O País do Carnaval

O País do Carnaval Jorge Amado




Resenhas - O país do Carnaval


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Rafael 03/01/2019

Jorge Amado aos 18 anos
Romance de deformação, segundo José Castello, eis aqui a. busca eterna pela felicidade e o propósito da existência. Amado já entendia grandes questões sociais do Brasil quando ele ainda estava maduro, aliás, nem hoje ele esta. Por isso talvez, esse livro seja tão atual...
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Vitória Duarte 28/10/2020

É um bom livro, não é perfeito, mas como o próprio Jorge Amado disse "os defeitos desse livro são a minha maior honra".
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Mario Miranda 08/04/2018

“- A felicidade só está ao alcance dos medíocres e dos cretinos.”
Das três primeiras obras de Jorge Amado - O País do Carnaval, Cacau e Suor - este foi o que mais me agradou. Apesar de ter sido escrito quando o autor ainda tinha 18 anos, nota-se uma preocupação a mais com a composição de uma narrativa, com uma articulação melhor da história. Não é, definitivamente, um Romance Social, como ficaria marcada a primeira geração das obras de Amado.

O País do Carnaval narra a história de Paulo Rigger que voltando de Paris após os estudos, retorna ao Brasil em terra de algo. Algo? O próprio personagem não sabe. Reúne-se num grupo de amigos que não sabem o quê buscam, não possuem razão para sua vida.

Esta falta de sentido da juventude, típica do pós primeira guerra, seria como a juventude de Hemingway, Fitzgerald, Joyce, se definiriam como uma geração perdida, sem sentidos para sua existência. Personagens que buscam no dinheiro, nas mulheres, na fama, uma justificativa que jamais chega à suas vidas.

O livro apresenta entre seus personagens, Pedro Ticiano, um teórico que busca influenciar toda a juventude a qual Paulo Rigger está inserido. É um personagem em constante mutação, permanente insatisfação. É um Bázarov ou Rudin, de Turguêniev, um Raskolnikov ou Karamazov, de Dostoiévski. Um niilista.


site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/
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Thiago275 11/02/2018

Como encontrar a Felicidade?
O País do Carnaval é o primeiro romance escrito por Jorge Amado. No livro, acompanhamos a trajetória de Paulo Rigger, um filho de fazendeiro que passa anos em Paris e volta ao Brasil cheio de esperança de ser grande, conhecido, realizar-se por aqui.

Ele chega ao Rio de Janeiro em pleno Carnaval e logo a estranheza com seu próprio país aparece. Paulo já não se reconhece mais como brasileiro, os costumes do povo não são mais os seus, ele se acha superior a tudo e todos. Habilmente, no entanto, Jorge Amado mostra, na parte mais significativa do livro, que Paulo era mais brasileiro do que gostaria.

Já na Bahia, Paulo faz amizade com um grupo de homens, capitaneado por Pedro Ticiano, todos céticos como ele e que se acham superiores a tudo. A grande questão para esse grupo é: qual o sentido da vida? O que é a felicidade? Como encontrá-la?

E grande parte do livro se passa com as discussões sobre isso. Para uns, a felicidade pode ser encontrada no amor e no casamento. Para outros, na religião. Outros ainda confiam que é na filosofia e no saber que o homem pode ser feliz. Outros acreditam apenas no dinheiro e no poder. E Pedro Ticiano, o mais velho e mentor dos demais, defende que a felicidade é uma coisa que não existe. Uma ilusão em que apenas os homens inferiores, cretinos e ignorantes, acreditam.

"Felizmente, somos infelizes", esse é o lema de Pedro Ticiano e que ele tenta ensinar aos demais. No entanto, ao longo do romance, cada um dos membros do grupo, contrariando seu mentor, vai em busca daquilo que para eles é a felicidade. Se a encontram ou não, deixo o julgamento para quem leu.

No fim, Paulo Rigger decide retornar à Europa. Passaram-se dois anos. É Carnaval novamente e aquela festa mundana, em que tudo é permitido, em que as convenções sociais são esquecidas (convenções a que o próprio Paulo, a despeito de seu ceticismo e toda a sua "cultura", se agarra), em que o povo esbanja alegria e "felicidade", parece a Paulo tão estranha e distante como no dia em que ele chegou.

Fiquei com a impressão de que Jorge Amado quis nos mostrar que, apesar de todas as nossas dúvidas, de toda a incerteza da vida, de todo o futuro desconhecido que se abre diante de nós, de uma coisa devemos estar certos: quarenta dias antes da Páscoa, haverá Carnaval.

O País do Carnaval é um romance de busca. Mostra personagens frustrados com a irrelevância de suas vidas tentando encontrar sentido em suas parcas existências.

Aqui, já temos um vislumbre do que seria a futura obra de Jorge Amado. O autor já fala sem pudores da sexualidade (inclusive entre pessoas do mesmo sexo), do jeito brasileiro, da cultura baiana. Também, já no finalzinho, o escritor dá mostras de sua simpatia ao comunismo, corrente ideológica a que se filiaria no futuro.
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Rosi 16/04/2010

O país do carnaval não é o que aparenta
Confesso que fiquei um pouco frustrada com o conteúdo do livro, pois o título nos leva a imaginar uma história estritamente voltada para o carnaval e suas implicações, quando na verdade se trata de uma análise filosófica sobre a vida, a felicidade, envolvendo personagens do país do carnaval. Contudo, tem algumas passagens bem interessantes que propõe uma reflexão acerca da religião, proporcionadas pelo personagem ateu Pedro Ticiano.
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regifreitas 25/02/2017

Iniciado ontem (24/2) e concluído hoje. Este, segundo as resenhas que li, foi o primeiro livro do autor, escrito aos 18 anos. Talvez por conta disso, de ser o livro de um autor ainda iniciante, ainda não pleno de sua técnica, tenha sentido a mão um pouco pesada na escrita. Achei os personagens meio estereotipados e as discussões filosóficas não me convenceram muito – além de serem repetitivas. A crítica social, embora existente, também é muito diluída ao longo do texto – pelo menos eu esperava um pouco mais nesse sentido, principalmente por conta do título da obra e pelo histórico do autor. E o diálogo final, entre o protagonista Paulo Rigger e José Lopes... panfletário ou ingênuo? Deixou um gostinho de vazio!
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Cheiro de Livro 30/06/2016

País do Carnaval
Esse ano Jorge Amado faria 100 anos. Teremos um ano de muita comemoração e muito se falará sobre a obra do escritor baiano. Como muita gente meu primeiro contado com a obra de Amado foi no colégio, “Capitães de Areia” era leitura obrigatória e lembro que me diverti bastante lendo sobre meninos de rua em Salvador. Depois disso tentei algumas vezes ler outros romances dele, mas nunca conseguia passar da página 10. Acabei adquirindo uma pinimba inexplicável com Jorge Amado.

Como uma forma pessoal de homenagear um dos escritores brasileiros mais conhecidos aqui e fora do país resolvi tentar mais uma vez. Comecei pelo seu primeiro romance “O País do Carnaval” publicado na década de 1930. A edição que peguei na estante aqui de casa é da década de 1960 e está meio caindo aos pedaços, ela junta os três primeiros romances de Jorge Amado (“Pais do Carnaval”, “Cacau” e “Suor”).

“País do Carnaval” mostra um grupo de amigos intelectuais em Salvador na década de 1920. Paulo é o nosso guia nesse mundo, um jovem educado na Europa que volta ao Brasil com desejo de se envolver na política. É um livro sobretudo sobre a desilusão. Paulo e seus amigos estão sempre falando sobre a busca da felicidade, criticando tudo e todos no Brasil e são incapazes de encontrar um rumo para as próprias vidas.

O carnaval abre e fecha o romance, a festa das ruas, a marchinha e a alegria de se brincar o carnaval são vistos por Paulo como um sinal do atraso. Mesmo olhando a festa popular como uma manifestação menor ele é envolvido por ela, pela música e por toda a alegria das ruas. Nesse primeiro romance Jorge Amado não se aprofunda muito nos temas, parece mais um ensaio do que ele queria escrever, retratar da sociedade brasileira na primeira metade do século passado.

Para um escritor que ficou muito conhecido por suas mulheres (Tieta, Gabriela, Teresa, Dona Flor), os personagens femininos são muito fracos e quase insignificantes na história. As mulheres aqui servem para aumentar a desilusão do protagonista ou para completar um quadro, mas não são ativas no desenrolar da trama. Elas entram e desaparecem de cena com facilidade e não tem lá muita importância no todo.

Esse primeiro romance de Jorge Amado não é um grande romance, tem um quê de ensaio para o que ele ainda iria escrever. Jorge faria 100 anos em agosto, no meu intuito de homenageá-lo tentarei dedicar mais tempo a sua obra. O próximo item da minha lista são suas mulheres. Quem sabe assim minha inexplicável pinimba com esse escritor não acaba.

site: http://cheirodelivro.com/pais-do-carnaval/
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Jeniffer Geraldine 26/05/2016

O País do Carnaval
Em 1930, ainda com 18 anos, o baiano Jorge Amado (natural de Ilhéus) escreveu seu primeiro livro intitulado O País do Carnaval. Na época, Jorge havia saído da Bahia para cursar Direito no Rio de Janeiro. Mesmo tão novo, Amado escreveu uma obra inteligente, crítica e que retratou as inquietações de vários jovens dos anos 30.

Em O País do Carnaval, o baiano Paulo Rigger volta ao Brasil após sete anos estudando Direito em Paris. Durante o seu tempo de estudos, Paulo tornou-se boêmio, blasé e aprendeu a apreciar as coisas boas. Passeava entre os grande salões e os cabarés. Mas apesar de tudo isso, ele era insatisfeito. Vivia em busca de algo porém não sabia o que era. Antes de voltar para Bahia, Rigger passa um tempo no Rio de Janeiro justamente na época do Carnaval.

Logo na chegada no Rio de Janeiro, Rigger encontra uma realidade totalmente diferente de Paris mas que ainda não reconhecia como Brasil. No Rio, a crise de identidade aflorou. Paulo não se reconhecia brasileiro, mas também não se considerava um europeu. E buscava entender o Brasil e a si mesmo, em meio ao Carnaval, a chamada festa democrática, em que todos se misturam, cantam, dançam e são felizes, e esquecem a situação crítica do país e seus cidadãos.

"Sentia, entretanto, que a capital da República não era Brasil. Tinha muito das grandes cidades do universo. E essas cidades não são cidades de países, são cidades do mundo. Paris, Londres, Nova York, Tóquio e Rio de Janeiro pertencem a todos os países e a todas as raças." (pag 23)

Na Bahia, Rigger passa a frequentar um grupo de intelectuais que estavam na mesma situação que ele – todos buscavam o sentido da existência e a felicidade plena na vida. Esse grupo era formado por: Pedro Ticiano, o mais velho e cético de todos e que não acredita no amor; Ricardo Braz, funcionário público e que “tinha uma grande sede de amor”; A. Gomes, jornalista, diretor de revista e ambicioso; Jerônimo Soares, ingênuo e sem grandes pretensões na vida; José Lopes, o mais estranho de todos. Sentia que não realizaria coisa alguma na vida. Todos eles eram céticos demais, o que deixou a busca pela felicidade torturante e os tornou infelizes.

"Aquela amizade chegara a ser uma grande consolação para suas vidas. Sentiam-se amparados uns pelos outros. Ajudavam-se e juntos procuravam a finalidade das suas existências. Depois de ter aprendido, com Pedro Ticiano, todas as atitudes céticas, eles começaram um combate à dúvida. Queriam alcançar o fim. Sim, diziam, havia um fim na vida." (pag 35)

Através das ações e diálogos dos personagens podemos refletir sobre política, ética, nacionalismo, niilismo, religião, filosofia, machismo e convenções sociais. O livro O País do Carnaval é considerado pelo jornalista e escritor José Castello, no posfácio disponível na edição da Companhia das Letras (2011), como um romance de deformação, “no qual Jorge se desvia da educação que recebeu da família e das expectativas paternas para se afirmar como sujeito”. No livro, Paulo Rigger está em busca do seu lugar na vida. Ao mesmo tempo em que se considerava uma pessoa moderna, continuava preso por convenções sociais e políticas da época, e aos preconceitos morais. E esse conflito também era vivido por seus amigos. Sendo que cada um tentava traçar o seu caminho em busca do sentido da existência.

Eu tinha uma ideia totalmente diferente desse livro. Nunca passou pela minha cabeça que ia encontrar um romance de deformação. Pensei que Jorge fosse comentar realmente sobre o carnaval. Mas o Carnaval aqui é apenas um elemento crítico e irônico utilizado pelo autor.

"Eu quisera intitular este romance de “Os homens que eram infelizes sem saber por quê”, mas a gente tem vergonha de certas confissões. E fica-se vivendo a tragédia de fazer ironias.
Os defeitos deste livro são a minha maior honra." (Jorge Amado, 1930)

O País do Carnaval é um romance sobre os jovens de 1930 que ainda dialoga com os dias atuais. Mudam-se os cenários, os personagens, e a busca por um lugar no mundo segue dentro de vários outros jovens. E vale lembrar, como disse o próprio Jorge Amado, “o fracasso das tentativas não é prova da sua inutilidade”. (pag 13).

site: http://jeniffergeraldine.com/amandojorge-o-pais-do-carnaval/
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Meu perfil literário @reclivros 07/04/2016

Bem vindo ao mundo de Jorge Amado
um livro profundo, alguns prefácios e posfácios o classificam como o único filosófico de Jorge Amado. Eu não concordo.
achei um tanto filosófico, sim, mas acredito que nas outras obras do autor, a filosofia está implícita.
Neste, ela está escancarada.
Ao leitor que pretende encontrar a sensualidade de Gabriela, Tieta ou Dona Flor, uma dica: não leie.
Esse é um livro escrito há 85 anos e que até hoje cumpre o principal desejo do autor ao escrever... fazer pensar.
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Peleteiro 05/03/2016

Acredito que o mais fiel retrato ao Brasil que há li
As dúvidas dos que sentem e sofrem no Brasil a dor de todos os outros está retratada nesse livro que denúncia as podridões do povo brasileiro.
Costumam associar Jorge Amado a grandes histórias de longa narrativa, mas, neste romance de estréia, ele foi muito além disso. Expressando tudo que estava entalado em sua garganta, sem dúvidas, sua primeira obra é um tesouro nacional.
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Lista de Livros 23/12/2013

Lista de Livros: O País do Carnaval, de Jorge Amado
"Porque, procurando bem, até homens inteligentes se encontram no Brasil.”
*
“Quem não tem fome não conhece a infelicidade.”
*
“Dizem que foi Deus quem criou os homens. Eu acho que foram os homens que criaram Deus. De qualquer modo, homens criados por Deus ou Deus criado pelos homens, uma e outra obra são indignas de uma pessoa inteligente.”
*
Mais em:

site: https://www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2013/11/o-pais-do-carnaval-jorge-amado.html
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Gelvani 11/04/2013

"Ninguém sabe onde termina o cerébro e onde começa o coração..."
Jorge Amado

É um erro classificar nossas atitudes, ações ou pensamentos entre racionais ou emocionais. Pois, como o autor expõe, não há uma fronteira clara que separa uma da outra.
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Thiago EON 18/05/2011

País do carnaval.Onde encontrar a felicidade ou a auto-ilusão?
A personagem principal, Paulo Rigger, homem novo, recém formado, chega da Europa de navio e nele conhece personalidades que discutem a realidade da época que atravessa a Europa e o Brasil. No navio também conhece uma moça muito bonita e uma noite ela o convida para seu camarote, porém, ele se dá conta de que se trata de uma meretriz ou mulher da vida, vinda da França que o leva a pensar no que seria a verdadeira felicidade. Se os prazeres da carne ou uma vida pacífica e tranqüila no verdadeiro amor que não é carnal e sim, puro sentimento. Ele a deixa esperando no quarto e ela se sente a pior das espécies. Neste momento, o escritor faz com que o leitor reflita sobre o verdadeiro sentimento do amor. Quando chega ao Brasil, desembarca na cidade do Rio de Janeiro em plena época de carnaval. Ele se contagia com a alegria do povo e quer descobrir tudo deste país que para ele é o país do carnaval e a toda hora ele repete a mesma frase. “Este é o país do carnaval”. Simplesmente pelo fato de que tudo acaba em festa. Só que o país neste período está passando por serias transformações tanto políticas como econômicas. O autor sutilmente dá a entender que vai haver uma revolução, que há discussão política em vários setores e fala na possível eleição de Julio Prestes para Presidente da República e também nos “getulistas” e a oposição ao governo, sem deixar transparecer qualquer opinião política pessoal. Somente para posicionar o leitor sobre a verdadeira realidade do Brasil. Rigger vai para o Estado da Bahia e lá reencontra a família. Seu pai já não existia mais. Ele enviara seu filho para estudar na Europa com a finalidade de que depois ele continuasse com os negócios da família. Porém, Paulo se formara em Direito e longe de querer seguir os planos do pai, ele procurava a verdadeira felicidade a que seria na cidade, longe da fazenda. Conversa com sua mãe e volta para a cidade. Na cidade ele conhece várias personalidades, entre escritores, poetas e deputados e faz amizade com eles. Todos dizem que a verdadeira felicidade e o sentido da vida são alcançados de maneira diferente. Para uns é na calma do casamento, para outros é na religião e sua fé, outros dizem que é através da Filosofia e na meditação, outros nos prazeres da carne e outros, que se vive por viver e que não se deve tentar procurar o porquê da existência humana. As personagens passam por muitos conflitos existenciais, cada uma tentando desvendar o sentido da própria existência. Na Bahia, Rigger e seus amigos fundam o jornal Estado da Bahia e cada um deles exerce um papel importante na edição do jornal. Paulo ganha uma coluna na qual escreve algumas crônicas. Ele conta também a respeito da rotina interna do jornal e dos conflitos entre os dois sócios principais. Um dia, visitando uma igreja, Rigger conhece uma moça que está acompanhando a missa. Os dois conversam e combinam de se encontrar. Ele se apaixona e se deixa levar pelo sentimento que parece ser o verdadeiro amor. Estando nas vésperas de seu noivado a garota lhe conta um segredo que sempre tivera medo de lhe contar por que pensava que ao revelá-lo ele a deixaria para sempre. Ela conta a Paulo que não era mais moça e que tinha sido enganada por outro rapaz. Paulo sente-se desencantado por que descobre que a mulher de sua vida não era mais pura e desmancha o noivado com ela. Um tempo depois se dá conta que talvez tivesse encontrado a verdadeira felicidade e a deixara passar. Arrependido de ter falhado com seu amor, muito tempo depois procura por sua noiva e descobre que o tempo passara rápido e ela estava de casamento marcado com outro. Lera os proclames do casamento e isso o deixara desgostoso da vida. Muitas coisas acontecem para os amigos de Paulo. Um deles casa e vai morar em outracidade deixando a dúvida sobre se o casamento seria realmente o achado da verdadeira felicidade. Outro amigo falece e é justamente aquele que sempre filosofava e dizia que quem vem ao mundo não tem que procurar pela razão de sua existência. Situações levam Rigger sempre a dizer, “este é o país do carnaval”. Porém, um desânimo se abate sobre ele. Já não é mais o mesmo Rigger que chegara da Europa para desvendar sua terra natal. Ele que pensara ser um escritor conhecido, realizar alguma grande obra, não fizera nada e vários anos se passaram sem obter grandes resultados. Chegara ao Brasil num dia sábado de carnaval, alegre e feliz, e sua vida interior desmoronara com o tempo. Sentia-se velho e cansado, sem vontade de viver. A vida não era o que ele pensava ser e precisava voltar para a Europa para recuperar suas forças. Convence sua mãe a viajar com ele para o velho mundo. Sai do Brasil justamente num dia Domingo de carnaval e ele passa pelas pessoas alegres em ritmo de folia e, no entanto, está muito mal-humorado. Vai embora de navio pela Baia de Guanabara e ao ver o Cristo Redentor de braços abertos, ele se despede para não voltar por algum tempo.

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