Os Bons Segredos

Os Bons Segredos Sarah Dessen




Resenhas - Saint Anything


214 encontrados | exibindo 121 a 136
9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15


Fe 13/07/2017

Os bons segredos...
Confesso que não fiquei muito satisfeita com o desenrolar da história, mas foi no capítulo 18, guardem esse número ein, que muita coisa mudou... A partir daí ocorreram muitas mudanças, que fizeram com que o final fosse digno da nossa Sarah... Confesso que o final me surpreendeu, e que também valeu a pena esperar chegar no ápice da história, mesmo que tenha demorado um pouco...
Só posso dizer que o final valeu a pena qualquer esforço para ler o começo do livro, então tenham paciência e não desistam da nossa Sydney...
comentários(0)comente



Portal JuLund 28/05/2017

Os Bons Segredos, @editoraseguinte
A vida de Sidney virou de cabeça para baixo no dia em que Peyton foi para a cadeia. Seu irmão, antes seu ídolo, mudou na adolescência. Depois de ser expulso de várias escolas e ser detido por pequenos delitos, um acidente grave acabou levando-o a prisão. Foi aí que TUDO mudou.
Como não se sentia mais à vontade na escola onde sempre estudara, ela pediu aos pais para mudar, mesmo que isso significasse deixar para trás suas duas melhores amigas, Jenn e Margaret. Logo após o primeiro dia de aula na nova escola, Sidney entra em uma pizzaria e conhece Layla e Mac Chatam, filhos do dono da pizzaria Seaside e alunos da mesma escola que ela. De cara, Sidney simpatiza com Layla e a recíproca é verdadeira. Você consegue ver o brilho de uma nova amizade assim que Layla começa a falar com Sidney.

“Se eu era agarota invisível, Layla era a estrela cintilante em torno da qual seus amigos e parentes giravam. Não é que estabelecemos uma amizade: eu fui sugada por sua órbita. Uma vez lá, entendi porque os outros também estavam. ”

Na escola, Sidney começa a andar com a turma de Layla e Mac, composta, além dos dois irmãos, por Erik (ex namorado de Layla) e Irv (o cara mais alto, e largo, que Sidney já tinha visto). E esses, até então desconhecidos, se tornam o novo porto seguro de Sidney: pessoas que a conheceram após a prisão de Peyton, pessoas que não a julgam pelo que Peyton fez, pessoas que a amam, por mais que ela seja invisível. Ali, com aqueles quatro amigos, Sidney pode ser ela mesma e não uma sombra de Peyton.
Além da turma da escola, Sidney conhece o resto da família Chatam e é imediatamente “adotada” por aquelas pessoas tão calorosas e amorosas. Apesar de não serem tão abastados como Sidney e sua família, os Chatam tem amor de sobra e o distribui sem medidas.
Em casa, as coisas não melhoram, a mãe de Sidney só consegue pensar em Peyton e trata seu tempo na prisão como se fosse uma colônia de férias, se recusa a admitir a gravidade do que aconteceu e seu pai é completamente alheio a tudo, e Sidney segue sendo “invisível” para eles, e a maior prova disso é que a mãe de Sidney faz questão de ter por perto Ames, um amigo de Peyton que olha de forma muito estranha para Sidney, mas, claro, passa completamente despercebido para os pais dela. E quem vem em seu socorro é Layla, que percebe de cara que Ames é muito estranho e o interesse dele em Sidney não é, nem de longe, inocente.

“Parecia impossível que uma completa desconhecida até seis meses antes fosse naquele momento a única pessoa que me compreendia.”

Juro que queria matar os pais da Sidney por simplesmente ignorarem a filha da forma como eles faziam!!!
Entre a amizade com os Chatam, Erki e Irv, Sidney desabrocha e cresce, começa a entender que ela não tem que ser a sombra de Peyton e que ela não é responsável pelos atos do irmão, que ela é importante e especial por si mesma e responsável apenas por suas próprias ações…

Resenha completa no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/resenha-de-os-bons-segredos
comentários(0)comente



Carla Cássia - @contra.capa 21/05/2017

Um livro que me tirou o folego.
Ainda tentando entender como muitas pessoas não gostaram desse livro. Não sou de forçar os outros a terem opiniões iguais as minhas, mas ainda assim, tentando entender.

“Os bons segredos” foi um livro que me ganhou pela capa, me desanimou pelos comentários de terceiros e roubou meu coração pela história.

Sydney, para mim, é uma personagem que cresce ao passar das páginas, e isso é bem claro de se ver, porque ela mesma nos conta como era sua vida há algum tempo atrás, com isso conseguimos ter uma maior empatia por ela.

Pelo livro se passar no ensino médio, aquela época que todos os dias estamos aprendendo mais sobre a vida, Sydney começa o livro como uma menina que só reclama, que tem uma vida boa, que vê as coisas saindo do controle e só se fecha para o mundo. Ao começar a ser pressionada por uma mudança de realidade, se isolar já não tinha mais o efeito que ela queria e na verdade só piorava as coisas, assim, quando a mesma começa a se abrir mais, as coisas vão mudando e acontecendo.

Eu, particularmente, achei o livro mágico, porque realmente poderia ser com você. Quantas pessoas têm na família alguém que se desviou e trouxe problemas? Quantas pessoas são invisíveis para os pais? Quantas pessoas preferem ver TV, ao invés de socializar com os outros, muitas vezes por não saber como fazer isso? Sydney e seus amigos trazem em si muito do que muitas pessoas vivem ou viveram na adolescência. E é por isso que para mim há magia nessa história.

Num primeiro momento, quando li o final, eu fiquei um tanto surpresa de como ele acaba. Muitos ficaram indignados ou até mesmo decepcionados, mas na minha mente foi o final perfeito para um filme muito bom, daqueles que quando você olha para o lado, estão todos da sala de cinema prendendo a respiração. Claro que no início, eu fiquei um tanto incomodada, mas depois eu refleti e sorri, sem dúvida foi um bom final.
Mas se eu pudesse, uma coisa que eu gostaria de ler/saber: que tipo de adulto Sydney se tornaria.

Para mais resenhas link abaixo

site: www.blogcontracapa.com.br/
comentários(0)comente



De Olivato - @olivatobooks 12/04/2017

Se esse livro fosse uma temperatura, ele seria morno.
Este foi o primeiro livro da Sarah Dessen que eu li e conta a história de uma adolescente chamada Sydney que nas sombras dos feitos do irmão mais velho dela – o irmão foi preso por causa do envolvimento em um acidente de carro que deixou uma vitima paraplégica.

Achei a leitura um pouco lenta, tentava acompanhar as coisas que aconteciam ligando as informações que Sydney passava sobre o passado do irmão dela, qualquer piscada era uma informação que poderia ser perdida. Porém o livro é recheado também por várias coisas corriqueiras da vida que podem ser consideradas nadas ou até chatas de ler, mas que eu gostei porque trouxe o livro ao dia-a-dia e parecia que eu conhecia a Sydney – não é um livro com altas emoções como a maioria dos romances, é bem mais morno e menos épico, isso me agradou muito por não parecer forçado.

(Eu era a irmã do delinquente da vizinhança, do cara que usava drogas e bebia. Não importava que eu não tivesse feito nada disso. A vergonha, como uma epidemia, contamina quem está por perto.)

Como sua família só liga para o irmão que está preso – a mãe dela quase me enlouqueceu durante a leitura e o pai não fazia nada pra ajudar também –, Sydney decide mudar de escola, começar novamente a vida em um lugar onde não vai ter que viver sob a sombra do irmão, ela acaba conhecendo os Chatham, uma família que parece reconhecer a presença de Sydney e ela enfim pode ser ela mesma.

O livro é recheado com personagens divertidos e vários – de verdade, vários – trechos com descrição de comida que podem fazer com que você sinta fome mesmo estando quase explodindo de tanto comer.

(Eu acho que não tem nada de vergonhoso em tentar consertar as coisas. É melhor do que simplesmente aceitar o estrago.)

Eu não gostei do título que deram ao livro aqui no Brasil, o título original – Saint Anything – tem mais significado na história do que este.

No Skoob, dei 4 estrelas de 5, recomendo para quem quiser como eu, ler uma história mais branda e que te faça pensar sem te deixar de ressaca literária depois.

site: https://www.instagram.com/p/BSRrznzg4FE/
comentários(0)comente



Queria Estar Lendo 21/03/2017

Resenha: Os Bons Segredos
Os Bons Segredos foi meu primeiro livro da Sara Dessen. Conhecia pouco da autora, sabia apenas que ela existia porque uma amiga muito querida leu um livro dela e adorou. Sendo assim, quando tive a oportunidade de ler uma de suas obras não pensei duas vezes e me joguei.

De acordo com a própria orelha do livro Os Bons Segredos, Sara Dessen é um dos maiores destaques da literatura jovem adulta contemporânea e autora de 12 livros que juntos venderam mais de 7 milhões de exemplares. Óbvio que com um currículo desses fiquei com as expectativas nas alturas para encarar esse livro, algo que geralmente mais me atrapalha do que ajuda a gostar de uma obra.

Os Bons Segredos começa como todo bom YA: Sydney é uma adolescente que está passando por um grande drama familiar. Seu irmão mais velho, Peyton, o menino dos olhos da mãe, se envolveu em um acidente de trânsito ao dirigir alcoolizado o que culminou no atropelamento de um garoto, deixando-o paraplégico. Peyton é considerado culpado - contra fatos não há argumentos - e é preso, mas isso não é suficiente para que seus pais aceitem sua responsabilidade no ocorrido. A mãe de Sydney parece encarar o tempo de Peyton na prisão como um interlúdio, jamais admitindo a culpa do filho no acidente e fazendo de tudo para continuar a vida da mesma maneira de antes.

Sydney, por outro lado, parece ser a única da família a sentir a culpa pelo acidente do irmão e por isso não consegue se conectar com os pais. Durante toda sua vida, Sydney ficou na sombra do irmão, sendo ofuscada por sua personalidade vibrante e extrovertida, o que não muda quando Peyton vai preso. Todos os esforços de seus pais continuam sendo direcionados para o irmão, mesmo que Sydney sempre tenha sido a filha "modelo" e que não se mete em encrencas. Nesse cenário solitário, Sydney, após o final de um dia de colégio, decide entrar em uma pizzaria que até então desconhecia e lá esbarra na família Chatham, dona do lugar.

"A cada instante, havia infinitas chances de caminhos se cruzarem e vidas se chocarem, se unirem ou algo do tipo. Era incrível que fôssemos capazes de viver sabendo que tudo podia ocorrer por puro acaso. Mas qual era a alternativa?"

Primeiro entra Mac, o garoto que a anota seu pedido. Depois, Layla, a esfuziante filha do meio dos Chatham. Layla é tudo o que Sydney não é: extrovertida, divertida e aparentemente bem resolvida com a vida. Sem muitos rodeios, Layla diz aquilo que tem pra dizer, doa a quem doer. A amizade entre as duas floresce de maneira inesperada, e estar imersa na família Chatham era o que Sydney precisava para se encontrar. Essa família, até então desconhecida, acaba se transformando no porto seguro de Sydney, com suas pizzas, reuniões barulhentas e a casa sempre cheia de gente. De seu mundo sempre vazio, frio e solitário, Sydney aprende aos poucos a deixar suas barreiras caírem, a deixar Layla e Mac se aproximarem.

"Sentia que minha própria vida era entediante e triste na maior parte do tempo, então de certa forma era reconfortante mergulhar na vida de outra pessoa."

Embora o livro não tenha nenhum grande mistério ou reviravolta na trama, é uma leitura agradável. Sara Dessen sabe conduzir a narrativa de maneira a sempre te fazer virar mais uma página - mesmo quando você está morrendo de sono - só para poder acompanhar aqueles personagens um pouquinho mais. Sydney, enquanto protagonista, não é muito interessante ou diferente, mas os personagens que a rodeiam fazem a trama girar. Toda a família Chatham, com sua pizzaria e confusões, coloca um pouco de cor não somente na vida de Sydney mas como em Os Bons Segredos como um todo. Por ser uma personagem bastante introspectiva, Sydney vive muito dentro de sua cabeça - o que pode ser um pouco chato de acompanhar (e digo isso como uma pessoa introspectiva, notem) - e vê-la se conectar com os Chatham e sair de seu casulo realmente vale a pena.

Apesar do desenrolar fraco da história, Sara Dessen consegue tratar de temas como superação e amadurecimento, coisas tão próprias da adolescência, com delicadeza. Essa fase da vida, tão cheia de altos e baixos, é um dos momentos mais difíceis da nossa existência, principalmente com todas as mudanças pelas quais passamos, a sensação de não pertencimento e inadequação que por vezes nos persegue. É isso o Sydney sente na maior parte do tempo, principalmente devido a toda a questão de seu irmão e o fato de que seus pais não parecem conseguir encarar a situação da prisão com a seriedade necessária.

"O mais surpreendente não era o choro em si, mas o fato de eu ter chorado na frente de outras pessoas. Na verdade, só desabamos diante de quem sabemos que podem nos reconstruir."

Mesmo que eu tenha lido Os Bons Segredos em questão de dois dias, a história, de maneira geral, deixou a desejar. Enquanto Mac, Layla e os Chatham são personagens interessantes - ainda que pouco desenvolvidos - e faça o interesse na trama aumentar, o mesmo não pode ser dito sobre Sydney. Salvo toda a situação com o irmão e os pais, e sua evidente introspecção, a protagonista me deixou irritada por inúmeros momentos, principalmente por se manter calada em situações que exigiam ação. Claro que não posso obrigar uma pessoa a agir da maneira como eu agiria em certas ocasiões, mas sua passividade e letargia exageradas me deixavam angustiada.

Não posso negar: Sara Dessen escreve muito bem e trata de temas difíceis com delicadeza, mas toda a trama de Os Bons Segredos poderia ter sido melhor trabalhada e desenvolvida. A sensação que fica, ao virar as últimas páginas, é que faltou alguma coisa que tornasse o livro memorável. Os Bons Segredos é ok para passar o tempo, esvaziar a mente. Dá pra suspirar um pouquinho com o romance juvenil que surge, e até rir com as loucuras de Layla ou da banda de Mac, porém, no geral, poderia ter sido mais.
comentários(0)comente



Carla Jeanine 15/03/2017

Os fãs de dramas familiares vão amar!
" Quando nos vemos diante da coisa mais assustadora, só queremos voltar atrás, nos esconder no nosso lugar invisível. Mas não podemos. É por isso que o importante não é apenas sermos vistos, mas ter alguém que nos veja também."

Sydney é apenas uma jovem garota com uma vida comum, uma família de classe média, com uma vida pacata, até seu irmão de começar a dar trabalho. Sendo o filho mais vellho, Peyton é o modelo e referência para os pais, lindo, bom aluno, e excelente em tudo que faz, e nem mesmo quando ele começa a se alcoolizar, se envolver com drogas e se envolver em muita encrenca, os pais conseguem enxergar os erros do filho perfeito. Sydney se acostumou a estar sempre em segundo plano, a ser sempre a sombra de Peyton e a garota invisível. Quando seu irmão se envolve em um acidente com consequências drásticas pra ele e para a vítima, Sydney acredita que finalmente vai passar a ser notada pelos pais, e que o irmão vai finalmente começar a aprender sobre os seus erros. Numa história de romance e dramas familiares, Sarah Dessen vai nos levar a conhecer os segredos e problemas que uma família enfrenta, e nos ensinar sobre amizade, lealdade e amor.

Sarah Dessen é uma das minhas autoras favoritas dos YA, ela tem uma maneira muito única de nos fazer mergulhar completamente nas histórias de seus personagens, nos contando histórias reais, cotidianas, que acontecem mesmo com o seu público alvo, os jovens. Relacionamento familiar é um tema difícil e que ela aborda de uma maneira muito natural, nos expondo sempre os lados, os defeitos e falhas das pessoas e é claro, construindo um enredo apaixonante e que nos faz refletir. Não é diferente com a história da Sydney, enxergamos uma garota que está acostumada a viver sempre na linha, fazendo todas as vontades de seus pais, e obediente até o último fio de cabelo, conforme ela vai nos narrando sua história, vamos compreendendo como uma jovem pode se sentir tão excluída e deprimida dentro de sua própria casa.

Após o acidente que deixou um garoto paraplégico e enviou seu irmão para o reformatório por um período, Sydney acreditou que seus pais passariam a enxergar os defeitos dele. Sua mãe é extremamente organizada, preocupada com detalhes do lar, a típica mãe americana que quer tudo perfeitamente calculado. Seu pai é ausente, daquele tipo que trabalha o tempo todo e deixa todas as decisões difíceis para serem tomadas pelas esposa, abaixa a cabeça e sempre se resigna a atender a todas as suas vontades. Quando seu irmão é preso, sua mãe entra num estágio de ajuda, ela quer se envolver em todos os programas que o local onde seu filho está, e quer que toda a família também se proponha a ajudá-lo a passar por toda essa fase difícil, mas em nenhum momento eles pensam em se aproximar ou oferecer ajuda a vítima do acidente. Saber que um garoto ficou paraplégico por irresponsabilidade de seu irmão, deixa Sydney consumida pela culpa, por saber que sua família continua preocupada com seu filho perfeito enquanto outras pessoas sofrem.

"Estava acostumada a ser invisível. As pessoas raramente me viam e, se viam, nunca me olhavam se perto. Eu não era radiante e encantadora como meu irmão, linda e graciosa como a minha mãe, ou inteligente e dinâmica como minhas amigas. Mas essa é a questão. Você sempre acha que quer ser notada. Até ser notada."

Apesar de ter algumas atitudes bem altruístas, achei Sydney um pouco egoísta em alguns momentos, mas tentei me colocar no lugar da garota que sempre foi colocada em segundo plano, e ofuscada pela perfeição do próprio irmão. Ao longo da história, Sydney vai conhecer novas pessoas, fazer novos amigos que vivem uma realidade completamente diferente da dela, e ao se envolver com eles, ela vai conhecer um outro lado da vida, que vai levá-la a amadurecer como pessoa, compreender melhor as situações e também a encontrar o amor de verdade. A garota passa por um grande processo de superação, a autora trabalha questões como assédio e também complexo de inferioridade na personagem, que são situações muito comuns com adolescentes e jovens, mas que não são assuntos frequentemente falados.

Confesso que eu esperava ansiosamente pelo momento do grande "cliffhanger" da história, o momento em que algo enorme ia eclodir e nos revelar algo especifico que faria a história ter uma guinada de 180°, mas isso não acontece, tire essa ilusão da cabeça. Esse é um livro sobre o curso natural da vida, sobre como pessoas entram e saem da nossa vida o tempo todo, mas algumas deixam marcas profundas o suficiente para serem lembradas para sempre. É um livro sobre construir amizades, mesmo quando elas tem famílias, costumes e crenças diferentes das nossas, é um livro sobre encontrar o amor numa fatia de pizza de pepperoni, e talvez num pirulito de coca-cola dado por uma amiga. É uma história que incentiva os jovens a se relacionarem melhor com seus pais, a se comunicarem, a se mostrarem presentes por sua família, e a aprenderem a respeitar as diferenças um do outro.

"Nos acostumamos com o jeito de ser das pessoas; contamos com ele. E quando o comportamento delas surpreende, para o bem ou para o mal, é capaz de mexer profundamente conosco. Minhas mãe sempre fora rígida, forte e protetora. Jamais teria imaginado que vê-la desabar seria qualquer coisa além de desolador. Mal sabia eu que isso me daria a chance de, enfim, ser forte."
comentários(0)comente



Kamila 06/03/2017

Os Bons Segredos começa com a jovem Sydney Standford junto com seus pais no tribunal, esperando para ouvir a sentença que seu irmão, Peyton, cumpriria, por dirigir bêbado e atropelar um garoto, deixando-o paraplégico.

Porém, a vida de Sydney não é lá essas coisas. Ela vive à sombra do irmão, sempre em segundo plano – ele é o mais velho – e sempre ignorada por seus pais. Syd está tão cansada disso que resolve mudar de escola. Logo no primeiro dia, ela nota a pizzaria que fica perto do colégio e resolve comer. Lá, ela conhece Layla, filha do dono e logo de cara empreendem uma conversa bastante interessante.

Logo depois, Sydney conhece Mac e Rosie, irmãos de Layla, e seus amigos, Irv e Eric, além dos pais de Layla, senhor e senhora Chatham. Uma família um tanto diferente. Em sua casa, Sydney se sentia um peixe fora d’água, totalmente ignorada por sua mãe, que tenta a toda custa proteger o filho e não consegue admitir que ele cometeu um crime (depois de uma série de infrações); já seu pai é um completo bundão: se falou cinco frases no livro todo foi muito, já que ele é conhecido por ser um homem calado. O amigo da família, Ames, é um cara sinistro, sério.

E é na família Chathan que Sydney descobrirá o que é uma família de verdade, mesmo eles vivendo em um mundo próprio, onde há amizade, carinho, confiança, sem falar que o coração de nossa protagonista vai bater mais forte por um certo rapaz...

Sempre vi muitas resenhas positivas a respeito dessa obra - e da escrita da autora - então, quando o vi na biblioteca, não pensei duas vezes. E não me arrependo. As 403 páginas foram devoradas em algumas horas de um sábado nublado. Isso porque a escrita da Sarah é gostosa, fluída e nos faz virar a página descontroladamente.

Sydney é uma garota legal, obediente, certinha, sem vícios. Mas ainda assim recebe toda a carga do que a família está passando. Está sofrendo uma culpa que não é dela, mas não é isso que os pais veem. Aliás, queria muito entrar no livro e socar a mãe dela, por todas as decisões absurdas que tomou contra a menina. O fardo é demais para a pobre Syd, mas até que me identifiquei com ela nessa história de ser invisível.

Sydney é a mais nova, eu sou a mais velha, mas isso é só um detalhe. Também já passei por invisível (na verdade, ainda passo, dependendo de onde estou), mas não porque tenho um irmão preso (não tenho, não se preocupem), mas porque meus dois irmãos menores sempre precisaram de mais atenção do que eu. Minha irmã do meio é autista (não preciso dizer mais nada) e o mais novo tem problemas respiratórios, o que exige atenção redobrada dos meus pais. A mim, só resta ficar no canto e não causar problemas. Hoje é mais tranquilo, mas quando eles eram bebês, era mais complicado, eu nunca incomodava...

Layla é super cheia de vida! Alegre, autêntica e tem um ritual esquisito na hora de comprar e comer batata frita. Ela vive pegando no pé do Eric. Eric, Mac, Ford e Irv tinham uma banda. A família Chathan era dona da pizzaria Seaside, que, não era como a pizzaria que Syd frequentava na escola anterior, que vivia cheia, mas tinha uma excelente pizza. Então, um dos bons segredos da protagonista era a família Chathan.

Bom, a capa feita pela Seguinte, selo da Companhia das Letras, é muito linda, só que o nome da autora está muito grande, o que tira um pouco do brilho, já que, antes de você olhar para o carrossel (ou realmente reparar na imagem), o nome da autora aparece e recebe todo o foco. Mas, olhando a imagem com detalhes, o carrossel é lindo - e condizente com a trama.

A edição está muito bem feita, sem erros, e fonte confortável mais folhas amarelas garantem uma boa leitura, minha miopia (que aumentou mais um pouco) agradece. Sarah e suas personagens humanas ganharam meu coração, agora estou aceitando mais sugestões de obras dela - deixem nos comentários se conhecerem alguma!

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2017/03/resenha-os-bons-segredos.html
comentários(0)comente



Lina DC 15/02/2017

A história é narrada em primeira pessoa pela protagonista. Conforme a sinopse explica, Sydney é uma adolescente que é ofuscada em casa por conta do seu irmão mais velho. Apesar de ser uma boa aluna e não causar problemas, seus pais são integralmente devotados à Peyton.

"A primeira coisa que se via ao entrar na nossa casa era um retrato do meu irmão. Estava pendurado bem na frente da grande porta de vidro, logo acima do aparador de madeira e do vaso chinês onde meu pai deixava os guarda-chuvas. Mas seria compreensível se um visitante jamais notasse esses outros objetos. Assim que visse Peyton, não conseguiria tirar os olhos dele." (p. 11)

Viver sob a sombra de alguém é intimidador e a protagonista demonstra isso com sua timidez. Vemos uma jovem que sofre calada a rejeição da família, tem problemas de auto-estima e que se torna emocionalmente retraída.
Peyton por sua vez é sinônimo de problemas. Ele está constantemente metido em confusões, mas nada se compara a última, que acaba resultando na sua prisão.

"Quanto mais Peyton arranja confusão, mais minha mãe parecia desesperada para culpar toda e qualquer pessoa." (p. 17)

Com a prisão de Peyton, Sydney decide se matricular na Jackson, pois sabe que os pais estão com problemas financeiros por conta dos gastos com advogados e indenizações. A mudança de escola permite que Sydney seja pela primeira vez, apenas a Sydney e não a irmã mais nova do Peyton. E nesse momento, a protagonista acaba dando o pontapé inicial na sua jornada de autoconhecimento, pois começa a se enxergar através dos olhos das pessoas que estão ao seu redor.
A situação em casa se deteriora. Os pais de Sydney veem a prisão do filho querido como uma "grande injustiça", como se o fato dele dirigir bêbado e deixar um garoto paraplégico de 15 anos não fosse responsabilidade dele.
Durante a leitura percebemos uma jovem que guarda tudo o que sente para si. O ressentimento por ser colocada em segundo lugar, a raiva por seus pais não admitirem que Peyton é problemático e culpa, pois se acha responsável pelo destino do irmão.
"Os bons segredos" é um romance leve, de leitura fácil e com uma protagonista que está começando a se descobrir como pessoa. Sarah Dessen criou um enredo bem definido e sua escrita fluida permite ao leitor mergulhar no universo de Sydney.
O interessante é realizar a leitura sem muitas expectativas pois a trama não é mirabolante e nem tem inúmeras reviravoltas. É o tipo de história que fornece uma jornada agradável ao leitor.

"Mais tarde, ao lembrar dessas palavras, eu perceberia como eram significativas. Seu irmão machucou alguém. Era como uma metáfora, com um sentido literal e vários outros. David Ibarra tinha sido a vítima em questão. Mas não foi o único ferido." (p. 24)
comentários(0)comente



Sarah 30/01/2017

Os bom segredos
Segundo livro que leio de Sarah Dessen, e como disse Pam Gonçalves no verso do livro: "Sarah Dessen não decepciona".
Tendo lido só dois livros já da pra botar na lista de autores favoritos? Porque ela merece!
Um livro com um tema pesado, mas ao mesmo tempo muito sutil e leve, que faz você dar risadas e, ao mesmo, tempo refletir sobre as questões apresentadas. Personagens bem construídos, aos quais você se apega e torce até o final do livro (menos a mãe da Sydney, peguei raiva daquela mulher). Em vários momentos, você sente raiva dos personagens, raiva por eles, é uma história que faz muito sentimentos aflorarem.
Estou realmente apaixonada por esse livro, embora tenha tido muito leituras boas e ótimas ultimamente, esse foi o primeiro em algum tempo que eu realmente não queria largar.
A única coisa que não me convenceu muito foi o título. Em inglês era "Saint anything" que faz sentido, mas em português não ficaria bom. A escolha de "Os bons segredos" é bem mais satisfatória, mas mesmo assim não achei um título tão condizente.
Ps: gostei muito da Layla! Que personagem louca e maravilhosa!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Andy 07/12/2016

E eee + ou -
O tema do livro e bom, ms como sempre acontece a personagem principal da Dessen me deixa estresada , tamanho a falta de açao , de força.
Adorei todos os personagens secundarios..principalmente Mac e Layla.
comentários(0)comente



Cris 02/12/2016

Os Bons Segredos.
Em "Os Bons Segredos" vamos conhecer um pouco da vida de Sydney Stanford, uma adolescente de classe média alta muito tímida e totalmente invisível pelos pais. Ela sofre essa quase imperceptível rejeição calada e sozinha, tudo porque seus pais e, principalmente, sua mãe, vive às margens de seu filho mais velho. Peyton está preso por cometer diversos delitos, e entre eles o mais grave, atropelar e deixar paralítico um garoto inocente, devido a isso, a família obviamente se desestruturou e passou a dar mais atenção aos problemas de Peyton deixando de lado a estudiosa e responsável Sydney.
Com o desencadear dos últimos acontecimentos, ela decide não apenas mudar de colégio mas de vida, tentaria não mais olhar o mundo da mesma forma e passaria a dar prioridade para o aqui e o agora, o futuro... ele um dia chegaria. E foi com a ajuda de uma nova amiga e sua família que a protagonista encontrou um novo rumo para seus dias, longe de toda omissão e negligência que envolve seus pais.

(...) Apesar de as coisas serem sempre assim, senti um ímpeto de raiva inédito e repentino surgir dentro de mim. Primeiro ela me classificou como "resto";depois, como "qualquer outra coisa". Eu sempre tinha sido a outra, a que não era Peyton. Já tinha até aceitado. Mas então finalmente conheci pessoas que me enxergavam de um jeito diferente. Agora que eu era real e estava em primeiro plano para alguém, nunca mais queria ser invisível.

Sempre tive muita vontade de ler os livros da Sarah Dessen, pelo pouco que li, sabia que ela era referência no universo juvenil, porém, agora que terminei "Os Bons Segredos", fica o questionamento: O que há de tão interessante? Por mais que sua escrita seja gostosa e para lá de simples, não consegui me envolver fortemente com a trama. Entendam, o livro é até bom e seus personagens têm predominância no enredo, no entanto, nada me instigou para eu ficasse curiosíssima para ler e ler. Finalizava dois, até três capítulos por dia... nada mais.

A construção da história e de seus personagens acontece aos poucos e sem grandes reviravoltas e acontecimentos importantes, a protagonista é uma menina bem calma e serena, sendo assim, em toda situação delicada e desafiadora, ela optava pelo mais fácil, confesso que vivi momentos de raiva ao longo da leitura, esperava atitudes mais inesperadas e até inconsequentes vinda de sua parte, achei que a apatia diante dos problemas e obstáculos por fim falaram mais alto, claro que isso aponta a imaturidade devido sua idade, afinal, este livro retrata o cotidiano de uma adolescente em busca de sua felicidade e crescimento. Todavia, mesmo tendo defeitos no enredo, Sarah Dessen acertou em cheio no quesito amizade, "Os Bons Segredos" até que é um livro romântico, tem aquele casalzinho fofo que a gente acaba torcendo, porém, o amor eros foi deixado de lado para que o amor fraternal entrasse em ação, o valor e a importância da amizade foi o ponto alto da história a meu ver, pude sentir que somos infinitamente melhores e mais fortes quando nos sentimos acolhidos e abraçados por pessoas que gostamos

E para encerrar, Sarah Dessen criou diversas problemáticas ao longo dos capítulos e resolveu apenas os principais dilemas impostos em apenas um único capítulo. Propositalmente ou não, ela acabou deixando uma janela aberta - escancarada - para o futuro de alguns personagens, isso me incomodou um pouco, mas creio que isso poderá passar despercebido por muitos. Enfim, se eu fosse indicar a leitura, ela seria única e exclusivamente para passar o tempo, nela encontraremos boas observações a respeito da vida, mas até aí, muitos outros livros também nos deixam observações.

(...) Era isso. Ninguém era capaz de saber o que viria adiante; o futuro era a única coisa que jamais poderia ser destruída, porque ainda não tivera a chance de existir. Num minuto, você está andando sozinha pelo bosque escuro; no outro, a paisagem muda, e você enxerga. Enxerga algo maravilhoso e inesperado, quase mágico, que jamais teria encontrado se não tivesse seguido em frente. Como uma nova amizade, que parece antiga, uma lembrança que nunca vai esquecer. Talvez até um carrossel.
comentários(0)comente



Cris 29/11/2016

Mais do mesmo
Estava bem curiosa pela leitura, mas confesso, parece que seguiu um roteiro.Parece uma daquelas histórias de quem leu uma leu todas...
A escrita da autora é boa, contudo muito previsível, parece que todo o núcleo vive em uma cidade minúscula, todos se encontram!
Enfim, não gostei...
comentários(0)comente



@aangeladani 03/11/2016

Os bons segredos
Com narrativa em primeira pessoa, a história é ótima e bem conduzida, a escrita é sensível e não forçada (que bom!), dinâmica, objetiva e conseguiu aguçar minha curiosidade e interesse em cada capítulo. Voltada para o público Young Adult, ou simplesmente YA - jovem adulto (significado que aprendi a pouco tempo, rs), a trama não é bobinha, nem superficial; pelo contrário.

Uma história sobre sobre culpa, sobre o valor da amizade, sobre o interesse real pelo próximo, sobre se apaixonar, sobre respeitar os limites e espaços do outro, sobre se sentir invisível, sobre como ser família (o que não quer dizer apenas ter o mesmo sangue)...

Enfim, eu gostei muito de todo o contexto da trama e das lições nas entrelinhas, mas também amei as citações de comidas e guloseimas (principalmente batatas fritas e pizzas que eu sou fã! haha); e o final, mesmo ficando meio suspenso, me agradou bastante e me deixou com gosto de quero mais (e eu adoro quando uma história consegue me proporcionar isso!). Valeu a pena.

Citação: "Todos precisamos de proteção, mesmo se nem sempre sabemos do que."

Nota: 3/5 (bom)
comentários(0)comente



214 encontrados | exibindo 121 a 136
9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15