Suor

Suor Jorge Amado




Resenhas - Suor


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Andre.28 05/12/2020

Caleidoscópio da classe trabalhadora
As representações sociais da classe trabalhadora aparecem aos montes na literatura. Poucos são aqueles que conseguem representar tão bem os caracteres humanos que padecem da uma pobreza e batalha para sobreviver. Jorge amado traz com maestria a representação do povo, da classe trabalhadora de Salvador. Em “Suor”, romance escrito em 1934 o Jorge amado dão tom crítico-social das desigualdades sociais de uma metrópole nordestina e o sistema onde a classe trabalhadora vive na miséria, em condições precárias, e que lutam de forma árdua e persistente pela sobrevivência.

O enredo do livro aborda a vida de varias pessoas que vivem em um velho sobrado na ladeira do Pelourinho. O local de condições péssimas de sobrevivência, sem as mínimas condições de habitação e saneamento. Esse grupo pessoas, especialmente a classe trabalhadora; operários, prostitutas, lavadeiras, ambulantes etc. contado em forma de episódios, o livro aborda as historias de amor, das dores, das festas, das perdas, da luta operaria de classe, da mendicância, da pobreza. Em resumo, o livro retrata a vida e o cotidiano de miséria das pessoas que vivem nesse sobrado.

Particularmente eu adorei a história do mendigo Cabaça, que tem um rato de estimação. O mais destacado personagem é o líder operário Álvaro e a sua historia de amor com Linda, uma jovem estudante sonhadora. A pobreza é a protagonista, o amor em meio ao caos urbano e ao descaso das autoridades para com os pobres. O cortiço é o meio pelo qual varias vidas, varias histórias são contadas. Em termos específicos é um livro fluido, sem grandes atropelos e com uma forte tendência a expor os males da metrópole nascente e das dificuldades que os pobres tem em sobreviver. Jorge amado une o caráter antropológico da literatura e explora isso de forma inteligente em uma narrativa ficcional. A crítica social é latente, feita de forma sagaz e envolvente, em paralelo ao desenvolvimento de um enredo bem delimitado. O final é bem emblemático. Jorge amado constrói um caleidoscópio da vida dos trabalhadores e pobres de Salvador.
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Cristiane 31/05/2023

Suor
Eu sou fã de Jorge Amado, em minha opinião, ele é um dos maiores escritores brasileiros. Essa leitura faz parte do projeto do bookttuber Chris Assunção de lermos a obra de Amado em ordem cronológica. É muito interessante ver o processo de formação desse escritor.
Essa é uma obra política. A personagem principal é o Casarão 68 do Pelourinho. Ali muitas pessoas viviam em péssimas condições. No romance o que se destaca é o sofrimento das pessoas, a exploração do sistema capitalista.
Operários do mundo todo uni-vos!
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Vicente 01/05/2021

De volta à Bahia
Suor foi publicado em 1934 e é o terceiro livro publicado pelo autor. A obra se passa em um casarão abandonado no Pelourinho, que foi transformado em cortiço. O autor transforma esse ambiente em um microcosmo em que muitos personagens narram suas vidas duríssimas. A crueza dos diálogos, a descrição dos ambientes e o modo em que as pequenas narrativas convergem impressiona. Apesar da pouca idade, Jorge já demonstrava grande maturidade como escritor e observador do cotidiano brasileiro. Continua super atual.
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Bella 14/05/2021

Jorge Amado nunca decepciona
ahh eu gostei tanto desse livro, não dava nada por ele, mas vai ver foi por isso que me surpreendeu tanto. Apesar de não gostar do fato do autor não aprofundar muito nos personagens, foi muito interessante a forma como ele contou um pouquinho da história de cada morador do 68. Cada um com seus sofrimentos, e aquela pobreza geral que não impediam eles de sonhar...

Com certeza os fatos do livro nao estavam nada longe da realidade daquela época.
Jorge Amado nunca decepciona!
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Giuliana.Fiori 19/04/2020

De tudo que já li de JorgeAmado, creio que Suor é o mais descritivo de todos
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Lindinhasue 10/07/2023

Amei o Amado (de Jorge Amado)
Essa foi minha primeira experiência com o autor e até agora estou me perguntando porque não li antes.
Suor, terceiro livro do autor, traz a história de um casarão, que na verdade é um cortiço, e de seus muitos moradores.
Pensa em uma confusão de histórias, enredos, tramas; Amado mistura tudo e todos em meio à sujeira, fedentina, quereres e não quereres.
Falta tudo naquele casarão: água, comida, saúde, dinheiro. Sobra tudo naquele casarão: tristeza, doença, ambição desmedida e esquisita.
Não há tempo de se apegar a nada nem a ninguém; e se você (como eu!) já viveu a pobreza, prepare- se pra se encontrar. Eu me vi em alguns personagens, encontrei minha mãe ali retratada, mesmo com o autor tentando escondê-la de mim.
Depois de terminada a leitura, você não lembrará das pessoas, você lembrará da pena que sentiu delas ao longo do livro!
O final me ganhou demais, mais precisamente na última frase, juro! Mas se eu contar o que foi, serei obrigada a marcar com spoiler essa resenha.
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Pati 02/07/2021

O sal da terra
O Cortiço tá diferente, né? Brincadeira à parte, apesar da ambientação que rememora a obra e cenários do Aluísio de Azevedo, Suor caminha por outras estradas. Ou melhor: escadas! A multidão do 68 é uma colcha de retalhos de seres humanos, recortados, estraçalhados, esquecidos, inominados, adoentados. Descrições são feitas meticulosamente, mas o filtro escolhido pelo autor não permite uma foto colorida do local, não emite evidências de uma possível alegria, a menos que seja na risada desvairada da Sebastiana. É difícil ler Suor. Ele cansa os olhos com toda sua dor acumulada. Apesar de composto por fragmentos narrativos esparsos, a potência da dor faz necessário, muitas vezes, o afastamento do leitor (essa que vos escreve, ao menos, se sentiu compelida a abandonar a casa de fachada rosa desbotada mais de uma vez, devido aos efeitos colaterais da escritura). Pode parecer a alguém que o meu comentário sobre o livro venha desmerecer o trabalho de Jorge Amado. Porém esclareço que Suor respinga em mim o sal da terra, a dor humana do nosso tempo, apesar de a obra já estar quase centenária na labuta. Se a multidão é um corpo uno, e ele sua e escarra e chora e grita junto, é impossível ignorar a multa da latrina, os braços tomados pela máquina, a indiferença da rentista, o sonho (enfiado goela abaixo) do sucesso de adquirir um sobrenome e uma posição social. A bala que atravessa a testa suada de quem se opõe a tudo isso mata mais que um homem e o seu grito. Mata a própria esperança na solidariedade.
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alicefnevs 02/02/2024

O despertar do 68
"esquecidos da escravidão de que vinham, sem pensar na escravidão para que marchavam"
particularmente eu adoro o jorge revoltado e irônico e esse livro trouxe exatamente isso dele. o olhar e a revolta para a desigualdade.
"interessa o drama coletivo, o drama da massa, da classe, da multidão. Tudo tem importância decisiva. O mínimo detalhe, a personagem mais sumida"
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Caio 28/04/2020

"Drama coletivo, drama da massa, da classe, da multidão..." Jorge Amado
Sou um apaixonado pela obra de Jorge Amado. Quando fico um tempo sem ler um livro dele, sinto falta e logo arrumo um para colocar na minha "fila de leituras". Seus livros me dão força para continuar lutando pelo que acredito.

Com Suor, foi assim. Um livro escrito por um Jorge Amado jovem, mas não menos incrível, cheio de sonhos por uma sociedade menos injusta.

Eu, acostumado com seus heróis e heroínas bem construídos, logo notei que Suor tem uma outra pegada. Não tem um ou uma protagonista. Se for eleger alguém como personagem principal, ele é um casarão no Pelourinho, que encarna e abriga os problemas da nossa desigual sociedade, sem deixar de lado a vontade de viver, a ânsia de lutar e o desejo de ser feliz.

O livro é rápido, as questões sociais esmiuçadas e mostradas em sua forma mais violenta e o soco no estômago é certo!

Livraço!

Dhany.Reis 28/04/2020minha estante
Isso mesmo , Caio! Terminei de ler essa obra! Fiquei na expectativa dos personagens principais. Foi diferente de todos que já li. Mas mesmo assim gostei pq amo a forma que Jorge Amado narra e descreve seus personagens ruas etc. Amo Jorge Amado do




Nath Mel 28/05/2023

Os únicos inquilinos gratuitos eram os ratos
?Suor? foi publicado em 1934, retrata a vida dos trabalhadores nas fábricas de cacau na região de Ilhéus, na Bahia, Brasil.

Tem uma narrativa realista sobre as condições precárias de trabalho, as desigualdades sociais e as lutas enfrentadas pelos trabalhadores da época.

A história gira em torno de uma jovem chamada Lívia, que trabalha exaustivamente em uma fábrica de cacau para sustentar a si mesma e à sua mãe doente. O livro aborda temas como exploração, pobreza e injustiça social, revelando a dura realidade enfrentada pelos trabalhadores.

Jorge amado explora as relações humanas, os conflitos internos e a força de vontade dos trabalhadores, criando uma atmosfera densa e impactante.
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Rodriguinho @literario.rojo 25/02/2021

"Nos cômodos diminutos e insalubres de um velho sobrado na ladeira do Pelourinho sobrevivem 600 pessoas: operários, mendigos, lavadeiras, prostitutas, desempregados, anarquistas e muitos ratos." (Trecho retirado da obra).
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Em Suor vamos ter a POBREZA EXTREMA que esses moradores passam junto a suas angústias, tristezas e dores e quase todos sem nenhuma esperança de melhor qualidade de vida. 
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O título SUOR vai nos expor a sujeira, as fezes, o esgoto, a latrina cheia debaixo de um mormaço onde esses personagens lutam todos os dias para sobreviver em meio aquele sobrado. Jorge Amado penetra na carne e chama pra realidade nua e crua. 
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Chamo a atenção que na história não temos um protagonista específico e sim todos que compõem aquele Sobrado número 68 nas ladeiras do Pelourinho em Salvador e que misturam-se entre si e criando o enredo de suas histórias. 
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Suor é o terceiro livro do autor Jorge Amado publicado no ano de 1934. E temos esse contato com as primeiras obras do autor de cunho social e político muito forte. 
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Caio.Costa 09/04/2021

De verão a verão
O livro é muito bom e com bons personagens marcantes como cenário um sobrado no Pelourinho de Salvador. O livro retrata tão bem o calor de Salvador que cada vez que lia eu suava literalmente. Rs
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Ludmila 16/03/2022

Muito bom! Confesso que dos livros do Jorge Amado que eu já li, esse foi o que eu menos gostei. Dá clarente pra perceber que a escrita é diferente dos demais (foi um dos primeiros livros dele), mas a história é MUITO envolvente, parece que estamos vivendo no mesmo lugar dos personagens.
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natália rocha 08/11/2021

''além das rusgas, de indiferença pela vida dos outros, dos comentários malévolos, havia entre eles uma solidariedade de classe da qual não se podia duvidar [...] O número 68 da ladeira do Pelourinho já não dormia. Acordara de repente, seus mil e tantos braços estavam inquietos e suas seiscentas bocas não demorariam a rugir.''

quando li a sinopse desse livro lembrei na hora de ''o cortiço'', de aluísio azevedo, meu clássico brasileiro favorito. ''suor'' se tornou um dos meus favoritos de jorge amado até o momento.

esse livro não tem um enredo conjunto, digamos assim. vamos conhecendo aos poucos cada uma das vidas dos inquilinos do cortiço, suas particularidades, precedentes, sonhos, formando uma teia que, no fim do livro, nos mostra que há um ponto comum entre todos eles.

é um livro que nos mostra vidas sofridas, de muitas perdas em diversos sentidos.

achei uma leitura rápida e envolvente, gostei bastante.
Alê | @alexandrejjr 08/11/2021minha estante
Esse é da fase de forte influência marxista do Jorginho, né?


natália rocha 08/11/2021minha estante
sim, é bem evidente hehe




Paula1882 09/07/2022

É um livro muito interessante em que o personagem principal não é uma pessoa e sim o local onde várias pessoas moravam no Pelourinho. Em alguns momentos é difícil ler e imaginar toda a situação de insalubridade em que viviam, principalmente quando lembramos que muita coisa não mudou mesmo tantos anos depois. Apesar disso, em alguns momentos me sentia perdida e entediada com tantos personagens sendo citados.
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