/2010

Quando a Graça prevalece
Focando a insuficiência de nossas atitudes, por mais nobres que sejam, Manning nos convida a abraçar a graça soberana de Deus, certamente demonstrada por Cristo e muitas vezes esquecida ou não devidamente valorizada.

Claudia 20/05/2010

Livro muito profundo, embora seja de fácil leitura. Questiona prerrogativas de vida, faz avaliações e nos coloca frente a frente com o nosso verdadeiro "eu". Fiquei muito impressionada. Já havia lido O Evangelho Maltrapilho e sei que este livro aprofunda conceitos e nos deixa mais claramente expostos em nossas vulnerabilidades. Não deve lê-lo quem deseja continuar o mesmo.

Gabriel 16/09/2010

Sem fanatismo
Fui recentemente presenteado com esse livro, e gostei muito. De leitura rápida e fácil, faz você pensar sobre sua situação atual. Para quem não gosta de livros "de religião", é uma ótima pedida. O autor fala sobre sua própria situação e como saiu dela. Sabe aqueles sermões cheios de firula e acontecimentos mágicos que você ouve na igreja e não acha graça nenhuma? Então: esse livro é exatamente como eles deveriam ser. Me disseram que o autor ainda tem vários outros livros, best-sellers inclusive, que valem a pena serem lidos. Fica a dica :)

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Referências:
http://www.mundocristao.com.br/autordet.asp?cod_autor=147

Viviane 04/08/2013

"Defina-se radicalmente como o amado de Deus. Esse é o 'eu' verdadeiro. Qualquer outra identidade é ilusão."
Fui a um acampamento e o tema do acampamento era sobre impostores. Mas não impostores que nós vemos na TV. E sim, os que vivem dentro de nós mesmos: escondidos, presos e negados.

Por mais que exista uma parte de nós que não admita que temos um impostor, no fundo, todos sabemos que temos e já ouvimos aquela vozinha lá dentro dizendo: "você não é bom o suficiente". E é exatamente sobre isso que Brennan Manning vem tratar.

Na luz da lente Cristã, o autor nos leva a refletir sobre nós mesmos, nosso papel na sociedade e nosso papel com Deus. Enquanto lia esse livro senti um balde de água fria no meu rosto e, ao mesmo tempo, um abraço de Jesus. Mas, como isso é possível? Simples! Brennan utiliza de uma característica infalível: a experiência. O autor já passou por tudo o que ele nos diz e utiliza de citações de várias pessoas que fazem com que você entenda verdadeiramente sua posição no mundo.
Você não é o seu erro passado, sua consciência interior ou as coisas que as pessoas dizem.

O Deus do universo te ama a tal ponto que ele enviou o seu filho para sofrer por nós, então porque você se apegaria a uma voz insignificante como essa? Estar com Deus, como diz o autor:
"É confiar tanto em Jesus a ponto de cometer erros e crer que sua vida ainda pulsa dentro de nós."

Um livro espetacular, com uma leitura leve e uma mensagem fantástica. É um daqueles livros que não mudam só você, mas mudam o mundo ao seu redor.

Mas afinal, quem sou eu?
"Sou aquele a quem Jesus ama."

Karine556 26/03/2014

Analisando o impostor
Um livro verdadeiramente brilhante! Manning nos leva a um processo reflexivo e contemplativo do amor e da graça de Deus, nos levando a ver que, muitas das vezes, estamos cegos diante de tamanha dádiva, graças aos resquícios da velha natureza: o impostor. O autor nos conta um pouco de suas experiências pessoais, ratificando o fato de que Deus é um ser relacionável e apaixonado pelos seus filhos.

Daniel.Alves 13/03/2024

Lido em 2003
Eu era novo convertido, e foi libertador entender na época que o pecado e a tentação serão uma luta diária e o novo nascimento não nos glorifica, isso ainda é uma promessa. Marcante :)

Gigio 20/07/2017

Brennan Manning é um impostor
Brennan Manning é um impostor. Não só como ele se apresenta em todo o livro, mas em seu conteúdo exposto também. Diferente de um bom autor que comete algumas escorregadas de vez em quando, ele patina bastante e se segura em algo mais firme de vez em quando. A mensagem central consiste no amor que tudo aceita tudo suporta, tudo crê. Um mar de rosas (em um texto extremamente emotivo) que o autor acredita que resolve todos os problemas da igreja, se não os da humanidade.
Seus principais acertos são os que fazem do livro ser razoável e não ruim. Entre eles a primeira parte em que descreve os fariseus na época do novo testamento. Ele consegue explorar todo o plano de fundo e dificuldades da época e como Jesus os confronta muito bem, mas ele logo acaba caindo em contradição com seu capitulo anterior e se torna intolerante quando tinha tudo pra entender o outro lado (como no exemplo que ele deu do pai e os filhos no metrô). Não defendendo os fariseus, mas mostrando o quanto o Autor não se preocupa de fato com o que é certo, mas em justificar o amor em todas as coisas, forçando a barra varias vezes.
Outro bom acerto é quando ele faz a interpretação da parábola do homem que vendeu tudo para comprar o terreno em que encontrou um tesouro. É a única vez em todo o livro que ele explora um versículo coerentemente e dando as suas devidas aplicações e não usando-os apenas como citação ou mesmo como mera conclusão ou afirmação solta no texto. Compensando esse acerto, um erro grave foi no exemplo do pentecostes em João. Como ele conseguiu achar pentecostes em Joao? Mas meu maior problema está em como ele “maltrata” o termo teologia fazendo parecer ruim estudar a bíblia seriamente (voltando no exemplo dos fariseus que são ruins só por serem mestres). Além é claro de muito misticismo (por exemplo “CFB” e “422” além da “voz audível”) para justificar a ressurreição e ignorando o confronto com a cruz.
Esse tipo de ida e vinda acontece varias vezes. Fala pra fazer o que é certo, cai em contradição e acerta nos falsos profetas. Fala bem de João, usa de um exemplo apelativo do abraço do rabino. “Salvação por graça e não por obras” seguido do “amor que ignora os erros”. Fica difícil gostar dele e isso piora quando ele se declara agnóstico nos dias difíceis (que a Bíblia nos faz crer que são os mais “fáceis “ para se buscar a Deus e ele discorda).
Brennan é um autor impostor (tão impostor que mudou até seu nome). Deveria ser considerado organizador do livro (não autor) já que ele mal escreve, usando em média 2 a 3 citações por paginas e não as explorando em nada e fazendo elas servirem só como jargão. Agostinho, Tomás de Aquino, GK Chesterton, Pascal, são alguns que poderiam contribuir muito mais se ele deixasse.
Os raros bons momentos de prazer na leitura, não compensaram a noite virada. Não trouxe nenhum aprendizado novo sobre o evangelho, mas me fez refletir sob um aspecto diferente algumas das coisas que acabei não mudando de opinião. Dificilmente o indicaria a um cristão, e menos ainda a um não cristão. Há coisas melhores para apresentar a cristo, embora a sequencia que ele usou seria ótima, mas mal aproveitada

joaoaranha 10/12/2018

Impactante, Incômodo, Necessário.
Poucos são os livros que leio mais de uma vez. Ainda mais mergulhando com a mesma intensidade em cada leitura. Brennan Manning é um dos poucos que consigo dizer, não pela lógica, mas pelo coração, que são inspirados por Deus. "O impostor que vive em mim", da Mundo Cristão, é leitura obrigatória para qualquer cristão, não importa a orientação. Recomendadíssimo, sempre.

leitoratrasado 04/02/2020

Nada do que eu esperava
O livro inicia ótimo, com perspectivas positivas a respeito do assunto a ser desenvolvido, mas lá pras tantas, começa a decair por conta da repetição e voltas que dá em assuntos que poderiam ser sucintos e melhor explorados. Creio que a narrativa do texto se prende em dar muitos exemplos, contas muitas histórias e fica massante a leitura. Embora tenha tirado muitas lições e marcado várias partes interessantes, o que me deixou incomodado foi a forma repetitiva de exploração de assuntos pequenos e a não conclusão interessante que o livro necessitava.