Não Sou Uma Dessas

Não Sou Uma Dessas Lena Dunham




Resenhas - Não Sou Uma Dessas


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Caroline Rezende 11/09/2015

Impressões de leitura: NÂO SOU UMA DESSAS
Resenha no blog Diário de Carola

Lena Dunham, você entrou para minha lista de divas.

Vamos as minhas impressões do livro: AMEI!! Na escala Ritcher esse livro levou um 7 (para você não ter que jogar no Google como eu fiz – nesse nível o terremoto é de grande proporção que causa danos graves). No começo confesso que julguei ela como uma louca dos relacionamentos, mas conforme eu ia evoluindo na leitura percebi que o objetivo dela sempre foi apenas mostrar o quão normal é ser você mesmo.

Eu tive uma grande dificuldade de explicar esse livro quando eu indicava a leitura dele para outras pessoas. Era tipo: “Oi amiguinho, você tem que ler Não Sou Uma Dessas, é incrivel!” e a pessoa dizia: “Ah sério, colega. Mas fala sobre o quê?”. E eu ficava tipo: Oi?

Não é muito fácil definir o que o livro te passa em algumas palavras, mas eu tentei. Primeiro, segue a Sinopse para me ajudar:

Lena Dunham , a premiada criadora, produtora e estrela da série Girls, da HBO, apresenta uma coleção de relatos pessoais hilários, sábios e dolorosamente sinceros que a revelam como um dos jovens talentos mais originais da atualidade. Em Não Sou Uma Dessas, Lena conta a história de sua vida e faz um balanço das escolhas e experiências que a conduziram à vida adulta. Comparada a Salinger e a Woody Allen pelo New York Times como a voz de sua geração, Lena é conhecida pela polêmica que desperta e por sua forma única e excêntrica de se expressar e encarar a vida. Engajada, a autora revela suas opiniões sobre sexo, amor, solidão, carreira, dietas malucas e a luta para se impor num ambiente dominado por homens com o dobro da sua idade.

Até ai, tudo bem. Fácil. Mamão com açúcar. Só que não. Porque é muito mais do que isso, é um relato de uma mulher sobre o seu crescimento e amadurecimento da forma mais sincera e crua, tanto na questão pessoal como profissional. Sabe como é difícil fazer isso em uma sociedade ainda comandada em sua maioria por homens, e que em qualquer deslize ou escorregão você pode ser ridicularizada e diminuída apenas pelo fato de ser mulher? E não só por isso, nossa sociedade em sua maioria também é preconceituosa e moralista, o que faz os julgamentos muitas vezes serem ácidos demais. Eu mesma me peguei julgando ela em coisas tão banais, que só não consegui aceitar de primeira porque são exatamente coisas que até queria ter vivenciado mas nunca tive coragem #ficadica. Aplaudo muito a coragem dela em transmitir suas experiências mais intimas e nos ensinar, como ela mesmo diz, que toda história vale a pena ser contada.

Então, acho que qualquer um que disponibilizar um pouco do seu tempo para ler esse livro não vai se arrepender. Vai se identificar com ela em algumas partes, vai sentir vergonha alheia em outras e em muitas partes vai ficar sem ter o que dizer.


site: https://diariodecarola.wordpress.com/2015/08/08/impressoes-de-leitura-nao-sou-uma-dessas/
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Amanda M. 05/09/2015

Uma mistura de louca descarada com uma pitada cômica.Adorei ;P
"Tenho vinte ano e me odeio. Meu cabelo, meu rosto, o formato da minha barriga. A maneira como minha voz soa hesitante e meus poemas soam piegas."
Tirando o fato de que eu ainda tenho dezenove e não só meus poemas, mas tudo que eu escrevo soa piegas, Lena Dunham me descrevia já nas primeiras frases de seu livro.
Desde a primeira vez que assisti Girls-seriado no qual Lena é roteirista, diretora, atriz,produtora- algo nela me chamou a atenção. Não seu se foi o sarcasmo de sua personagem, a aceitação explicita de seu corpo nada hollywoodiano, a maneira descarada com que ela fala sobre sexo, morte ou amizade, ou quanto ela adora comer e odeia exercícios, como ela se acha brilhante e, no entanto está perdida em meio a sua vida; não sei se foi a mistura de tudo o que ela dizia e fazia, ou simplesmente por que em meio a sua personagem [um tanto quanto maluca] encontrava lampejos de quem eu sou, e de quem eu gostaria de ser.
Descobri logo de inicio que Lena tinha uma mistura de louca descarada com uma pitada cômica que podia conquistar alguns e irritar a outros.Foi naquele momento em que decidi: Eu a adoro, simplesmente adoro quem ela interpreta e quem ela é, e a mistura de ambas. (sim eu comecei a querer saber tudo sobre ela ;P).De alguma maneira eu adorava o quanto ela se parecia comigo, e ao mesmo tempo tinha pequenas coisas que não chegavam nem perto do que eu seria capaz de ser, ou fazer.

o livro tem alguns de detalhes fofos :3 (tipo essa parte interna estampada)
Logo que eu vi o livro ser lançado eu o queria. Ela era oficialmente minha role model, e eu precisava comprar ele. Então semanas de torturas depois e uma ida inesperada a livraria para passar o tempo, e sai de lá com ele (e mais outros... sabe como é...;P). Levei um tempo pra lê-lo inteiro. Uns 5 dias, o que é muito pra um livro que eu realmente queria.
E senti o mesmo que senti vendo-a em fotos, em sua personagem, sendo matéria em sites da internet. Eu a adorava, as vezes dizia que amava, e então ela falava algo que me deixava indignada por algumas horas.
Em certos pontos achei que desistiria. :/
O livro é separado em seções, e estas em capítulos. Logo de inicio desanimei. Ela começa falando de Amor &Sexo, assunto qual não me agrada tanto. E onde levei metade do tempo de leitura se não mais, ao acabar fiquei aliviada por que senti que tive que enfiar 67 pagina garganta a baixo, das quais não tirei muito proveito. Mas não desisti, fui em frente e logo era pura adoração por ela novamente.
Ao falar de corpo senti que finalmente encontrava a atriz/diretora/escritora(/possivelmente mulher maravilha) que adorava, e ai por diante foi rápido e divertido ler.Logo em seguida a autora aborda o tema Amizade, onde também encontra-se o assunto irmã, no capítulo Grace -sua irmã mais nova.No penúltimo capitulo o tema Trabalho surge, nesse nota-se em maior destaque a independência e o carácter feminista da autora ;algo que sempre me chamou a atenção.Em meio a um mundo dominados pelo sexo oposto a autora conseguiu trilhar seu caminho ao sucesso e realização própia.
Chegando ao final, na seção Panorama, parecia que todo aquele começo no qual não me interessou valeu a pena, eu encontrara a minha Lena novamente. E foi ele quem mais me agradoui. Os dois capítulos finais foram o que mais gostei, acho que foram neles que encontrei realmente parte de mim. No geral o livro é realmente um retrato de uma jovem moderna e desencanada, e mesmo se perdendo em certos pontos de sua vida, se tornou tudo o que queria da maneira que queria. O que no final é o que me fascina nela.
Devo disser que mesmo que o começo tenha me desanimado, e tudo por que a visão da autora é completamente divergente da minha, o livro não perdeu seu valor e nem Lena Dunham pra mim. Ela ainda me inspira, e está na lista de feministas que adoro. E a todos que gostam dela, ou não, mas que de qualquer maneira a queiram conhecer eu recomendo o livro.
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Pamela579 05/09/2015

Sinceramente, maravilhoso
Em Não Sou Uma Dessas, Lena fala das experiências que enfrentou em seu esforço para abrir caminho pelo mundo: apaixonar-se, sentir-se sozinha, sofrer com o excesso de peso apesar de uma vida inteira de dietas, provar o seu valor em meio a homens com o dobro da sua idade, manter boas amigas. Dispensar namorados ruins, encontrar o amor verdadeiro e, acima de tudo, acreditar bravamente que sua história merece ser contada.

Uma história inspiradora, engraçada, que nos encoraja a levar uma vida sem limites e que desistir não deve ser uma opção. A única regra é se aceitar da forma que é, e viver intensamente sem se preocupar com a opinião dos outros. Participar ativamente de uma vida que é sua. Só sua. Não existe vida perfeita. Não existe perfeição.
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Maisa 05/09/2015

não entendi o hype, é bem chato, credo!
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Rafaely 07/08/2015

Não sou uma dessas
Terminei "Não sou uma dessas" da Lena Dunham. Lena conta histórias muitas vezes desconexas, com experiências com um fundo cultural totalmente "american way of life", as vezes com uma ou outra moral no final da história.
É um livro fácil de ler, interessante em alguns momentos mas confesso que eu comecei a ler com a expectativa lá em cima e me decepcionei um tanto.
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Bruno 06/08/2015

Triunfante!
Uma narrativa deliciosa, divertida em alguns pontos, profunda em outros, sincera em todos. Lena Dunham é, sem dúvidas, uma das vozes mais importantes da nossa geração. Em "Não sou uma dessas", a atriz, roteirista, diretora e escritora nos leva aos lugares mais profundos e obscuros de sua memória, fazendo confissões e relatando humilhações, medos e falhas de uma forma cativante. Não consegui parar de ler e fiquei muito triste quando terminou. Refleti sobre o livro várias vezes, morri de rir outras várias vezes e entrou pra minha lista de favoritos logo nos primeiros capítulos. Vale a pena!
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Amitiel 31/07/2015

Não somos uma dessas quando resolvemos não ser!
Um dos melhores livros que já li. Divertido e sincero até o âmago... E a identificação com as loucuras e os pesares foi enorme! E uma das conclusões mais interessantes que já tive foi a condescendência das mulheres inteligentes com os homens babacas. Quem ler, entenderá!
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Érica 26/05/2015

Lá estava eu sentada na poltrona da livraria, com minha mãe sentada na poltrona ao lado 100% concentrada em sua leitura e ignorando completamente minha presença ali. Eu não lia nada e também não queria levantar para pegar nenhum livro. Que livro? Afinal, consegui uma poltrona! (vc tb sabe o valor de duas poltronas vazias juntas numa livraria se vc é um frequentador de livrarias aqui em Niterói ou no Rio). Além do mais, visito a livraria com tanta frequência que às vezes penso que não tem mais nada ali para eu ver. Eu tinha um livro no colo, que eu havia acabo de comprar, mas não parecia adequado para ler naquele ambiente, sei lá porque motivo, já que era um livro bem normal.

Então lá estava eu, sentada na mais pura inércia e já tinha lido, também por inércia, o título do livro que estava bem minha frente. Simplesmente porque, da mesma forma que acho difícil ignorar ruídos (não podemos fechar os ouvidos como podemos fechar os olhos), também tenho dificuldade de ignorar textos escritos, quando eles estão bem na minha frente. Por isso detesto filmes dublados e legendados ao mesmo tempo, porque eu vou ler a legenda de qualquer forma, mesmo que o áudio esteja em português, o que não faz o menor sentido.

Só prestei atenção no livro de forma consciente quando li: Lena Dunham! Daí percebi o título em "voz alta na minha mente": NÃO SOU UMA DESSAS (em letras enormes, pretas e rosa, fundo branco). Claro, só dei bola e peguei o livro por causa da autora, porque o título não me chamou a atenção. Assisti apenas as duas (ou três, não lembro) temporadas de Girls e adorei a série. Achei engraçada, autêntica, interessante e não sei explicar porque parei de acompanhar. E minha admiração pela série foi o único motivo que me levou a comprar o livro.

O livro é simples, mas caprichado. Digo, a edição. Ele tem ilustrações fofas com traços simples e delicados que ilustram algumas cenas narradas pela autora e outras figurinhas delicadas como: um cotonete, um bolinho na forminha, uma forminha vazia com migalhas logo em seguida, uma dentadura de dar corda de brinquedo. O livro ficou bem charmoso com essas ilustrações e eu gostei bastante, acho que deu um colorido especial.

"Não sou uma dessas" é um livro de memórias de uma jovem mulher que parece realmente não se importar com o que pensam dela e como vão julgá-la por suas revelações. Lena é muito aberta na hora de narrar seus causos e tem tão pouca reserva sobre sua vida quanto por mostrar seu corpo nu na tv, sem romantizá-lo. Sua auto-exposição é tamanha que, penso, se ela tem algo que mantém em segredo, deve ser algo realmente bizarro.

Então lá estava eu rindo pra caramba na poltrona da livraria. Decidi ler o livro depois de poucas linhas. Também decidi que assistiria Girls novamente. Li o livro em quatro dias. Não achei tão engraçado quanto pensei que fosse, quando terminei de ler, mas gostei. Ajudou bastante o fato de ser um livro com memórias aleatórias, e não um livro com uma ordem cronológica como uma biografia. Acho que é um livro para quem curte a série Girls (se vc assistiu, vai reconhecer coisas, várias). Não vejo porque alguém teria interesse na intimidade de uma celebridade como a Lena, se essa pessoa não gosta ou nunca assistiu a série Girls.

palavras-chave do livro: família, amizade, sexo, faculdade, TOC, doenças (enorme medo de), namoros, vagina, feminismo, dieta, Nova York.
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Lia 20/05/2015

Não sou uma dessas
O livro “Não sou uma dessas” é uma biografia da criadora e produtora da série Girls da HBO, Lena Dunham.
O livro é dividido em seções, cada um abordando um assunto diferente, entre eles: Amor e Sexo, Amizades, Corpo, Trabalho.
A autora expõe abertamente detalhes de sua vida e de sua personalidade. Narra com coragem suas experiências, seus medos, suas loucuras, seu problema com o peso, fala abertamente sobre o aborto, etc. Mas não faz muitas reflexões, são apenas assuntos soltos.
O livro estava sendo bastante comentado na internet, e comprei por curiosidade, mas não é um tipo de leitura que me agrada. Confesso que esperava algo mais do livro, e pensei várias vezes em desistir da leitura.
Mas respeito o trabalho da Lena, e não posso deixar de dizer que o livro tem uma aparência linda, ilustrações e trabalhos gráficos incríveis.
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Trixie 21/04/2015

Resenha: Não sou uma dessas, de Lena Dunham
"Lena Dunham, a premiada criadora, produtora e estrela da série Girls, da HBO, apresenta uma coleção de relatos pessoais hilários, sábios e dolorosamente sinceros que a revelam como um dos jovens talentos mais originais da atualidade.

Em Não sou uma dessas, Lena fala das experiências que enfrentou em seu esforço para abrir caminho pelo mundo: apaixonar-se, sentir-se sozinha, sofrer com o excesso de peso apesar de uma vida inteira de dietas, ter que provar seu valor em meio a homens com o dobro de sua idade, manter boas amigas, dispensar namorados ruins, encontrar o amor verdadeiro e, acima de tudo, acreditar bravamente que sua história merece ser contada."

De certa forma, ela nos prepara para o futuro e nos faz relembrar (com um novo angulo) muitos fatos que gostaríamos de poder esquecer. Tudo de uma forma descontraída e com uma linguagem que nos aproxima bastante da autora e faz pensar se não teria valido a pena passar por tantas coisas.

Lena consegue colocar de forma natural coisas que seriam um grande tabu para a maioria dos autores/pessoas, tanto coisas vergonhosas, quanto temas polêmicos. Já na primeira "parte" (o livro é dividido em cinco), nos deparando com capítulos como "Tira a minha virgindade (não, sério, tira)" e "18 coisas improváveis que eu disse no meio de um flerte".

"Já estou prevendo a vergonha que sentirei por ter pensado que tinha algo a oferecer, escreve Dunham. Mas se eu puder pegar o que aprendi e tornar alguma labuta mais fácil para você ou evitar que você tenha o tipo de sexo em que sinta que deve continuar de tênis para o caso de querer sair correndo durante o ato, então cada passo em falso que dei valeu a pena."

Ela divide seus medos, experiencias e diz tudo o que gostaríamos de ter ouvido em determinados momentos de nossa vida. Se algum dia eu pudesse falar com ela, certamente começaria com um muito obrigada.

"A escrita de Dunham é tão inteligente, honesta, sofisticada, perigosa e encantadora como a sua série Girls. O maior mérito do livro é um tipo de superconsciência divertida: de si mesma, do mundo, do ser humano. Ler Não sou uma dessas faz você se sentir feliz por estar no mundo e por Lena estar nele com você. " George Saunders, escritor.

A opinião de Saunders diz tudo: Lena é honesta e é fiel ao que ela é, o tempo todo. Apesar do toc, dos problemas com a autoimagem e tudo que poderia deixa-la pra baixo, ela é uma mulher autentica e ao mesmo tempo parecida com todas nós. Acho que no fundo todos temos um lado Lena Dunham (ou será que ela espiona seus prováveis leitores e faz algo baseado na vida deles?)

A leitura em alguns pontos se tornou lenta, mas logo vinha um fato interessante e voltávamos a nos prender. Adorei as ilustrações (Joana Avillez simplesmente arrasou) e também poder conhecer um pouco mais sobre Lena.

site: http://orelhadapagina.blogspot.com.br/2015/04/resenha-nao-sou-uma-dessas-de-lena.html
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Marisa Aziliero 20/04/2015

Completa e totalmente desnecessário. Um dos maiores arrependimentos que já tive até hoje quando se trata de livros!
Mari 05/08/2015minha estante
Concordo! Não me agradou também.




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Mari 21/02/2015

"Não há nada mais corajoso para mim do que uma pessoa anunciar que sua história merece ser contada, sobretudo se essa pessoa é uma mulher."

Lena Dunham é conhecida, principalmente, pela série Girls, da HBO, do qual é criadora, roteirista e protagonista. Mesmo sem acompanhar a série, todo mundo que segue Lena nas redes sociais ou, pelo menos, já ouviu falar dela, sabe que ela não tem medo de se expor, que é uma mulher cheia de personalidade e é considerada uma das vozes feministas de nossa geração. Acontece que expor sua opinião no Twitter e em outras redes sociais não foi o bastante. Lena quis mostrar, não para o mundo, mas para si mesma, que ela sabe do que está falando e que se posicionar como a mulher que ela queria ser nos dias de hoje é difícil, porém não impossível.

"Sou uma narradora nada confiável."

Começo a resenha dizendo que, caso eu não conhecesse Lena, o livro não faria tanto sentido e as mensagens que ela gostaria de passar tampouco seriam passadas. Acontece que, antes que eu lesse o livro, vi várias amigas comprando pensando que era um livro de autoajuda, daqueles que você leva vários ensinamentos e quanto mais lê, mais se identifica. Acontece que em Não Sou Uma Dessas Lena nos passa sim ensinamentos, mas eles estão nas entrelinhas. Ela não dá vários conselhos pois ela sabe que várias pessoas diferentes lerão seu livro e que cada um tem a sua vida, então, cada um deve ler e interpretar da maneira que achar melhor (mesmo que isso possa ser confuso para algumas pessoas).

"Fico com raiva simplesmente por não ter palavras melhores para descrever o ocorrido."

Lena mostra, definitivamente, que não tem medo de se expor. Ela conta sobre suas experiências desde a infância, divididas em cinco seções: Amor e Sexo, Corpo, Amizade, Trabalho, Panorama. A cada capítulos temos flashbacks de determinada fase da vida de Lena, uma vez que o livro é dividido por temas, e não por datas. Eu achei bem legal a escolha da divisão por temas, mesmo que uma hora estejamos lendo sobre a Lena da faculdade e em outro momento sobre a Lena da infância. Acontece que isso ajuda a nos darmos conta de como nossas atitudes são espelhadas em nosso passado mais do que nós achamos. Existem coisas que nós nem percebermos, mas são sim frutos da nossa infância, adolescência e por aí vai.

"Luxo é bom, mas criatividade é melhor ainda."

Uma coisa que me incomodou um pouco foi a naturalidade com a qual Lena fala de assuntos como estupro e morte. Ela mesma fala que não se lembra de muita coisa que aconteceu em certa noite, mas o que ela lembra, ou pelo menos acha que aconteceu, é caracterizado como estupro por uma amiga dela. E a reação dela é, no mínimo, ridícula: Lena ri. Em outra situação, ela tinha um "namorado" que conheceu na internet, nunca haviam se visto, mas ele era amigo de um amigo dela, e ela recebe a notícia de que ele morreu. Eles estavam se falando cada vez menos e a pergunta de Lena é: você sabe se ele gostava realmente de mim? Como se, ficar triste ou não pela morte dele, só dependia da resposta. Daí você pensa: ela riu de nervoso na primeira situação e, na segunda, ela era uma adolescente. Só que não, gente! Não darei detalhes das situações, para que vocês tirem suas conclusões, mas não estou julgando Lena, até porque lendo o livro consigo entender muito bem cada um de seus atos.

Após a publicação do livro, Lena, inclusive, foi acusada de abuso sexual contra a irmã. Ela tinha 7 anos quando tinha atitudes estranhas. Para chamar atenção? Não, por falta de confiança. Ela mesma disse que queria escrever sobre como o quão inocente é uma criança, ao mesmo tempo que aos 7 anos uma criança já pode se sentir fraca e insegura. Ela queria se sentir confiante, ao mesmo tempo em que queria que a irmã confiasse nela. Ela que queria dar as notícias ruins (como uma morte na família, um incêndio na vizinhança...) para a irmã, para que ela confiasse nela. Ela pagava alguns centavos para a irmã para poder dar um selinho de cinco segundos nela para sentir que era experiente. Ela fingia não gostar que a irmã queria dormir na mesma cama dela (por medo de ficar sozinha) só para que parecesse útil, ao mesmo tempo em que ficava feliz de saber que a irmã se sentia segura com ela. Lena toma calmantes e antidepressivos até hoje (mesmo que raramente) e achei muito corajoso da parte dela colocar situações como essas no livro.

"A Barbie é distorcida. Não tem problema brincar com ela, desde que você se lembre disso."

Por outro lado, Lena dá um show de confiança atualmente. Sério, muitas mulheres deveriam ler esse livro para ver a importância que os outros devem ter em sua vida: nenhuma. Todos sabemos que existe um padrão de beleza, agora, se importar com ele vai de cada um. Vejo tantos comentários negativos que mulheres fazem sobre elas mesmas nas redes sociais que penso: "como elas podem reclamar que não encontram alguém se nem elas gostam de si mesmas?" As pessoas não devem ter vergonha do que são e, se não estão satisfeitas, que tentem arranjar uma maquiagem que disfarce o nariz torto ou redondo, uma roupa que disfarce aquela gordura localizada, um penteado que disfarce a testa grande. Você não pode mais mudar o que é (só nascendo de novo!), mas pode disfarçar certas coisas para ficar bem consigo mesma. "Mas Mariana, você está falando para as mulheres saírem todas montadas, com quilos de maquiagem?" Não, gente, só acho que para tudo há um jeito, e nem sempre são as cirurgias!

[...] LEIA A RESENHA COMPLETA: http://www.magialiteraria.net/2015/01/resenha-nao-sou-uma-dessas-lena-dunham.html

Amor, sexo, dietas, carreira, autoestima, cenas de nudez, infância, adolescência e maturidade são alguns dos vários temas que Lena Dunham aborda de maneira sincera e intensa. Ela realmente mostra tudo o que aprendeu em Não Sou Uma Dessas e até o que não deveria - na opinião de alguns - mas o importante é saber que não importa se está atrás das câmeras, em 140 caracteres no Twitter ou em um livro de 300 páginas, Lena não é uma dessas que se importa com a opinião dos outros, mas é uma dessas que incentiva a confiança em si próprio e que não passa despercebida
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Amy 20/02/2015

Introdução

Em Não Sou uma Dessas, Lena Dunham discorre sobre sua vida em vários aspectos. Pequenos capítulos recheados de boas histórias e lembranças. Além de suas obsessões e descobertas, conhecemos uma Lena bem próxima de Hannah (da série Girls). Confesso que o New York Times apelou com seu comentário sobre a voz da geração. Porém, é uma leitura divertida e bastante polêmica.

Sobre Lena Dunham



Lena Dunham é uma atriz, roteirista e cineasta americana. Ela dirigiu o filme independente Tiny Furniture e é a criadora e protagonista da série Girls da HBO. Dunham nasceu na cidade de Nova Iorque. É filha de Laurie Simmons, uma fotógrafa e designer, e Carroll Dunham, um pintor.2 Seu pai é protestante e sua mãe é judia. Ela estudou na escola Saint Ann’s, no Brookly, onde conheceu Jemima Kirke, atriz de Tiny Furniture e uma das protagonistas de Girls. Ela estudou escrita criativa na Universidade de Oberlin, onde se formou em 2008.

Narrativa

O ponto alto da narrativa é o tom que Lena usa para a discussão dos temas em que o livro aborda. Ele é dividido em seções, sendo elas: Amor & Sexo, Corpo, Amizade, Trabalho e Panorama. Outro ponto que me agradou muito foi que a cada capítulo tem um título que promove curiosidade de entendê-lo. Os meus favoritos eram listas, como por exemplo, 13 coisas que aprendi que não se deve dizer aos amigos.

O tom divertido, descontraído e meio estabanado da autora, torna a leitura muito mais fluída pra mim. Em muitos momentos pensei: – Nossa, ela é um personagem, o seu jeito único de contar as coisas. Não duvido que muito do que ela expõe esteja numa escala muito megalomaníaca, mas quem se importa?

Uma vida que poderia ser desinteressante aos olhos dos outros, passa a ser algo muito mais cativante e inusitado. Não há uma linha cronológica dos fatos, situações são discutidas e até relembradas em outros capítulos pela autora. Mas não chega a ser repetitivo, não.

Diagramação



O trabalho gráfico do livro é lindo. As ilustrações da amiga de longa data de Lena (Joana Avillez), dão todo o charme ao livro. A capa é a mesma que foi publicada em vários países.

Considerações Finais

Antes conhecia a Lena atriz, diretora e roteirista. Hoje, conheço e entendo muito de seus trabalhos e o motivo de serem como são. Lena tem um jeito especial e excêntrico. Não se pode levar tudo ao pé da letra, Lena tem uma voz cheia de sarcasmo e ironia. É uma leitura altamente divertida e trágica. A vida dela exposta em muitos momentos e com poucas referências ao seu trabalho em Girls, é possível ver e entender sua personagem e seu sucesso com a trama. Não é um livro de pura indentificação, mas que leva a alguns questionamentos do começo da fase adulta. Cada um vive sua verdade, Lena não se importa com o que os outros pensam dela, ela é o que ela é e pronto. A melhor moral incutida na trama é essa. Seja você e seja feliz com o que tem, mas ao mesmo tempo, saiba ouvir o que os outros tem a dizer.

site: http://il-macchiato.com/?p=13110
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