Jorge Armando 12/11/2021
500 anos e nada mudou. Quem diria...
Este foi um dos livros mais difíceis que li esse ano. Não que a linguagem seja complexa, ou a leitura densa. A demora foi consequência da quantidade de ideias, argumentos e divertidas anedotas contadas pelo autor ao longo da obra (e, é claro, a pouca familiaridade que tenho com obras desse teor). Não é leitura para se fazer as pressas, ela merece que nos disponhamos a, pacientemente, saborearmos cada raciocínio, cada história entremeada aos mais diversos assuntos a fim de corroborarem na demonstração e validação das ideias apresentadas. Em suma, é um livro que trata do espírito humano, exorta à moderação e, em especial no penúltimo capítulo, demonstra a fragilidade da estrutura sobre a qual erigimos nosso conhecimento acerca da realidade. Não concordei com tudo o que foi apresentado, nem acho que isso seja possível, mas definitivamente é uma obra muito atual e útil em diversos pontos. Recomendo a leitura para qualquer um que se interesse por filosofia, história e por qualquer obra que trate do homem como objeto de análise.