Contos

Contos Jack London




Resenhas - Contos


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HenriqueM.Castro 28/08/2020

Visceral e radical. Jack London conta as agruras do trabalhador e a vida sofrida em diversos locais e tempos. Dos sofrimentos do gelo no Alasca, ao pouco valor dado à vida de escravos chineses. Vale muito a leitura!
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Matheus 02/03/2020

À flor da pele
Comecei a ler sem expectativa (nunca tinha ouvido falar do autor) e terminei querendo mais. Num realismo duro, London coloca seus personagens sob condições extremas, sendo capaz de trazer à tona os sentimentos mais bonitos , os medos - "Fazer uma Fogueira" deixa muito filme de terror no chinelo, fiquei apavorado - e lados obscuros e assustadores do ser humano (o que se torna ainda mais acentuado quando a trama gira em torno de relações de trabalho e/ou de classes sociais).
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Henrique Fendrich 20/06/2019

Acho que dificilmente encontrarei um melhor contista de aventuras que Jack London. Impressiona como ele consegue fazer com que nós realmente nos esqueçamos de nós mesmos e entremos na trama que ele narra. Muito disso, aparentemente, é resultado da objetividade da sua linguagem. London, de fato, não se perde em floreios estéticos, o que não significa que seja superficial. Além disso, ele demonstra ter bastante habilidade em manter o suspense ao longo da narrativa, além de privilegiar situações-limite que aguçam mesmo o interesse do leitor.

Nessa seleção, um dos contos que mais gostei foi “Fazer uma fogueira”, em que acompanhamos avidamente a trajetória de um homem em meio a uma tempestade absurdamente fria no Alasca. As histórias de London no Alasca são especialmente boas.

“O China”, que é também chamado de “O Chinago”, também me chamou muito a atenção. Ao falar sobre um chinês que foi condenado à morte no lugar de outro devido a uma confusão de nomes (sendo que nenhum dos dois havia cometido o crime que lhe imputavam), e demonstrar como todo o “establishment” não recua em sua decisão, por mais que todos tenham percebido o erro, London expõe a crueldade de uma sociedade que se considerava moralmente superior aos chineses. Os brancos não torturavam os suspeitos em busca de respostas, mas isso não significa que tivessem preocupação humanitária ou algo semelhante – em nome da hierarquia, do sistema e da burocracia, eles continuam sendo cruéis e desumanos. Trata-se, bem se vê, de um conto “intencional”, no sentido de que o autor passa uma mensagem ou uma visão de mundo com destino claro.

Entretanto, isso é feito de forma sutil e sem prejuízo literário – ao contrário. Por outro lado, na primeira parte do livro, estão os contos “políticos” de London. Neles, por vezes, a fronteira entre a literatura e o panfletarismo foi transposta. Entre os que mais me agradaram, está “O herege”, que tem, também, o seu caráter propagandista, mas pinta um cenário tão desolador para um pobre adolescente explorado desde cedo no trabalho que é quase impossível não se identificar e tomar o seu partido.

Um aspecto interessante, nessa primeira parte dos contos do livro, é a constância que a “fuga” desempenha um papel decisivo na trama. Os personagens de London estão sempre fugindo, seja para escapar da exploração, para fugir de uma “megera” ou para se livrar da vida burguesa. Isso é muito compreensível, se pensarmos na vida extremamente movimentada que London levou, indo de lá para cá.

À exceção dos dois primeiros textos, que são testemunhos políticos, nos outros, apesar desse tom, há ainda a mesma habilidade de London em fazer com que adentremos na sua história. Isso é habilidade dos grandes.
Alessandro 25/06/2019minha estante
Muito boa resenha! Procure "O Silêncio Branco". De todos os contos dele que eu li achei o melhor.




Frankcimarks 02/03/2018

Mestre dos contos sociais
Livro bom e envolvente. Cada conto melhor que o outro. O herege é fantástico.
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Daniel 10/09/2017

Entre lobos e bandeiras vermelhas
Esse livro foi a minha primeira "incursão" na obra de Jack London, um dos grandes mestres da Literatura norte - americana do início do século XX.
A coletânea reúne onze contos escritor pelo autor ao longo de sua carreira. Os contos possuem uma objetividade pungente, como se fossem breves flashs ou artigos de jornal, cujos temas são fortemente marcados pelas posições políticas de London, bastante explícitas desde o início do livro.
London era antes de tudo um escritor da realidade. Suas técnicas se assemelhavam ao que hoje conhecemos como autoficção, quando o autor mescla fatos de sua própria vida e os recria de forma ficcional.
Ao longo da obra, somos apresentados às duas "faces" do escritor: a da crítica social e a da interação Homem - Natureza.
London foi o primeiro de um grupo de escritores a mostrar o outro lado do " sonho americano", com suas contradições e desilusões. Nessa linha estão autores como Steinbeck, Fante, Dos Passos, Kerouac, Bukowski entre outros.
Os contos são quase sempre tristes, tocantes, lembrando em certo aspecto a crítica social dos filmes de Charles Chaplin, mas sem o tom cômico. É impossível não se emocionar com a história do garoto Johnny em "O Herege" ou deixar de torcer por Rivera em "O Mexicano". London tem essa capacidade de criar tipos humanos comuns e ao mesmo tempo surpreendentes, levando o leitor a questionar sua própria visão da vida.
Uma obra essencial para quem gosta de boas histórias.
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Vinnie 08/12/2011

As Duas Faces de London
London teve , por assim dizer, duas empreitadas literárias na vida. A obra de cunho social, que investiga as relações do homem/trabalho, e sua magnífica leitura do selvagem, façanha que colocou-o entre os grandes escritores americano (ver Caninos Brancos e O Chamado Selvagem).

Essa simpática - e barata! - edição de contos inclui essas duas "faces" de London de maneira bem interessante. Da obra social destacam-se "O Herege" e "Ao Sul da Fenda". Sendo o lado selvagem de London representado por "O Pagão", "Amor à Vida" e aquele que talvez seja o melhor conto da vida de Jack London, o imperdível "Para fazer uma fogueira".

Boas Leituras.
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cid 23/08/2009

A verdadeira função do homem é viver, não existir (JL)
Nestes contos, Jack London descreve a vida do homem em condições extremas, e com a segurança de quem viveu e fez questão de contar.
O conto com pinceladas autobiográficas "O herege" é fantástico, assim como " O China ", falando de injustiças e desvalorização do homem.
Suas histórias foram produzidas em seu contacto com o mundo a partir de suas experiências.O que aprendi com Jack London é que cada livro seu nos leva a uma viagem pela nossa própria consciência , o que não permite nos afastarmos muito da realidade.
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