O País do Carnaval

O País do Carnaval Jorge Amado




Resenhas - O país do Carnaval


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Daiane316 06/11/2023

Romance de deformação
O país do Carnaval, é o primeiro romance de Jorge Amado. Lançado na década de 30, a obra representa todas as suas inseguranças e insatisfações em relação a sua formação como um homem em meio social; diante de seus familiares, como também cidadão consciente do que acontecia na política de seu tempo. Um homem disposto a usar seu livro como válvula de escape, um grito de socorro que perpassa seus personagens tb todos eles buscando um modo de ser feliz em um país que parecia decair gradativamente. Apesar de o livro não ser perfeito (e esse era o charme), lê-lo é viajar pelas camadas secretas e subterrâneos profundos sobre as quais a literatura de Jorge Amado se ergueu, e mostrou para que veio.
Gleidson 06/11/2023minha estante
Todas as vezes que vc escreve uma resenha eu sinto vontade de correr e comprar o livro.


Daiane316 07/11/2023minha estante
Opa! Hahahs ah, imagina... às vezes penso que comento abobrinhas. Mas fico feliz por isso!


Gleidson 07/11/2023minha estante
Que nada! Seus comentários são certeiros.




Nat 07/01/2022

^^ Pilha de Leitura ^^
Primeiro livro de Jorge Amado, escrito quando ele tinha 18 anos. O filho de fazendeiro Paulo Rigger volta ao Brasil depois de 7 anos na França, onde cursou direito. Aqui, já não se sentia mais em casa. Esse libro tem uma temática mais filosófica e até mesmo política em relação aos demais livros dele que já li. Não é excelente, mas já mostra todo o potencial de Jorge Amado.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
Vamlirynna 01/03/2022minha estante
É nacional??


Nat 02/03/2022minha estante
Sim! É do Jorge Amado


Vamlirynna 02/03/2022minha estante
Obrigada ?




Barbarossauro 14/02/2024

País do Carnaval
Foi o livro que menos me instigou do Jorge Amado, não vou dizer que é um livro ruim porque não é.

Mas a história não é algo que prende, o cenário não te abraça como nos outros romances, claro que por se passar uma parte na Europa e outra em São Paulo isso já deveria ser previsível. Mas voltando a história, ela não te chama, o foco é em rapazes burgueses que se convencem que a felicidade não existe, que serão infelizes para sempre e de fato, eles são.

Os personagens não são convidativos, os diálogos são cansativos e a história é fraca. Se você colocar um contexto histórico e social ela faz jus aos jovens perdidos.

Uma coisa boa que esse livro me fez refletir é em não ser uma pessoa como Pedro Ticiano, que o único prazer na vida é desdenhar e se dizer evoluído por ser infeliz. Toda vez que ele aparecia eu tinha vontade de acabar com a vida dele rápido. Até no momento de sua morte ele consegui ser um tremendo chato.

Foi o primeiro romance do autor, é importante, mas é de longe o que menos preferi.
indyr 14/02/2024minha estante
Que resenha maravilhosa!


desireemarr 15/02/2024minha estante
Só fiquei triste com o spoiler ??




Vanessa 20/02/2020

Esse livro foi escrito a mais de 80 anos, mas vemos que a nossa sociedade não mudou muito... As contradições trazidas no livro e os "sonhos de um futuro próximo" mencionados sempre nos leva novamente pro nosso passado falho.
Adriano 20/02/2020minha estante
Estou lendo Jorge Amado em ordem cronológica. Por enquanto li até Capitães de Areia. "O país do carnaval " é um bom livro mas quando li "Cacau"


Adriano 20/02/2020minha estante
+percebi uma evolução gigantesca dele como escritor. Dos 6 primeiros gostei na seguinte ordem:

Capitães de Areia
Mar Morto
Jubiabá
Cacau
Suor
O país do carnaval




Toni 15/09/2011

Às avessas
Entendedor ou não da obra de Jorge Amado, um leitor que lhe conheça somente a fama das personagens, uma ou outra adaptação seja televisiva, seja cinematográfica, ou mesmo apenas as por vezes sugestivas (quando não apelativas) capas de suas edições, esse leitor, desavisado ou profundo estudioso, pouco se surpreenderá em descobrir que o primeiro romance do escritor baiano foi chamado "O país do Carnaval".

Os quitutes, os bobós de camarão, as moquecas de peixe, os temperos e aromas, a ubiqüidade da cana, as fantasias, a sensualidade nas rodas de samba, a satisfação dos desejos, a insaciedade do corpo, as mulatas, os tabuleiros das baianas, as mães de santo, os beberrões, o colorido dos vestidos, o bronze das pernas, a abastança dos bustos, a vivacidade explosiva do sol, a volubilidade do mar, os Quincas, as Gabrielas, as Tiêtas e Donas Flor, toda a obra de Jorge Amado é um complexo mosaico carnavalizado de formas, cores, sons e cheirosestouro beatífico dos sentidos.

Ora, o princípio do carnaval, em termos bem bakhtinianos, é aquele do mundo às avessas. Os lugares-comuns pululam, quase não se pode evitá-los: o tolo se torna rei, a transgressão é norma, o feio vira bonito. Em Jorge Amado, a carnavalização aparece principalmente quando se distancia da denúncia social e do realismo socialista de seus primeiros romances e se lança à fase mais branda das crônicas de costumes, mergulhando na vida do povo brasileiro e sua relação com a morte, com o riso e com a satisfação do corpo.

"Nessa ótica, é a carnavalização que vai ocupar um lugar privilegiado, dando primazia ao acúmulo de detalhes, de fatos menores, de episódios incidentais, formando uma massa factual em que predominam o riso, o prazer, os apetites e a zona abaixo da cintura, além da possibilidade da troca de lugares ou relativização das posições de poder." (Pellegrini, Despropósitos.)

"O país do carnaval", no entanto, nascido da geração de 30, restringe a seu título e a algumas poucas passagens aquele gérmen da carnavalização. O trecho a seguir, é bastante ilustrativo (e ainda é capaz de nos remeter ao cordialismo que será tão bem devassado por Sérgio Buarque de Holanda cinco anos mais tarde):

"(Porque na Bahia, boa cidade de Todos os Santos e em particular de Senhor do Bonfim, todo mundo é intelectual. O bacharel é por força escritor, o médico que escreve um trabalho sobre sífilis passa a ser chamado de poeta e os juízes dão valiosas opiniões literárias, das quais ninguém tem coragem de discordar.)"

Nas palavras do autor: Este livro é como o Brasil de hoje. Sem um princípio filosófico, sem se bater por um partido. Nem comunista, nem fascista. Nem materialista, nem espiritualista. (...) Este romance relata apenas a vida de homens que seguiram os mais diversos caminhos em busca do sentido da existência. Não posso bater-me por uma causa. Eu ainda sou um que procura... Nele, publicado em 1931, Amado parodia criticamente o sentimento de país do futuro que a década anterior incutira nos discursos da elite intelectual brasileira, apresentando-nos a um grupo de homens das letras, obcecados por uma finalidade na vida e pela busca da Felicidade. O discurso que será o tempo todo refutado ao longo do romance aparece logo no início, em voz anônima: O Brasil é o país verde por excelência. Futuroso, esperançoso... Nunca passou disso... Vocês, brasileiros, velhos que já foram e rapazes que são a esperança da Pátria, sonham o futuro. Dentro de cem anos o Brasil será o primeiro país do mundo.

A tese que Jorge Amado monologicamente constrói, no entanto, subverte essa visão em todos os seus sentidos a partir do refrão insistente, como um bom samba-enredo, que se repete do princípio ao fim da narrativa: o Brasil é o País do Carnaval e, por isso mesmo, está à beira do abismo. Qualquer tentativa de mudança dessa realidade, sugere o autor, não encontra repercussão no seu povo que samba lado a lado à fome e à miséria bem no meio da rua. O país continuou o mesmo. Não melhorou, nem piorou. Feliz Brasil, que não se preocupa com problemas, não pensa e apenas sonha em ser, num futuro muito próximo, o primeiro País do Mundo.

Paulo Rigger, protagonista do romance, incorpora a geração filha do entusiasmo e herdeira do desencanto: em busca de uma conciliação entre suas veleidades burguesas e a responsabilidade de integrarem a elite pensante brasileira. Representativo da mentalidade de início de século, José Ticiano (atenção ao classicismo no nome), que simbolicamente vai perdendo a visão no romance, é o guia espiritual e contraponto da juventude representada por Rigger, desnorteada e edipicamente tentando encontrar seu próprio caminho, ainda que sob o jugo da sombra paterna.

O conflito que caracterizou a geração de 30 e seu predecessor, o Movimento Modernista, fica patente no diálogo a seguir entre José Lopes (inteiramente integrado no espírito de seriedade da geração que aparecia) e Ticiano:

"- O caso das nossas gerações é o mesmo que o da literatura de antes e de depois da Guerra... Uma literatura de frases: a outra, literatura de idéias.
- Não é assim. Mas, mesmo que fosse, eu ficaria com a literatura de antes da Guerra. Eu, quando leio um artigo, não quero saber se o seu autor tem ou não boas idéias, se é ou não útil. O que eu quero saber é se ele é ou não escritor, se escreve bem ou mal. Mas a verdade é que a literatura anatoliana tinha também idéias. Dava soluções. Mandava que se duvidasse sempre. É ou não uma solução? Colocava a Beleza acima de todas as coisas. Vocês aceitam Deus porque Deus é útil. Nós o negávamos porque achávamos que ele não satisfazia nosso ideal estético.
- Vocês eram terrivelmente egoístas. Ególatras, às vezes.
- E vocês praticam o egoísmo na sua forma mais torpe: o humanitarismo. Nós queríamos a aristocracia do talento, do espírito. Vocês hoje pleiteiam a aristocracia da força. Vocês fazem com que a inteligência abra falência... Só a cultura fica valendo alguma coisa. Porque só a cultura é útil.
- Mas vocês foram fracassados.
- Sim, porque toda vitória na vida é um fracasso na Arte...
- Já passou a época dos paradoxos, Ticiano.
- É verdade. E chegou a das citações..."

À guisa de conclusão, seguindo o exemplo do mestre, resta-nos macaquear uma saída desta resenha, com os dedos em riste e ensaindo passos de samba, repetindo entre orgulhoso e ressabiado o refrão que nos enfiam diariamente goela abaixo, Viva o país do carnaval, êo êo, Viva o país do futebol, êa êa.
GilbertoOrtegaJr 28/09/2011minha estante
bela resenha
q legal eu achava que o primeiro livro dele é Jubiabá
mas é pq eu conheci primeiro os livros de Zélia gattai ai no Anarquista graças a deus ela diz q foi apresentada ao livro dele o Jubiabá por uns amigos d e sua família q eram amigos do jorge e ela falou q ele estava em começo de carreira masenfim bem legala resenha




Givanildo 13/07/2012

País do carnaval, sim.
Quando comprei o romance pensei que iria encontrar as características do carnaval em 1930. Doce engano. O protagonista, Paulo Rigger, é um baiano filho de um cacauicultor. Vai estudar Direito na França pelo gosto do pai. Quando volta, depara-se com um país cheio de contradições e em busca de um identidade. Paulo sonha com um país melhor, crítico e menos desigual. Mas a realidade causa um choque cultural em Rigger.Nada de racionalidade, mas estereótipos do brasileiro
. Esse é o país do carnaval, sim. Jorge Amado percebe e expressa em seu personagem que o brasileiro enfrenta seus problemas com carnaval. Ao meu ver, ele tinha razão. Mas, seu outro personagem, o Pedro Ticiano, era cético ao extremo. Então, porque não despertar um pouco desse personagem em vc?
Aerton 20/11/2016minha estante
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Naiana 18/09/2020

Primeira obra de Jorge Amado, ainda adolescente, retratando a angustia dos jovens em descobrir o sentido da vida, o qual ele chama de "fim". Seria o propósito da vida a religião, a felicidade, o amor ou a indiferença do seu curso, sendo levado pelo que vier? Será feliz apenas os ignorantes que se conformam com as brevidades do destino, ou todos seremos eternos infelizes angustiados pelo que o futuro os reserva?

Não foi a sua obra que mais me fascinou, mas deixou evidente ser a primeira obra de quem se aventura no meio dos livros, com suas angustias juvenis retratadas em 5 distintos personagens, Paulo Rigger, Pedro Ticiano, Ricardo Brás, José Lopes e Jerônimo.
Edson Camara 18/09/2020minha estante
Excelente resenha, me despertou a curiosidade em ler o livro. Obrigado.




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Gelvani 11/04/2013

"Ninguém sabe onde termina o cerébro e onde começa o coração..."
Jorge Amado

É um erro classificar nossas atitudes, ações ou pensamentos entre racionais ou emocionais. Pois, como o autor expõe, não há uma fronteira clara que separa uma da outra.
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Peleteiro 05/03/2016

Acredito que o mais fiel retrato ao Brasil que há li
As dúvidas dos que sentem e sofrem no Brasil a dor de todos os outros está retratada nesse livro que denúncia as podridões do povo brasileiro.
Costumam associar Jorge Amado a grandes histórias de longa narrativa, mas, neste romance de estréia, ele foi muito além disso. Expressando tudo que estava entalado em sua garganta, sem dúvidas, sua primeira obra é um tesouro nacional.
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Meu perfil literário @reclivros 07/04/2016

Bem vindo ao mundo de Jorge Amado
um livro profundo, alguns prefácios e posfácios o classificam como o único filosófico de Jorge Amado. Eu não concordo.
achei um tanto filosófico, sim, mas acredito que nas outras obras do autor, a filosofia está implícita.
Neste, ela está escancarada.
Ao leitor que pretende encontrar a sensualidade de Gabriela, Tieta ou Dona Flor, uma dica: não leie.
Esse é um livro escrito há 85 anos e que até hoje cumpre o principal desejo do autor ao escrever... fazer pensar.
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Jeniffer Geraldine 26/05/2016

O País do Carnaval
Em 1930, ainda com 18 anos, o baiano Jorge Amado (natural de Ilhéus) escreveu seu primeiro livro intitulado O País do Carnaval. Na época, Jorge havia saído da Bahia para cursar Direito no Rio de Janeiro. Mesmo tão novo, Amado escreveu uma obra inteligente, crítica e que retratou as inquietações de vários jovens dos anos 30.

Em O País do Carnaval, o baiano Paulo Rigger volta ao Brasil após sete anos estudando Direito em Paris. Durante o seu tempo de estudos, Paulo tornou-se boêmio, blasé e aprendeu a apreciar as coisas boas. Passeava entre os grande salões e os cabarés. Mas apesar de tudo isso, ele era insatisfeito. Vivia em busca de algo porém não sabia o que era. Antes de voltar para Bahia, Rigger passa um tempo no Rio de Janeiro justamente na época do Carnaval.

Logo na chegada no Rio de Janeiro, Rigger encontra uma realidade totalmente diferente de Paris mas que ainda não reconhecia como Brasil. No Rio, a crise de identidade aflorou. Paulo não se reconhecia brasileiro, mas também não se considerava um europeu. E buscava entender o Brasil e a si mesmo, em meio ao Carnaval, a chamada festa democrática, em que todos se misturam, cantam, dançam e são felizes, e esquecem a situação crítica do país e seus cidadãos.

"Sentia, entretanto, que a capital da República não era Brasil. Tinha muito das grandes cidades do universo. E essas cidades não são cidades de países, são cidades do mundo. Paris, Londres, Nova York, Tóquio e Rio de Janeiro pertencem a todos os países e a todas as raças." (pag 23)

Na Bahia, Rigger passa a frequentar um grupo de intelectuais que estavam na mesma situação que ele – todos buscavam o sentido da existência e a felicidade plena na vida. Esse grupo era formado por: Pedro Ticiano, o mais velho e cético de todos e que não acredita no amor; Ricardo Braz, funcionário público e que “tinha uma grande sede de amor”; A. Gomes, jornalista, diretor de revista e ambicioso; Jerônimo Soares, ingênuo e sem grandes pretensões na vida; José Lopes, o mais estranho de todos. Sentia que não realizaria coisa alguma na vida. Todos eles eram céticos demais, o que deixou a busca pela felicidade torturante e os tornou infelizes.

"Aquela amizade chegara a ser uma grande consolação para suas vidas. Sentiam-se amparados uns pelos outros. Ajudavam-se e juntos procuravam a finalidade das suas existências. Depois de ter aprendido, com Pedro Ticiano, todas as atitudes céticas, eles começaram um combate à dúvida. Queriam alcançar o fim. Sim, diziam, havia um fim na vida." (pag 35)

Através das ações e diálogos dos personagens podemos refletir sobre política, ética, nacionalismo, niilismo, religião, filosofia, machismo e convenções sociais. O livro O País do Carnaval é considerado pelo jornalista e escritor José Castello, no posfácio disponível na edição da Companhia das Letras (2011), como um romance de deformação, “no qual Jorge se desvia da educação que recebeu da família e das expectativas paternas para se afirmar como sujeito”. No livro, Paulo Rigger está em busca do seu lugar na vida. Ao mesmo tempo em que se considerava uma pessoa moderna, continuava preso por convenções sociais e políticas da época, e aos preconceitos morais. E esse conflito também era vivido por seus amigos. Sendo que cada um tentava traçar o seu caminho em busca do sentido da existência.

Eu tinha uma ideia totalmente diferente desse livro. Nunca passou pela minha cabeça que ia encontrar um romance de deformação. Pensei que Jorge fosse comentar realmente sobre o carnaval. Mas o Carnaval aqui é apenas um elemento crítico e irônico utilizado pelo autor.

"Eu quisera intitular este romance de “Os homens que eram infelizes sem saber por quê”, mas a gente tem vergonha de certas confissões. E fica-se vivendo a tragédia de fazer ironias.
Os defeitos deste livro são a minha maior honra." (Jorge Amado, 1930)

O País do Carnaval é um romance sobre os jovens de 1930 que ainda dialoga com os dias atuais. Mudam-se os cenários, os personagens, e a busca por um lugar no mundo segue dentro de vários outros jovens. E vale lembrar, como disse o próprio Jorge Amado, “o fracasso das tentativas não é prova da sua inutilidade”. (pag 13).

site: http://jeniffergeraldine.com/amandojorge-o-pais-do-carnaval/
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