Resenhas - O Que Aconteceu Com Emma

Paula 15/01/2018

Foi a mesma autora quem escreveu o livro inteiro?
Algo está muito errado nesse livro. O começo dele tem uma pegada meio Hannah Baker, como se fosse um diário de Carrie encontrado após a morte dela, o que não faz sentido algum após a conclusão da leitura. O que fez menos sentido ainda foi sobre a figura da Emma. No começo, é descrita como uma garotinha dois anos mais nova que Carrie, de quem era bastante amiga. No começo, Emma não é descrita mais como um bebê: ela e Carrie têm códigos secretos para alertar uma à outra sobre quando Richard está agressivo; ela visita estabelecimentos comerciais na cidade, ela fala... De repente, essa Emma some. Ela vira um bebê. Ok, Carrie tinha lembranças dela bebê, mas há passagens que deixam a entender que Emma não falava ainda. No final, tudo fica ainda mais confuso: o pai da Carrie sacudiu a Emma, ainda bebê, e deu um sumiço nela, o que fez a mãe das duas o matar. Ora, se Emma sumiu ainda quando o pai da Carrie estava vivo, como ela podia alertar a irmã sobre o Richard? Ou realmente Carrie teria imaginado Emma durante muitos anos? Como a população inteira da outra cidade passou a achar que Carrie era doida se diversos deles conheciam a Emma? Há passagens em que a Carrie lembra deles falando dela... Achei confuso!

Há outras passagens que me levaram a crer que a autora iniciou o livro pensando em uma coisa e terminou escrevendo outra. Quando a mãe da Cricket (esqueci o nome) conhece a a Carrie, há passagens que dão a entender que haverá alguma conexão mais forte entre a Carrie e a família, como, por exemplo, quando ela reconhece o sotaque sem saber de onde e, depois, quando mostra conhecimento sobre a cidadezinha de onde a Carrie veio. Cheguei a pensar que a Carrie fosse filha do Hunter porque não fazia sentido as citações sem que houvesse motivo.... Isso até justificaria a aparência da Carrie parecer a da Caroline.

Flávia Pasqualin 29/01/2020

Livros que retratam maus tratos a crianças são sempre difíceis e esse não foge a regra. Carrie é uma garotinha de 9 anos que já passou por muitas coisas devido a sua família desestruturada. Após um incidente ela se muda de cidade com a mãe e lá acaba conhecendo uma família totalmente diferente da sua. O grande cerne da história é o passado de Carrie, já que ela acredita ter tido uma irmã chamada Emma, mas sua mãe insiste que ela era uma espécie de amiga imaginária que nunca existiu de fato. Carrie então vive em um dilema acreditando que não está louca e que Emma era real sim. É uma história que mexeu comigo, mesmo sendo ficção é difícil não se sentir tocado já que a violência tanto física quando psicológica contra crianças é algo bem palpável. Uma leitura que envolve partes comoventes, mas acima de tudo uma bela mensagem sobre amor e esperança.

San... 16/02/2015

O livro fala de abuso infantil. Não como outros que já li, porque este é ficção. Nem por isso deixa de ser interessante. Em duas vozes, por um lado é contado pela ótica da criança, vitima de abusos, e por outro lado é contado por uma adulta que perdeu uma filha com leucemia. Os caminhos dessa mulher e dessa criança se cruzam e se entrelaçam no decorrer da narrativa. Embora ficcional, o enredo guarda grande semelhança com a história real de abuso infantil. Gostei.

Libera 11/06/2021

Gosto muito de ler livros pouco conhecidos, e desta vez escolhi "O que aconteceu com Emma", o ebook está disponível no Kindle unlimited, então aproveitei para ler.


A história traz como protagonistas Carrie e Honor, os capítulos são narrados em primeira pessoa, alternando entre as duas personagens.

Carrie vive com a mãe e o padrasto, e após uma tragédia, a mãe resolve se mudar para uma nova cidade e fugir desse passado tão horrível.

Honor Chaplin Ford acabou de se separar e foi morar com a mãe, levando junto sua filha Cricket. Seu casamento acabou após a morte de sua filha Caroline, e em seu coração a dor ainda é profunda. Mas os problemas aumentam quando Honor descobre que sua mãe deve muito ao banco e corre o risco de perder sua casa. 

O encontro entre Carrie e Honor vai mudar a vida das duas para sempre, e a vida de suas famílias. Carrie e Cricket, filha de Honor, viram melhores amigas assim que se conhecem, e isso muda a vida de ambas.

"Nunca ninguém tinha segurado a minha mão como ela. E Cricket não acha que é esquisito ou algo parecido- ela pegou minha mão, assim, como se fosse totalmente normal, e por alguma razão, provavelmente porque sou meio retardada, como a mamãe diz, quero chorar. Por me senti feliz!"

Carrie tem uma vida muito sofrida, sempre humilhada pela mãe, ela tem que esconder tudo o que sabe e falar o que a mãe diz ser o certo. Ela tem certeza que tinha uma irmã chamada Emma, mas a mãe a obriga a se calar e ameaça internar a menina no hospício caso ela continue a contar mentiras.

"Até a mamãe ir para a cama, é melhor eu ficar onde estou, no chão. Ela não gosta de me ver depois que me bate. Ela não gosta nem de respirar o mesmo ar que eu. Ela se sente mal, é por isso. Se eu pudesse, eu diria que vou ser tão boa de agora em diante que ela não vai nem acreditar."

O livro fala sobre abuso e sobre a pureza de uma criança, que por mais abuso que sofra sempre protege a mãe, sempre a defende, e se culpa por tudo. É muito triste acompanhar tudo o que acontece com Carrie, todo abuso que ela é submetida. Ao chegar na nova cidade, a vida dela só piora, morando em um motel com a mãe, ela é obrigada a procurar comida no lixo, enquanto a mãe bebe e se prostitui.

" O que eu faço é o seguinte: eu levo o catálogo para o quarto e, quando a mamãe está derrubada de uísque, recorto as fotos com uma tesoura que peguei emprestada do Sr. Burdock. Então eu mexo as fotos com o dedo num copo com água, até o papel quase rasgar. Daí eu como cada imagem. Uma a uma. Parece esquisito, eu acho, mas enche uma barriga vazia tão bem quanto qualquer coisa que eu já tenha tentado."

Não comeco ainda tentei acreditar que a mãe era amarga e ruim por causa de tudo o que ela passou, pois na adolescência era uma garota feliz, mas mudei de opinião, acredito que ela era ruim mesmo, e nunca quis ser mãe. 

O ponto de mudança da história é algo digno de novela das oito. No início, imaginei algo diferente, por algumas (na verdade muitas) coincidências entre os personagens, mas não era nada daquilo. Essa foi a única parte que achei meio sem sentido. 

A explicação sobre a existência ou não de Emma ficou muito corrida e a autora acabou jogando tudo de uma vez no final.

Foi uma das minhas melhores leituras? Não, mas mesmo assim gostei da história, Carrie é uma personagem que aquece nosso coração e por isso valeu a leitura.

Mari 26/05/2024

Emocionante!
É uma história muito emocionante, pode ser bastante pesada para algumas pessoas pois trata de abuso infantil... Me apeguei na Carrie, criei carinho por ela e tive vontade de colocá-la num potinho pra proteger do mundo ???
Senti falta apenas de uma explicação pra semelhança absurda dela com a filha falecida da Honor e até o mesmo nome (só coincidência, será?)

_mvtl_ 04/03/2024

Desespero para ajudar a pequena Carrie!
A história tem dois núcleos de personagens: Carrie (Caroline), uma menina de 9 anos, e a mãe dela. E Honror e a Cricket (a filha dela), de 12 anos. Há outros personagens que completam esses núcleos.

A narrativa é feita por Carrie e Honror. Cada uma contando e tendo que lidar com as dificuldades que as cercam, até que ambas se encontram em determinado ponto.

A história é pesada, sofrida (no bom sentido), sombria. Carrie passa por provações que criança nenhuma deveria enfrentar. Ver uma doce menina de 9 anos ser sujeita a tantas maldades é revoltante, ainda mais por vir de alguém que, na prática, não deveria fazer nada de mau contra ela. É desesperador a vontade de proteger a pequena menina e tirá-la da situação de merda em que está.

Honror também tem seus percalços, mas pertinentes à vida adulta. Ela está desempregada, separou-se do marido e enfrenta problemas financeiros; e tem uma filha com TDAH, o que requer atenção. E essa filha é a jovem Cricket.

Carrie acaba conhecendo Cricket e a mãe dela em determinado momento, e é reconfortante ver a pequena de 9 anos receber carinho, atenção, bondade e preocupação de outras pessoas; e, ainda mais, a necessária amizade que faz com elas, principalmente com Cricket.

A narrativa é simples, porém, funciona perfeitamente. Não há floreios nem demasia de palavras; e a história é curta (280 páginas), mas o suficiente para encantar e incomodar o leitor.

A história me impactou demais, principalmente a parte da Carrie. Ver a pequena menina sofrer tanto, foi algo doloroso; uma sensação de desespero para protegê-la e tirá-la de onde estava me preenchia a cada provação a qual ela passava. Ademais, achei um livro comovente, ainda mais por mostrar situações pesadas.

O final, final foi previsível, mas achei bom, pois deu aquilo que a Carrie mais queria.

É um livro, é uma história situada num contexto triste, amargo, infeliz. Contudo, ao final, todo esse pesar resolve ir e dar lugar à luz e à esperança. Principalmente à doce e valente Carrie

"O Que Aconteceu Com Emma" já é um dos meus livros preferidos, e irei levar para sempre essa história.

Bruna 10/09/2023

Apenas as palavras da autora pra definir a perfeição que é esse livro:
"Tematicamente, este é um livro sobre identidade: sobre quem somos e quem aspiramos a ser, e sobre por que as duas coisas raramente se harmonizam. Este é um livro sobre aquele fio de nós mesmos que tramamos no tecido das relações que forjamos, e sobre o sofrimento que toleramos apenas para nos emaranhar a ponto de nos tornar irreconhecíveis. É sobre família, aquela no seio da qual nascemos e aquela que escolhemos. Mas, essencialmente, este é um livro sobre mães e filhas."

Lilian.Ladeira 10/08/2023

Triste
O livro conta a história de Carrie, uma garotinha que aparentemente sofre de algum transtorno psicológico, que tem uma irmã imaginária e tem dificuldade em separar ficção de realidade.

O mais estranho do livro é que ele começa de uma forma, como se a Carrie estivesse escrevendo um diário e ao longo dos capítulos a história vai mudando o curso como se fosse até outra pessoa e não a escritora a escrever.

Quando Carrie encontra Honor, ela logo fica próxima da família por conta de sua aparência quase que idêntica a filha que eles perderam anos atrás por conta de um cancer, inclusive o nome das duas é o mesmo: Caroline. Inclusive há uma cena em que o pai da menina morta encontra Carrie e chora muito, o que leva o leitor a pensar que haveria uma ligação entre Carrie e a família.

A história corre então muito triste, com várias cenas de abuso infantil e negligência até que chega o ponto final onde os mistérios são revelados, mas não é dado um desfecho sobre Carrie e a família de Honor.

Eu gostei do livro mas acho que a escritora pecou em deixar alguns pontos que eram importantíssimos na história tao sem solução no final, sendo que a história não tem um final aberto.

Thaís 24/07/2023

Difícil
Assim como muitos disseram aqui, a leitura é realmente muito difícil? o livro prende demais pq vc quer de fato saber o que aconteceu com Emma, porém o caminho até o final é árduo. Sem dúvida o livro mais difícil que eu já li, e complexo pra avaliar pq é um misto de sentimentos. Pensando só friamente, é um bom livro.

gi berni 13/06/2023

04
Achei esse livro num sebo, não dava nada por ele, mas nossa
a história te cativa e emociona, todos os personagens são aprofundados na medida perfeita
a história em si pode ser gatilho para algumas pessoas, mas para mim foi um grande aprendizado, definitivamente um livro que vou levar para meu futuro ambiente de trabalho

Gi Santos 08/06/2023

Acho que essa foi a leitura mais triste que eu já fiz. A história é extremamente pesada, narrada pela ótica inocente de uma garotinha de nove anos, mas ao mesmo tempo, é um livro tão necessário e cheio de reflexões, que honestamente, não tem como terminar esse livro sem querer guardar a Carrie em um potinho e protege-la de tudo de ruim que existe no mundo.

suellensouza 31/05/2023

Esse livro foi triste porque ler sobre abuso infantil não foi fácil, deu muita raiva da mãe e vontade de proteger a Carrie, uma menina tão meiga e inteligente mas que se acha burra porque a mãe sempre falou isso dela.

Carrie é uma menina de 9 anos, que faz de tudo pra agradar a mãe e não tem consciência dos maus tratos que sofre, ela sempre viveu assim, entã normalizou os abusos da mãe, achando que era assim que uma mãe cuidava da filha, e ela sempre se culpava, prometendo a si mesma que faria tudo certinho, assim a mãe não ficaria brava com ela.

Mas ela se refugiou em lembranças de uma irmã que ela teve, Emma, mesmo a mãe dizendo que era apenas uma amiga imaginaria. Carrie muitas vezes confundiu memórias com imaginação, o que nos faz realmente duvidar se Emma existiu. Mas foram essas lembranças que a fizeram sobreviver um pouco aos maus tratos que sofria. Tudo começou a mudar quando foram pra outra cidade e ela conhecer uma família, que também sofria com o luto e assim Carrie foi acolhida com todo o amor que merecia, e aos poucos foi se tornando da família. Mas mesmo recebendo o carinho daquelas pessoas com que ela passava bastante tempo, ela ainda queria proteger a mãe, não querendo que ela fosse culpada por nada. Quando finalmente descobriu a verdade, ela pode seguir em frente com a nova família e ser feliz, coisa que ela merecia em todos os seus nove anos.

O livro é muito bom, recomendo, é uma leitura envolvente, e como é contado em muitas partes, por uma menina de nove anos, tem coisas que acabam sendo engraçadas e dá uma leveza na leitura, a inocência de Carrie é cativante.

Rênaty 03/04/2023

Abandono, rejeição, mentira... amor fraterno, cuidado...
Caroline (Carrie) é uma menina com muitas estórias e dúvidas na cabeça. Sua mãe não cuida dela, não se preocupa com ela, não a ama. Ela salvou sua mãe, mas, mesmo assim é considerada a culpada dos acontecimentos que se seguem.
Hannah (Cricket) se sente triste e sozinha, sua irmã morreu, e ela acredita que não é tão boa como ela era.
Honor é mãe de Hannah, e desde a doença da filha Caroline (outra) viu sua vida, seu casamento e sua felicidade ruírem. Assim como seu marido Edsil.
Ruth é mãe de Honor, e tenta ajudar a filha e a neta, mas, mete os pés pelas mãos.
As estórias se cruzam e Carrie é uma cópia de Caroline, só que mais nova.
Carrie e Cricket são as novas melhores amigas.
Mas, Carrie se vê obrigada a contar suas verdades para Cricket quando encontra uma prova de que ela não é maluca.
A mãe de Carrie passa dos limites, e ela se vê sem opção e procura a família de Cricket.
E, depois de mais verdades surgirem, será que Carrie ficará bem? Será que a família de Cricket compreenderá o que lhe aconteceu?

A estória é triste e doída, e bem real. Mesmo assim, gostei da escrita e do enredo.

Vale a pena!

Cilleni 18/12/2022

Triste
Muito triste. Li com um amargor na boca. É angustiante. Criei um amor por Carrie tão grande e um ódio imenso da mãe dela.

Dirlene_Tavares 15/11/2022

Sensacional.
Esse livro me deixou zonza, primeiro porque a gente fica mudando de lado o tempo todo, e nesse labirinto de acontecimentos uma trama de dar arrepios vai se revelando. No final fiquei tão triste e feliz, sim, essas são as emoções que esse livro me fez sentir. Então se você quiser entrar em uma montanha russa de emoções, vá em frente e boa leitura.