Sâmella Raissa 20/01/2015Resenha original para o blog SammySacional
Lucy nunca pensou em escrever profissionalmente. Porém, quando sua amiga Roxy publica suas histórias em um fórum na internet, a carreira da jovem escritora começa antes mesmo de ela saber, e quando se dá conta da verdade, já está imersa entre sessões de autógrafos e fãs histéricas e igualmente apaixonadas pelo mocinho de seu romance, o Zac. Com a publicação e uma então proposta de adaptação para o cinema, a moça se vê realizando sonhos que nem mesmo sabia que tinha. Ela só não sabia que outras duas garotas também estariam embarcando nesse sonho e realizando-se profissionalmente, cada uma a seu modo. Só que, bem, nem tudo são flores, e elas precisarão correr, por conta própria e determinação, até o desfecho em pleno ano-novo.
Em Papel, Caneta e Ação, temos uma união arrasadora de três autoras pra lá de talentosas e dedicadas. Cada uma é responsável por uma personagem e uma história em particular que, ao final, se entrelaçam em um desfecho imperdível e mais que especial em pleno ano-novo. Eu, primeiramente, já conhecia a narrativa da Clara e a da Thati, e à propósito, foi ótimo rever o mesmo estilo e desenvoltura de ambas impressos em suas respectivas histórias; Aimée, por sua vez, eu não conhecia, mas gostei muito desse primeiro contato com a escrita da autora, também, e espero poder conferir mais histórias suas. E, para não perder detalhes ou foco de cada uma das histórias, aqui vai uma mini-resenha separada sobre cada uma delas, então, desde já, me desculpem se a resenha sair um pouco grande, rs.
A primeira história, Num papel passado, de Aimée Oliveira, centraliza o início de toda a nossa trama na visão da jovem Cinderela, ou Cindy, como bem prefere. Ilustradora e desenhista, estava com a carreira conturbada até o momento em que, após acompanhar a publicação dos capítulos do livro de Lucy em um fórum, resolveu colocar suas emoções no papel e, após divulgar a ilustração na internet, não demorou muito até que recebesse elogios e a dita cuja se transformasse na capa oficial do livro, então publicado. Vivendo seus primeiros dias do que ela espera ser o começo de seu sucesso profissional em um escritório de verdade, ela conhecerá Thomas Felton, seu então chefe e um sisudo homem de negócios que vive a fachada construída pelo escritório que dirige, herdado de seu pai. Não muito conhecedor das cores, terá a chance de colorir um pouco mais a própria vida à medida que Cindy se firma ainda mais próxima à ele.
"Tem coisas que a gente consegue dizer sem precisar falar. Sei disso porque eu tentava dizer coisas com os meus desenhos. Às vezes funcionava."
- Num papel passado -
O conto de Aimée é leve e bem humorado, narrado por uma personagem que, apesar da característica pessimista, não deixa de cativar o leitor por ser um tanto atrapalhada e desengonçada quando o foco está direcionado à ela. Cindy não deixa de acreditar em seu potencial e, apesar dos altos e baixos anteriormente sofridos por não aceitarem sua profissão, ela não desiste e continua seguindo em frente, por mais que se abale em alguns poucos momentos. Thomas, por sua vez, é o mocinho imprevisível pelos quais gritamos e suspiramos em diferentes momentos, que aos poucos precisa rever seus conceitos e sua postura ao se deparar com uma moça tão descontraída como Cindy. É uma história leve e visivelmente curta, que, no entanto, cumpre com o seu objetivo e entretém o leitor na medida certa, além de ter personagens igualmente cativantes e carismáticos, e um romance bem meigo.
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