A casa assombrada

A casa assombrada John Boyne




Resenhas - A Casa Assombrada


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Luan 08/04/2016

Em A casa assombrada, Boyne nos mostra que é gente como a gente: nem sempre se acerta, mas sempre se tenta.
Em sua primeira aventura de suspense com terror totalmente ficcional, e bem longe daquele cenário de guerras reais, John Boyne se aventura por um caminho que pode ter dois caminhos: certo ou errado. É fato que um suspense com muito mistério e sobrenatural são ingredientes que podem ser favoráveis a qualquer autor. Mas isso só não basta. Por isso considero que o caminho de A casa assombrada pelo segundo, lamentavelmente. Sou fã do autor, mas, possivelmente, por ser a primeira obra do tipo, deixou a desejar por ser muito simples e rasa, uma vez que se trata de uma história cheia de possibilidades, mas pouquíssima explorada. Ele demonstrou insegurança em velejar por águas desconhecidas.

Eliza Caine vive em Londres e, aos 21 anos, não pode dizer que teve vida que sempre quis ter. Perdeu a mãe e a irmã há alguns anos, e acaba de perder o pai. Agora, ela está sozinha, em uma cidade fria, sem perspectivas para seu futuro. Mas ao ver um anúncio de jornal em que se contrata uma governanta para uma casa muito longe da capital da Inglaterra, ela acredita ter encontrado um sentido para sua vida. Por isso, não exita e aceita o desafio. Sem muitos detalhes, ela muda de vida radicalmente e passa a trabalhar numa mansão em que residem apenas duas crianças: Isabela e Eustace. Mas cadê os pais? Cadê os responsáveis? Cadê todo mundo? A partir daí muita coisa estranha passa a fazer parte da rotina da protagonista.

Assim como ela, os leitores também ficam no escuro. Em alguns casos, este recurso é favorável à leitura, neste, para mim, porém, teve efeito contrário. Desde o início, é óbvio para nós que a casa assombrada é justamente a mansão em que Eliza passará a trabalhar. Isso se torna fato quando as coisas estranhas começam a acontecer. No entanto, incomoda o fato de que a governanta, tampouco os demais personagens, assumem que existe assombração ou fantasmas naquele lugar. Ela é vítima de acidentes bizarros, no entanto, não admite o que todos - os leitores e ela - sabem. Eliza vive numa ânsia de descobrir o que está acontecendo, mas nada parece sair do lugar. Uma espécie de dito pelo não dito.

Toda a primeira parte do livro parece não avançar justamente por conta dessa passividade da protagonista, até que ela começa a tomar um atitude e ir em busca de respostas, mesmo que todas a façam de boba. Aliás, ela o é, quando um determinado confirma que ela demorou demais para perceber o que estava acontecendo. Outro fato que incomoda a fata de profundidade. Sem dúvida, é uma boa história - a conferir adiante -, mas o autor não aprofunda e não explora os temas de forma satisfatória. Existem vários personagens, um plano de fundo incrível, possibilidade enormes a serem exploradas e abusadas, mas que são deixadas de lado e até prejudicam um pouco a experiência de leitura, uma vez que se torna um livro superficial e até infantil, mesmo que aborde assombrações num grau mais maduro do que infanto.

A bem da verdade, no entanto, eu esperava ainda mais assombração, mais terror, mais medo. Esperava uma personagem mais forte. E não digo isso baseado em sinopses, já que não as vi antes de ler o livro. Mas falo baseado na própria leitura. A escrita, diferente de O menino do pijama listrado e O garoto no convés, por exemplo, também deixa a desejar. Os diálogos não são tão naturais e nem há tanta emoção no texto em geral. Mais um defeito: não consegui identificar nitidamente que o livro se passava em 1867. Quando comecei a ler, me parecia uma história recente e só soube que não era pouco depois. Porém, a obra tem sim suas qualidades.

O plano de fundo em si é muito interessante e nos remonta a histórias de terror das mais clássicas. Daquelas simples e assustadoras, diferentes das mais recentes, em que se inventa muito e foge da intenção principal. Todo o terror presente na história tem por base uma boa história criada por John Boyne. A trama é muito interessante, não soa falsa e é bastante atraente. Alem disso, os temas abordados são incríveis e muito bem encaixados. Vou listar alguns: fanatismo religioso, vida pós-morte, violência sexual e feminismo. São temas fortes em vista da época retratada no livro.

A parte final da história me agradou bastante. O livro tem vários clichês e ao longo dele não é difícil de imaginar alguns acontecimentos. Mas algumas decisões tomadas pelo autor deram um fôlego a mais para a história. A edição da Companhia das letras é muito bem feita, a capa é muito bonita, e foram poucos os erros de digitação encontrados. O livro não é de todo ruim, mas nem de todo bom. É intermediário, para um início em outros gêneros que poderia ter sido mais satisfatório. Espero ver Boyne novamente com histórias que não foquem apenas guerras e fatos reais. Espero ver Boyne evoluindo em relação a A casa assombrada, uma vez que ele mostrou insegurança por estar emergindo em um estilo pouco conhecido de sua parte. Tenho certeza que essa evolução vai acontecer. Por isso, três estrelas.
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Isa Books 10/04/2016

Nem tão assombrada assim
Quando ouço falar de Boyne não sei bem o que dizer. Por seus livros quase sempre serem dedicados ao público infanto-juvenil não li muita coisa, mas este em relação as suas obras anteriores na qual tive contato, foi uma grande surpresa.
A Casa Assombrada não me assustou nem um pouco (não sei se a intenção da obra seja essa), mas é um suspense levíssimo que deveria ser apreciado no finzinho da tarde com um chá.
Gostei da construção da personagem principal, forte, determinada e bem a frente de seu tempo. Os demais são tão apagados que é difícil dizer se de fato fizeram ou não alguma diferença na trama.

Ambientado no séc. XIX, acompanhamos a história de Eliza Caine. uma professora de 21 anos que mora com o pai doente.
Em decorrência do falecimento deste, ela fica completamente sozinha no mundo, já que não lhe resta nenhum parente. Ainda tomada pela dor e o luto não hesita em aceitar um emprego de governanta em uma cidade no interior de Londres. O anúncio feito no jornal não dá detalhes sobre nada e mesmo sendo algo digno de desconfiança, decide ir e viver uma nova vida.
Ao chegar na mansão de Glaudin Hall, Eliza fica completamente estupefata com a situação: duas crianças morando praticamente sozinhas. Isabella, 12 anos, desconfiada e muito adulta para a idade e Eustace, 8 anos e muito sensível.
Os pais das crianças não estão ali, não há empregados e os bens da família é administrado pelo advogado da família, Dr. Raisin.
A mansão é estranha e sinistra e constantemente ela parece sentir a presença de algo fora do comum e violento. Por vezes é atacada pelo invisível. O que deixa Eliza ainda mais assustada é quando toma conhecimento que, em menos de 1 ano as crianças já tiveram 6 governantas. Seus destinos? morreram de forma repentina e violenta; a última conseguiu fugir e sequer olhou para trás.
Mas não é isso que Eliza vai fazer, ser uma covarde e deixar duas crianças sozinhas a mercê da própria sorte. Mas fica difícil tentar descobrir qualquer coisa a respeito daquele lugar já que, todos da cidade parecem ter medo e evitam ao máximo tocar no assunto.
Sozinha, ela tentará de todas as formas descobrir o mistério de Glaudin Hall e conseguir se manter viva, já que o que provavelmente é um fantasma está tentando matá-la.


A Casa Assombrada é um livro que apesar de não ter nenhuma expectativa para com ele acabou conseguindo me surpreender.
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@garotadeleituras 12/04/2016

Uma casa, uma família peculiar e o embate entre o físico e o sobrenatural
"Acordo em Gaudlin Hall, passo a maior parte do dia lá, durmo lá. E, durante todo esse tempo, há apenas um pensamento passando pela minha cabeça."
- E qual pensamento é esse? A casa é assombrada.

A casa assombrada mostra uma faceta bem diferente daquela a qual estamos acostumados do John Boyne. Você provavelmente já leu e ficou emocionada com o menino do menino do pijama listrado, ou ainda, se surpreendeu com aquele livro povoado do autor, o ladrão do tempo. Acontece que aqui, o autor inova, compondo uma estória de terror, mesclada com suspense e elementos sobrenaturais.
Era o ano de 1867 quando enlutada pela morte do pai, e sentindo-se completamente só, Eliza Caine, professora de 21 anos, decide recomeçar, deixando sua vida em Londres, com destino a Norfolks, para atender a uma vaga enunciada no jornal para o cargo de governanta. Entretanto, depois do ímpeto da decisão, a Srta Caine começa a refletir sobre as informações obtidas no jornal: E quem era esse H. Bennet? Será que se tratava mesmo de um cavalheiro, ou talvez do provedor de uma diminuta casa de família? Com o que ele trabalhava? Não havia como ponderar respostas. Conforme se aproximava da estação para o novo emprego, uma dose de ansiedade e coisas estranhas começa a acontecer, determinado os acontecimentos futuros.
Com uma personagem forte, dotada de pensamentos sobre independência atípicos para época, Eliza envolve o leitor, que assim como a mesma, deseja conhecer os segredos que envolvem a obscura estória da velha Gaudlin Hall e a simbiose dos personagens ocultos que a mantém de pé.
Acontecimentos como a proximidade da morte na estação de trem, a dificuldade de conversar com Heckling, a incerteza em relação aos seus empregadores, aquele pesadelo esquisito na cama (mãos puxando seus tornozelos para baixo), mãos queimadas em água fria que passou instantaneamente para o ponto de ebulição e a sensação de uma fúria sobrenatural direcionada a sua pessoa, deixaram a certeza que não era apenas um pesadelo, uma fantasia nascida da exaustão, fome ou o estado psicológico de luto. Esses e outros acontecimentos foram o empuxo necessário para motivar a busca por respostas e descobrir a verdade.

"- Não tinha sido minha imaginação, pois meus machucados eram reais. Havia uma presença naquela casa, alguma coisa profana; uma noção que eu antes desprezara como fantasia tomou conta de mim e me disse que aquela era a verdade. Mas havia outro fator, algo que eu não tinha cogitado antes. Eram duas presenças."

Temos ainda duas crianças peculiares, Isabella e Eustace. Enquanto a menina é dotada de uma personalidade controlada, fria e com certas nuances de um adulto, Eustace exala doçura, meiguice e aspectos infantis que logo cativam o coração da sua nova instrutora.
A narrativa apresenta algumas outras críticas secundárias, comoa sociedade inglesa o século XIX e seu jugo as almas femininas através do caso da senhora Sharpe, vítima silenciosa de agressões por um longo tempo do marido, foi presa de imediato, ao atacá-lo, ironia explicíta ao fato de que a violência fosse privilégio marital. E ainda, a conversa inusitada sobre o destino das almas, onde o autor, assim como a maioria das estórias desse gênero propõe a discussão ao padre sobre o destino das almas, e a possibilidade da permanência entre os vivos.

"E se uma alma parte desta vida, mas não vai para o Céu e nem para o Inferno? E se ela permanece?"

"Creio em má sorte, srta. Caine. Acredito que um homem pode partir com cem anos de idade e uma criança pode reencontrar Deus antes mesmo de seu primeiro aniversário. Acredito que o mundo é um lugar misterioso e que não podemos ter a pretensão de entendê-lo."

De forma geral, é aquele livro de leitura rápida, numa tarde de folga. No inicio o autor promete muito suspense com a omissão de informações, despertando a curiosidade do leitor para prosseguir. A Srta. Caine conquista pela determinação, mas poderia ser um pouco mais intuitiva logo nos primeiros acontecimentos sinistros, ao invés de negar-se a acreditar no sobrenatural. Quanto aos irmãos, pensei inicialmente que a Isabella iria contribuir um pouco mais para os acontecimentos. Já o irmão, foi o esperado. Quem concluiu a leitura, teve a sensação que poderia ter um segundo volume, para quem sabe, Isabella suprir as expectativas, que esperava um pouco mais de ação. Enfim, um livro que forneceu e manteve o ritmo prometido no inicio.

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Marianne 12/06/2016

"A casa assombrada" (John Boyne)
Por Marianne: Livros de suspense sobrenatural sempre foram maus queridinhos, e pra tristeza das minhas noites de sono e alegria desse meu "eu" que gosta de passar medo a Cia das Letras me enviou o novo romance de John Boyne, A casa assombrada.
Ok, título bem clichê, concordo. Mas é do Boyne gente, não da pra ser ignorado.
Eliza Caine é uma jovem professora que vive com o pai em Londres no século dezenove. Depois da morte do pai, com quem tinha um relacionamento de carinho, amizade e cuidado, Eliza decide sair de casa e deixar Londres e suas lembranças e perdas para trás.
Respondendo com interesse a um anuncio para ser governanta e cuidar de crianças num casarão no condado de Nortfolk, no interior da Inglaterra, Eliza deixa casa e emprego pra trás e segue com entusiasmo para sua nova vida longe dali.
Ao chegar à estação de trem Eliza quase sofre um acidente grave, alguém a empurra diretamente pra linha do trem no exato momento que um trem está chegando à estação. Mas graças ao Sr. Toxley, médico da cidade que segura Eliza pelo braço bem na hora, a moça não cai. Sem sinal da pessoa que a empurrou, Eliza conclui que deve ter sido o vento.
Aguardando Eliza na estação está o estranho zelador da mansão. Sem demonstrar nenhuma simpatia e vontade de responder as perguntas da moça sobre as crianças e seus pais, a nova governanta desiste de obter respostas e aguarda para descobrir por seus olhos o que a espera na mansão de Gaudlin Hall.
Mas ao chegar à mansão Eliza se depara com uma situação inesperada: apenas as crianças, Eustace e Isabela, estão na casa. A antiga governanta se foi assim que Eliza chegou, os pais não estão em casa, e ninguém parece querer responder a suas perguntar ou explicar quais serão suas tarefas.
Eustace e Isabela têm oito e onze anos. Enquanto o menino parece receoso, mas amável, Isabela fala e age como se fosse adulta, desconfiada e distante de Eliza a todo o tempo.
O mistério de quem são seus patrões, onde eles estão e por que as crianças estão sozinhas só aumenta quando Eliza vai conhecer a cidade, e nota a mudança de comportamento de todos os moradores assim que ela diz ser a nova governanta de Gaudlin Hall.
Para piorar tudo, Eliza percebe estranhos e misteriosos acontecimentos pela casa, a maioria deles diretamente relacionados a machucá-la.
O livro narrado em primeira pessoa e é todo construído na base do suspense, e que suspense meus amigos! A narrativa prende e não da vontade de parar enquanto não deciframos os mistérios da mansão. Boyne monta as peças da história com maestria fazendo nosso medo e irritação pelas respostas vagas e generalizadas que TODO MUNDO parece dar a Eliza, crescerem junto com os sentimentos da personagem.
A medida que a história se desenrola um cenário de filme de terror e construído, peças vão se encaixando e nosso desespero e o terror da protagonista aumentando.
Eliza já está guardada com carinho como personagem favorita da vida. Perspicaz, ousada e com ideias consideradas modernas demais para sua época. A moça é audaciosa e mesmo com medo, e o preconceito de todos que acreditam que por ser do “sexo frágil” ela estaria perturbada pelos acontecimentos na mansão, a governanta segue determinada a descobrir o acontece na mansão, e a proteger as crianças.
O final é sensacional e deixa um gancho para continuação, mas sem parecer que foi “feito pra ganhar dinheiro”, e sim naturalmente nos dando mais desespero pela história que não chegou ao fim
Pra quem gosta de suspense sobrenatural, A casa assombrada faz jus ao gênero do começo a última página. É um dos livros de Boyne que eu MAIS gostaria que virasse filme, espero que alguém também tenha essa ideia e a coloque em prática.
Espero que tenham gostado da resenha, aproveitem o Halloween e até a próxima!

site: http://www.dear-book.net/2015/10/especial-de-halloween-resenha-casa.html
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Júlia 24/08/2016

Podia ser melhor
Esse foi o primeiro livro que li relacionado à suspense, mas não acho que me intrigou. O fim foi bem previsível e os acontecimentos que decorrem deixam até certo mistério, mas não me deu tanta vontade de ler. Acho que só li rápido pois fiquei muito ansiosa para escrever uma resenha de um livro do Boyne.
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Fillipe Gontijo 18/09/2016

Crianças, governantas e acidentes
"A Casa Assombrada" é um livro que demora a deslanchar, ainda que seja curto, mas que conseguiu me cativar. Sempre gostei de histórias de terror e suspense e encontrei nesse livro a realização de uma fórmula básica desse gênero: mansão antiga, passado misterioso e forças sobrenaturais. Não há um grande enredo, nem originalidade que salte aos olhos, o desenvolvimento é vagaroso, um livro com essas características seria possivelmente um enorme fracasso. No entanto, a escrita de John Boyne faz toda a diferença. Com uma escrita detalhada na medida certa e com uma solidez invejável, Boyne conduz a história muito bem. Sobre a história, um ponto controverso é a protagonista, Eliza Cane. Enxergo a personagem como alguém em transição, uma pessoa acomodada, sufocada pelos costumes de sua época, pelo machismo, pela confortável vida com o pai, mas que dentro de si, em meio aos desejos de uma moça comum de 21 anos do século 19, há uma fagulha de revolução, de força e anseio por romper com essas amarras. Outro ponto a se destacar sobre a história é a impessoalidade entre os personagem, sobretudo, entre Eliza e os outros moradores do vilarejo. As meias-palavras dos personagens acabam por construir o muro que Eliza precisa destruir para enxergar toda a verdade sobre os mistérios de Gaudlin Hall e encontrar a força que ela parece não ter. Destaco a homenagem a Charles Dickens, que até mesmo aparece como personagem, e é mencionado ao longo de toda a história. Digo que há alguns detalhes no livro que me irritaram um pouco, como a revelação em conta-gotas do passado de Gaudlin Hall e os vários personagens que não desembuchavam dando desculpas esfarrapadas , e a previsibilidade de vários acontecimentos que acabam por tirar um pouco do brilho da história.
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Kelly 24/09/2016

Olá
Pessoal!

Olha eu aqui com mais uma resenha de terror, acho que Anna Vestida de Sangue me despertou para um novo mundo da literatura, e isso associado ao fato de que desde que li O menino do Pijama listrado estou louca para experimentar outras obras de John Boyne, temos a soma perfeita para essa leitura eletrizante.


"Qualquer história que se dedique ao além-túmulo e às forças que a mente humana não pode compreender arrisca inquietar o leitor"



Como citado na sinopse, Eliza possui apenas 21 anos, orfã de mãe muito cedo, ela foi criada pelo pai, até que um forte resfriado o acomete e ela se vê sozinha no mundo, a história se passa em 1867, naquela época os costumes eram totalmente contraditórios com que o que estamos acostumados hoje, sendo assim, só quando seu pai falece é que Eliza vem ter conhecimento de que a casa onde cresceu não pertence a sua família. Sozinha no mundo, mulher e apenas com um salário humilde de professora, ela se vê perdida e sem saber como prosseguir, e é nessa hora que ela encontra o anuncio no jornal.

O anuncio apenas solicita uma governanta, sem muitos esclarecimentos além do valor do salário, ela resolve se candidatar a essa vaga, e quem sabe, ter a oportunidade de se mudar, se afastar de tudo aquilo que lembra seu pai e ainda sim se manter na área de que tanto gosta tendo contato com crianças, mas o que realmente aguardava nossa jovem protagonista era sem dúvida inesperado.

Eliza deixa tudo para trás e parte em direção ao interior para exercer seu cargo de governanta na mansão Gaudlin Hall, em sua imaginação de leitora avida, existe uma mansão belíssima com crianças doces e ar puro, mas o que espera por Eliza não passa de uma mansão abandonada quase caindo aos pedaços com apenas duas crianças, e apesar de Eustace ser sim, um doce de menino, não posso dizer o mesmo de sua irmã.

Tudo começa a ficar muito estranho desde sua chegada à estação, quando Eliza é quase atropelada pelo trem, quando ela finalmente chega a mansão é recepcionada apenas por Isabella de 12 anos e Eustace, seu irmão mais novo, essas são as crianças as quais ela ficará responsável, mas surpreendentemente, não existe adultos na casa, apenas ela e as crianças, e quando coisas estranhas e assustadoras começam a acontecer Eliza se vê obrigada a investigar e tentar entender o que assola aquela mansão, e acima de tudo porque apenas as crianças estão protegidas.


"Havia uma presença naquela casa, alguma coisa profana; uma noção que eu antes desprezara como fantasia tomou conta de mim e me disse que aquela era a verdade."

O livro funciona como se fosse um diário, logo no primeiro capitulo já é possível notar que Eliza esta contando sua história para quem queira ouvir, acompanharemos toda sua trajetória desde a falência do pai até o inesperado fim de sua jornada.John Boyne nos leva por essa emocionante viagem com a mesma maestria que me tirou lágrimas em O menino do Pijama Listrado.

O livro acontece em uma época em que as mulheres não possuíam muitos direitos, onde tudo era ditado pelos homens, sendo assim, consigo imaginar minha doce protagonista com aqueles vestidos rodados e gigantescos se encaminhando para a estação de trem, rumo a sua aventura. O livro é cheio de mistério, e conforme as coisas vão acontecendo é possível ir juntando as peças do quebra cabeça, como minha mente anda muito treinada no seriado policial, desvendei o caso antes do livro chegar ao meio, mas isso não impediu que a leitura fosse incrível e me prendesse do começo ao fim.


"(...)antes de aprendermos a ter medo das coisas, nossos corpos sabem naturalmente como fazê-las. É um dos aspectos decepcionantes de ficar mais velho. Temos mais medo e, por isso, fazemos menos coisas."


Eliza não é uma jovem de beleza estupenda, mas seu coração possui uma doçura e bondade inenarrável, e é isso que a faz permanecer na casa mesmo depois de se dar conta de que sua vida corre perigo, para ela se torna impossível abandonar as crianças mesmo sabendo que elas não correm perigo. John Boyne criou personagens incríveis, cada um possui sua personalidade marcante e sua importância no decorrer da história, desde Eliza até o caseiro mau humorado.

Se utilizando de contextos, termos e folclores da época descrita, John consegue criar um terror leve e viciante, cheio de mistérios e fantasias, daquele que você só larga depois que dá o último suspiro. A leitura flui com uma velocidade incrível, e mesmo sendo um terror e tendo seus momentos assustadores, me arrisco a dizer que tudo flui perfeitamente.

A edição esta muito bem trabalhada, a capa vem com cores sombrias, e de um material quase aveludado, muito gostoso ao toque, a edição vem em um formato um pouco menor que a comum possibilitando ser levada até mesmo no bolso do moletom ( Acreditem, eu fiz isso kkkkkk), com as páginas amareladas e a fonte em tamanho padrão, a leitura é mais do que agradável.

Enfim posso dizer que John me deixou com gostinho de quero mais, a forma como ele termina a leitura me deixou sem chão e cheia de especulações, como se a história já não tivesse sido boa o suficiente para me viciar. Sendo assim, me arrisco a dizer que vou sim ler seus outros volumes e que esse aqui já foi para a lista dos favoritos!!!

Espero que tenham gostado da resenha, e se leram me conte o que acharam, e se não, aqui vai uma boa pedida para quem curte terror e também para quem quer conhecer uma categoria nova de leitura.



Resenha postada em parceria com o Blog Quem lê, Sabe PORQUÊ

site: http://paraisodasideas.blogspot.com.br/
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Paraíso das Ideias 24/09/2016

Olá
Pessoal!

Olha eu aqui com mais uma resenha de terror, acho que Anna Vestida de Sangue me despertou para um novo mundo da literatura, e isso associado ao fato de que desde que li O menino do Pijama listrado estou louca para experimentar outras obras de John Boyne, temos a soma perfeita para essa leitura eletrizante.


"Qualquer história que se dedique ao além-túmulo e às forças que a mente humana não pode compreender arrisca inquietar o leitor"



Como citado na sinopse, Eliza possui apenas 21 anos, orfã de mãe muito cedo, ela foi criada pelo pai, até que um forte resfriado o acomete e ela se vê sozinha no mundo, a história se passa em 1867, naquela época os costumes eram totalmente contraditórios com que o que estamos acostumados hoje, sendo assim, só quando seu pai falece é que Eliza vem ter conhecimento de que a casa onde cresceu não pertence a sua família. Sozinha no mundo, mulher e apenas com um salário humilde de professora, ela se vê perdida e sem saber como prosseguir, e é nessa hora que ela encontra o anuncio no jornal.

O anuncio apenas solicita uma governanta, sem muitos esclarecimentos além do valor do salário, ela resolve se candidatar a essa vaga, e quem sabe, ter a oportunidade de se mudar, se afastar de tudo aquilo que lembra seu pai e ainda sim se manter na área de que tanto gosta tendo contato com crianças, mas o que realmente aguardava nossa jovem protagonista era sem dúvida inesperado.

Eliza deixa tudo para trás e parte em direção ao interior para exercer seu cargo de governanta na mansão Gaudlin Hall, em sua imaginação de leitora avida, existe uma mansão belíssima com crianças doces e ar puro, mas o que espera por Eliza não passa de uma mansão abandonada quase caindo aos pedaços com apenas duas crianças, e apesar de Eustace ser sim, um doce de menino, não posso dizer o mesmo de sua irmã.

Tudo começa a ficar muito estranho desde sua chegada à estação, quando Eliza é quase atropelada pelo trem, quando ela finalmente chega a mansão é recepcionada apenas por Isabella de 12 anos e Eustace, seu irmão mais novo, essas são as crianças as quais ela ficará responsável, mas surpreendentemente, não existe adultos na casa, apenas ela e as crianças, e quando coisas estranhas e assustadoras começam a acontecer Eliza se vê obrigada a investigar e tentar entender o que assola aquela mansão, e acima de tudo porque apenas as crianças estão protegidas.


"Havia uma presença naquela casa, alguma coisa profana; uma noção que eu antes desprezara como fantasia tomou conta de mim e me disse que aquela era a verdade."

O livro funciona como se fosse um diário, logo no primeiro capitulo já é possível notar que Eliza esta contando sua história para quem queira ouvir, acompanharemos toda sua trajetória desde a falência do pai até o inesperado fim de sua jornada.John Boyne nos leva por essa emocionante viagem com a mesma maestria que me tirou lágrimas em O menino do Pijama Listrado.

O livro acontece em uma época em que as mulheres não possuíam muitos direitos, onde tudo era ditado pelos homens, sendo assim, consigo imaginar minha doce protagonista com aqueles vestidos rodados e gigantescos se encaminhando para a estação de trem, rumo a sua aventura. O livro é cheio de mistério, e conforme as coisas vão acontecendo é possível ir juntando as peças do quebra cabeça, como minha mente anda muito treinada no seriado policial, desvendei o caso antes do livro chegar ao meio, mas isso não impediu que a leitura fosse incrível e me prendesse do começo ao fim.


"(...)antes de aprendermos a ter medo das coisas, nossos corpos sabem naturalmente como fazê-las. É um dos aspectos decepcionantes de ficar mais velho. Temos mais medo e, por isso, fazemos menos coisas."


Eliza não é uma jovem de beleza estupenda, mas seu coração possui uma doçura e bondade inenarrável, e é isso que a faz permanecer na casa mesmo depois de se dar conta de que sua vida corre perigo, para ela se torna impossível abandonar as crianças mesmo sabendo que elas não correm perigo. John Boyne criou personagens incríveis, cada um possui sua personalidade marcante e sua importância no decorrer da história, desde Eliza até o caseiro mau humorado.

Se utilizando de contextos, termos e folclores da época descrita, John consegue criar um terror leve e viciante, cheio de mistérios e fantasias, daquele que você só larga depois que dá o último suspiro. A leitura flui com uma velocidade incrível, e mesmo sendo um terror e tendo seus momentos assustadores, me arrisco a dizer que tudo flui perfeitamente.

A edição esta muito bem trabalhada, a capa vem com cores sombrias, e de um material quase aveludado, muito gostoso ao toque, a edição vem em um formato um pouco menor que a comum possibilitando ser levada até mesmo no bolso do moletom ( Acreditem, eu fiz isso kkkkkk), com as páginas amareladas e a fonte em tamanho padrão, a leitura é mais do que agradável.

Enfim posso dizer que John me deixou com gostinho de quero mais, a forma como ele termina a leitura me deixou sem chão e cheia de especulações, como se a história já não tivesse sido boa o suficiente para me viciar. Sendo assim, me arrisco a dizer que vou sim ler seus outros volumes e que esse aqui já foi para a lista dos favoritos!!!

Espero que tenham gostado da resenha, e se leram me conte o que acharam, e se não, aqui vai uma boa pedida para quem curte terror e também para quem quer conhecer uma categoria nova de leitura.



Resenha postada em parceria com o Blog Quem lê, Sabe PORQUÊ

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carolina.trigo. 04/10/2016

A Casa Nem Tão Assombrada...
Mais um livro do desafio terminado. Depois de ler "O Menino do Pijama Listrado" acho que esperava algo do John Boyne à altura. Porém vamos dizer que "A Casa Assombrada" (Ed. Cia das Letras) não conseguiu alcançar a qualidade e o brilhantismo contido no livro já citado anteriormente. Mas daqui a pouco já falamos disso. Primeiro vamos à sinopse...
O livro todo é narrado pela jovem Eliza Caine, na Londres de 1867. A história já começa com a morte do pai dela e é a partir desse acontecimento que os problemas realmente aparecerão. Determinada a deixar para trás as lembranças tristes, ela vê a oportunidade perfeita em um anúncio de governanta, que está a procura de alguém para cuidar das crianças de um casarão no leste da Inglaterra.
Mas algo a aguarda nesta casa misteriosa. Algo maligno e que faz Eliza correr sérios perigos. À frente disso, a srta. Caine se vê em uma guerra de nervos contra esse adversário desconhecido, invisível e cruel que a acompanha em todos os momentos com a aparente intenção de feri-la ou até mesmo de matá-la.
O maior problema em si que eu vi foi que nenhum personagem é carismático e nem a história te prende. Achei bem lento e o desenrolar bem fraquinho, do estilo que vemos em várias histórias de terror. Além de que no momento que iniciei a leitura, a história me lembrou MUITO "A Volta do Parafuso" do Henry James e por muito tempo, praticamente o livro todo essa relação voltava. E isso é muito preocupante e me deixou bastante irritada. Além de uma cena já no finalzinho do livro, que é tipo uma luta - muito, mas muito mal feita.
Porém, teve alguns momentos bons também. Vou dar dois exemplos: a primeira ocorreu logo no começo do livro, nos primeiros capítulos, em uma cena que eu particularmente fiquei com muito medo - porque para quem não sabe, eu sou MUITO medrosa - algo relacionado com tarde da noite, deitada na cama, pés descobertos... Quem assistiu o primeiro Atividade Paranormal vai entender!
E a segunda parte é já quase no final da história, que é uma conversa entre nossa personagem principal e um padre da igreja local (no capítulo 20 para ser específica). Essa conversa é espetacular, principalmente por causa da Eliza, no qual foi o momento que mais me surpreendi com ela. Sério, foi uma das conversas que gostei dos últimos livros que li e que bate muito com o que eu penso também. Algo relacionado com bruxas, como elas eram aceitas (nesse caso, não aceitas), a Bíblia, a igreja e a relação entre homens e mulheres da época (tanto das bruxas, quanto do livro). É ótima, tanto que a frase do começo da resenha eu tirei dessa parte.
Então chegamos a conclusão que alguns autores não deveriam escrever outro gênero no qual não tem conhecimento ou até mesmo "qualidade". Ele deveria ficar mesmo nos romances de guerra. Terror não é a praia dele.
No final, foi um livro bem decepcionante. No entanto, não desistem de ler, pois só porque eu não gostei, não quer dizer que vocês não gostem. Só talvez não vão com a expectativa tão alta e talvez vocês gostem mais do que eu.

site: http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com.br/2016/04/a-casa-nem-tao-assombrada-resenhadesafio.html
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Caverna 31/10/2016

Eliza Caine tem 21 anos quando perde o pai para uma gripe forte. Desamparada, sem mais familiares por perto e muito menos dinheiro para pagar aluguel, ela encontra um anúncio pedindo urgentemente por uma governanta para cuidar de crianças em Norfolk, sem relatar quantas crianças são, quantos anos tem, qual seria o salário. Mesmo assim, Eliza se interessa e responde ao anúncio, esperando ser chamada para uma entrevista, mas a contratam de imediato.

Estranhando, Eliza faz as malas e parte de Londres. Ao chegar à mansão Gaudlin Hall, ela é recebida por duas crianças: Isabella, uma menina inteligente, esperta e até mesmo mandona, e Eustace, um garoto tímido e simpático. Eliza fica surpresa pela ausência de adultos na casa, e insiste em saber onde estão os pais das crianças. Eles não respondem. E o mistério prossegue consistente durante páginas do livro, algo que Eliza não vai deixar quieto. Ela vai atrás do advogado da família, o responsável pelo seu salário, e faz inquisições a respeito da casa.

Onde estavam os pais? Quem fazia a limpeza e cozinhava? Porque todos da cidade torciam o nariz ao descobrirem onde ela trabalhava? Porque recusavam, assustados, o convite de ir à casa? O que, afinal, acontecera com as governantas anteriores?

E não para por aí. Desde que chegou à cidade, Eliza passa por situações peculiares. Portas batem, mãos invisíveis agarram seus pés, a água sempre tão gelada de repente queima seus braços, sente como se quisessem empurrá-la, jogá-la da janela. As tentativas foram várias, e Eliza sempre suspeitou ser provocado pelo cansaço, mas após tirar respostas do advogado, ela cai na real. Aquilo não era produto de sua imaginação. A casa era assombrada de verdade e, seja quem fosse a presença fantasmagórica, estava atrás dela. As crianças pareciam protegidas, intocáveis. O alvo de toda a tortura era Eliza.

A solução era fácil: fugir. Mas e as crianças? Ela se apegara tanto a elas, por mais que o comportamento delas fosse incomum, que jamais as abandonaria. Ela teria de ser forte e lutar.

Sem brincadeira, esse foi um dos melhores livros de terror que já li. Tem a pegada exata que bota horror ao leitor, do jeito que sempre quis ler e nunca havia encontrado até então. A história em si é previsível, sim, é uma leitura inclusive rápida, mas esse é o ponto admirável, não se prolonga ou estende só para promover um terror arrastado, ele é realizado na medida certa e suficiente para amedrontar

Eu costumo achar filmes muito mais assustadores do que livros, por conta dos barulhos e toda a ambientação criada pra dar susto, mas com A Casa Assombrada, sim, posso dizer que vocês enfartariam. Eu li o trecho que citei adivinhem em que momento, em taantos na vida? Justamente quando estava deitada na cama, com as luzes todas apagadas. Morri ali mesmo, sim ou claro? Muita sacanagem, fala sério.

Enfim, é um livro que recomendo a todos os fãs de terror. Uma história simples, composta dos elementos perfeitos para promover aquele calafrio.


site: http://caverna-literaria.blogspot.com.br/2016/10/especial-halloween-casa-assombrada.html
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Paulo.Monteiro 02/11/2016

Da Hora!!!!
No começo você acha que é só mais livro clichê de assombração, mas tudo pode nos surpreender nesta obra literaria e se tornar muito alem do esperado!
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AmadosLivros 28/12/2016

Resenha do blog Amados Livros
Olá lindos!! Tudo bem com vocês? Eu sinceramente espero que sim! No VEDA de hoje eu venho trazer para vocês um livro que arrepiou todos os pelos de minha nuca! Deixou aquele frio na espinha, e o medinho de olhar por cima do ombro! Estou falando sobre o livro A Casa Assombrada, do John Boyne!

Eliza Caine é uma jovem de 21 anos, que, após a morte do seu pai, encontrou-se sozinha no mundo. Desesperada por uma mudança de ares (e preocupada em como faria para pagar o aluguel da casa onde morava), Eliza se candidata, sem pensar duas vezes, para o cargo de governanta de Gaudlin Hall, respondendo um anuncio de um tal H. Bennet que ela vira no jornal.

(Continue lendo no blog)

site: http://amadoslivros.blogspot.com.br/2015/04/veda-22-livro-casa-assombrada.html
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Roberta Harris 04/01/2017

Envolvente
A casa assombrada tem uma história que te deixa bem instigado, mas do meio do livro você já pode fazer especulações sobre a resolução do mistério se tornando um pouco previsível. Mas a escrita do John Boyne é muito gostosa de acompanhar e a história que ele criou foi muito bem elaborada.
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spoiler visualizar
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Victor 18/07/2020

Muito bom! Gosto de tudo que esse homem escreve, então sou suspeito. Achei bem diferente dos outros livros dele, mas a história é bem envolvente e você não consegue parar.
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