Resenhas - Pasión prohibida

Evy 10/08/2015

Uma grata surpresa!
Esse livro com certeza extrapolou as expectativas que eu tinha dele, normalmente não gosto de triângulos amorosos, principalmente o representado pela sinopse... Mas eis que li o livro e como foi bom eu ter feito isso!

Pasión Prohibida (The Passions of Emma título original) retrata uma história de dor, de sacrifícios, de escolhas, e principalmente, de amor. A vida de uma dama da alta sociedade local Emma Tremayne que se vê de cabeça para baixo diante do acidente que deixou sua irmã paraplégica, do suicídio de seu irmão e da fuga de seu pai. E como se não bastasse um iminente casamento diante das opressões de uma mãe amargurada.

Em nenhum momento da leitura eu vi a Bethel como uma vilã, ela era simplesmente uma mãe que achava que tudo o que fazia era o certo, para o bem de sua filha e as pessoas que fazem o mal achando que fazem o bem, são as mais perigosas.

Emma tem um crescimento maravilhoso no decorrer do livro, a maior parte desse crescimento sem dúvida graças a sua amizade com Bria, esposa de Shay. E aqui é que está o ponto alto desse livro, não o romance, e sim a amizade quase improvável entre uma pobre trabalhadora irlandesa e uma dama da alta sociedade que nunca deveria se "rebaixar" a ter uma amizade com uma "necessitada".
Em poucos livros eu vi ser retratada uma amizade assim, tão tangível, que você quase crê que não seja possível ser real. A prova de maior amor e coragem de Bria foi sem dúvida diante das portas da morte, fazer o possível para que fosse possível a felicidade das pessoas que ela mais amava no mundo, afinal, não é fácil reconhecer o amor de outra pessoa por alguém que você ama e ainda assim, incentivar isso quando você ama tanto alguém que quer colocar a felicidade do outro acima de tudo.

Um livro imperdível sem dúvida, um dos que sempre guardarei com carinho na memória.

Lizzy 03/01/2015

Que leitura esplêndida. Penelope Williamsom me impressionou desde o livro The Outsider, no entanto esse me envolveu igualmente. A escrita é fantástica, ambientação riquíssima, tudo em detalhes sem ser cansativo. Cada personagem, sejam coadjuvantes ou protagonistas, possuem um momento em destaque. Suas almas são desnudadas ao leitor para que tenhamos nosso próprio ponto de vista. São personagens muito humanos e díspares, com seus segredos e por vezes carregados de culpa e ressentimentos, com questões relevantes a serem resolvidas.

Nesse contexto vive a heroína Emma Tremayne. Ela é uma dama da sociedade de Bristol. Linda, criada com todos os requintes que o dinheiro pode proporcionar, porém a jovem está longe de viver uma vida transparente e feliz. Sua mãe é severa e mesquinha; a irmã paralítica; o irmão cometeu suicídio; o pai abandonou a família; o noivo não é o homem dos seus sonhos mais secretos.

Emma questiona ainda mais profundamente o seu falso modo de vida quando ela conhece o imigrante irlandês Shay McKenna. Os dois não poderiam ser de mundos mais contrapostos. Ele é um trabalhador, um pescador, um lutador de rua, ela uma filha da proeminente e centenária família Tremayne. Ele a impressiona, suas cicatrizes, suas enormes e bonitas mãos cheias de marcas. Ele é rude e a despreza, mas ela não consegue esquecê-lo.

Aos poucos as peças do destino vão se mexendo e Emma constrói uma amizade profunda com Bria, uma trabalhadora da fábrica têxtil do seu noivo. O que ela não sabia é que Bria é a esposa de Shay. Sim, ele é casado e pai de três filhos, portanto totalmente proibido.

As filhas de Shay são adoráveis, especiais. Esse é o momento em que as condições subumanas dos imigrantes irlandeses são reveladas. As crianças trabalham na fábrica têxtil e essa situação comove e aproxima Emma da família Mackenna de um modo irrevogável. O livro constrói um caminho tortuoso para a heroína que se vê consumida por um amor que a domina, oculto dentro de si. Com a morte de Bria, a trajetória de Shay e Emma começa a se construir, mas os obstáculos parecem ser intransponíveis.

Uma bela amizade é retratada entre duas mulheres que amam o mesmo homem. Shay é magnífico, um lutador, um sonhador, ambas reconhecem o valor desse homem jovem, endurecido pela vida e pelos trágicos acontecimentos que o trouxeram para a América.

Enfim, não contarei mais nada. Há muitas reviravoltas, revelações e acontecimentos chocantes na trajetória de Shay e Emma. Há momentos marcantes, emocionantes. Foi bastante emblemático o momento em que Shay alimenta uma raposa junto com Emma...Leia para entender. Prepare-se para conter as emoções. Lindo!

Dri 02/01/2017

Lembra um clássico...
Um livro maravilhoso, com certeza. Eu poderia seguramente classificar como cinco estrelas e favoritar, se não fosse minhas ressalvas... Os meus sentimentos em relação ao livro, é que desde o início da história o livro me prendeu, pois Shay e Emma prometiam tanto... No entanto, embora a escrita seja excelente, as descrições esplêndidas e os personagens tão reais, o romance quase não existiu ( ou pelo menos, o que eu busco em um romance).
            Emma Tremayne é linda, boa moça, riquíssima e nascida de uma das melhores famílias de Bristol. Seu amor por Shay parece altamente impossível, o que é, pois Shay McKenna ( um imigrante irlandês muito pobre), já está muito bem casado com Bria ( que está grávida), e já tem duas meninas. Mas logo fica claro que Bria está muito doente, e fica óbvio que ela vai morrer, para possivelmente acontecer o romance entre Shay e Emma... A cena em que Emma vê Bria pela primeira vez é muito forte, e triste... Muito depois, elas se tornam amigas de almas, e essa relação de amizade, e a história de vida da mulher de Shay, é o foco na maior parte do livro. E é aí , que começam minhas inquietações...
            Após a morte de Bria, o amor proibido de Emma por Shay não foi assim tão correspondido... Shay permaneceu apaixonado e sofrendo de amor e perda por sua esposa morta. O amor de Shay por Emma, não me convenceu... Para mim, infelizmente, ele não amava Emma tanto quanto ela o amava. A ligação que os unia primeiramente, era o amor que ambos sentiam por Bria. Eu realmente não gosto de livros em que o mocinho é apaixonado por outra mulher - ou até mesmo a primeira esposa - mais do que a heroína do livro. Em suma, um grande livro, pra quem não leva em conta tudo isso. :(

Jessica1248 07/07/2016

Meu Deus quanta emoção nessa história, amei de paixão.

C_R 05/01/2018

Que livro... Precisei dar uma boa respirada depois que finalizei, repassar toda a estória na minha cabeça novamente, para depois me dispor a escrever. Precisava entender algumas coisas que não ficaram claras no livro.
É um livro em que os personagens tem muitos segredos, alguns vão se revelando conforme avança o enredo, outros ficam subentendidos para o leitor. São segredos que definem a personalidade de uns, justificam as atitudes de outros e atormentam todos eles.
Um romance magnifico, a estória de amor dos personagens ela não acontece de repente, vai florescendo, aos poucos e perceber esse florescimento é que dá toda a magia do livro. O drama envolvido é tocante e dá vontade de matar uns... a mãe da mocinha é uma delas, mas sabendo por tudo o que passou em sua vida é compreensível o que ela faz, mas não justificável. Com relação a irmã da mocinha, também é outra pessoa amarga que tem inveja da felicidade da irmã e a participação dela na trama sórdida elaborada pela mãe é de uma crueldade sem tamanho.
Também tem outro personagem, que é muito sofrido e de certa forma injustiçado, mas o que tem a visão além, pois é o único que percebe os pormenores as relações mesmo não participando delas.
É um romance triste, um livro longo, mas com um enredo belíssimo. Faltou um epilogo que explicasse algumas coisas que ficaram no "ar", alguns personagens que são importantes, mas ficam de lado e não se sabe o que aconteceu. Um epilogo explicaria tudo isto!
Tive a impressão que este volume faz parte de uma série, mas pesquisando não achei nenhum livro da autora que mencione os outros personagens deste volume.
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