Montaigne I

Montaigne I Michel de Montaigne




Resenhas - Montaigne I


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Otavio129 26/12/2022

Montaigne: estoico ou cético?
Nos ensaios iniciais deste primeiro volume Montaigne demonstra toda sua cultura, seus conhecimentos de história e filosofia, recheando debates dos mais variados possíveis (guerra, costumes, religião, virtudes, a morte, dentre MUITOS outros) com citações de grandes filósofos, poetas, legisladores e reis. Ele nos mostra como assuntos aparentemente simples podem ser abordados de diferentes pontos de vista e de maneira profunda. Entretanto, é no penúltimo e maior ensaio que o escritor traz sua visão própria de mundo de maneira mais nítida e esmiuçada para demonstrar como a nossa tão aclamada razão humana (mais aclamada hoje que nos tempos de Montaigne) é enganosa e pífia e como preenchemos com pretensão, vaidade e arrogância o vácuo impreenchível da verdade, esta que somos incapazes de alcançar em vida. Montaigne é diferente dos filósofos tradicionais pela simplicidade e transparência dos diálogos, elementos que me fizeram ao fim da leitura me sentir mais amigo que pupilo do autor. Fantástico livro.
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Bielzin 25/09/2022

Monsieur...
Até pensei em escrever sobre minha impressões...

Mas lendo, você leitor, entenderá melhor Montaigne.

Se surpreenda! Ele diz tanto...mas recomendo usar o Google em alguns momentos, por cá entre nós, ele bem que gostava de umas referências "a lá antiguidade".

Ainda assim não é um problema, irá te enriquecer mais e mais.
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Jorge Armando 12/11/2021

500 anos e nada mudou. Quem diria...
Este foi um dos livros mais difíceis que li esse ano. Não que a linguagem seja complexa, ou a leitura densa. A demora foi consequência da quantidade de ideias, argumentos e divertidas anedotas contadas pelo autor ao longo da obra (e, é claro, a pouca familiaridade que tenho com obras desse teor). Não é leitura para se fazer as pressas, ela merece que nos disponhamos a, pacientemente, saborearmos cada raciocínio, cada história entremeada aos mais diversos assuntos a fim de corroborarem na demonstração e validação das ideias apresentadas. Em suma, é um livro que trata do espírito humano, exorta à moderação e, em especial no penúltimo capítulo, demonstra a fragilidade da estrutura sobre a qual erigimos nosso conhecimento acerca da realidade. Não concordei com tudo o que foi apresentado, nem acho que isso seja possível, mas definitivamente é uma obra muito atual e útil em diversos pontos. Recomendo a leitura para qualquer um que se interesse por filosofia, história e por qualquer obra que trate do homem como objeto de análise.
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Clio0 07/05/2021

O volume I de Montaigne da coleção Os Pensadores contém o primeiro livro e parte do segundo (capítulos I a XIII) da sua obra Ensaios.

O tamanho pode assustar alguns, são mais de quinhentas páginas, mas não há maior erro. Uma das características desse filosofo é justamente o estilo de escrita. Montaigne se preocupava com a forma como seria lido e desenvolveu uma retórica própria para expor seu pensamento, tanto que hoje muitos também o estudam como um estilo literário.

O conteúdo é composto de anedotas e argumentos sobre o tema principal: a moderação. O autor acreditava que excessos eram um mal moral e social e não deveriam compor nem a formação, nem o desenvolvimento de nada.

E é aí que somos brindados com capítulos que abarcam temas tão diversos como a natureza da educação - mnemônica e arbitrária - até o odor corporal de Alexandre Magno.

O texto é extremamente cético; o autor questiona e argumenta contra vários lugares-comuns e não se furta ao sarcasmo. Há críticas políticas, religiosas e até ao amor. De fato, não há justifica a seu ver ao descomedimento e ler seu raciocínio sobre os males do Amor é quase como ler uma Apologia à Vida Pacata.

Enfim, para aqueles que não estão acostumados a ler trabalhos filosóficos na íntegra (ou pelo menos quão íntegro algo traduzido pode ser), pode ser uma boa alternativa já que é um texto relativamente acessível.

A edição da Nova Cultural é de qualidade, trazendo uma pequena biografia, bibliografia e notas de tradução
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Soler 22/06/2020

Fantástico
Sinceridade que contagia e envolve a de Montaigne, como alguém lhe contando passagens das centenas de livros que leu, e muitas das coisas que viveu. Nada muito elevado, mas aquela sensação gostosa de aceitar a si mesmo, e assim encarar todas as coisas da vida neste mundo sem fugir, que convenhamos, é nossa tendência. Muito bom de ler, recomendo fortemente a leitura.
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