LAPLACE 18/05/2015Redenção: Legionella - M. A. CostaEm seu livro de estreia o autor M. A. Costa nos apresenta uma história futurística ousada muito bem construída. Ambientada no século XXVI, a obra traz um amanhã bastante plausível, tendo em vista o caminhar da evolução tecnológica de hoje. Fiquei impressionado com o nível dos detalhes elaborados pelo Costa para compor esse universo.
Como o autor narra, a evolução da humanidade não significa o fim de nossos problemas, e é aí que entra o grande conflito da trama: a busca pela cura da bactéria legionella - bactéria essa que é real e o autor está de parabéns pela incrível pesquisa realizada que fez sobre a mesma - que anda matando incontáveis pessoas. A partir dessa descoberta, Costa nos faz viajar do Brasil à China - e a outras localizações - em uma corrida contra o tempo, uma vez que a nova enfermidade mata suas vítimas em poucas horas.
Essa busca é de tirar o fôlego e angustiante, tendo em vista que quanto mais pistas são descobertas, mais difícil fica de solucionar o problema. Contudo, apesar dessa urgência, o autor não deixa a desejar na ambientação desse universo. Ele descreve minuciosamente tudo, não tem como se perder.
As folhas do livro são amareladas, facilitando a leitura, e de uma textura que nunca vi antes, eu adorei. Elas são mais grossas, o que facilitou bastante na hora de passar para a página seguinte, e isso não tornou a obra mais pesada. A única coisa que senti falta foi de mais diálogos, contudo não considero isso um defeito. Eu amo diálogos, no entanto, tem gente que prefere mais narrativa, então é algo bem pessoal.
Lembrei agora que teve outra coisa que não gostei também: o final. O final é fantástico, e esse é o problema. Se não bastasse a tensão que Costa nos fez passar durante todo o livro, ele finaliza a obra de um jeito tão surpreendente, que é impossível não ficar louco para querer saber o que ocorrerá em seguida. Que venha o segundo volume!