Pedro 14/07/2015Além das Poesias, e do Romance A Redoma de Vidro (resenha), Sylvia Plath também costumava desenhar. O livro intitulado Desenhos, publicado pela Biblioteca Azul, irá resgatar alguns de seus desenhos feitos durante 1956 e 1957.
Plath começou a desenhar em meados 1956, quando ainda estudava em Cambridge, frequentando o Newnham College, no Reino Unido, onde conheceu o seu futuro marido, o poeta, Ted Hughes. A maioria dos desenhos são um retrato de fases de sua vida e de onde ela passou, como quando viajou em Lua-de-mel pela Europa registrando, com caneta nanquim, os lugares, animais, alimentos, paisagens, árvores e objetos que a cercava.
É um livro que ainda traz essa atmosfera triste que permeia a vida da autora e que acabamos notando que volta a mexer com a vida da família, pois quem organizou o livro foi a filha dela, Frieda Hughes, que nos relata logo no prefacio que quando recebeu do pai os desenhos da mãe, ela e o irmão decidiram que iriam pública-los em uma coletânea (como aconteceu) no entanto, o suicídio voltou a atacar e infelizmente Nicholas Hughes, filho da Sylvia, não pode estar presente na publicação.
Mas não só desenhos, estudos e esboços se constitui o livro. Nele encontramos algumas cartas acompanhando as ilustrações, onde Sylvia faz alguns comentários acerca deles e do momento em que se encontra.
É inegável que a autora tinha o talento para desenhar, notamos isso no seu traço que mostra-se bem desenvolvido e a própria autora dizia que se sentia bem e tranquila enquanto desenhava. Era uma fase em que ela estava feliz e apaixonada e que é claro ao lermos suas cartas.
No blog você pode conferir algumas das ilustrações:
http://decaranasletras.blogspot.com.br/2015/06/resenha-82-desenhos-sylvia-plath.html
site:
http://decaranasletras.blogspot.com.br/2015/06/resenha-82-desenhos-sylvia-plath.html