Sono

Sono Haruki Murakami




Resenhas - Sono


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Maria Fernanda Greiner 11/09/2020

Conto maravilhoso muito bem escrito por Murakami, fácil de ler, mas com sensações densas, gostei muito.
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Rafael 06/11/2020

Não haverá resposta
Esse é, se não me engano, o quarto livro de Murakami que leio. E, pra falar a verdade, eu não entendo o que há em Murakami. Tem tudo pra ser um autor comum, desses que você lê por brincadeira, só pra passar o tempo. Por puro entretenimento mesmo. Tem tudo pra ser um autor leve, às vezes até sem graça, e meio sem sentido. Mas ele não é nada disso. Eu não posso dizer se é um grande escritor que merece um Nobel, como muitos discutem. Nem sei se é um autor de qualidade destacável. Mas eu não sei o que há que não dá pra parar de lê-lo. E de gostar, mesmo quando ele vai muito mal.

Sono foi o primeiro livro que me indicaram. Um livro pra "começar a ler o autor". Talvez por se tratar de um conto longo, com pouco mais de cem páginas, pra se ler rapidamente. Eu ignorei a indicação e comecei pelo menos provável: Minha Querida Sputnik. E, pelo que li em Escritor Como Vocação, o velho Murakami teria feito o mesmo. O fato é que como escritor e leitor, endosso a ideia (exposta pelo próprio) de que não há formas precisas na literatura. Não há uma regra geral, por mais que insistam. Sono deveria ser a primeira leitura, se tornou a quarta, e comprovou a contínua profundidade com o cotidiano que permeia esse autor. São prosas simples. Algumas realistas, outras fantásticas, e nada muito surpreendente. Mas, com muita capacidade. Murakami é controverso. Sono traz o cotidiano de uma mulher de 30 anos que se vê sem conseguir dormir por um longo perído, e a partir disso o mundo se abre para a personagem, por ganhar algo precioso como: tempo. Uma boa crítica à sociedade de consumo, à pós-modernidade. E aí chegamos à crucial questão: dormir é perder tempo? Você não terá essa resposta, e Murakami não pretende sanar essa dúvida. Nem as outras. Este é um livro sem respostas. E isso é bom.
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Kardec 28/03/2022

Recomendo! Um tanto Kafkiano.
Primeiramente, é uma estória para quem curte também outras formas de se começar, desenvolver e terminar uma trama. Vi muita gente reclamando da forma como o autor conduz e termina a obra, e imagino que são as mesmas pessoas reclamam porque não acham coisas novas e diferentes para ler, mas que na hora em que se deparam com algo assim, fora do "introdução, desenvolvimento, clímax/fim", reclamam. Em relação ao livro, gostei de mais e consegui ver muito de Kafka aqui, o que é ótimo. O livro traz provocações interessantes e a escrita é muito boa e direta.
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amy! 19/07/2023

"Não ter do que reclamar"; isso criava uma estranha rigidez que bloqueava o poder da imaginação.
Li esse livro em umas 4h, no mesmo dia que comecei.
"Ninguém percebeu que mudei. Ninguém percebeu que eu não dormia, que eu estava lendo um livro extenso e que minha mente estava a centenas de anos, a milhares de quilômetros de distância da realidade."
Não sabemos o nome dela. Não sabemos muito do seu passado. Não sabemos qual será seu futuro. Apenas sabemos o presente, e ele é anormal.
Esse livro tem uma leitura super rápida e palavras simples. É possível entender o que o autor gostaria de transmitir. Mas, mesmo com um enredo simples (uma mulher que não consegue dormir a 17 dias), eu sinto que esse livro é muito mais profundo do que parece ser. Uma mulher com uma vida comum, perfeita até, e, como ela mesmo diz várias vezes "nada do que reclamar". Mas há algo agonizante e incômodo no ar. Há uma sensação de prisão. Uma falta de liberdade que é impossível sair. Se você está passando pela mesma situação que a dela(no caso de ter uma vida perfeita, sem surpresas, e ainda assim se sentir estranho sobre tudo isso), eu aposto que você vai adorar essa leitura. Na minha perspectiva, a surreal insônia que ela sente representa mais do que apenas isso. Há algo que ela diz sobre estar afogada, flutuando. Eu vejo isso. Como uma sensação de estar morto e ninguém notar. Ninguém é capaz de perceber que a dias ela vive a mesma situação. Eu adoro que é uma personagem feminina que sente isso, porque posso ligar com um sentimento feminino de dias entediantes e sem fim. Acho que por isso, e também por tudo que não consigo transmitir em palavras, me identifico tanto com essa personagem. Acho que realmente adorei esse livro:)

Ela não tem nome, ela não tem sono, ela não tem nada, mas ela com certeza tem a compreensão de uma adolescente esquisita que não pode ser compreendida e se sente igualmente flutuando em dias iguais, quase como se estivesse morta.
~ Aliás amei os desenhos presentes nessa edição!! São cheios de significados. Há uma ilustração, que em minha perspectiva, a ilustradora faz uma assimilação com a morte, quando mostra lagartas e besouros passeando pelo corpo da protagonista. Mas agora olhando novamente, talvez seja algo como ascender espiritualmente, pois a personagem parece renovada, e os insetos como uma representação da natureza. Eu não sei, não sei mesmo, mas realmente quero muito entender.
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Helô 14/04/2021

Assustador
Assustadoramente sólido. Não tenho uma palavra melhor para descrever o sentimento que a história passa. Além disso, fiquei perplexa com o final, porque não sabia que o livro estava acabando (eu li quase que de uma vez, pelo Kindle); então, foi ainda mais avassalador o vazio pós-leitura. Estou até agora ruminando algumas reflexões que a história traz...
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Thainá Matos 15/09/2022

Essa leitura foi um mini surto, li do nada e em menos de 2h eu estava com um triplex alugado na cabeça.
Gostei demais!
Queria mais um pouco de livro pra saber o que acontece depois.
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Jéssica Libranumo 30/12/2022

Ela era uma mulher com uma vida normal. Tinha um marido normal. Um filho normal. Ela até podia detectar algumas fissuras nessa vida aparentemente perfeita, mas nunca chegou a pensar seriamente nelas. Até o dia em que deixou de dormir. Então o mundo se revelou. Um mundo duplo de sombras e silêncio; um mundo onde nada é o que parece. E onde ela não pode mais fechar os olhos.
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Pedro.Alves 12/01/2022

Um bom começo para o Murakami
2° missão da MLV 2022 (Guerrilha) -> Leia um livro de um(a) autor(a) que te decepcionou na última experiência.

(+ 14)

Depois de Sul da Fronteira, Oeste do Sol entrar paras as minhas decepções de 2021, e eu ter botado muita expectativa em Homens sem Mulheres, o Murakami não poderia se encaixar melhor na missão. E esse foi o livro pelo qual eu ouvi falar pela primeira vez o autor e me interessei para saber qual era a dele.

Eu não tenho muito o que falar do conto, eu gostei muito e acho ele um bom começo pra saber como é o estilo do Murakami para quem quer o conhecer. Além dele ser curtinho e dá pra ler em uma sentada, ele tem umas 110 páginas, mas também tem várias ilustrações (lindíssimas inclusive), então dá para ir tranquilo.

O autor conseguiu se redimir comigo, mas eu vou ficar longe do autor por um tempo, tô saturado ?.
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Myy 28/03/2023

Lidar com a rotina é desafiador.
Um questionamento profundo e bastante reflexivo a respeito dos nossos dias e da monotonia. Pensei bastante a respeito de tudo.
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alex santos 21/07/2021

Mulheres
A mulher quebrando correntes e assumindo o controle de sua vida, rebelde às convenções sociais e familiares. Sempre em luta por si mesma. Excelente.
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Larissa 27/03/2021

Angustiante
O livro taz muitas reflexões sobre a nossa vida e como lidamos com nosso codiano.
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Aline330 03/02/2022

Antes de tudo, essa edição é muito linda! Sobre o enredo, a personagem não tem nome, não sabemos muita coisa sobre ela porque tudo é contado de forma rápida, mas mesmo assim nos identificamos com os muitos pensamentos que ela tem ao longo do livro. O fato dela ser uma mulher com uma vida comum torna tudo melhor, pois todos (principalmente as mulheres) irão conseguir se ligar rapidamente com a trama. Outra coisa, ler esse livro com sono é uma experiência maravilhosa...
Meu primeiro contato com o autor e já me surpreendi, a escrita é bem simples e não deixa de expressar sentimentos complexos. Recomendo demais.
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Marcos.Carvalho 13/06/2023

Desafio literário autoria n-branca
?Sono? foi o meu primeiro contato com a obra de Haruki Murakami e apesar de sua leitura não ter se revelado enquanto uma grande experiência, é possível afirmar que o autor é muito habilidoso na arte de prender o leitor em sua narrativa. Em Sono, Murakami nos apresenta a história de uma mulher que não consegue mais dormir. Como consequência, ela passa as noites em claro realizando profundas e constantes reflexões sobre a vida. Nesse sentido, tudo passa ser alvo de problematizações por parte da personagem. A rotina, o corpo, o casamento, a relação com o filho e o marido, a felicidade, a tristeza, a morte, a própria identidade. O livro nos leva a refletir sobre a angustia existencial frente a estabilidade da vida, nos fazendo pensar que nem sempre uma vida estável é sinônimo de felicidade. É um livro curto, não denso, porém complexo pela imprevisibilidade de suas metáforas. Vale a pena a leitura.
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Paulo 26/04/2020

Sono é uma obra bem diferente do Haruki Murakami. E isso vindo de um autor que foge completamente do convencional. Estamos diante de um livro com várias ilustrações que servem para acompanhar algumas cenas. O livro propriamente dito é bem curto, do tamanho de uma novella e a proposta é simples. Decidi ler Sono antes de me embrenhar em obras maiores do autor como Crônicas do Pássaro de Corda e 1Q84. Ler Caçando Carneiros foi um impacto positivo na minha forma de encarar a narrativa fantástica. Certamente Murakami consegue inserir o elemento fantástico de uma maneira a fazer com que a narrativa não fique ancorada nele, mas ele é usado para encaminhar a narrativa. É uma visão que se alinha um pouco com o que os autores do realismo mágico fazem, mas cuidado: Murakami não se alinha nesse gênero, apesar de podermos forçar a barra e o colocarmos nesse gênero (que é o que eu vou fazer).

Acompanhamos uma protagonista sem nome em uma jornada de autoconhecimento. Ela é casada, tem um filho e uma vida perfeitamente normal. Quando ela era mais nova, ela teve um momento da vida em que teve um período em que não conseguia dormir. Passava dias com os seus sentidos embotados, funcionando no piloto automático. Esse período acabou passando sem explicação e a personagem seguiu a vida. A protagonista segue uma rotina comum, com um marido bem sucedido. A forma como ela descreve a sua rotina é fria e seca. Não é que ela não ame o seu marido e o filho, mas sabe quando parece que as coisas não são do jeito que ela esperava? É nesse contexto que a sua estranha insônia retorna. No momento em que inicia a história ela está a 17 dias sem dormir. Ao mesmo tempo em que ela não consegue mais dormir, toda a sua percepção sobre o mundo se transforma e ela passa a repensar suas escolhas.

Vamos lidar com o elefante na sala. O final aberto. Se fosse qualquer outro autor, devido ao nível de abertura do final proposto em Sono, eu criticaria. Mas, algo que eu aprendi com o Murakami é ler além do que ele nos apresenta. E aquele final aberto está ali por um propósito. A narrativa se foca em uma personagem que tem um estalo em um determinado momento de sua vida e descobre que não fez nada a respeito dela. Ela se dá conta que tudo o que ela fez até ali é irrelevante. O leitor acaba se focando no tema da insônia e como a personagem lida com essa situação. Mas, o que pouco observamos é como o "embotamento" funciona para ela. A insônia acaba abrindo os olhos da protagonista para a maneira como ela tem levado a vida. De certa forma, como ela possui mais horas para refletir, a protagonista começa a observar a sua vida a partir de um novo ponto de vista.

Mas, o que isso tem a ver com o final? Ao longo da narrativa, a personagem sai de um ponto A para chegar a um ponto B. Ela começa como alguém conformada com o seu status quo e finaliza saindo de casa com o carro do marido (não avanço mais para não dar spoiler). O resto aqui é interpretativo até porque não posso falar sobre o final. Em termos abstratos, a personagem morre no final da narrativa. Aquela mulher que se dedicava ao marido, dialogava assuntos banais, cuidava do filho, ia à natação se foi. A insônia provocou essa mudança em seu ser. As próprias imagens da artista Kat Menschik contribuem para essa visão de que houve a morte da primeira personagem e surgiu uma nova mulher.

Fica um alerta de spoiler: Murakami conta a narrativa toda de Anna Karenina. Se você não leu o livro, saia correndo. Ele conta início, meio e até o final (diga-se de passagem, a primeira coisa que ele conta é o final). O curioso é que o romance de Tolstoi espelha parte da narrativa de Murakami. A maneira como Anna se sente a respeito de sua relação com Vronski e depois o aparecimento de Oblomov é um pouco como a protagonista se sente acerca de sua própria vida. Isso se entendermos Oblomov não como um personagem, mas como um estado de espírito. A leitura de Anna Karenina é uma ferramenta de metalinguagem para servir como desvio de foco para o leitor. Em uma segunda leitura, vamos perceber até o problema do final presente ali. Afinal, Murakami conta o final do livro de Tolstoi... e nos fornece aquele final. Percebem a ligação? Claro que não é possível interpretar a escrita de Sono ao pé da letra. Tudo é simbólico.

Eu concordo com os críticos de que esse não é o melhor livro de Murakami. Porém, é aquele que mais utiliza a habilidade de contar histórias do autor. O emprego do foreshadow ao usar Anna Karenina é um toque de gênio. Mas, eu realmente não curti tanto assim a narrativa. Acho que Sono careceu de algumas páginas a mais até porque a relação da protagonista com seu filho não ficou clara. Ela e o marido ficou clara. No fim de tudo, é uma história instigante e que nos deixa com mais perguntas do que respostas. E essa é a mágica da coisa.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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